Audiência pública discute proposta de Waldemar sobre eleição direta para administrador de Noronha

A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizou uma audiência pública, nesta segunda-feira (17), no auditório Sérgio Guerra, para discutir a PEC nº 21/2024, de autoria do deputado Waldemar Borges, que altera a Constituição do Estado de Pernambuco para que o cargo de administrador-geral do Distrito Estadual de Fernando de Noronha seja eleito diretamente pela população do arquipélago. Atualmente o administrador é escolhido e nomeado pelo/a governador/a do Estado.

“Esse é um processo extremamente importante e que precisa haver muita discussão para que possamos tomar uma atitude que continue valorizando Fernando de Noronha por ser um patrimônio não só de Pernambuco, mas do Brasil e do mundo. Portanto é preciso que essa Casa tenha uma responsabilidade muito grande”, disse o presidente da CCLJ, Antônio Moraes.

O autor da proposta de Emenda à Constituição, Waldemar Borges, ressaltou que espera que ao concluir esse processo de discussão que sejam construídos os melhores caminhos para ilha. O parlamentar se contrapôs a alguns argumentos contrários à proposta, como o que coloca que um processo eleitoral poderia levar a deformações na ilha.

“Sabemos que isso é um risco, mas acredito que esse risco ocorre com maior gravidade com um administrador nomeado pelo/a governador/a. Essas deformações, esses benefícios, algumas generosidades que podem surgir no processo eleitoral não é uma exclusividade de alguém que venha a ser eleito. O maior antídoto que podemos ter para que não tenhamos essas deformações é eleger um morador da ilha, que tem sua família lá e que vive os problemas de Noronha. O que precisamos é ter instâncias de controle efetivas para evitar que isso ocorra”, disse.

O deputado inclusive adiantou que vai propor novos regras para fortalecer o Conselho Distrital de Fernando de Noronha, logo após a aprovação da PEC.

O parlamentar ressaltou que de 1988 até hoje Noronha teve 18 administradores. Uma média de um a cada dois anos. “Isso é uma quebra administrativa muito nociva aos interesses da ilha. Isso não é razoável nem sensato. Estou convencido da importância dessa PEC. É um assunto complexo, mas quando há disposição política a gente vai resolvendo as adversidades e divergências”, concluiu Borges

O presidente do Conselho Distrital, Ailton Júnior, lembrou que a ilha nunca viveu uma plena democracia. “Quando vem um administrador de fora, ele não conhece nada de Noronha porque tudo lá é diferente, inclusive as leis e decretos. Viemos aqui hoje para pedir que esse administrador biônico não exista mais”, frisou.

O representante da Procuradoria Geral do Estado, Marcelo Casseb, falou que a ideia de fortalecer ou aperfeiçoar o sistema administrativo de Fernando de Noronha com o argumento de se consolidar uma prática democrática na ilha, achava elogiável e que estava lá para discutir isso. A relatora da proposta, deputada Débora Almeida, também disse que era muito importante fazer esse debate.

A audiência pública também contou com as presenças dos deputados Joãozinho Tenório e Eriberto Filho, dos conselheiros distritais Marilde Costa (Véia), Milton Luna, Otávio Minervino, Daniel Oliveira, Cassiana Barros e Carine Cirlene, do presidente do Conselho de Turismo de Fernando de Noronha, Hayrto Menezes, do presidente da Associação de Hospedarias Domiciliares de Fernando de Noronha – AHDFN, Ailton Flor, da presidente da Associação dos Artesãos, Magda Maria, da representante da Associação das lanchas, Dora Costa, do desembargador Eurico Barros e do empresário Fernando Mendonça, além de moradores do arquipélago.

Paulista - Boa praça

Da Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta segunda-feira (17), a lei que prevê a criação, por estados e municípios, de planos de metas para o enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. O texto condiciona o acesso a recursos federais relacionados à segurança pública e aos direitos humanos à elaboração e atualização regular desses documentos.

