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Dani Portela fala que sistema eleitoral não foi criado para colocar negros em espaços de decisão

A candidata à Prefeitura do Recife, Dani Portela (PSOL/ Rede), participou do lançamento da Carta Manifesta da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco para as eleições de 2024. O evento aconteceu durante a noite desta quarta-feira (25), na sede do SOS Corpo – Feministas pela Democracia, e contou com a presença de lideranças dos movimentos negras e negros e feministas do Nordeste.

O documento reafirma apoio às candidatas negras que estão disputando os cargos de vereadoras e prefeitas em seus respectivos municípios nessas eleições e que estejam comprometidas com os princípios, diretrizes e propostas da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco. 

A candidata abriu a sua fala com o tema mulheres na política. “O sistema eleitoral não foi criado para colocar negras e negros em espaços de decisão. Eles foram criados para perpetuar os mesmos grupos e partidos no poder. Quando elegemos pessoas como eu, que fui eleita a vereadora mais votada do Recife, outros vereadores vieram me perguntar como eu havia recebido tantos votos. Eles acharam impossível que alguém como eu, mulher negra, tivesse passado a frente de campanhas que custaram valores altíssimos. Por isso, precisamos fazer um compromisso de puxarmos os partidos de esquerda ainda mais para a esquerda e de fazermos uma banca de identificação para que não haja fraude nas cotas raciais. Porque, depois das cotas, pessoas que se declararam brancas, passaram a se declarar negras, para poderem ocupar essas vagas.”, informou Dani. 

A candidata reforçou que, finalizada esta eleição, é necessário pautar uma reforma profunda no sistema eleitoral. “Nós não queremos cotas. Somos a maioria e queremos a totalidade das vagas. Enquanto o número de mulheres vem aumentando no mundo, em contrapartida, no Brasil, vem diminuindo o número de mulheres eleitas. Hoje, as mulheres que chegam a se eleger ficam em torno de 17%, dessa totalidade, apenas 3% são negras. Precisamos mudar essa realidade. Quando converso com as pessoas nas ruas e digo que sou candidata à prefeita, as pessoas me questionam se não sou a vereadora. Quer dizer, nem sabem que já estou como deputada. E isso não acontece em um local específico, são todos os lugares. Não é discurso identitário, é sobre as nossas vidas.”, afirmou Dani. 

Por fim, a psolista destacou algumas das suas propostas de governo para a população negra. Entre elas estão, criar a Secretaria Municipal de Igualdade Racial, com equipe e orçamento adequados para uma atuação firme e competente no enfrentamento ao racismo e na promoção da igualdade.

Ela também promete recriar o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), garantindo sua plena implementação em todas as áreas da gestão municipal. “Pretendo atualizar e implementar o Plano Municipal de Igualdade Racial e transformá-lo em lei e avançarmos na implementação da lei de cotas nos concursos públicos, além de fortalecer o GTERER, para avançar na implementação das leis que  ampliem o investimento na formação de professores e professoras para uma educação antirracista”, registrou a candidata.

Petrolina - Testemunhal

A campanha do prefeito e candidato à reeleição em Afogados da Ingazeira, Sandrinho Palmeira (PSB), foi retomada com uma caminhada emocionante e simbólica em memória de José Patriota, ex-prefeito do município e deputado estadual, falecido na semana anterior. Vestidos de branco, milhares de apoiadores se reuniram em silêncio, transformando o evento em uma grande homenagem ao legado deixado por Patriota.

A concentração ocorreu no pátio da rodoviária, de onde a multidão, liderada por Madalena Patriota, Sandrinho e Daniel Valadares, percorreu as ruas Padre Luiz de Góes, Artur Padilha e Avenida Rio Branco, até o comitê de campanha da Frente Popular. Durante o percurso, o público entoou músicas que Patriota apreciava, como “Caminhando e Cantando”, “Tocando em Frente” e “Canção da América”, gerando um clima de emoção e reverência.

