Grupo especial da PF e BOPE são acionados para negociar rendição de Jefferson

Da coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles

O grupo especial da Polícia Federal e negociadores do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) do Rio de Janeiro foram acionados para ajudar a negociar a rendição do presidente do PTB, Roberto Jefferson, neste domingo (23/10).

O dirigente partidário estava em prisão domiciliar em sua casa, no interior do Rio, mas a prisão regular foi reestabelecida neste sábado (22/10), pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, após Jefferson xingar a ministra do Supremo Cármen Lúcia.

Integrantes da PF tentaram, neste domingo, cumprir a ordem de Moraes. O presidente do PTB, no entanto, reagiu e atirou contra os policiais. Um delegado e uma agente da corporação foram feridos, mas passam bem.

Até o final da tarde deste domingo, Jefferson seguia dentro de casa, localizada na cidade de Comendador Levy Gasparian. O ministro da Justiça, Anderson Torres, também foi escalado para ir ao local ajudar nas negociações.

Do Estadão

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), que lançou granada contra agentes da Polícia Federal, ferindo dois deles, na manhã deste domingo, 23, aguarda a chegada do ministro da Justiça, Anderson Torres, no município de Levy Gasparian (RJ), para se entregar e voltar para a prisão.

A defesa de Jefferson diz que ele não se entregou e aguarda a chegada de Torres “para poder ir em segurança”. Ele está em sua residência no Sul fluminense, onde cumpre prisão domiciliar desde o começo do ano. De acordo com a PF, os agentes cumpriam um mandado de prisão contra o ex-deputado, quando Jefferson reagiu à abordagem. Ambos estariam fora de perigo.

Em sua rede social, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que determinou a ida do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, ao Rio de Janeiro para acompanhar o “andamento deste lamentável episódio”. Na mesma postagem, contudo, o presidente voltou a criticar a atuação da Justiça, dizendo repudiar “a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”.

“Policiais federais foram à casa do alvo para cumprir ordem de prisão determinada, na data de ontem (sábado, 22), pelo STF, e durante a diligência, na manhã de hoje (domingo, 23), o alvo reagiu à abordagem da PF que se preparava para entrar na residência. Dois policiais foram atingidos por estilhaços, mas passam bem. A diligência está em andamento”, informou em nota a PF do Rio.

Da CNN Brasil

Em nova decisão proferida neste domingo (23), o ministro Alexandre de Moraes determina prisão em flagrante de Roberto Jefferson por suspeita de tentativa de homicídio de dois policiais federais, num atentado cometido e confessado por Jefferson como reação a ordem de prisão anterior.

O ministro cita relatório da Polícia Federal (PF) e vídeo do próprio Jefferson, onde ele admite ter atirado contra a PF.

Moraes ainda afirma que “qualquer autoridade” que haja para retardar a prisão pela PF estará sujeita a enquadramento por crime de prevaricação. A PF tem ordem para cumprir a decisão “em qualquer horário” e está proibida de permitir qualquer “coletiva de imprensa” pelo réu.

A Polícia Federal (PF) divulgou uma nota à imprensa para comentar oficialmente o cumprimento do mandado de prisão contra o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). A ordem partiu do Supremo Tribunal Federal (STF) e a ação começou na tarde deste domingo (23/10) na cidade de Levy Gasparian, no estado do Rio de Janeiro.

“Durante a diligência, o alvo do mandado reagiu à ordem de prisão anunciada pelos policiais federais. Na ação, dois policiais foram feridos por estilhaços de granada arremessada pelo alvo e levados imediatamente ao pronto socorro. Após o atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem”, diz o texto. As informações são da Metrópoles.

A nota esclarece ainda que a equipe do local foi reforçada e segue na porta da casa de Jefferson para cumprir a decisão judicial. Os agentes da PF cumpriam ordem de Alexandre de Moraes, ministro do STF e presidente do Tribunal Superior eleitoral (TSE), que determinou a prisão do ex-deputado após ele ofender a ministra do STF Cármen Lúcia – além de ataques à Corte e ao sistema eleitoral. Mais cedo, parlamentares haviam protocolado pedido de prisão contra Jefferson.

Leia a nota na íntegra:

A Polícia Federal informa que na data de hoje, 22/10, cumpre mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal, na cidade de Levy Gasparian, no estado do Rio de Janeiro.

