Programa milionário de alfabetização do PT no Piauí incluiu até mortos

Regina Souza e Wellington Dias

O Brasil é um país onde proliferam exemplos de mau uso de dinheiro público ao longo da história, mas ainda assim sempre é possível se surpreender com alguma modalidade diferente de desvio de recursos do contribuinte. A última veio do Piauí, onde um relatório do Tribunal de Contas do Estado encontrou mais de 1 000 mortos cadastrados em um programa de alfabetização tocado pelo governo estadual nas gestões de Wellington Dias (PT) e sua sucessora, Regina Sousa (PT).

Além dos falecidos, a auditoria descobriu que entre os matriculados havia mais de 5 500 funcionários públicos — que, pela natureza da função, que exige concurso, devem saber ler e escrever — e mais de 1 000 jovens de até 18 anos, que não poderiam estar inscritos em um programa cujo foco é o público adulto. Tudo isso intermediado por empresas contratadas sem comprovar nenhuma experiência com serviços educacionais e com endereços para lá de suspeitos. As informações são da Veja.

A longa lista de irregularidades foi detectada em uma auditoria feita entre março e junho deste ano. A avaliação do TCE é que o programa, planejado para consumir 342 milhões de reais, admitiu alunos e instituições que não atendem aos critérios e que há um alto risco de superfaturamento e dano aos cofres públicos. 

Lançado em julho de 2021, quando o governo estava sob o comando de Dias — que renunciou em março para disputar o Senado —, o Proaja visa alfabetizar 200 000 pessoas através de convênios com instituições privadas. O número corresponde à metade dos adultos analfabetos do Piauí, estado onde 16% da população adulta não sabe ler nem escrever.

O ponto central do caso está nas empresas contratadas para prestar o serviço. Das 39, em doze não há funcionários, cinco não tiveram sua sede encontrada pelos auditores e pelo menos uma dezena não possui capacidade operativa educacional, segundo o relatório. O TCE também classificou como ineficiente o monitoramento da FGV, contratada pela Secretaria da Educação para acompanhar o programa. A evidência de superfaturamento se dá porque o valor é investido de acordo com o número de alunos e entidades — cada alfabetizado recebe 440 reais como incentivo e auxílio para materiais, e cada empresa recebe 1. 310 reais por estudante.

Em sua defesa, o governo aponta o dedo para as empresas (como se não fosse sua função escolher e fiscalizar a atuação delas). Diz que a busca de alunos é feita por essas parceiras e que os nomes apresentados pelo TCE como irregulares estão de fato na lista de 340 mil inscritos no programa, mas não entre os 170 mil aprovados até agora.

Logo, os 58,8 milhões de reais já investidos foram pagos, na versão do estado, somente a alunos e instituições que atendem aos critérios necessários. A secretaria também defende a tese de que as empresas são confiáveis mesmo sem sede porque, em muitos casos, a alfabetização é feita na casa das pessoas, ou em igrejas e associações locais. 

O secretário de Educação, Ellen Gera de Brito Moura, lembra que a idade do público-alvo e a sua extensão, que se propõe a chegar a áreas remotas do estado, dificultam o monitoramento dos dados.  “Se identificarmos que alguma matrícula foi forjada a descredenciaremos”, diz. 

Se o estado não convencer o TCE em sua defesa (evidentemente, vai ser bem complicado justificar os alunos mortos), o negócio será suspenso.

Elaborado por um órgão de controle habilitado para isso, o relatório tem potencial para se transformar em munição eleitoral. Candidato ao Senado, Wellington Dias tenta emplacar o seu ex-secretário Rafael Fonteles (PT) no governo. Do outro lado, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), apoia Silvio Mendes (União Brasil), principal postulante a acabar com a hegemonia de vinte anos do PT no Piauí.

Segundo pesquisa Real Time Big Data do final de junho, Mendes tem 39% e Fonteles, 26%, um bom desempenho num estado onde o petismo é muito forte. “Pode ser um dos maiores escândalos de corrupção da história do Piauí”, dispara o deputado estadual Gustavo Neiva (PP), aliado de Ciro. 

Nas redes sociais, rivais do petismo rebatizaram o programa de “Proajad — Programa de Alfabetização de Jovens, Adultos e Defuntos”. Independentemente da repercussão política, caberá aos órgãos competes punir as irregularidades praticadas e as responsabilidades de cada um. Afinal de contas, as suspeitas apontadas são consistentes e graves na direção de uma tentativa de dilapidar os cofres públicos. Coisa de gente muito viva, por sinal.

