Chance de ‘virada’ em 5 microrregiões entra na mira de Lula e Bolsonaro

Ao menos cinco microrregiões do Brasil viraram objeto central da disputa entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, neste segundo turno das eleições. Com mais de 20 milhões de eleitores, Triângulo Mineiro, Zona da Mata, Região Metropolitana de Belo Horizonte – todos em Minas – Pampa Gaúcho e Grande São Paulo são áreas em que há a maior possibilidade de virada de votos.

Nos últimos quatro anos, essas regiões foram na contramão da cristalização histórica da votação no País. No primeiro turno de 2018, Bolsonaro venceu nelas, mas, neste ano, Lula foi o mais votado. Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, a eleição passada é atípica. Foi quando a pauta anticorrupção puxou apoio para o atual mandatário.

Agora o eleitorado de baixa renda e menos radicalizado, sobretudo nessas regiões metropolitanas, voltaram para o ex-presidente em razão de frustrações com o governo Bolsonaro. Já em Minas, há ainda uma identificação maior com políticas sociais dos governos Lula do que com o PT, o que explica também a vitória do ex-presidente no Estado neste pleito na primeira fase da disputa.

“Essa oscilação é o que vai resolver a eleição. É uma das dinâmicas mais importantes”, afirmou a cientista política Daniela Constanzo, do Instituto de Estudos Avançados da USP. Ela destaca como exemplo as mudanças registradas em São Paulo no primeiro turno deste ano, em que Lula recuperou a capital e Bolsonaro sai na dianteira no interior.

Nas últimas duas décadas, os mapas de votação do Brasil mostram uma divisão regional, com os candidatos petistas ao Palácio do Planalto com vitória majoritária em municípios do Nordeste e prevalência no Norte. Enquanto isso, nomes mais ligados à direita foram os mais votados no Centro-Oeste, no Sul e no Sudeste.

Minas Gerais aparece nesses pleitos como um Estado oscilante, que acaba por definir o resultado da eleição. Esse cenário se repetiu, ainda que em menor medida, no primeiro turno deste ano. Agora, na segunda etapa da campanha, os dois candidatos focam atividades justamente em cidades mineiras e em São Paulo para tentar consolidar ou virar votos.

Mudança

Há 20 anos, na eleição de 2002, os eleitores identificados com a esquerda e aqueles mais à direita ainda se apresentaram dispersos no território nacional. Tanto José Serra (PSDB) quanto Lula tiveram vitórias em um grande número de cidades de todos os Estados e regiões do País. A partir do primeiro turno de 2006, no entanto, é possível notar uma maior divisão nos votos do eleitorado brasileiro por região.

Essa tendência de cristalização de votos majoritários nas regiões fica clara quando se analisa o primeiro turno das últimas seis eleições presidenciais com base no Geografia do Voto. A ferramenta, uma parceria da Agência Geocracia com o Estadão, georreferenciou mais de 5 bilhões de votos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 1996.

“Existe um modelo que parece testado e que tem regido as eleições no Brasil. É esse pulsar dessas regiões que tem caracterizado essa clivagem (divisão) no País”, afirmou o advogado e geógrafo Luiz Ugeda, um dos responsáveis pela ferramenta Geografia do Voto.

De acordo com os especialistas, a distribuição de antipetismo e petismo nas regiões não se traduz exclusivamente em uma questão regional, já que a polarização nacionaliza a disputa. Políticas sociais encampadas nas gestões Lula, por exemplo, e a inflexão ao centro das reformas petistas contribuíram para uma mudança no perfil de seu eleitorado a partir de 2006.

O PT consolidou mais votos entre os mais pobres, enquanto Bolsonaro conquistou os mais ricos, o que se reflete no contraste visual dos votos nas regiões, mas também em regiões periféricas de grandes centros urbanos, por exemplo. Isso ajuda a explicar a retomada das cinco regiões “perdidas” pelos petistas em 2018.

“O que se pode considerar é que em determinados aglomerados sociais com população mais pobre, lideranças políticas que encarnam, efetiva ou simbolicamente, políticas sociais focalizadas neste segmento obtêm maior apoio eleitoral”, disse Paulo Fábio Dantas, cientista político da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Inflexão

Cientistas políticos lembram que em 2018 houve avanço do voto antipetista em meio ao contexto da Operação Lava Jato. O sentimento antipolítica incorporado por Bolsonaro levou à vitória sobre Fernando Haddad (PT) – o ex-prefeito de São Paulo assumiu o lugar de Lula às vésperas do início formal da campanha, quando o ex-presidente estava preso em Curitiba.