Ao chegar ao comitê, as primeiras falas foram feitas por lideranças representativas das lutas de Patriota ao longo de sua carreira, como o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Manuel Belarmino, e Vilsomary, presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural e Urbano (Comdrur). Ambos destacaram a importância de continuar o trabalho iniciado por Patriota e declararam apoio à candidatura de Sandrinho, considerando-o o herdeiro do legado de transformações em Afogados da Ingazeira.

Madalena Patriota, visivelmente emocionada, fez um discurso em que exaltou a luta de seu marido e reforçou a necessidade de continuar o trabalho por ele iniciado: “Patriota, se estivesse aqui, nos diria para seguir adiante com fé, alegria e determinação. Vamos construir uma grande vitória e dedicar a ele, que tanto fez pelo nosso povo,” afirmou.

Sandrinho também discursou, destacando o compromisso e a honradez de Patriota em sua trajetória: “Patriota sempre quis ver a alegria e a força em todos nós. Seu legado está vivo, e continuaremos honrando sua memória em cada passo que damos na administração de Afogados e na política. Ele nunca morrerá, porque estará sempre em nossos corações.”

Após os discursos, o público assistiu a um vídeo com a última aparição pública de Patriota, durante a convenção da Frente Popular, realizada em 6 de agosto. Em seguida, as músicas de campanha da Frente foram tocadas, simbolizando o reinício da caminhada política de Sandrinho e sua equipe, após o período de luto compartilhado por toda a comunidade.

Conheça Petrolina

Na manhã desta quinta-feira (26), os desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) votaram, por unanimidade, pela manutenção da sentença do Juiz Eleitoral de Araripina, Dr. Lucas Rodrigues de Souza, que impugnou as candidaturas de três vereadores do PSD de Araripina: Roseilton Oliveira, Camilla Sampaio e Aurismar Pinho.

A decisão segue o parecer do promotor eleitoral de Araripina e do procurador-geral eleitoral com assento no TRE, que também se manifestaram pelo indeferimento dos registros de candidaturas, e afirmaram que a convenção de 1º de agosto respeitou todos os trâmites legais necessários.

A controvérsia girava em torno de uma suposta convenção municipal realizada em 20 de julho de 2024, que aprovou as candidaturas dos três vereadores. No entanto, a executiva estadual do PSD havia cancelado previamente essa convenção, classificando-a como irregular. A nova convenção, convocada para o dia 1º de agosto, foi reconhecida como válida e resultou na escolha de outros candidatos para as eleições.

O PSD, sob a presidência de André de Paula em Pernambuco, agiu em conformidade com o estatuto, que permite a anulação de convenções municipais para garantir a integridade do partido. A decisão do TRE-PE ressaltou a autonomia do partido em gerenciar seus processos internos, validando a única convenção.

Com o indeferimento, os vereadores não poderão concorrer nas eleições de 2024 pelo PSD, e os votos não serão computados.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) pediu dispensa por motivos de saúde e faltou nesta quinta-feira (26) a audiência no STF (Supremo Tribunal Federal) relativa ao processo sobre a invasão do sistema de informática do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), no qual ela é ré.

Em nota, o gabinete da deputada disse que nos últimos dias ela tem feito testes com o objetivo de diagnosticar uma arritmia, e na última madrugada teve um mal-estar e foi internada no HCor em São Paulo, sem previsão de alta.

Em maio, a Primeira Turma do Supremo decidiu, por unanimidade, aceitar denúncia contra Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto, pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, e torná-los réus.

A investigação apurou se Zambelli contratou os serviços de Delgatti com esse objetivo. Em depoimento à polícia, o próprio Delgatti afirmou ter sido procurado pela deputada para invadir um sistema da Justiça e “demonstrar sua fragilidade”.

A denúncia da PGR narra como o homem conseguiu invadir o sistema do CNJ por meio de credenciais de outros funcionários do órgão e, em 4 de janeiro de 2023, incluiu três alvarás de soltura falsos.