Durante café da manhã, a presidente do MDB Mulher Pernambuco e pré-candidata a deputada federal, Iza Arruda, e o deputado estadual João Paulo Silva, receberam o apoio do Sr. João Santos, presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Pernambuco (FETRAF). O prefeito da Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto, também participou do encontro.

Na ocasião, Iza Arruda destacou a importância da agricultura familiar para a cadeia econômica de Pernambuco. “Sabemos da importância da agricultura familiar na vida da gente. Muitos alimentos que chegam em nossas mesas passam pelas mãos desses homens e mulheres do campo. Fico muito feliz em receber esse apoio e seguir com a responsabilidade de trabalhar para garantir ainda mais reconhecimento para esses agricultores. Além do papel econômico, eles desempenham um papel social e de sustentabilidade que são fundamentais na nossa sociedade, afinal, se o campo não planta a gente não janta e se o campo não roça a gente não almoça”, celebrou Iza.

Por Houldine Nascimento
Do Poder360

As pré-candidaturas dos deputados Danilo Cabral (PSB) e Marília Arraes (SD) ao governo de Pernambuco travam uma disputa nas redes sociais pelo uso da imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a proximidade das eleições, os 2 postulantes ao Palácio do Campo das Princesas tentam se associar ao petista em razão de sua popularidade no Estado.

Solidariedade e PSB integram a coligação da pré-candidatura de Lula à Presidência. Em Pernambuco, no entanto, o PT indicou a deputada estadual Teresa Leitão para disputar o Senado na chapa de Cabral, formalizando a aliança com os socialistas –há 16 anos no poder.

Mesmo com o apoio oficial de Lula a Danilo Cabral, Marília Arraes tem explorado, nas redes sociais, a imagem do petista. Há um farto material composto por jingles, vídeos e fotos enfatizando sua relação com Lula.

A estratégia vem dando certo. Pesquisas eleitorais mostram Marília Arraes liderando com folga as intenções de voto, enquanto Danilo Cabral aparece em 5º.

A deputada foi filiada ao PT de 2016 a 2022. Deixou o partido em março e ingressou no Solidariedade para disputar o governo de Pernambuco.

Marília Arraes diz que sua relação com Lula é “orgânica” e vem desde 2002, quando votou pela 1ª vez. “Estivemos juntos, inclusive nos momentos mais difíceis, quando ele esteve preso e enfrentou uma das mais brutais perseguições políticas que esse país já viu. Temos unidade de pensamento e unidade programática”, declara ao Poder360.

Segundo ela, o uso que tem feito da imagem de Lula é legítimo: “O meu partido faz parte da aliança nacional que apoia a sua pré-candidatura. O que nós queremos é que Lula seja eleito e, para que isso aconteça, é importante conquistar cada vez mais apoios. Nós estamos com Lula sem chantagem, diferente do que acontece com alguns outros pré-candidatos que ficam para lá e para cá de acordo com a maré”.

Na última quarta-feira, a pré-candidata do Solidariedade lançou o “Lulômetro”, peça em que compara a “fidelidade” dos principais nomes na disputa ao governo do Estado a Lula. Além de Marília e Danilo, aparecem Miguel Coelho (União), Raquel Lyra (PSDB) e Anderson Ferreira (PL).

“Quem nunca votou em Aécio [Neves]”, “quem estava com Lula mesmo quando ele foi preso” e “para quem Lula torce de verdade” estão entre as perguntas.

Em 26 de junho, Marília Arraes divulgou o jingle “Marilhar”, com menções ao ex-governador Miguel Arraes, seu avô, já falecido, e ao ex-presidente Lula.

Em resposta, Cabral lançou em 2 de julho o jingle “Danilula”, junção dos nomes do socialista e do petista.

A disputa ultrapassou o Estado e chegou a Brasília na última quarta-feira. Durante evento de Lula com congressistas aliados, tanto Marília quanto Danilo posaram para fotos ao lado do petista e do pré-candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

A situação tem causado desconforto no PSB, principal aliado do PT nessa eleição. Ao Poder360, Danilo Cabral afirma que seu palanque é “o único que representa a frente liderada pelo presidente Lula” no Estado. 

“Tem gente que fica querendo confundir o eleitorado, mas isso será esclarecido ao longo da campanha. Nós temos uma aliança estratégica com o PT para devolver o Brasil aos brasileiros, isso significa eleger Lula presidente e também promover o reencontro de Pernambuco com o Brasil, elegendo Danilo governador e Teresa Leitão senadora”, diz.

O Psol também integra a coligação de Lula. O pré-candidato da sigla ao governo de Pernambuco, João Arnaldo, diz que o apoio ao petista se dá por “um acordo programático para mudar o Brasil, através das 12 propostas denominada ‘Direito ao Futuro’, apresentadas pelo Psol e acolhidas integralmente” pela campanha de Lula como base para um novo governo.