Lula destacou a importância da divulgação das leis de proteção às mulheres e lamentou o fato de que, após 18 anos da Lei Maria da Penha, ainda exista esse tipo de violência. “A gente vai fazendo lei para proteger a mulher, mas o homem continua solto”, desta

Segundo o presidente, se as mulheres souberem que existe a lei e que ali há uma certa garantia para elas, começam a ter coragem de fazer a denúncia. “Nós temos que divulgar, a pessoa tem que saber que tem uma lei, porque, se deixar apenas com as pessoas que têm uma certa formação, que podem procurar o advogado, as mulheres vão continuar sendo vítimas do mesmo jeito”, acrescentou Lula, durante reunião privada no Palácio do Planalto.

O presidente falou também sobre a criação de um “estatuto de bom comportamento do homem” e de fazer o tema constar no currículo da educação básica. “Eu estou convencido: se a gente não discutir essas coisas lá fora, se a gente não começar a pensar em formar um novo homem, uma nova mulher, isso começa pelo ensino fundamental, isso começa pelo ensino médio. A escola é o espaço para a gente tentar mostrar um alinhamento de comportamento do ser humano”, disse.

A nova lei, aprovada pelo Congresso em maio, diz que os entes federados deverão implementar a Lei 14.164/21, que determina a inclusão de conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos currículos da educação básica e institui a Semana Escolar de Combate à Violência contra a mulher.

“O cara que não tem caráter, o cara que levanta a mão para bater na mulher, para atirar em uma mulher, para dar um soco na mulher, é porque o cidadão não presta enquanto ser humano. Ele não presta, ele não está bem formado. Então, é triste, no século 21, a gente estar discutindo uma coisa dessa magnitude, com Constituição bem feita, com todas as leis aprovadas”, destacou Lula em sua fala.

Além do plano de metas, os estados terão de criar uma rede estadual de enfrentamento da violência contra a mulher e uma rede de atendimento às vítimas. Essas redes poderão ser compostas pelos órgãos públicos de segurança, saúde, justiça, assistência social, educação e direitos humanos e por organizações da sociedade civil.

O texto determina que os planos de metas deverão conter, de acordo com as competências constitucionais do estado ou do município, diversas iniciativas, como a inclusão disciplina específica de enfrentamento da violência contra a mulher nos cursos regulares das instituições policiais e o monitoramento e reeducação e acompanhamento psicossocial do agressor.

Os entes também devem assegurar a expansão das delegacias de atendimento à mulher; ampliação dos horários de funcionamento dos institutos médico-legais e dos serviços de atendimento à mulher em situação de violência; e disponibilização de dispositivo móvel de segurança que viabilize a proteção da integridade física da mulher.

Por fim, a nova lei determina que o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) armazene informações para auxiliar nas políticas públicas de enfrentamento da violência contra a mulher. O Sinesp já coleta dados para ajudar na execução de outras políticas.

Petrolina - Viva a nossa arte

Da Agência Brasil

O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou nesta segunda-feira (17), por aclamação, um parecer que define como inconstitucional, inconvencional e ilegal o projeto de lei (PL) que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação ao homicídio. Com 81 membros, o Conselho da OAB é o órgão máxima da instituição que representa a advocacia brasileira.

“Absoluta desproporcionalidade e falta de razoabilidade da proposição legislativa em questão, além de perversas misoginia e racismo. Em suma, sob ótica do direito constitucional e do direito internacional dos direitos humanos o PL 1904/2024 é flagrantemente inconstitucional, inconvencional e ilegal”, afirma o parecer.

O documento considera ainda que o PL remonta à Idade Média, sendo “atroz, degradante, retrógrado e persecutória a meninas e mulheres”. De acordo com o parecer, “[o PL] obriga meninas e mulheres, as principais vítimas de estupro, a duas opções: ou ela é presa pelo crime de aborto, cujo o tratamento será igual ao dispensado ao crime de homicídio simples, ou ela é obrigada a gerar um filho do seu estuprador”.