Além disso, ele inseriu no Banco Nacional de Mandados de Prisão um mandado de detenção preventiva falso contra o ministro Alexandre de Moraes por “organização criminosa”.

Essa credencial forjada foi elaborada a partir do acesso a outra credencial de um funcionário do CNJ.

Da Folha de São Paulo.

O Grupo Mulheres do Brasil Recife, por meio do Comitê de Políticas Públicas, realizou o encontro “Pula pra 50% Pernambuco” nesta semana, com o objetivo de incentivar a maior participação feminina nas eleições municipais. O projeto, de âmbito nacional, busca promover a representatividade das mulheres na política, fortalecendo candidaturas femininas.

O evento reuniu políticas em mandato, ativistas sociais e candidatas, que debateram temas como representatividade, gênero e políticas públicas voltadas para as mulheres. Entre as participantes estavam a deputada federal Maria Arraes, a prefeita de Camaragibe, Nadegi Queiroz, e a delegada Cláudia Molinna, que compartilharam suas experiências e discutiram a violência de gênero na política.

Candidatas de várias cidades de Pernambuco, como Recife, Jaboatão dos Guararapes, Paudalho e Lajedo, também marcaram presença no encontro, reforçando a importância de fortalecer as candidaturas femininas no Estado.

Nesta quinta-feira (26), a Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado (TCE) acatou um pedido de medida cautelar do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC-PE), determinando que a Fundação de Atendimento Socioeducativo (FUNASE) afaste, em até 30 dias, os profissionais contratados temporariamente para atuar em funções que devem ser exercidas exclusivamente por defensores públicos. A decisão foi proferida durante uma sessão transmitida ao vivo pelo YouTube.

A representação, proposta pela procuradora Germana Laureano, destacou a inconstitucionalidade da contratação de advogados sem concurso público, uma prática que, segundo o MPC-PE, persiste há 18 anos. Recentemente, a FUNASE havia aberto uma nova seleção simplificada para a contratação de advogados, o que motivou a intervenção do Ministério Público. A Procuradoria Geral do Estado (PGE), que defendia a continuidade dos contratos temporários, não obteve sucesso em sua argumentação. A relatora do processo, conselheira substituta Alda Magalhães, reafirmou a inconstitucionalidade dessas contratações, citando o artigo 134 da Constituição Federal de 1988, que determina que a assistência jurídica aos hipossuficientes é de competência exclusiva da Defensoria Pública.

Em sua manifestação, a Defensoria Pública do Estado também se posicionou contra a contratação de advogados para funções que deveriam ser desempenhadas por defensores públicos concursados. O defensor público geral, Henrique Seixas, enfatizou a importância de que os serviços jurídicos sejam integralmente assumidos pelos defensores. Com a decisão do TCE, o Governo do Estado tem um prazo de 30 dias para realizar a transição dos serviços para a Defensoria Pública, assegurando que a assistência jurídica aos menores reeducandos seja feita de acordo com as diretrizes constitucionais.

“O art. 134 da Constituição Federal de 1988, em vigor há mais de 35 anos, estabelece de forma inequívoca que a assistência jurídica aos hipossuficientes é de competência exclusiva da Defensoria Pública, sem margem para dúvidas. Não há, nesse dispositivo constitucional, qualquer conceito jurídico indeterminado ou cláusula geral aberta a permitir interpretação diversa”, apontou a relatora, no voto.

Servidores do INSS, membros do Comando Nacional de Greve, ocupam a sede da Direção Central da autarquia desde a última terça-feira (24), em protesto por negociação com o governo federal. Em greve há mais de 70 dias, os trabalhadores denunciam o corte de ponto e a pressão do governo com a codificação de faltas injustificadas.

Os grevistas afirmam que manterão a ocupação até que suas reivindicações sejam atendidas e uma negociação justa seja estabelecida. No Ceará, diretores do Comando Estadual de Greve buscaram apoio do deputado federal Mauro Filho, que se comprometeu a intermediar uma reunião com a ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Com informações do Blog do Eliomar.