Ele critica o PSB por exigir exclusividade a Lula: “Estamos juntos com Lula, para derrotar o bolsonarismo a nível nacional e a velha política oportunista do PSB e seus aliados da velha direita, que agora constrangem o PT e Lula a apoiá-los como condição para compor a aliança nacional. Esse oportunismo político vai ser derrotado nessas eleições”.

IMPORTÂNCIA DO APOIO

Segundo a cientista política Priscila Lapa, a tentativa de Cabral associar seu nome ao de Lula é uma “estratégia de sobrevivência eleitoral” para o pessebista.

“Sem isso, a chance de Danilo Cabral se eleger é muito baixa. Ele ainda não conseguiu conectar sua imagem à de Lula e não está decolando nas pesquisas”, declara.

Para Lapa, há um “enfraquecimento” do sentimento antipetista nestas eleições: “O antipetismo foi perdendo força e a situação econômica deu uma proeminência ao ex-presidente Lula no Estado a ponto de ele ser colocado como um possível transferidor de votos. Hoje, há uma disputa clara pelo espólio desse eleitorado de Lula”.

Ainda segundo a cientista política, essa busca dos candidatos pela imagem do petista se deve à nacionalização do pleito. “Não há como separar na cabeça do eleitor o cenário nacional do local, além dessa disputa de narrativa sobre o quanto ser aliado de Lula é importante para que um governo estadual seja bem-sucedido”, diz.

O Poder360 apurou que o ex-presidente Lula estará em Pernambuco nos dias 20 e 21 de julho. Deve realizar um comício no Pátio do Carmo, no Recife, e participar de agendas em Serra Talhada e Garanhuns ao lado de Danilo e de outros integrantes da Frente Popular –coligação liderada pelo PSB no Estado.

A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, no exercício da Presidência, autorizou o Ministério Público Federal (MPF) a colher o depoimento do ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco e do ex-presidente do Banco do Brasil Rubem Novaes, no âmbito da Petição (PET) 10436. Autor do pedido, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou notícia-crime por suposta tentativa do presidente da República, Jair Bolsonaro, de interferir na Petrobras.

O pedido de investigação apresentado pelo senador tem como base conversa divulgada pela imprensa em que o ex-presidente da Petrobras diz para Novaes que teria, em seu celular, mensagens e áudios que poderiam incriminar o chefe do Executivo federal.

A manifestação assinada pela sub-procuradora-geral da República Lindôra Araújo foi enviada ao Supremo em resposta a despacho do relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso. Em razão das férias forenses, o caso foi encaminhado à ministra Rosa Weber. Na manifestação, a sub-procuradora-geral afirma que não há ainda elementos suficientes para instaurar a investigação, mas o diálogo mantido pelos dois interlocutores, e não negado por eles, requer informações, de forma a se esclarecer as mensagens e áudios de celular que supostamente poderiam incriminar o presidente da República.

O MPF quer saber de Castello Branco em que datas, circunstâncias e contextos tais mensagens foram encaminhadas ou recebidas e por qual motivo não as apresentou às autoridades competentes. Também pede que Rubem Novaes esclareça o histórico de contato e a natureza da conversa, apresentando, se possível, detalhes sobre as mensagens trocadas e os supostos fatos e tipos delitivos aos quais o ex-presidente da Petrobras teria se reportado.

Ao deferir o pedido de diligências feito pelo MPF, a ministra Rosa Weber afirmou que tais providências respeitam tanto o interesse social de apuração de fatos potencialmente criminosos quanto as liberdades individuais do potencial investigado, “evitando o constrangimento de eventual submissão a procedimento investigatório sem suporte mínimo de corroboração”.

Em sua decisão, a ministra também esclareceu que, no caso em questão, não incide a cláusula de imunidade penal temporária do presidente da República, prevista no artigo 86, parágrafo 4º, da Constituição Federal. O dispositivo estabelece que “o presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”.

Por fim, ela lembra que não há óbice em relação ao pedido do MPF de realizar diretamente a oitiva das pessoas indicadas, e citou nesse sentido o entendimento fixado pelo STF no julgamento do RE 593727, com repercussão geral, que assegurou ao Ministério Público a atribuição para promover, por autoridade própria e por prazo razoável, investigações de natureza penal.

Marcelo Arruda e Jorge Guaranho

A delegada responsável pelo caso da morte do guarda municipal e tesoureiro petista morto em Foz do Iguaçu (PR), Camila Cecconello, afirmou que as investigações podem mudar de rumo com perícia no celular do suspeito. O agressor, Jorge José da Rocha Guaranho, 38 anos, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e por causar perigo comum) ao atirar contra Marcelo Arruda.