O Conselho votou a favor do parecer produzido por comissão formada por cinco representantes da OAB, todas mulheres, lideradas pela conselheira da Silvia Virginia Silva de Souza, atual presidente do Conselho Nacional de Direitos Humanos.

“75 mil estupros por ano, 58 mil desses estupros contra meninas de até 13 anos, 56% negras. O retrato das vítimas deste projeto de lei, se aprovado, são meninas pobres e negras que tem voz aqui, sim, nesse plenário. Eu vim desse lugar”, disse Silvia de Souza durante a sessão do Conselho da OAB.

O parecer foi feito à pedido do presidente da Ordem, Beto Simonetti, que destacou que o documento aprovado hoje não é uma mera opinião da instituição. “É uma posição da Ordem dos Advogados do Brasil, forte, firme, serena e responsável. E, a partir dele, nós continuaremos lutando no Congresso Nacional, através de diálogo, e bancando e patrocinando a nossa posição”, afirmou.

O documento aprovado pelo Conselho da OAB pede que o projeto de lei que equipara o aborto ao homicídio seja arquivado ou, caso aprovado, que o tema seja levado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Inconstitucional
O parecer afirma que o PL 1.904/24 viola à Constituição por não proteger e garantir o direito à saúde, principalmente às mulheres vítimas de estupro. Segundo o parecer, a pena imposta pelo projeto à mulher vítima de estupro, por ser maior que a pena imposta hoje ao estuprador, também viola o princípio da proporcionalidade que deve reger o direito penal.

“Atribuir à vítima de estupro pena maior que do seu estuprador, não se coaduna com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade da proposição legislativa, além de tratamento desumano e discriminatório para com as vítimas de estupro”, diz o documento.

De acordo com o projeto, a mulher poderá ter uma pena que chega a 20 anos, enquanto o estuprador pode pegar, no máximo, 10 anos de cadeia.

O documento aprovado hoje pela OAB destaca ainda que o texto “grosseiro e desconexo da realidade” não considera as dificuldades que as mulheres e meninas vítimas de estupro têm para acessar o aborto legal.

“O PL não se preocupou com a possibilidade de uma descoberta tardia da gravidez, fenômeno comumente percebido nos lugares mais interioranos dos Estados brasileiros, ou ainda, com a desídia do Estado na assistência médica em tempo hábil”, argumentou.

Segundo a OAB, as dificuldades impostas pela realidade justificam a interrupção da gravidez acima da 22ª semana.

“No Brasil, o abortamento seguro está restrito a poucos estabelecimentos e concentrada em grandes centros urbanos. A dificuldade em reconhecer os sinais da gravidez entre as crianças, ao desconhecimento sobre as previsões legais do aborto, à descoberta de diagnósticos de malformações que geralmente são realizados após primeira metade da gravidez, bem como à imposição de barreiras pelo próprio sistema de saúde (objeção de consciência, exigência de boletim de ocorrência ou autorização judicial, dentre outros) constituem as principais razões para a procura pelo aborto após a 20ª semana de gravidez”, explica o parecer.

O parecer afirma que o Direito Penal deve ser usado como último recurso, já que ele é regido pelo princípio da intervenção mínima e da reserva legal. “O Direito penal torna-se ilegítimo quando a serviço do clamor social, pois sua utilização deve ser como ultima ratio, e não como primeira e única opção”, diz o documento.

Outro argumento utilizado é o de que o PL viola o princípio da humanidade das penas.

“A imposição de pena de homicídio às vítimas de estupro é capaz de ostentar características de penas cruéis e infamantes, o que seria um retrocesso e uma violação ao princípio da humanidade das penas”, argumentou.

Segundo a OAB, o PL também feriria o princípio do Estado Laico, que sustenta que convicções de determinada religião não podem ser impostas ao conjunto da sociedade. A OAB também chamou atenção para o fato de a urgência do projeto de lei ter sido aprovado sem discussão com a sociedade.