O prefeito Adelmo Moura (PSB), de Itapetim, no Sertão do Pajeú, a 374 km do Recife, deve eleger a sua sucessora com folga. Faltando 11 dias para as eleições, Aline Karina (PSB), candidata apoiada por ele, aparece com 66,6% das intenções de voto, segundo pesquisa do Instituto Opinião. Já o seu adversário Anderson Lopes, do PSDB, aparece com 21,1%. Brancos e nulos somam 2% e indecisos chegam a 10,3%.

Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do seu candidato preferido sem o auxílio da lista com todos os postulantes, Aline também lidera com 55,4% e Anderson aparece com 17,7%. Adelmo Moura, já reeleito, ainda foi citado por 8,3% dos entrevistados. Neste cenário, brancos e nulos somam 1,4% e indecisos sobem para 16,9%.

No quesito rejeição, o tucano Anderson Lopes lidera. Entre os entrevistados, 52,6% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, enquanto 14,3% dos entrevistados disseram que não votariam em Aline de jeito nenhum. Aline tem também o maior percentual de eleitores que não mudariam o voto – 62,7% contra 17,7% de seu concorrente.

Estratificando o levantamento, Aline tem seus maiores percentuais de intenção de voto entre os eleitores na faixa etária de 45 a 59 anos (73,8%), entre os eleitores com grau de instrução superior (69%) e entre os eleitores com renda familiar com renda familiar acima de dois salários (66,7%). Por sexo, 70,2% dos seus eleitores são muheres e 62,7% dos seus eleitores são homens.

Já Anderson se situa melhor entre os eleitores na faixa etária de 25 a 34 anos (32,8%), entre os eleitores com grau de instrução no ensino médio (24,6%) e entre os eleitores com renda familiar acima de dois salários (26,3%). Por sexo, 24,9% dos seus eleitores são homens e 17,7% dos seus eleitores são mulheres.

A pesquisa foi a campo entre os dias 23 e 24 de setembro, sendo aplicados 350 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 5,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. Foram realizadas entrevistas pessoais (face a face) e domiciliares. A pesquisa está registrada sob o protocolo PE-06227/2024.

Por Pedro Henrique Reynaldo Alves*

Andei relendo o clássico de Tomasi di Lampedusa, O Leopardo (Il Gatopardo). Inspirado na trajetória de um nobre antepassado do próprio autor, Don Fabrizio, o livro traz grandes reflexões políticas de uma era marcada pelo declínio da aristocracia siciliana. Numa de suas célebres citações o Príncipe de Salina acentua: “Nós fomos os Leopardos, os Leões; quem nos substituirá serão os pequenos chacais, as hienas; e todos — Leopardos, chacais e ovelhas — continuaremos a acreditar que somos o sal da terra.” Logo me veio um inevitável paralelo com a Ordem dos Advogados do Brasil, uma instituição de tantos feitos e glórias passadas, cujo declínio parece ter se iniciado.

Há 18 anos reunimos um grupo de colegas, imbuídos de firme propósito de mudança e, sob a liderança de Jayme Asfora, inauguramos um novo ciclo na Ordem, destronando o que acreditávamos estar em declínio, seja na esfera estadual como na nacional. Se sucederam gestões exitosas, compromissadas com o papel de “sal da terra” de nossa instituição, num compromisso, com a advocacia e a sociedade, de velar pelos valores mais puros de nossa Constituição, com independência, coragem e altivez.

Acreditando que o ativo mais valioso da OAB não é material mas sim moral, mesmo não nos descuidando das obras de “pedra e cal”, a principal preocupação de nosso grupo era sobretudo cumprir com destemor o papel de representantes dos advogados, sempre “combatendo o bom combate”, mesmo a custas de desgastes com as autoridades constituídas, em prol do fortalecimento de nossa classe.