A declaração foi dada à repórter Isabela Camargo, da GloboNews, na noite de ontem. Na entrevista, Cecconello afirma que uma das primeiras ações da polícia foi ir atrás do celular de Guaranho. Segundo ela, é essencial a extração do conteúdo de telefone porque pode haver algum comentário do suspeito sobre o caso. As informações são do Metrópoles.

“Então, a análise do celular é muito importante sim e pode trazer algum elemento novo na investigação”, disse a delegada. “Mas como temos um prazo a cumprir, sob pena de que o não cumprimento pode acarretar a soltura do réu, nós temos que relatar o inquérito com os elementos que nós temos e, claro, aguardar”, continuou.

A data limite para a entrega do inquérito estava marcada para próxima terça-feira. Durante a coletiva que divulgou o indiciamento de Guaranho, a Polícia Civil do Paraná concluiu que o caso não poderia ser enquadrado, juridicamente, como crime de motivação política.

Segundo Cecconello, “não há provas de que foi um crime de ódio pelo fato de a vítima ser petista”. A briga teria começado por questões políticas, mas, para a polícia, a escalada da violência virou um assunto pessoal. O assassino teria decidido voltar à festa por ter se sentido humilhado pela vítima.

Marcelo Arruda foi morto durante a festa de aniversário de 50 anos no último sábado (9/7).

Confira a cronologia do caso:

  • Uma pessoa, em um churrasco, acessou imagens de circuito interno de segurança de onde ocorria festa. Jorge José estava no evento e perguntou onde era realizada a comemoração, mas não fez comentários. Ele, segundo a polícia, ingeriu bebida alcoólica.
  • Segundo os depoimentos, ele chegou ao local da festa de Marcelo ouvindo uma música ligada à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).
  • Houve uma discussão entre eles. Marcelo jogou terra e pedras no carro de Jorge José, que foi embora, mas retornou ao local.
  • É solicitado ao porteiro que ele impeça a entrada do policial penal, mas Guaranho abriu o portão sozinho. Avisado de que Guaranho havia voltado, Marcelo, que era guarda municipal, carrega a arma e coloca na cintura.
  • Os dois começam a discutir, e a mulher de Marcelo tenta intervir. O petista e o policial penal ordenam um ao outro para abaixar a arma.
  • Jorge José da Rocha Guaranho atirou primeiro contra Marcelo, invadiu a festa e fez mais disparos. Ao todo foram quatro disparos, e dois atingiram a vítima. Marcelo reagiu com 10 tiros. Quatro acertaram Jorge José.

*Por Marcelo Tognozzi

Quando tinha 43 anos, James Webb foi nomeado vice-secretário de Estado pelo então presidente Harry Truman (1945-1953). Naquele ano de 1949, os Estados Unidos viviam o processo de consolidação como líder do chamado mundo livre e estavam prestes a embarcar na Guerra da Coreia (1950-1953). Webb, um advogado nascido na Carolina do Norte, recebeu a missão de reorganizar o Departamento de Estado focando na área de inteligência.

Num tempo em que o macartismo impunha suas regras, rotulando de comunista todo e qualquer inimigo potencial do american way of life, incluindo artistas como Lucile Ball, o maestro Leonard Bernstein e Orson Welles, James Webb fez vista grossa para as perseguições. Era vaidoso e arrogante, como quase todo jovem que chega rápido ao poder. Não queria perder seu tempo com as bobagens de um macartismo perseguidor de homossexuais e simpatizantes da esquerda.

Seu objetivo estava do outro lado do Atlântico: fortalecer a Otan. Ajudou a convencer Truman, argumentando que a União Soviética não teria sua expansão contida apenas pelos meios diplomáticos. Conseguiu reforçar a Otan com dinheiro, homens e armas. A força militar que hoje lidera o apoio à Ucrânia floresceu da semente plantada por Webb no início dos anos 1950.

Ele teve influência decisiva no envio de tropas para a Guerra da Coreia e da nomeação do general George Marshall, herói da 2ª Guerra, como secretário de Defesa. Antes de completar 50 anos, James Webb se tornou um sujeito com lugar permanente no radar de todos os governos até sua morte em 1992, aos 85 anos.

A popularidade bateu à sua porta aos 54 anos, quando aceitou o convite do presidente Kennedy para liderar a Nasa, num tempo em que a TV, o cinema e as histórias em quadrinhos povoavam o imaginário popular com heróis do espaço. Webb entrou para a História ao comandar a entrada dos Estados Unidos na corrida espacial. Em maio de 1961, o russo Yuri Gagarin foi o primeiro homem a entrar em órbita numa nave. Três meses depois, 5 de maio, Webb enviou Alan Shepard para um voo de 15 minutos e 187 metros de altitude. Em fevereiro de 1962, foi a vez de John Glenn subir numa nave e orbitar em torno da Terra durante quase 5 horas.