Agora a relevância dos colégios eleitorais das microrregiões concentra a atuação de Lula e Bolsonaro na reta final da campanha, disse Ugeda, inclusive com sobreposição de agendas. O petista e a primeira-dama Michelle Bolsonaro, por exemplo, estiveram nas mesmas regiões nos últimos dias. “Bolsonaro tem consciência territorial de que são nesses lugares que ele perdeu voto e que tem gordura para resgatar”, afirmou o geógrafo.

O presidente conquistou menos votos no Sudeste em 2022 do que há quatro anos. Isso faz com que aliados apostem na possibilidade de recuperar eleitores, com foco na pauta de costumes e anticorrupção, que regeu a eleição de 2018. Ontem, Lula fez uma caminhada entre Belo Horizonte e Ribeirão da Neves. Já Bolsonaro apostou em reverter votos em São Paulo, onde está desde quinta-feira e tem evento até hoje.

São Paulo

O presidente ainda se encontrou com prefeitos do interior, marcou agendas na região metropolitana e foi recebido no Palácio dos Bandeirantes pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB). Para especialistas, a derrota tucana em São Paulo após 28 anos de governo ajuda a explicar a mudança de voto na capital paulista, que desidratou o voto mais à direita na região metropolitana.

“O PT sempre ganhou bem na periferia de São Paulo. Perde em 2018 com a questão da Lava Jato e conseguiu recuperar o eleitor frustrado que aceitou a corrupção”, afirmou Carolina de Paula, pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Estudos feitos com eleitores que apostaram em Bolsonaro em 2018 e que neste ano dizem votar em Lula mostram que a condução do presidente combate à pandemia como um peso para o eleitorado menos conservador. “A esquerda consegue recuperar esse eleitor decepcionado, mas que ficou ainda mais frustrado com a gestão do Bolsonaro especialmente na pandemia”, disse Carolina.

Flutuações

Além da Grande São Paulo, a Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Zona da Mata Mineira e o Triângulo Mineiro apresentaram, desde 2018, flutuações de votos que quebraram o padrão que se desenhava em Minas. O Triângulo Mineiro votou alinhado com Mato Grosso do Sul quatro anos atrás, ao concentrar o maior número de cidades em que Bolsonaro foi o preferido. Neste ano, porém, é possível notar mais municípios com voto majoritário à esquerda, o que deu vitória a Lula na região. O mesmo ocorreu na Zona da Mata e na Região Metropolitana de BH.

“Minas é uma espécie de fiel da balança. Onde se ganha em Minas, tende-se a ganhar a (eleição) nacional”, disse Thiago Silame, professor da Universidade Federal de Alfenas e pesquisador do Centro de Estudos Legislativos da UFMG. Para ele, isso tem relação com o tamanho do eleitorado e, ao mesmo tempo, com uma heterogeneidade relacionada às divisas do Estado. “Há a Minas baiana, a Minas capixaba, a Minas carioca e há ainda uma Minas muito influenciada por São Paulo. Ou seja, espelha a diversidade socioeconômica e cultural do Brasil.”

Em Minas, a campanha de Bolsonaro aposta na conversão não apenas dos indecisos, mas também do eleitor que votou em Lula e também em Zema no primeiro turno. Para analistas, a volta do ex-juiz Sérgio Moro à campanha de Bolsonaro também é uma estratégia de recuperar o voto lavajatista.

Já no Rio Grande do Sul, houve um movimento similar, explicado também pela consolidação do PT em algumas prefeituras ao longo do tempo, disse o cientista político Rodrigo González. Lula e Dilma já tiveram votações expressivas no Estado, onde o PT governou por dois mandatos.

”Se for olhar o padrão de voto, ter um candidato a governador e um candidato a senador ajuda a atrair votos para a campanha presidencial. São regiões que, mesmo com votações mais fracas, têm de se levar em conta também a capacidade do PT de um enraizamento”, disse. No primeiro turno, Lula teve mais votos que Bolsonaro em Porto Alegre.