Olhando os tempos atuais, sinto que a OAB parece ter se perdido de seu virtuoso caminho, ocupando-se em demasia com assistencialismo, como se fosse um mero Clube de Serviços, sem conseguir disfarçar sua inação diante de tantos descalabros cometidos contra o Direito e o próprio exercício da advocacia. Essa omissão complacente, infelizmente, veio acompanhada de outros vícios, como a falta de transparência, hipocrisia e indevida interferência política no processo eletivo de advogados(as) para vaga de Desembargador(a) no TJPE.

O crescente distanciamento dos advogados dos órgãos jurisdicionais, a postura tirânica do STF, dentre outros abusos cometidos, sob a inércia da Ordem, vêm contribuindo para uma falsa normalização do inaceitável, agravando o desprestígio de nossa classe. Nossos mandatários parecem não compreender que suas omissões, motivadas por receios pessoais de represálias, trazem enorme custo para a advocacia e toda sociedade.

Os atuais “Leopardos” da OAB possuem grande vocação para o garbo e se mostram sempre fotogênicos nos salões e eventos sociais. Já no cumprimento de seus deveres de defesa das prerrogativas dos advogados, eles rugem como leões para Cabos e Soldados, enquanto miam como gatinhos para Juízes e Desembargadores. Tal como as hienas, animais necrófagos, adoram “cachorros mortos”, mas temem qualquer animal poderoso, que possa ameaçar suas carreiras profissionais.

Percebo que o prestígio da advocacia vem involuindo e que nunca experimentamos tamanho distanciamento dos órgãos e serventias jurisdicionais, o que evidencia uma fadiga de material humano e político na OAB/PE que reclama urgente renovação.

A luta do momento é para preservar a nossa dignidade profissional, seriamente ameaçada, pelo que conclamamos cada advogado(a) a atuar com coragem e independência, virtudes ausentes em nossos(as) atuais líderes da classe. Como acentuado na célebre citação do referido livro, “se quisermos que tudo continue como está, é preciso que tudo mude”.

Do Diario de Pernambuco

*Ex-presidente da OAB/PE

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou dois projetos de lei voltados à doação de terrenos pertencentes ao Estado para construção de habitacionais, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida – FAR (Fundo de Arrendamento Residencial).

Os projetos de lei nº 2.216/2024 e nº 2.217/2024, encaminhados pela governadora Raquel Lyra (PSDB), passaram pelas comissões de Justiça, Finanças e Administração Pública antes da votação no plenário da Casa.

Com a aprovação, imóveis nas cidades de São Benedito do Sul, na Mata Sul de Pernambuco; Paulista e Recife, na Região Metropolitana, serão doados à Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), responsável pela construção dos habitacionais. Também está incluso parte do terreno não utilizado pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca, no Parque de Exposições do Cordeiro, Zona Oeste do Recife.

Unidades de habitação popular ainda devem ser construídas no terreno que hoje pertence ao Departamento Estadual de Estrada de Rodagem (DER), no bairro de Santo Amaro, região Central da capital pernambucana.

A deputada estadual Débora Almeida (PSDB), presidente da comissão de Finanças da Alepe, acredita que a aprovação dos projetos pelos parlamentares transforma as condições de habitação nas cidades contempladas, e ressalta a proximidade dos novos habitacionais com os locais de trabalho dos futuros beneficiados.

“Isso (a aprovação) é muito importante, porque você dá uma destinação pública a terrenos ou a prédios que estão desabitados, gerando insegurança e até uma desvalorização dos imóveis que estão no entorno. Você dá uma destinação pública social, para que residências populares sejam feitas, mas também dá vida aos centros das cidades, como a gente pode ver em alguns terrenos que foram destinados no centro do Recife”, apontou.

Presidente da comissão de Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Antônio Moraes (PP) observou que os projetos de lei foram aprovados sem grandes dificuldades, mesmo em meio a uma agenda lotada para o dia.

“A tramitação foi rápida, em virtude de todo aquele processo dos aumentos das categorias funcionais do Estado na pauta, mas a gente conseguiu sensibilizar os colegas (deputados). Não houve nenhum tipo de pedido de vista. Tanto o governo como a oposição entenderam a importância dos projetos”, destaca o parlamentar, que compõe a base do governo Raquel Lyra na Alepe.

