Lula diz que Bolsonaro criou ‘parcela raivosa’ que gera reações violentas como a de Jefferson

Candidato do PT à Presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “não é um comportamento adequado, nem normal” os disparos do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) contra agentes da Polícia Federal, e que a reação teria sido motivada pela criação de uma “parcela raivosa da sociedade brasileira” durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.

Neste domingo, Jefferson divulgou vídeos nos quais afirma ter trocado tiros com a PF durante uma tentativa de prisão em sua casa, no interior do Rio de Janeiro. Uma agente foi ferida durante a ação e levada ao hospital. As informações são do O Globo.

— Já disputamos tantas eleições neste país e nunca vimos uma aberração dessa, uma cretinice dessa, que esse cidadão, que é o meu adversário, estabeleceu no país. Ele conseguiu criar neste país uma parcela da sociedade brasileira raivosa, com ódio, mentirosa, que espalha fake news o dia inteiro, sem se importar se o seu filho está vendo ou não. É um desrespeito com a população. Isso gera comportamentos como o do ex-deputado Roberto Jefferson e de outras pessoas que seguem nosso adversário — afirmou Lula, em coletiva de imprensa neste domingo em São Paulo.

Lula disse ainda que o teor das ofensas dirigidas por Roberto Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) “não é possível de ser aceito por quem ama a democracia”.

Jefferson, que estava em prisão domiciliar, teve a prisão decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e resiste à prisão na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ).

— As ofensas que esse cidadão, que eu prefiro não citar o nome, fez à ministra Cármen Lúcia, não é possível de ser aceito por quem ama a democracia, que gosta da verdade. (…) Ninguém tem o direito de utilizar os palavrões que ele utilizou contra uma pessoa comum, muito menos contra uma pessoa que exerce o cargo de ministra do Supremo Tribunal Federal — ressaltou Lula.

O ex-presidente afirmou que foi informado dos atos de Jefferson pelas redes sociais e que o caso “ainda está muito incipiente”.

— Eu não sei o que está acontecendo porque as informações estão muito truncadas, mas parece que a decisão era de que ele saísse da prisão domiciliar e voltasse para a prisão. Eu não sei, é uma questão da Justiça. Vamos esperar que daqui a pouco a gente saiba toda a verdade — disse Lula.

Ele afirmou, porém, que a violência tem sido a tônica em outros episódios nessas eleições:

— Não é a primeira violência. Tenho visto pela imprensa padres sendo ofendidos, pastores sendo atacados, evangélico sendo proibido de entrar na igreja. É uma máquina de destruição dos valores democráticos. É isso que está acontecendo no Brasil, e é contra isso que o povo deve se dirigir às urnas no dia 30 de outubro.

Campanha contra fake news

Ao comentar as pesquisas mais recentes de intenção de voto, que mostram uma redução na vantagem do petista ante Bolsonaro, Lula reafirmou que a atual eleição não é mais uma disputa normal, mas sim uma luta da democracia contra a barbárie.

— O que está em jogo neste instante não é mais a campanha (…). É se a democracia vai prevalecer neste país ou se a gente vai viver a barbárie da mentira, a barbárie do genocídio, da falta de respeito com o povo brasileiro. Por isso nós vamos fazer uma campanha muito intensa nas redes e na televisão para restabelecer a verdade neste país — disse.

Lula também afirmou que sua campanha deverá continuar a a pedir direitos de resposta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso a campanha de Bolsonaro continue a divulgar “fake news” contra o petista. O tribunal formou maioria para conceder ao ex-presidente 116 inserções de direito de resposta na última semana do horário eleitoral de rádio e TV.

Na manhã deste domingo, em ato de campanha em uma igreja evangélica, o presidente Jair Bolsonaro intensificou os ataques à esquerda e ao PT, com um discurso repleto de acusações não confirmadas contra o adversário.

A ex-deputada Cristiane Brasil ameaçou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, após ação da Polícia Federal contra o pai, Roberto Jefferson. “Nós vamos atrás de você!”, afirmou, em vídeo publicado por ela no Twitter, enquanto criticava o ministro. Minutos depois, a conta dela foi derrubada da plataforma “em resposta a uma demanda judicial”.

 ex-presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) foi alvo de mandado de prisão pela PF neste domingo (23/10). Ao receber a corporação em casa, no Rio de Janeiro, ele trocou tiros com os policiais e atingiu uma agente. Ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos do policial. A informação foi confirmada pela corporação ao Metrópoles.