Defesa do PL
De autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), o texto conta com a assinatura de 32 parlamentares. Ao justificar o projeto, o deputado Sóstenes sustentou que “como o Código Penal não estabelece limites máximos de idade gestacional para a realização da interrupção da gestação, o aborto poderia ser praticado em qualquer idade gestacional, mesmo quando o nascituro já seja viável”.

Ipojuca - Minha rua top

Em reunião nesta segunda-feira (17), os superintendentes da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Danilo Cabral, e do Sebrae Pernambuco, Murilo Guerra, discutiram a formalização de parcerias para a realização de ações conjuntas no estado. A cooperação entre as duas instituições deve acontecer nas áreas de bioeconomia, inovação, com o apoio a startups e transição energética. “Nós temos muitas pautas convergentes e acreditamos que poderemos fortalecer essas iniciativas a partir da capilaridade do Sebrae em Pernambuco, inclusive no apoio às cadeias produtivas”, afirmou Cabral.
A iniciativa Impacta Bioeconomia, uma parceria da Sudene com as universidades federais de Pernambuco (UFPE) e do Vale do São Francisco (Univasf), busca identificar o potencial de desenvolvimento de produtos para as indústrias de fármacos, cosméticos e alimentícia a partir de insumos típicos da caatinga.

O Sebrae nacional, por sua vez, lançou um programa de bioeconomia para o Brasil, iniciando pela Amazônia. A ideia, então, é buscar a interseção entre os dois programas para fortalecer as cadeias produtivas no estado. Segundo o superintendente Murilo Guerra, o Sebrae-PE pode dar uma forte contribuição para a promoção do empreendedorismo e também para a qualificação profissional dos mini, micro e pequenos empreendedores.

Em relação à inovação, tanto a Sudene como o Sebrae-PE têm apoiado startups no estado e buscam ampliar essa a ação para este ano. Na área da transição energética, a discussão é como apoiar os micro, mini e pequenos empreendedores, assim como cooperativas e associações, no acesso à energia renovável.

“O Nordeste lidera a transição energética no país e nós precisamos aproveitar essa janela de oportunidades para democratizar o acesso dos pequenos a este mercado”, disse o presidente da Sudene.

Ipojuca - Minha rua top

Com o objetivo de aprimorar a prestação jurisdicional no Estado, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) promoveu, no início de maio, uma reorganização nas suas unidades judiciárias. Com a mudança, as varas ficaram ligadas a uma Diretoria, de acordo com a matéria dos litígios que tramitam no local. Em um mês, a estratégia adotada pelo Tribunal vem apresentando resultados positivos, como a diminuição do acervo processual nas Diretorias e nos gabinetes dos magistrados.

Os números podem ser acompanhados pela população através do Sistema de Gerenciamento de Acervo (Siga), disponível no site do TJPE e atualizado diariamente pela Central Judiciária de Processamento Remoto do 1º Grau (Cenjud). “Nosso propósito desde o início da gestão é agilizar e dar maior eficiência ao Tribunal, tanto no primeiro grau quanto no segundo. O novo modelo na gestão de processos surgiu exatamente para isso. A população pernambucana merece um Judiciário cada vez melhor”, diz o presidente do TJPE, desembargador Ricardo Paes Barreto.

Dentre as Diretorias que se destacaram neste primeiro mês, que compreende o período de 3 de maio a 3 de junho, estão a Estadual dos Juizados Especiais (DIREJESP); a das Varas Cíveis e das Varas de Execuções de Títulos Extrajudiciais da Capital (DIRCIV); a das Varas Criminais do Interior (DCRIMI); a Regional do Sertão (DRS) e a Estadual das Varas da Infância e Juventude (DEVIJ) respectivamente. Juntas, essas as unidades promoveram a diminuição do acervo em Diretoria dos seus acervos em mais de 11 mil processos, correspondendo a 4,38%.