Um agente da Polícia Federal foi baleado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) durante o cumprimento de mandado de prisão, neste domingo (23/10), na casa do ex-parlamentar, em Levy Gasparian, no Rio de Janeiro. Ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos do policial. A informação foi confirmada pela corporação ao Metrópoles.

Os agentes da Polícia Federal cumpriam ordem do ministro Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior eleitoral (TSE), que ordenou a prisão de Jefferson após o ex-deputado ofender a ministra do STF Cármen Lúcia – além de ataques à Corte e ao sistema eleitoral. Mais cedo, parlamentares haviam protocolado pedido de prisão contra o ex-parlamentar.

Jefferson usou câmeras do circuito interno de segurança para monitorar a movimentação da equipe formada por três agentes, que estavam na porta de sua propriedade. Assim que a viatura parou na frente do portão, o ex-presidente nacional do PTB passou a filmar a tela da TV que transmitia as imagens.

Irritado, Jefferson afirmava que não iria se entregar e decidiu abrir fogo contra a viatura. O para-brisas foi estilhaçado pelos disparos.

“Vamos atrás de você”

A filha do ex-deputado Cristiane Brasil também foi às redes fomentar um discurso de violência contra as ordens do ministro Alexandre de Moraes. Ela afirmou que o pai não vai se entregar à “ditadura do judiciário” e chegou a dizer que “isso é o estopim do que vai acontecer daqui para frente caso aconteça alguma coisa” com Roberto Jefferson.

“Meu pai não tem nada de louco. Vi a imprensa tentando fazer meu pai como um jagunço, que não soube como agir na questão da Carmén Lúcia… Meu pai está enfrentando à bala”, disse. Cristiane também fez ameaças ao ministro Alexandre de Moraes. “Nós vamos atrás de você!”, encerrou.

Milícias digitais

Roberto Jefferson está em prisão domiciliar. Presidente de honra do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ele foi preso no dia 13 de agosto de 2021, acusado de integrar milícias digitais que ferem a democracia. O político foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao STF, por incitação ao crime, ameaça às instituições e homofobia.

Ele chegou a defender uma intervenção militar e afirmar que as eleições eram fraudulentas. O ministro Alexandre de Moraes substituiu a preventiva pela domiciliar em janeiro deste ano.

Certamente no calor da campanha, as candidatas Raquel Lyra (PSDB) e Marília Arraes (SD) não tiveram tempo de ler o que lhes reserva no caso de uma eventual vitória, no próximo dia 30, em termos de orçamento estadual. De qualquer forma é importante saber que a nova governadora terá um pacote de despesas que, apenas no caso de pessoal e encargos, soma R$ 22,98 bilhões em um orçamento total de R$ 43,80 bilhões (sem retirar a os R$ 3,96 do Regime Próprio de Previdência Social). Ou seja: o maior negócio (52,47%) do Estado de Pernambuco é arrecadar para pagar servidor público.

Mas é bom saberem que, devido às novas exigências da Secretaria Nacional do Tesouro, o Orçamento Geral do Estado em 2023 será menor do que o de vários anos porque, a partir de agora, as despesas com o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) terão que abatidas da Receita Fiscal Total, de modo que, ano que vem, o orçamento nominal sairá de R$ 43,55 bilhões para R$ 39,95 bilhões com Pernambuco, gerando um superávit primário de R$ 404 milhões. superávit primário é quando o governo consegue arrecadar mais do que gasta e, com isso, pagar os juros da dívida pública. As informações são do colunista Fernando Castilho, do JC.

Trata-se de uma tecnicidade, pois considerada essa abordagem, já em 2022, o orçamento de R$ 44,05 bilhões cairia para R$ 38,10 bilhões, o que representa um crescimento de apenas 3,88% para 2023. É um número ruim, pois quando se faz a mesma conta sobre 2021 o crescimento cai quase 10 pontos percentuais que foi de 13,43%.

A explicação desse tombo atende pelo nome de Lei Complementar Federal nº 194/2022 e da Lei Estadual nº 17.898/2022, que apenas no segundo semestre deste ano provocou uma queda de 12,4% em relação à arrecadação do segundo semestre de 2021, que deverá ocasionar um crescimento anual negativo de 2,5%.

Faz muito tempo que a receita de ICMS não cai tanto e, como adverte o texto do Orçamento de 2023, que os exercícios do próximo ano, e dos seguintes, terão que considerar os efeitos das novas alíquotas reduzidas do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de comunicação.