Cristiane gravou uma série de vídeos enquanto acontecia a operação, antes de ter a conta derrubada. “Isso é o estopim do que vai acontecer daqui para frente caso aconteça alguma coisa”, ameaçou. De São Paulo, ela subiu o tom contra Moraes, instigou a população a ir até à casa do pai, disse que “ordem ilegal não se cumpre” e pediu até a intervenção do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro publicou que determinou a ida do Ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para “acompanhar o andamento deste lamentável episódio”. Cristiane diz que Jefferson não vai se entregar. “Meu pai não tem nada de louco. Vi a imprensa tentando fazer meu pai como um jagunço, que não soube como agir na questão da Carmén Lúcia… Meu pai está enfrentando à bala.”

Prisão

Roberto Jefferson também gravou vídeos durante a ação da PF. O discurso do ex-deputado também é de que ele não vai se entregar e que, caso algo aconteça com ele, há uma “semente plantada”. Ele está em prisão domiciliar. Presidente de honra do PTB, o político foi preso no dia 13 de agosto de 2021, acusado de integrar milícias digitais que ferem a democracia.

Ele chegou a defender uma intervenção militar e afirmar que as eleições eram fraudulentas. O ministro Alexandre de Moraes substituiu a preventiva pela domiciliar em janeiro deste ano, mas, após ataques à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (23/10), entidades viram novos crimes e pediram o retorno à prisão preventiva.

Por Tales Farias, colunista do UOL

Deu no Twitter o post do presidente Jair Bolsonaro (PL) declarando que não concorda com as agressões do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) à ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e sua ação armada contra a Polícia Federal. Às vésperas da eleição do novo presidente da República, a proximidade com Jefferson é perigos para o candidato a reeleição ao Planalto.

Mas Bolsonaro não resiste. Ele insiste em manter a corda esticada contra o STF, dizendo que também repudia “a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a participação do MP” (Ministério Público). São os inquéritos que apuram abusos contra a ordem democrática que tramitam na Corte, diante da inação do procurador geral da República, Augusto Aras, designado por Bolsonaro.

Jefferson divulgou um vídeo em que afirma que a ministra “lembra aquelas prostitutas, arrombadas, que dizem ‘ai, benzinho, nunca dei o rabinho’ “.

Mas não foi por isso que Alexandre de Moraes mandou os policiais à sua casa e foram recebidos à bala pelo ex-deputado. Dois deles atingidos na cabeça, segundo as primeiras informações.

O que moveu a ida à casa do ex-deputado foi o fato de a Polícia Federal ter apurado que Roberto Jefferson planejava uma ação violenta para depois de terça-feira, quando, por causa da proximidade das eleições, a legislação impediria sua detenção.

Bolsonaro não consegue e não conseguirá se afastar das atitudes violentas de Jefferson por um motivo muito simples: a violência sempre integrou o discurso de seus aliados desta e de outras campanhas eleitorais de que o presidente da República participou.

O deputado Daniel Silveira, aquele que rasgou a placa de Marielle, também ameaçou ministros do Supremo e desobedeceu a ordens de utilizar tornozeleira eletrônica. Acabou premado com uma solenidade no Planalto, o perdão presidencial à sua condenação e o apoio de Bolsonaro à sua candidatura ao Senado. Por sorte, não foi eleito.

Todos sabíamos que estávamos em uma escalada de violência promovida pelo próprio presidente da República, que já causou outros ataques, até com morte. Como no caso do assassinato de um petista em Foz do Iguaçu por um militante bolsonarista.

No Sete de Setembro do ano passado, chegou a ser anunciada um tomada de Brasília pelas forças bolsonaristas, com discursos do presidente contra os ministros do Supremo.

Só não ocorreu pela reação dura do próprio STF, antecipando-se com prisões e abertura de investigações contra aqueles que expuseram publicamente suas intenções. Essas mesmas investigações que Bolsonaro afirma serem ilegais, mas que, se não tivessem sido abertas, permitiriam a continuidade da marcha da insensatez.

Resta ver como isso tudo se refletirá na campanha pela reeleição do presidente. Até agora suas taxas intenções de voto nas pesquisas têm resistido às más notícias, como o ataque de bolsonaristas ao arcebispo de Nossa Senhora de Aparecida durante os festejos da padroeira do Brasil.

Nem a declaração do presidente de que “pintou um clima” entre ele e meninas de 14 a 16 anos, a quem classificou como garotas de programa fez com que ele despencasse nas pesquisas.

Pode ser que Bolsonaro não venha a despencar nas pesquisas até o próximo dia 30. Mas será impossível ele descolar-se, perante a História, de atos de violência como este de Roberto Jefferson.

O que preocupa Bolsonaro, no entanto, não é a História, é apenas a votação do próximo dia 30. Por isso agora ele quer se livrar de Jefferson, após apoiar rebeliões contra o STF.