Em seguida, Webb comandou o projeto Apolo, mas já estava fora da Nasa quando o foguete Saturno 5 subiu com a Apollo 11, levando os primeiros astronautas a pisar na Lua. Deixou o programa espacial em 7 de outubro de 1968, no dia em que completou 62 anos.

James Webb poderia ser lembrado como um dos pioneiros do programa espacial americano, se seu entusiasmo e sua energia a toda prova não tivessem inspirado os criadores do telescópio construído para substituir o Hubble, 1º instrumento a nos permitir olhar o universo de dentro do espaço. Antes, o ponto de vista era sempre a partir da Terra. Foi assim que, em 22 de dezembro do ano passado, o consórcio da Nasa, Agência Espacial Europeia e Agência Espacial do Canadá colocou em órbita o Telescópio Espacial James Webb, um investimento de US$ 10 bilhões.

O Webb será nossos olhos no espaço pelo menos nos próximos 5 anos. Esta semana a mídia esqueceu um pouco a guerra na Ucrânia e as mazelas do nosso dia a dia, exibindo as primeiras imagens do novo telescópio espacial. Elas nos mostram uma nova forma de vermos e entendermos o universo, uma imensidão de pontos de luz, nebulosas, planetas, galáxias, tudo incrivelmente perfeito e lindo.

Aquele James Webb, muitas vezes arrogante no exercício do poder, muitas vezes intransigente no uso da força e da violência, agora dá nome aos olhos pelos quais a humanidade será capaz de enxergar com nitidez o quanto é diminuta, grandemente microscópica, no meio de tanta imensidão. Batizar o telescópio com seu nome, pode não ter sido apenas uma homenagem ao velho comandante da Nasa. Mas uma maneira inteligente de mostrar que ninguém é gente grande diante do infinito.

*Jornalista

Parece que Raquel Lyra, pré-candidata tucana ao Governo do Estado, passou a viver um verdadeiro inferno astral. Além de estagnar nas pesquisas e perder aliados de peso, a exemplo do grupo político liderado pela ex-prefeita de Bonito, Lúcia Heráclio, e de discutir com eleitor em Caruaru, na última quinta, sofreu outro abalo.

O blog apurou que o trio de comunicação da sua campanha, formado pelos jornalistas Hélio Júnior e Carlos Pimenta, além da publicitária Amanda Cardoso, que trabalhava com ela desde o início do seu primeiro mandato como prefeita, indo depois atuar na pré-campanha, a abandonou. Só não ficou claro, contudo, se o caso é demissão sumária por parte da própria Mainha, como é conhecida a ex-prefeita de Caruaru, ou de uma decisão da equipe.

Capítulo 32

Quando Anna Maria Ferreira Maciel, ou simplesmente Anna Maria, viúva de Marco Maciel, recebeu o facho da luz da vida na pequena Acajatuba, nos rincões do Amazonas, há 81 anos, não imaginava que logo, logo, a luz de quem lhe deu a vida iria se apagar. Dona Araminthas de Souza Ferreira, sua mãe, morreu em consequência do parto da décima quarta filha com André Rodrigues de Souza. O destino estava escrito nas estrelas para Anna ser criada pela avó Maria Rodrigues de Souza.

Mas quem lhe deu a régua e o compasso da vida foi uma de suas tias, Enedina, que, no curso na infância, fez cruzar o seu destino com Pernambuco, Estado que poderia ter sido o berço natal de Anna se seus bisavós não tivessem se estabelecido na região amazônica após um longo período de seca que assolou o sertão nordestino no fim do século passado.

Enedina, que ajudou a avó na criação de Anna, casou-se com Sávio Benevides, funcionário do Banco do Brasil, que vivia mudando de cidade, conforme as necessidades de transferências do banco. Passou primeiramente por Parintins, depois em Obidos, no Pará. Em seguida foi transferido para Aracati, no Ceará, e, posteriormente, para Caruaru.

Havendo concluído seus estudos primários no Amazonas, Anna Maria partiu para Recife de navio ao encontro de Enedina. Nesse mesmo período, um de seus primos faleceu de febre tifóide, deixando sua tia abalada emocionalmente. Em meados de fevereiro de 1957, chegou ao destino que lhe abrigara. Pelo fato de nunca ter saído de seu berço amazonense, e pelo desconforto com o novo clima semiárido que viveria em Caruaru, Anna Maria chorou copiosamente. 