Os números decorrentes da nova legislação do ICMS são assustadores. Apenas no segundo semestre de 2022, deve haver uma queda de 12,4% em relação à arrecadação do segundo semestre de 2021, que deverá ocasionar um crescimento anual negativo da ordem de 2,5%.

Essa nova realidade alterou os planos do Governo atual e deve servir de alerta para o próximo que toma posse em 1º de janeiro.

Para começo de conversa a conquista do Capag B da Secretaria do Tesouro Nacional e as novas exigências da contas públicas dos estados recomendam muito mais cuidado com as despesas.

A sigla CAPAG significa Capacidade de Pagamento e faz referência a uma classificação de risco elaborada pela STN para avaliar a situação fiscal de estados e municípios e identificar aqueles que são capazes de honrar os seus compromissos. Pernambuco era Capag C e com os ajuste no Governo Paulo Câmara subiu para Capag B. Quem é C não pode tomar empréstimos.

E isso tem a ver com os investimentos que, ao contrário do se poderia prevê, não terão a exuberância dos números que, por exemplo, Eduardo Campos, em 2008, agregou o orçamento turbinando-o com empréstimos e receitas de convênios com a União cujo presidente Lula enviava muito dinheiro para o Estado.

Na prática, o que aconteceu foi a soma de receita própria de Pernambuco (com mais arrecadação de ICMS) com os empréstimos no Banco Mundial e no BID e mais as transferências voluntárias da União que provocaram o “Efeito China” com taxas de crescimento de dois dígitos do Estado.

Para 2023, o governador Paulo Câmara estimou que o seu substituto deverá investir R$ 1,33 bilhão com a Compesa puxando os número com R$ 1,008 bilhão. Ou seja: tudo que Pernambuco vai investir com suas empresas e através das secretarias soma R$ 250 milhões.

Além desse volume existe a previsão de investimentos juntando todas as secretarias que chegará R$ 2.67 bilhões. Mas apenas a secretaria de Recursos Hídricos onde está a Compesa, por exemplo, o valor estimado de R$ 1, 48 bilhão representa 55% de tudo que o Estado tem para gastar ano quem em todas as secretarias. Depois de Recursos Hídricos secretaria De Desenvolvimento Econômico onde está Suape terá R$ 234 milhões

É um número até menor este ano quando o OGE estimou R$ 1.37 bilhões pouco maiores que 2021 quando o investimento foi de R$ 1,21 bilhão ambos com quase totalidade de investimentos da Compesa. A secretaria de Desenvolvimento Econômico onde, está Suape, terá R$ 234 milhões.

A novidade de 2023 é que voltam a operações de crédito de R$ 457 milhões decorrentes do saldo da captação de R$ 880 milhões feitas este ano e que não serão gastas totalmente.

Segundo o último relatório de Execução Fiscal da Secretaria, da Fazenda de Pernambuco, em 2023, o Governo pode tomar emprestado até R$ 3,45 bilhões e em 2024 outros R$ 4 bilhões, em função de seu baixo nível de endividamento, arrecadação própria e controle da folha de pessoal.

Segundo o OGE 2023, o nível de investimento continua muito baixo já que o Governo não apresenta no documento nenhuma previsão de investimentos de porte ou de novos programas talvez apontando que esse deve ser um movimento da nova governadora.

Um dado que chama atenção do OGU 2023 é que o governador Paulo Câmara praticamente repetiu os níveis dos anos anteriores. No texto enviado à Assembleia Legislativa, ele afirma que a partir do último trimestre de 2021, os investimentos voltaram a crescer e que espera fechar o exercício de 2022 com um investimento equivalente a pouco mais de 6% da receita total do Estado que tem se mantido desde 2015 entre 4% e 5% da receita total e bem distante de 2014 ainda no Governo Eduardo Campos.

Os bandidos filmados roubando correntes de ouro de clientes em um restaurante, no Recife, integram uma quadrilha que atua em outros bairros. Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam para um grupo que já foi preso pelo menos duas vezes, sendo colocado em liberdade, e que voltou a praticar os mesmos crimes. O assalto ao restaurante Recanto Paraibano, em Parnamirim, na Zona Norte, aconteceu no início da tarde da última sexta-feira.