Já em relação à quantidade de litígios tramitando nos gabinetes dos(as) juízes(as) se destacaram as Diretorias Estadual das Varas de Execução Fiscal, Fazenda Pública e Acidentes de Trabalho (DEFFA); a Regional do Agreste (DRA); das Varas Cíveis da Região Metropolitana e do Interior (DCMI); Regional da Zona da Mata (DRZM) e a Estadual das Varas de Família, Registro Civil e Sucessões (DFAMS). Juntas, diminuíram em mais de 17.440 feitos os seus acervos, correspondendo a 5,06%.

Outra novidade criada com a nova organização, é o direcionamento da força de trabalho, já que os servidores são lotados nas diretorias e não mais em varas. Com isso, os recursos humanos ficam à disposição de todas as unidades que compõem a respectiva diretoria. Desde que assumiu a Presidência do Tribunal em fevereiro passado, o desembargador Ricardo Paes Barreto vem dizendo que este modelo permitirá que o trabalho flua de forma homogênea, sem que haja justificativa para discrepância na produtividade das varas.

Atualmente, 1.637 servidores(as) demandam seus esforços nessas diretorias, que atendem 560 unidades judiciárias.

Serra Talhada - Saúde

Rifado pelo prefeito de Araripina, Raimundo Pimental (União Brasil), no seu projeto de disputar a Prefeitura, o vice-prefeito Evilásio Mateus (PDT) foi para o ataque. Convocou uma coletiva para a próxima quarta-feira, às 16 horas, na casa do seu fiel aliado Emanuel Bringel.

A convocação foi feita em sua conta na rede social Instagram. Veja o post na íntegra:

👊 Recebi um convite irrecusável do meu amigo, o ex-prefeito Emanoel Bringel, para que a coletiva de imprensa fosse realizada na casa dele. … | Instagram

Vitória Reconstrução da Praça

Da Agência Brasil

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 10,5% ao ano, nesta semana. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se nesta terça-feira (18) e quarta-feira (19) para definir os juros básicos da economia. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (17), pesquisa divulgada semanalmente pelo BC com a expectativa para os principais indicadores econômicos.

Em sua última reunião, no início de maio, o Copom reduziu a taxa pela sétima vez consecutiva, para 10,5% ao ano. No entanto, a velocidade do corte diminuiu. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom tinha reduzido os juros básicos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Nesta última vez, a redução foi de 0,25 ponto percentual.

Além disso, os membros do colegiado mostraram preocupação com as expectativas de inflação acima da meta e, “em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador do que o previsto anteriormente”, não previram novos cortes na taxa Selic. A extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa, segundo a ata da última reunião, “serão ditadas pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 9% ao ano.

Inflação
A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,9% para 3,96% este ano. Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,78% para 3,8%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

Em maio, pressionada pelos preços de alimentos e bebidas, a inflação do país foi 0,46%, após ter registrado 0,38% em abril. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 12 meses, o IPCA acumula 3,93%.

PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano teve variação negativa, de 2,09% para 2,08%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,13 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,10.

EXCLUSIVO

O caos na rede estadual de hospitais não tem sensibilizado a governadora Raquel Lyra (PSDB). A gestora assinou um decreto retirando R$ 46 milhões do Fundo Estadual de Saúde, que estavam destinados à “Construção, Ampliação, Reforma e Equipagem de Unidades de Saúde”.

O destino do dinheiro, segundo o decreto, foi mais uma vez áreas administrativas da Secretaria de Defesa Social. De acordo com o ato, assinado pessoalmente pela governadora, o dinheiro retirado da saúde irá para “Reaparelhamento Operacional das Unidades de Segurança” na SDS.

O blog já apurou que a fonte de recursos, destes R$ 46 milhões retirados da saúde, era “0754 – Recursos de Operações de Crédito”. O decreto 56.767 retirando estes R$ 46 milhões da saúde foi assinado por Raquel em 12 de junho, com efeitos retroativos a maio de 2024.