Durante a diligência, o alvo do mandado reagiu à ordem de prisão anunciada pelos policiais federais. Na ação, dois policiais foram feridos por estilhaços de granada arremessada pelo alvo e levados imediatamente ao pronto socorro. Após o atendimento médico, ambos foram liberados e passam bem.

A equipe da PF foi reforçada e os policiais permanecem no local com o objetivo de cumprir a determinação judicial.

Do Portal Bol

A pastora e ex-deputada Liliam Sá afirmou à imprensa que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) entregou as armas após a chegada de Padre Kelmon (PTB) à casa dele, em Levy Gasparian (RJ), na tarde de hoje. Segundo ela, neste momento, o ex-deputado negocia sua rendição com os policiais.

Na manhã de hoje, Jefferson atirou contra policiais federais que tentavam cumprir um mandado de prisão contra ele por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Dois policiais ficaram feridos, atingidos por estilhaços, mas passam bem, segundo a corporação.

Padre Kelmon, que substituiu Jefferson na disputa pela Presidência, foi ovacionado por um grupo de apoiadores ao chegar ao local e acompanha as negociações de perto.

No entorno da casa de Jefferson há três carros do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), sete da PM (Polícia Militar) e três viaturas da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

O cinegrafista Roberto de Paula, da TV Globo, foi agredido por bolsonaristas que deixaram suas casas para fazer vigília em Comendador Levy Gasparian (RJ), cidade do ex-deputado Roberto Jefferson.

“Rogério foi encaminhado para um hospital da região, onde passa por exames. A câmera atingiu a cabeça do cinegrafista, exatamente na região em que ele passou por uma cirurgia neurológica recentemente. O profissional vai registrar boletim de ocorrência”, explicou o SBT News.

Por Vicente Nunes*

De pouco vai adiantar a nota de repúdio divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro ao ataque de Roberto Jefferson, aliado dele, à Polícia Federal. O ex-deputado, que tem uma ficha corrida enorme, atingiu dois policiais com tiros e granadas ao reagir a um mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Jefferson estava em prisão domiciliar, que foi revogada, e proibido de usar as redes sociais. O ex-deputado representa o que há de pior da milícia que se armou no país, beneficiada pela flexibilização na compra de armas. Bolsonaro patrocinou tal barbaridade.

O ataque de Jefferson, um contumaz fora da lei, é uma afronta ao Estado Democrático de Direito. Não é possível que o país aceite, passivamente, as cenas de barbárie que estamos assistindo. Todo o crime cometido por Jefferson foi premeditado. Ele estava orientando a tumultuar o processo eleitoral a uma semana de os brasileiros voltarem às urnas. Fez o que fez acreditando que sairia como um mártir, o que poderia beneficiar Bolsonaro. Está claro, porém, que o ex-deputado é um bandido, que tem 13 armas em casa, todas registradas como se fossem de um caçador.

Como pode alguém que cumpre prisão domiciliar ter 13 armas em casa? Tudo isso aconteceu aos olhos da Justiça e da sociedade, que se omite ante os absurdos cometidos pelo governo, que incentiva o armamento da população. Assim como Jefferson atacou dois policiais federais, aqueles que estão armados podem sair atirando por se sentirem contrariados. O Brasil está virando uma terra sem lei, de milicianos disfarçados de cidadãos de bem. Muita coisa ruim ainda está por vir. O país caminha para o precipício.

Antes de atacar policiais a tiros e com granadas, Roberto Jefferson desferiu agressões verbais à ministra Cármem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), um absurdo sem tamanho. Foram desferidas palavras chulas a uma representante do Judiciário, uma das mais respeitadas integrantes da alta Corte do país. Jefferson não tem limites em suas ações. É um criminoso que precisa ser retirado do convívio social. Um condenado que confronta as instituições democráticas. É inaceitável que o aliado do presidente Jair Bolsonaro fique impune.

*Do Blog do Vicente, no Correio Braziliense.

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) foi preso em agosto do ano passado, em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das milícias digitais, o qual ele é relator do processo. Em janeiro deste ano, foi concedido ao político a substituição de regime para prisão domiciliar, com medidas impostas em contrapartida por Moraes, como a proibição de qualquer comunicação exterior, incluindo participação nas redes sociais.

Na última sexta-feira (21), ele não só desrespeitou este tópico, como foi além: disparou ofensas misóginas contra a ministra do Supremo Cármen Lucia, por discordar de um voto dado por ela no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com a prisão revertida em regime fechado, ele trocou tiros com policiais neste domingo (23). Entenda o caso. As informações são do O Globo.