Vídeos enviados para o WhatsApp da TV Globo mostram ao menos seis homens agindo para arrancar as joias das pessoas que almoçavam no estabelecimento. Ontem, novos vídeos foram enviados para o WhatsApp da TV Globo mostrando a ação de integrantes dessa quadrilha na orla de Boa Viagem, na Zona Sul. As informações são do portal G1/PE.

Nas imagens, é possível perceber o momento em que um homem é abordado por um bandido. A vítima praticava exercícios físicos no calçadão da praia, quando o assaltante corre e puxa uma corrente. Em seguida. O ladrão monta na garupa de uma moto, que já estava à espera, e foge.

Segundo informações extraoficiais, essa quadrilha é conhecida como “Bonde dos 750”. Essa informação também foi repassada para uma das vítimas do assalto ao Recanto Paraibano. O empresário Adalberto Matias disse ao g1, na sexta (21), que soube por amigos da polícia que os bandidos seriam da ‘gangue do ouro’, que rouba alianças e correntes.

Por meio de nota divulgada ontem, a Polícia Civil informou que o crime no restaurante foi registrado pela delegacia de Casa Amarela, na Zona Norte. A corporação disse que “está em diligências, que só cessarão até que os suspeitos sejam localizados e presos”. A Polícia Civil disse, ainda, que “continuará trabalhando de forma incansável pela prisão e responsabilização penal de pessoas envolvidas na prática de delitos”.

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) misturou nomes da política, famosos e empresários para realizar uma “super live” no Youtube, a partir das 17h de ontem. O candidato à reeleição participou da abertura da transmissão e depois seguiu para agendas em São Paulo.

A live, que terá 22 horas de duração e tem o objetivo de conquistar mais votos na reta final da campanha, chegou a ultrapassar um milhão de visualizações no momento em que o presidente participou, mas depois se manteve em patamares inferiores. A transmissão deve terminar às 14h de hoje. As informações são do Metrópoles.

Ministros como Anderson Torres, Paulo Guedes e Fábio Faria focavam em exaltar os feitos do governo federal, como a deflação, a criação do Pix, a previsão de superávit e a redução de crimes violentos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os benefícios de aposentados e o salário mínimo terão reajustes acima da inflação caso o presidente seja reeleito. “Trabalhador, aposentado pensionista, confie no presidente Bolsonaro. É claro que, agora que vencemos a pandemia, vamos poder dar aumento acima da inflação”

Os ministros fizeram comparações com posicionamentos atribuídos ao Partido dos Trabalhadores (PT), de Luiz Inácio Lula da Silva, com frequência. O petista foi associado a temas como corrupção e liberação de drogas. Os participantes da transmissão também mencionaram, em alguns momentos, recentes decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que suspenderam canais bolsonaristas ou concederam direito de resposta a Lula.

Também participaram da live outros aliados de Bolsonaro, como os deputados eleitos Mario Frias (PL-SP) e Thiago Gagliasso (PL-RJ); o maquiador da primeira-dama, Agustin Fernandez, a atriz Karina Bacchi e parlamentares como Carla Zambelli (PL-SP), a deputada federal eleita Júlia Zanatta (PL-SC) e o empresário Roberto Justus.

Os participantes da transmissão também ressaltaram, em diferentes momentos, uma suavização da figura do presidente. Além disso, a virada na corrida presidencial foi dada como certa pelos apoiadores, que incentivaram os apoiadores a conversaram com a população indecisa para virar votos.

Bolsonaro diz que é “homem fóbico”

Quando ainda participava da live, o presidente Jair Bolsonaro negou que seja homofóbico. Aos risos, o candidato à reeleição disse que é, na verdade, “homem fóbico”. Ao longo de sua trajetória política, ele já deu várias declarações com cunho homofóbico. Em 2020, durante uma agenda no Maranhão, por exemplo, ele disse que o refrigerante rosa, tradicional do estado, é “boiolagem”.

Durante a live, o maquiador Agustin Fernandez, melhor amigo da primeira-dama Michelle Bolsonaro, apareceu para dar um abraço no presidente. A jornalista Carla Cecato, que tem feito a apresentação da campanha de Bolsonaro, então, disse: “Olha quem chegou para te dar um beijo. Ai meu Deus do céu. Depois dizem que é homofóbico. Não tem nada de homofóbico”.

“Eu sou homem fóbico”, declarou o presidente, aos risos. “Vê se eu gosto do Paulo Guedes?”, emendou.