Também continua repercutindo o furo do Blog, de que a governadora Raquel Lyra (PSDB) retirou R$ 17 milhões da assistência médico-hospitalar dos militares do Estado para outras áreas administrativas da Secretaria de Defesa Social. O deputado federal Coronel Meira (PL) e o deputado estadual Coronel Feitosa (PL) foram para a frente do Hospital da Polícia Militar gravar um vídeo informando que iriam investigar a origem dos recursos. Segundo os parlamentares, os policiais militares e bombeiros recolhem do contracheque para manter o Sistema de Saúde dos Militares do Estado de Pernambuco (Sismepe).

A suspeita dos parlamentares é de que Raquel possa ter cometido um suposto crime de responsabilidade, se remanejou os recursos das contribuições dos militares. Feitosa informou que protocolou um pedido oficial de informações à governadora. Raquel fez esse remanejamento, mesmo estando um caos instalado no Hospital da Polícia Militar.

Em meio ao debate sobre o Projeto de Lei 1904/2024, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) reafirmou em nota, seu parecer favorável ao PL. A entidade destaca que não busca politizar o tema, mas enfatiza a importância ética e humana da discussão, centrada no direito à vida desde a concepção até a morte natural.

O PL 1904/2024 propõe a proibição da assistolia fetal em bebês com mais de 22 semanas de gestação, uma prática atualmente permitida por liminar no STF e proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). A CNBB questiona a necessidade dessa prática, sugerindo alternativas como a adoção, e reforça o valor da vida tanto da mãe quanto do bebê.

A CNBB aborda também o tema do estupro, defendendo punições rigorosas para os agressores e rejeitando o aborto como solução para gestações resultantes desse crime. A entidade ressalta o sofrimento físico, mental e espiritual que o aborto pode causar à gestante.

Por fim, a conferência dos bispos do Brasil, expressa seu apoio à aprovação do PL 1904/2024 e aguarda outros projetos que garantam os direitos do nascituro e da gestante. A nota completa pode ser lida AQUI.

EXCLUSIVO

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Carlos Neves, resolveu barrar mais uma licitação milionária com suspeita de irregularidade no governo Raquel Lyra (PSDB). Desta vez, o alvo foi o “Procedimento Licitatório 011/2024 – Pregão Eletrônico 009/2024, promovido pelo Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, que teve por objeto o registro de preços para a contratação de prestação de serviços de manutenção e/ou recuperação de estradas vicinais sob demanda”.

O TCE apontou que uma empresa foi indevidamente excluída da licitação, apesar de ter apresentado a melhor proposta de preços, após a desclassificação da primeira empresa. Segundo o relator do processo, Carlos Neves, a exclusão da empresa foi feita sem embasamento ou parecer técnico. “Verifica-se que, embora indique os itens do edital que não teriam sido atendidos pela ora representante, o ato de desclassificação não está minimamente motivado, vez que sequer aponta qual a irregularidade da documentação da licitante ou omissão incorrida, nem tampouco remete a existência de algum parecer técnico colacionado aos autos, o qual pudesse lhe servir de embasamento”, apontou Carlos Neves, na decisão.

Segundo a decisão do TCE, após a “desclassificação da primeira colocada que ofertou preço inexequível, a empresa representante ofertou o segundo menor lance, no valor de R$17.200.000,00, o qual se mostrou vantajoso para o órgão licitante, haja vista substancialmente inferior ao preço do orçamento estimado de R$20.000.000,00”.

A determinação do conselheiro do TCE foi para deferir “a medida cautelar pleiteada no sentido de que o órgão licitante se abstenha de efetuar eventual homologação do Procedimento Licitatório 011/2024 – Pregão Eletrônico 009/2024 até a análise de mérito deste processo de medida cautelar”. A decisão ainda será analisada pela Primeira Câmara do TCE, composta por três conselheiros.