Mas depois de pisar em solo pernambucano, nunca mais voltou a sua Acajatuba, cidade que quase não tem recordações, nem aquela foto na parede, como fez Carlos Drummond com sua Itabira. Se a Itabira do poeta mineiro na parede era sinal de dor da saudade, de Acajatuba Anna parece ter infiltrado no seu sangue apenas a virtude da coragem.

Em Caruaru, começou a frequentar o colégio mais tradicional da cidade, o do Sagrado Coração, onde fez muitas amizades. Mas a passagem pela terra de Vitalino foi curta. Sua família resolveu levá-la para Recife, a fim de que não perdesse o interesse pelos estudos, pois em Caruaru era requisitada em bailes, encontro de jovens e aniversários pela razão de sua inquietude. “Dancei e namorei muito em Caruaru”, recorda ela. 

As intempéries da vida, com o passar dos tempos, a fez uma mulher guerreira, daquelas que no dia a dia travam batalhas silenciosas, invisíveis, às vezes simples, muitas vezes complexas. De tão forte e decidida, Anna Maria parece ser aquela mulher que abala tudo quando pisa o chão, que acalma com seu colo, que amolece com sua ternura e vence com sua paciência.

Em 1959, ao chegar no Recife, Anna Maria foi morar na avenida Conde de Boa Vista, endereço perto de onde a família de Marco Maciel morava. Passou então a estudar no Colégio São José e logo nos primeiros meses, morou com uma amiga, voltando a viver com a família após uma nova transferência do tio bancário. No ano seguinte, prestou vestibular em Ciências Sociais e Filosofia, iniciando uma nova fase no campo acadêmico. Não sabia, entretanto, que o destino iria cruzar a sua vida com a de Marco Maciel. 

Com pouco tempo, conheceu o jovem Marco Antônio, como assim o tratou até a morte, que cursava Direito e era presidente do Diretório Central dos Estudantes de Pernambuco, já em campanha pela reeleição. A reeleição tinha um impasse na votação, pois Sílvia Suassuna, representante da Faculdade de Filosofia, era adepta ao grupo formado por Marco Maciel, seu amigo, mas estava sendo obrigada a votar em outra chapa. 

Com isso, houve um acordo em que ela se afastou e Anna Maria assumiu seu lugar, dando vantagem para a chapa de Maciel. Após pressão dos alunos de filosofia exigindo um representante do curso na chapa em vantagem, Anna Maria foi eleita segunda-secretária do DCE. Com a aproximação criada dentro do DCE e com as ideias vanguardistas e estilo hiperativo, Anna Maria começou a ter ainda mais afeição por Marco Maciel. 

Começaram a nutrir sentimentos mútuos que os levaram até o namoro, que durou cinco anos. Durante esse tempo, Anna Maria sempre questionou o temperamento tímido e introspectivo de Marco Antônio, contraponto para a carreira política que ele almejava. Noivaram e Maciel, já deputado estadual, conseguiu um financiamento de 15 anos e comprou uma casa. 

O casal contraiu núpcias em 28 de dezembro de 1967, na Igreja do Espinheiro, numa cerimônia celebrada pelo padre Melo e por um frade da Ordem dos Carmelitas, Dom Eliseu. Como lua de mel, viajaram para o Rio de Janeiro e Salvador. Da relação, tiveram três filhos: Gisela, Cristiana e João Maurício. Já formada em Ciências Sociais, Anna Maria passou num concurso da Sudene e foi trabalhar no setor de Recursos Humanos, no qual também fazia pesquisas sociais.

Por 54 anos, conviveu com Marco Maciel. Foi primeira-dama de Pernambuco em 15 de março de 1979, com a posse do marido. Durante o governo de Marco Maciel, viveu intimamente momentos decisivos da história política do Estado. Participou de campanhas, inauguração de adutoras e projetos assistenciais, além de ter dirigido a Cruzada de Ação Social. 

O gabinete do governador era embaixo da residência, ele se empolgava e não tinha hora para subir, nem para comer, descansar, era horrível. “Muitas vezes, eu ficava de madrugada esperando ele chegar do interior, sentada na sala virada para frente olhando a passarada na Praça da República. Quando amanhece, ali enche de pássaro e é lindo. Sou fascinada por pássaros. Eu queria acariciar os pássaros, mas eles não chegavam perto”, contou. 

Com a posse de Marco Maciel em 1 de janeiro de 1995 como vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso, Anna Maria se tornou a segunda-dama do Brasil, substituindo depois de um período de dez anos, a ex-segunda-dama Marly Sarney. Há 15 dias, num longo depoimento sobre o drama de Marco Maciel para vencer o Alzheimer, Anna Maria falou sobre o drama da perda da mãe no seu parto.