Dados da Fundação João Pinheiro, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2022, mostram que o déficit habitacional em Recife é de 54 mil moradias, quando considerados ônus excessivo com aluguel, coabitação e moradias precárias.

Da CBN Recife.

Hoje, às 19h, serei o convidado de estreia do LW Cast, podcast apresentado pelo jornalista Nill Júnior, no canal TV LW on-line de Arcoverde, no YouTube. No programa, abordaremos temas como política nacional, regional e as eleições. O link para acompanhar a transmissão já está disponível: https://www.youtube.com/live/NhIsgmguBj4?si=zisjh2lB4HQ4a937. Não perca!

A deputada federal e candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB), disse ontem (25) em entrevista ao Poder360 que os vídeos virais nas redes sociais que sugerem um clima amoroso entre ela e o também candidato Pablo Marçal (PRTB) são “nojentos”. Tabata afirmou que pretendia “se benzer” diante das especulações.

“[Barulho de vômito] Eu não quero ver isso, me pareceu nojento. Gente, meu comentário é: eu namoro o João Campos, um dos homens mais lindos do mundo, honesto, batalhador. Vou olhar para um bandido desse? Deus me livre e guarde, vou até me benzer aqui para afastar essa urucubaca”, afirmou a candidata.

A pergunta se referia a vídeos editados por internautas e publicados nas redes sociais, que cortam trechos de interações entre Tabata e Marçal durante os debates para as eleições municipais de São Paulo, insinuando um clima romântico entre eles. Algumas dessas publicações já acumularam mais de duas milhões de visualizações e 100 mil curtidas.

A deputada federal namora o prefeito de Recife, João Campos (PSB). O casal está junto há mais de 4 anos. O ex-coach também está em um relacionamento. É casado com Carol Marçal, com quem tem 4 filhos.

Tabata também falou sobre seu relacionamento com João, que é candidato à reeleição. Ela afirmou que são “dois doidos que escolheram abrir mão de toda e qualquer vida pessoal”.

“A nossa vida é a política. A gente não tem uma vida normal para quem tem 30 anos, porque somos apaixonados pela política, e é aí que a gente se entende”, afirmou.

O casal se conheceu quando Tabata tentava criar uma comissão externa na Câmara dos Deputados em 2019 para fiscalizar Ricardo Vélez Rodríguez, ministro da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), e o MEC (Ministério da Educação).

“A gente trabalha de 12 a 18 horas por dia, não tem final de semana. Mas dá muito certo, porque eu entendo, ele me entende. Então, quando a gente fala de política, é menos sobre votação e posicionamento, e mais sobre coisas do tipo: ‘aquele filho da puta fez isso comigo, João’. É um desabafo”, continuou.



Do Poder 360

Por Almir Reis

A alternância no poder, em sua essência, é um dos alicerces mais sólidos da Democracia, assegurando a necessária renovação das instituições e impedindo a perpetuação de hegemonias que obscurecem a diversidade de vozes e ideias.

Em Pernambuco, as eleições para a presidência da OAB-PE, marcadas para o dia 18 de novembro de 2024, se apresentam como um marco desse processo. Após quase duas décadas sob a direção de um mesmo grupo político, emerge, de forma inconteste, o clamor por uma mudança que ultrapasse as conveniências de uma simples dança de cadeiras.

Em 2021, o grupo que tenho a honra de liderar alcançou 49,25% dos votos válidos, ficando a exíguos 0,75% de conquistar a presidência. Mesmo assim, triunfamos em áreas cruciais, como o Recife, a Região Metropolitana e vastas regiões do interior de Pernambuco. Esse resultado não foi apenas uma vitória parcial, mas o prenúncio de uma transformação já em curso, consolidando nossa determinação em continuar buscando uma OAB-PE que, de fato, esteja em plena sintonia com a advocacia pernambucana.