Da Revista Oeste

O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), determinou neste domingo, 23, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, vá até a casa do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ). Hoje, a Polícia Federal (PF) foi até a residência do ex-parlamentar, na cidade do Rio de Janeiro, e trocou tiros com ele.

“Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF”, escreveu o chefe do Executivo, nas redes sociais. “Bem como repudio a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP. Determinei a ida do ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento deste lamentável episódio.”

Os dois candidatos à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) e Luís Inácio Lula da Silva (PT), se manifestaram sobre o caso em suas redes sociais.

“Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”, postou Bolsonaro no Twitter.

Já Lula postou o seguinte:

“As ofensas contra a Cármen Lúcia não podem ser aceitas por ninguém que respeita a democracia. Criaram na sociedade uma parcela violenta. Uma máquina de destruição de valores democráticos. Isso gera o comportamento como o que vimos hoje.”

Do Blog do Dércio

Em vídeo gravado no início da tarde deste domingo (23) o cunhado de Roberto Jefferson afirma que ele não foi preso ainda e estaria aguardando o ministro da Justiça para se entregar em segurança.

O homem explica que ele não atirou na PF, apenas jogou uma granada e os estilhaços feriram a policial, que já foi socorrida para um hospital da região e passa por cuidados médicos.

Com receio do pior, o interlocutor destaca, ainda, que Roberto Jefferson está portando uma metralhadora e que o final pode ser trágico. A residência do ex-presidente do PTB está cercada por policiais federais e militares.

Do G1

O ex-deputado Roberto Jefferson atirou em policiais federais que foram cumprir o mandado de prisão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no começo da tarde deste domingo (23), na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro. A informação é confirmada por fontes da PF e pelo advogado de Jefferson, Luiz Gustavo Cunha. Jefferson é aliado do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com as primeiras informações, Roberto Jefferson resistiu à prisão. Pelo menos dois policiais foram feridos, sem gravidade. Os feridos são o delegado Marcelo Vilella, que teria sido atingido na cabeça e na perna, e uma policial identificada apenas como Karina, ferida na cabeça. Os dois foram atendidos em um hospital da região e já tiveram alta.

Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar foram ao local para negociar uma rendição. Jefferson, investigado no inquérito que apura atividades de uma organização criminosa que teria agido para atentar contra o Estado Democrático de Direito, atualmente cumpre prisão domiciliar.

Uma das medidas que ele deveria cumprir na prisão domiciliar é não participar de redes sociais. Nos últimos dias, surgiu um vídeo em que o ex-deputado profere ofensas de baixo calão contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao reclamar de decisão tomada por ela.

Do Antagonista

Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, publicou nas redes sociais o endereço do ex-deputado para que apoiadores compareçam ao local e defendam seu pai. “Xandão vai matar meu pai hoje. Mandou a polícia prendê-lo e ele não vai se entregar. Está trocando tiros com os soldados da MILÍCIA DO XANDÃO!!! Deus ajude a nossa família!”, escreveu.

Neste domingo, Jefferson divulgou vídeo em que afirma ter trocado tiros com agentes da Polícia Federal durante a tentativa de prisão. Fontes que acompanham o caso confirmaram a ocorrência.

Como noticiamos, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal prenda Roberto Jefferson após divulgação de novos vídeos com ataques do ex-deputado ao processo eleitoral e a ministros do STF e TSE.

Do Misto Brasília 

Nos dias 11 e 12 de novembro será realizada, em Brasília, a 17ª edição da Vinum Brasilis. Serão cerca de 30 vinícolas e mais de 180 rótulos nacionais para degustação e compra. Evento será no salão Millennium da Ascade.

Amanhã, acontece o Concurso Vinum Brasilis, que vai eleger, através de júri técnico especializado, o Melhor Tinto, Melhor Espumante Champenoise e Melhor Espumante Charmat. O resultado será revelado durante a feira, onde os ganhadores terão selos exclusivos.

Podem ser encontrados espumantes, tintos, brancos e rosés, além de produtos de terroir brasileiro, como queijos, embutidos, sucos e cafés. O evento ocorre desde 2022 com vinícolas, incluindo orgânicas.

Entre as vinícolas confirmadas estão Cave Geisse, Monte Reale, Vinum Terra, Perini, Rio Sol, Miolo, Don Giovani, Pizatto, Salton, Aurora, Maximo Bolschi, Gran Legado, Larentis, Campos de Cima, Fabian, Suzin, Casa Valduga, Amitié, Sanabria, Zanela, Terraças, Tenutta Foppa e Ambrosi, Batalha e Garibaldi.

Durante a feira, os visitantes poderão degustar rótulos dos melhores produtores nacionais, além de ter contato direto com os enólogos e outros especialistas do mercado. O segundo lote de ingressos pode ser comprado até o dia 06/11 a R$ 140,00.