“Minha mãe morreu em consequência do parto. Eu era caçula de 14 filhos, fui criada pelas minhas tias. Minha mãe, até para morrer, era diferente. As pessoas morriam na cama de casa, dizendo o que queriam. Antes de morrer, ela falou que queria que eu viesse para a capital. Então, sou registrada nascida em Manaus”, disse. 

Sobre a relação com Maciel, ainda recorda que ele nunca teve ciúmes. “Nunca se preocupou para onde eu ia ou deixava de ir, se eu pintava o cabelo de verde, azul, amarelo, nunca deu palpite. Ele só tinha dois ciumes, que era a coisa mais engraçada: que eu não ousasse colocar vestido muito decotado nem vestido curto. Ele não gostava. Ele também não gostava de chegar em casa e eu não estar. Ele botava uma tromba de elefante. Mas eu podia sair para onde eu quisesse, mas desde que quando ele chegasse em casa, eu estivesse”, acrescenta.

Nos últimos dez anos, Anna Maria viu o mundo desabar sobre a sua cabeça com a confirmação de que o marido havia desenvolvido Alzheimer. Foi ao longo desse tempo que ela revelou-se mais guerreira ainda. Não foi fácil. “Quando a doença apareceu, se eu saísse, ele enlouquecia. Uma vez ele ligou para o meu filho e disse: “Sua mãe sumiu”. E aí meu filho disse: “Meu Deus”. E eu tinha um hábito muito ruim, que era não ver o celular. Eu estava com meu celular desligado. E aí João Maurício, meu filho, resolveu vir aqui. E aí quando ele chegou, viu que eu estava no quarto, escrevendo. Então, Rosa, minha irmã, me ajudava muito nessas horas. Quando eu precisava sair, chamava ela ou minhas amigas para ficar fiscalizando ele”, disse.

Amigos que conhecem Anna Maria de perto dizem ser uma pessoa especial. “Uma mulher virtuosa, extraordinária, guerreira, uma companheira de vida, alma gêmea de Marco Maciel”, testemunha o engenheiro Aloisio Sotero, que a conhece desde quando foi secretário de Agricultura no Governo de Marco Maciel. 

“Existe um provérbio que diz que “Por trás de um grande homem há uma grande mulher”, no caso de Dona Anna ela sempre esteve ao lado e, muitas vezes, à frente, quando necessário”, afirma, por sua vez, Silvio Amorim, ex-subchefe da Casa Civil no Governo Marco Maciel, ao se referir, especialmente, a grande batalha que ela enfrentou na doença que tirou a vida do marido.

“Mamãe foi mais do que guerreira, uma heroína. Em nenhum momento deixou meu pai desamparado, cuidou dele com muito amor do início da enfermidade até a morte”, desabafa Gisela, a filha primogênita, residente em Goiás. “Mamãe foi a verdadeira cuidadora do meu pai. Nunca a vi perder o controle emocional um só dia. Não sei onde encontrou tanta energia e disposição, só pode ser coisa de Deus”, diz, por sua vez, Cristiana, a segunda filha, residente em Brasília.

Anna cuidava de tudo do marido. “Até das finanças, porque papai não andava sequer com carteira. Foi mamãe que cuidou, por exemplo, de vender o apartamento que a família tinha no Recife para comprar outro em Brasília”, diz João Maurício, filho caçula. “Marco confiava muito em mim nessa questão ( financeira). A gente não tinha luxo, ele não tinha cartão de crédito, não andava com dinheiro e até nas missas quem levava o dízimo para ele dar era eu”, diz Anna. 

Até motorista de Maciel, Anna foi em muitas ocasiões em que ele não queria chegar ao local de um encontro em que a Imprensa estivesse de tocaia. “Eu já levei Marco Antônio perto da meia noite para uma reunião, porque ele não dirigia”, lembra. Como conviver tantos anos sem atritos e ser tão feliz?

“Eu fui muito feliz com Marco Antônio. Eu não poderia ter encontrado uma pessoa para me casar que tivesse tamanha tolerância e compreensão. Às vezes acho que isso foi bondade divina”, revela Anna, com olhos marejados.

Veja amanhã

Como era o pai Marco Maciel na visão dos filhos

Com quem o PSB casaria?

Uma perguntinha oportuna e provocante: se Danilo Cabral, pré-candidato do PSB ao Governo do Estado, não for ao segundo turno, conforme indicam hoje as pesquisas, quem o PSB e ele apoiariam na guerra final entre Marília x Anderson ou Marília x Miguel Coelho? No primeiro cenário, dois complicadores.