A renovação que propomos não se limita à mera substituição de lideranças; é, antes de tudo, uma reconfiguração das práticas institucionais, com a incorporação de novas ideias que estejam à altura dos desafios atuais da advocacia. É imperativo garantir uma gestão transparente, participativa e profundamente comprometida com a defesa intransigente das prerrogativas, o constante aprimoramento profissional e a inclusão de todas as vozes que compõem a pluralidade da advocacia pernambucana.

Nossa caminhada rumo à renovação é, portanto, a expressão de um desejo coletivo, de uma classe que há muito tempo viu suas aspirações relegadas a segundo plano. Defendemos uma OAB-PE que ocupe, com altivez, o seu lugar de vanguarda na proteção das prerrogativas, que abandone a subserviência nas relações com os Tribunais e que invista de forma efetiva na formação contínua e no fortalecimento da advocacia.

Renovo, assim, a esperança de ver uma advocacia novamente respeitada, valorizada e representada com dignidade. É essa esperança que me move e que, acredito, também move cada um de nós. Convido cada colega a juntar-se a nós nessa caminhada. Unidos, com coragem e compromisso, temos a força necessária para transformar a advocacia pernambucana e resgatar o verdadeiro sentido da nossa OAB.

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, visita nesta quinta-feira (26) as obras do Hospital da Criança do Recife Antônio Carlos Figueira, no bairro de Areias. As obras, iniciadas em janeiro deste ano, já alcançaram 65% de conclusão e têm previsão de entrega em dezembro deste ano. O investimento, no valor de R$ 116 milhões, é fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Prefeitura do Recife. Padilha e outras autoridades acompanharão o progresso e atenderão a imprensa durante a visita.

Os militares israelenses disseram ter atingido cerca de 75 alvos no Líbano durante a noite.

“Durante a noite, a IAF, dirigida pela inteligência das FDI, atingiu aproximadamente 75 alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hezbollah na área de Beqaa e no sul do Líbano, incluindo instalações de armazenamento de armas, lançadores prontos para disparar, terroristas e infraestrutura terrorista”, disseram os militares em comunidade.

O documento acrescenta que as forças continuavam a “desmantelar e degradar” a infraestrutura e as capacidades do Hezbollah.

Tanto o sul do Líbano como o vale de Beqaa são redutos do Hezbollah e têm suportado o peso dos ataques aéreos intensificados de Israel nos últimos dias.

EUA pedem cessar-fogo de 21 dias

Os Estados Unidos e vários dos seus aliados apelaram a um cessar-fogo de 21 dias na fronteira entre Israel e o Líbano, enquanto trabalham para evitar a escalada para uma guerra regional e para abalar as negociações paralisadas sobre reféns entre Israel e o Hamas.

A proposta, descrita por um alto funcionário dos EUA como um “avanço importante”, surge no meio de combates mortais entre Israel e o Hezbollah que muitos temem que possam resultar num conflito mais amplo.

Na esperança de evitar tal resultado, diplomatas e líderes reunidos em Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas passaram as últimas 48 horas trabalhando apressadamente para garantir um plano que interrompesse os combates e desse espaço para a diplomacia se consolidar.

Israel e o Hezbollah ainda não chegaram a acordo. Mas as autoridades norte-americanas disseram que ambas as partes estavam “familiarizadas” com os contornos da proposta e manifestaram otimismo de que era o momento certo para a mesma ser revelada publicamente.

O presidente Joe Biden disse que o plano foi endossado pelos Estados Unidos, Austrália, Canadá, União Europeia, França, Alemanha, Itália, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar.

“Conseguimos gerar um apoio significativo da Europa, bem como das nações árabes”, disse Biden a repórteres na quarta-feira (25). “É importante que esta guerra não se amplie”.

Da CNN Brasil.

O deputado Coronel Ulysses (União Brasil-AC) pediu a convocação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para prestar esclarecimentos na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado sobre as novas diretrizes que estão sendo editadas para o uso da força pelas polícias civil e militar. O objetivo é reduzir a letalidade policial.