No vídeo gravado por Jefferson, que circulou nas redes através de aliados do ex-deputado, ele chama Cármen Lúcia de “bruxa de Blair”, além de compará-la com uma prostituta. A gravação gerou a reação de ministros, como o próprio Alexandre de Moraes, que publicou uma nota de repúdio à fala do ex-parlamentar. A presidente do STF, a ministra Rosa Weber, também se manifestou sobre o tema, afirmando que a agressão à colega foi “sórdida e vil” e que trata-se de “expressão da mais repulsiva misoginia”.

Ainda na noite de sexta-feira, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia foi pelo menos uma das entidades que protocolaram no Supremo pedido para que o benefício da prisão domiciliar a Roberto Jefferson fosse revogado por desrespeito às medidas impostas por Moraes.

As proibições eram:

  • proibição de qualquer comunicação exterior, inclusive participação nas redes sociais;
  • proibição de visitas sem autorização judicial;
  • proibição de qualquer espécie de entrevista, salvo com autorização judicial;
  • proibição de contatos com outros investigados no inquérito das milícias digitais.

O STF julgou como procedente o argumento e ordenou, neste domingo, que agentes da Polícia Federal fossem a Comendador Levy Gasparian, na Costa Verde do RJ, onde o ex-deputado federal vive.

No início da tarde, por volta de 12h, Jefferson gravou vídeos, onde mostra através da câmera de segurança de sua residência, a chegada dos agentes da Polícia Federal. Por diversas vezes, ele afirma que não irá se entregar, e que só deixa a sua casa morto. Em gravação feita minutos depois, ele mostra, através do mesmo circuito de segurança, a viatura da PF repleta de marcas de disparos de arma de fogo, e afirma ter trocado tiros com os agentes. Ao fundo, é possível ouvir uma voz feminina tentando acalmá-lo o tempo todo.

Dois agentes teriam sido feridos de raspão por estilhaços. Jefferson teria atirado, inclusive, uma granada. Procurada pelo GLOBO, a Polícia Federal ainda não se manifestou sobre o incidente. Ele segue resistindo à prisão.

Ao restabelecer a prisão do ex-deputado e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, listou os ‘notórios e públicos’ descumprimentos de medidas cautelares impostas ao aliado do presidente Jair Bolsonaro, citando inclusive as ‘ofensas e agressões abjetas’ feitas à ministra Cármen Lúcia nesta sexta-feira, 21. Jefferson chamou a ministra de ‘bruxa’ e disse que a magistrada ‘é podre por dentro e horrorosa por fora’ após ela votar favoravelmente, no Tribunal Superior Eleitoral, a um pedido da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O mandado para prender o ex-deputado federal Roberto Jefferson é assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e foi enviado para a Polícia Federal do Rio de Janeiro no fim da noite do sábado, 22. O ex-parlamentar está em prisão domiciliar.

A decisão de Moraes manda Jefferson de volta para a cadeia. Neste domingo, 23, a Polícia Federal foi até o município de Levy Gasparian, no interior do Rio, para cumprir o mandado. As informações são do Estadão.

A filha de Jefferson, a ex-deputada Cristiane Brasil, afirma que houve troca de tiros entre o pai e policiais federais. Por volta das 14h20, o ex-deputado estava entrincheirado em casa e a PF se mantinha do lado de fora da casa dele. A corporação confirmou que Jefferson reagiu à abordagem e informou que dois policiais ‘foram atingidos por estilhaços, mas passam bem’.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais por parlamentares de direita mostra o que parece ser um circuito interno de segurança da casa de Roberto Jefferson. Uma voz, que se assemelha a do ex-deputado, começa a dizer que não vai se entregar. “Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente. Eu vou enfrentá-los”, disse.

A ordem de Moraes vem logo depois de ataques feitos por Jefferson à ministra do STF Cármen Lúcia. Em vídeo divulgado na sexta-feira, 21, Jefferson comparou a ministra a uma “prostituta” por ela ter votado a favor de punição da Jovem Pan. Ele usou também os termos “Bruxa de Blair” e “Carmen Lúcifer” para se referir à ministra. Os ataques foram fortemente repudiados por Moraes, a presidente do Supremo, Rosa Weber, juízes federais e políticos.