Optando por Anderson, seria alinhar-se ao bolsonarismo numa provável disputa presidencial também em segundo turno entre Lula x Bolsonaro. Subindo no palanque de Marília, mesmo a pedido de Lula, seria passar uma borracha em todo o arsenal de maldades que o PSB aprontou com a pré-candidata do Solidariedade.

No segundo cenário, entrando Miguel Coelho, pré-candidato do União Brasil no lugar de Anderson, provavelmente o caminho fosse menos traumático. Embora Miguel bata sem piedade no Governo, o pai Fernando Bezerra Coelho, senador da República, militou por muito tempo no reino socialista.

Os aliados de Danilo e ele próprio, entretanto, não raciocinam com a hipótese de o candidato da Frente Popular não chegar ao segundo turno. “Temos o maior exército de prefeitos, o apoio do governador, do prefeito do Recife e, principalmente, de Lula, cujo palanque único no Estado será o de Danilo”, aposta o deputado federal Milton Coelho.

Algo, enfim, que deve ser perguntado, também, sobre esses cenários hipotéticos – Marco Maciel costumava dizer que não respondia perguntas de jornalistas sobre hipóteses, porque não sabia, de fato, o que iria ocorrer – é quanto aos candidatos Anderson e Miguel. Ambos aceitariam o apoio do PSB?

Em tempo: Raquel Lyra, pré-candidata do PSDB, não entrou nessas elucubrações porque, segundo o mais neófito cientista político, apesar de aparecer hoje empatada com Anderson e Miguel, tende a murchar, sendo, provavelmente, o rabo da gata na computação geral dos votos para governador.

Quantos votam – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, ontem, que as eleições de 2022 terão 156,4 milhões de pessoas aptas a votar. De acordo com o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, esse é o maior eleitorado cadastrado da história brasileira. Segundo as estatísticas da Justiça Eleitoral, houve um aumento de 6,21% do eleitorado desde as últimas eleições gerais do país, em 2018. Naquele pleito, o número de eleitoras e eleitores habilitados a votar era de 147.306.275.

O fenômeno ACM Neto – O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), pode vencer as eleições para Governo da Bahia logo no 1° turno, indica pesquisa Genial/Quaest realizada de 9 a 12 de julho de 2022. Ele tem 61% das intenções de voto. Empatados, na sequência, estão Jerônimo Rodrigues (PT), com 11%, e João Roma (PL), com 6%. Kleber Rosa (Psol) marca 1%. Giovani Damico (PCB) não pontuou. Outros 12% afirmam que irão votar branco, nulo ou não irão votar. Os indecisos correspondem a 9%

Lula na frente – Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também na Bahia, lidera as intenções de voto nas eleições presidenciais, segundo a mesma pesquisa Genial/Quaest. O petista tem 62% contra 19% de Jair Bolsonaro (PL). O pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, tem 5% das intenções de voto. Na sequência, estão André Janones (Avante), com 2%, Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU) com 1% cada uma. O levantamento ouviu 1.140 pessoas. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%.

Sem causa política – Após investigação realizada pela Polícia Civil do Paraná, a delegada Camila Cecconello afirmou que o assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, cometido pelo agente penal e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Jorge Guaranho, teve “motivo torpe” e não político. Segundo a delegada, Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por causar perigo comum.

Bandeira bolsonarista – A juíza Ana Lúcia Todeschini Martinez, de Santo Antônio das Missões (RS) diz que a bandeira do Brasil será considerada propaganda eleitoral a partir do início oficial da campanha, em 16 de agosto. Em entrevista à Rádio Fronteira Missões, ela explicou a decisão: “É evidente que hoje a bandeira nacional é utilizada por diversas pessoas como sendo um lado da política, né? Hoje, a gente sabe que existe uma polarização. De um dos lados há o uso da bandeira nacional como símbolo dessa ideologia política”, disse.

CURTAS

FANTASMAS – Uma auditoria especial do Tribunal de Contas de Pernambuco apontou diversas irregularidades na gestão da Câmara de Vereadores de Olinda, no exercício de 2021. Há indícios da existência de funcionários fantasmas, constatação de pagamentos de diárias “fora de padrão” para parlamentares e excesso de despesas com congressos em plena pandemia.

FESTIVAL – Garanhuns sedia, desde ontem, o 30º Festival de Inverno de Garanhuns. A programação conta com shows de grandes nomes da música como Mumuzinho, Vanessa da Mata, Diogo Nogueira, Nando Reis, Lenine, Jota Quest, Titãs, Pitty, Chico César e Geraldo Azevedo, Gal Costa, Jorge Vercillo, Sepultura, Adriana Calcanhotto, entre outros.

Perguntar não ofende: Lula vai servir de guindaste para arrastar Danilo após a sua visita a Pernambuco?