O pedido foi apresentado nesta quarta-feira, 25, depois que o Estadão mostrou que o governo prepara uma portaria para unificar recomendações e decretos sobre uso de arma de fogo e algemas, abordagens policiais e gerenciamento de situações sensíveis. O Ministério da Justiça não comentou o requerimento.

Coronel Ulysses afirma que, em uma análise preliminar, o governo parece ultrapassar o seu poder regulamentar, “impondo obrigações aleatórias aos Estados e ao Distrito Federal”. Na avaliação do deputado, o governo estaria invadindo a competência do Legislativo.

“Há necessidade, em caráter impreterível, que o Ministério da Justiça e Segurança Pública compareça nesse colegiado para prestar esclarecimentos”, diz o requerimento.

Os Estados que não cumprirem as regras estarão sujeitos a cortes nas verbas do Fundo Nacional de Segurança Pública. O requerimento ainda precisa ser votado pela comissão.

Do Estadão.

Sou filho do impresso no jornalismo. Quando ingressei numa redação pela primeira vez, a do bicentenário Diário de Pernambuco, nos anos 80, me deparei com verdadeiros feudos. Um deles era a diagramação, a arte de fazer o jornal ficar mais atrativo, com um formato mais gostoso de ler, com manchetes de oito colunas na capa, para vender mais nas bancas.

Não sei por qual razão, me veio a memória ontem a figura de José Maria Garcia, o chefe dos diagramadores do DP. Era um craque em projetar qualquer página, principalmente a capa. Impossível o jornal sair para a impressora sem o crivo dele, sem o seu olhar arguto, crítico e criativo.

Por isso mesmo, era paparicado pela direção do jornal. Antônio Camelo, Gladstone Vieira Belo e Joezil Barros, os mandachuvas do velho DP, batiam continência para ele. Naquela época, o DP era o mais poderoso e influente jornal do Nordeste (mais lido na Paraíba e Alagoas, Estados vizinhos, do que os jornais locais). Ninguém ousava contrariar Garcia, como era tratado pelos mais íntimos.

Sem ele, não tinha jornal, a diagramação não funcionava. Era mais poderoso que o editor-geral. Zé Maria tinha tamanha consciência da sua força e do seu poder que se dava ao luxo de só diagramar a capa do jornal, a última da edição, depois dos seus tragos diários de conhaque na Cristal, uma lanchonete com cara de bar ao lado do jornal, na Pracinha da Independência, onde batia seu ponto todos os dias.

Era abusado, fumante inveterado, excelente contador de causos, quando de bom humor, o que era raro. Zombava do seu próprio poder. Quando fui promovido a editor da primeira página do DP, fui logo advertido: “Fique amigo do Zé Maria. E nunca cobre horário dele, nem muito menos vá buscá-lo na Cristal”, me avisou o editor-geral, Lúcio Costa, depois de dar mão à palmatória de que Garcia mandava mais do que ele.

Certo dia, num plantão de domingo, havia ocorrido um homicídio duplo envolvendo as famílias Alencar, Sampaio e Peixoto, que se digladiavam em Exu. O relógio já passava das 20 horas e nada de Zé Maria adentrar na redação para diagramar a primeira página, sob minha responsabilidade.

Cristão novo na edição, estava ansioso para fechar a primeira página. Impaciente, caí na besteira de ir buscar o todo-poderoso Garcia na Cristal. Levei um esculacho que nunca mais esqueci.

Não gostou de me ver invadindo o seu território, me olhou enviezado e sapecou: “Vá à merda, seu editorzinho de proveta”. Voltei e fiquei a esperar pela sua boa vontade por mais de duas horas.

Mas, mesmo sob o efeito de várias doses do seu conhaque preferido, fumando um cigarro atrás do outro, Garcia me produziu uma das mais belas capas da história do jornalismo pernambucano.

Nunca mais quis brigar com ele! Quanto mais bebia, mais criatividade ele exibia na arte da diagramação.