Abertura com Neymar

A transmissão teve início com a participação do candidato à reeleição e o jogador Neymar Jr., da seleção brasileira e do Paris Saint-Germain. Bolsonaro agradeceu o apoio do jogador. “A gente vê muito artista famoso do mesmo lado [que o nosso]. Quando alguém fala que quer o outro [lado], é rapidamente bloqueado, atacado, perseguido”, afirmou o presidente.

Já Neymar disse que compartilha dos mesmo valores que o presidente e, por isso, decidiu expor sua posição publicamente.

“O que me motivou de expor, de lutar, são os valores que o presidente carrega que são bem parecidos comigo, com minha família, com tudo que a gente preza. Então, é a família que a gente preza, o nosso povo, são as nossas crianças. Vi que precisava desta força, precisava me posicionar, porque sei que ajudaria muita gente”, afirmou Neymar.

O desembargador Dario Rodrigues Leite de Oliveira determinou, neste fim de semana, a retirada de uma peça publicitária caluniosa contra Marília Arraes. A Justiça entendeu que Raquel Lyra e Priscila Krause lançaram mão de “propaganda irregular e divulgação de fato sabidamente inverídico divulgado em 22/10/2022 na propaganda eleitoral da TV (inserções) com ofensa à honra da candidata Marília Arraes, imputando-lhe condutas criminosas”.

A decisão determina que a campanha de Raquel e Priscila deixe de veicular a fake news “seja por meio de inserção ou quaisquer outras formas de divulgação de propaganda eleitoral sob pena de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por descumprimento e per capita”.

Há, ainda, a intimação das emissoras de televisão pernambucanas para que não mais veiculem a propaganda eleitoral em questão em no máximo quatro horas após o recebimento da decisão da Justiça Eleitoral sob pena de multa de R$ 10.000,00 por dia de descumprimento.

A seca voltou com intensidade ao Sertão pernambucano. Embora tenha sido um ano bom de chuva, a vegetação já está maltratada, açudes começam a secar e a temperatura média é de 38 graus. Por onde passei, a região que mais reflete os efeitos do sol escaldante vai de Arcoverde até Sertânia, especialmente entre Cruzeiro do Nordeste e Sertânia.

Em Afogados da Ingazeira, o calor está insuportável, o mato secou e os criadores de gado já enfrentam dificuldades com pasto, principalmente em encontrar palma e capim. Segundo a Emater, a tendência é de agravamento do quadro em todo o semiárido. De Salgueiro a Ouricuri, o pasto está mais escasso ainda e água só por meio de carros pipas.

A barragem de Brotas, em Afogados da Ingazeira, com capacidade para 26 milhões de metros cúbicos de água, está com o nível já bem baixo. E o mais grave: os níveis de poluição são altíssimos. Isso se constata pelo avanço das baronesas sob o leito do reservatório.

Prefeitos da região têm insistido com o Governo estadual medidas emergenciais para amenizar os efeitos danosos da seca, entre eles o aumento de carros pipas para levar água às comunidades rurais mais atingidas.

Sem citar nominalmente Roberto Jefferson, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, se posicionou, na noite de ontem, sobre a agressão do ex-deputado contra a ministra do STF Cármen Lúcia.  

Confira a nota oficial assinada por Moraes:

“O Tribunal Superior Eleitoral repudia a covarde e abjeta agressão desferida contra a Ministra Cármen Lúcia e tomará todas as providências institucionais necessárias para o combate a intolerância, a violência, o ódio, a discriminação e a misoginia que são atentatórios à dignidade de todas as mulheres e inimigos da Democracia, que tem, historicamente, em nossa Ministra uma de suas maiores e intransigentes defensoras.

A utilização de agressões machistas e misóginas demonstra a insignificante estatura moral e intelectual daqueles que, covardemente, se escondem no falso manto de uma inexistente e criminosa “liberdade de agressão”, que jamais se confundirá com o direito constitucional de liberdade de expressão que, no Brasil e nos países civilizados, não permite sua utilização como escudo protetivo para a prática de todo tipo de infrações penais.

O exemplo de coragem, competência e honradez da Ministra Carmen Lúcia permanecerá servindo de guia para o Tribunal Superior Eleitoral exercer, com respeito e serenidade, sua missão constitucional de defesa da Democracia e do sistema eleitoral.”

Alexandre de Moraes
Presidente do TSE