O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) é presidido por Ellen Viégas, pessoa da confiança pessoal da governadora Raquel Lyra. Ellen Viégas foi secretária de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco entre agosto de 2023 e fevereiro de 2024.

Por Estadão

A revisão de gastos públicos, em debate dentro da equipe econômica após a escalada da incerteza fiscal e a alta do dólar, deve ter o seu primeiro teste político nesta semana. Logo na segunda-feira de manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reunirá com os ministros que compõem a Junta de Execução Orçamentária (JEO), e a expectativa é de que o assunto esteja na mesa de discussão.

O colegiado é formado por Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão) e Rui Costa (Casa Civil). Antes de embarcar na semana passada para a Itália, onde participou da reunião do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, Lula solicitou a Costa que agendasse esse encontro do órgão orçamentário.

Durante a viagem, o petista admitiu, em uma mudança de tom, a possibilidade de rever despesas públicas desde que o ajuste não recaísse sobre os mais pobres. “Tudo aquilo que a gente detectar que é gasto desnecessário, não tem que fazer”, disse o presidente.

A agenda arrecadatória, no entanto, dá claros sinais de esgotamento no Congresso após a devolução da medida provisória que limitava o uso de créditos de Pis/Cofins por parte de empresas e indústrias – a mais dura derrota de Haddad até agora.

Além disso, há dúvidas se o Banco Central seguirá reduzindo a Selic em meio ao aumento da perspectiva de inflação e à valorização do câmbio. A expectativa para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC nesta semana, inclusive, é de manutenção da Selic.

A revisão de despesas, portanto, parece se impor, mas dependerá, primeiro, do aval de Lula e, depois, da disposição dos parlamentares, inclusive do PT, de aprová-la na Câmara e no Senado. Tanto o Executivo como o Legislativo estão de olho na eleição municipal e não devem abraçar medidas impopulares – pelo menos não até outubro.

O chefe do governo de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou o fim do Gabinete de Guerra, estabelecido em 11 de outubro de 2023, após a ação militar contra o Hamas em Gaza, conforme relatado pela mídia local. A decisão vem uma semana após a saída de Benny Gantz, da Unidade Nacional, e seu aliado Gadi Eisenkot do gabinete, devido a conflitos com Netanyahu, conforme reportado pela agência EFE.

Com as vagas de Gantz e Eisenkot disponíveis, membros da ala mais radical reivindicaram esses postos. O periódico Haaretz divulgou que o objetivo da dissolução é prevenir a entrada de ministros radicais, como Itamar Ben-Gvir da Segurança Nacional. As responsabilidades do extinto gabinete serão parcialmente transferidas para o Gabinete de Segurança, enquanto as questões mais delicadas serão deliberadas por um grupo seleto.

Este grupo seleto deverá contar com a participação dos ministros da Defesa Yoav Gallant, dos Assuntos Estratégicos Ron Dermer, do chefe do Conselho de Segurança Nacional Tzachi Hanegbi e do líder do partido Shas Aryeh Deri, segundo o jornal. O conflito entre Israel e o Hamas foi iniciado por um ataque sem precedentes do grupo palestino em território israelense no dia 7 de outubro.

A técnica de enfermagem Maria Santana Pessoa de Carvalho, de 50 anos foi assassinada a facadas por seu marido em casa onde moravam em Chã Grande, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. A morte da enfermeira, de 50 anos, é investigada como feminicídio, segundo a Polícia Civil. O assassino foi preso em flagrante.

O crime aconteceu ontem, no centro da cidade. Testemunhas relataram à polícia que Maria Santana e Rosalvo Jovino da Silva, de 53 anos, seu marido, discutiram e ele a matou em seguida. Ela era servidora pública municipal no Hospital Geral Alfredo Alves de Lima.

A prefeitura de Chã Grande, publicou uma nota lamentando o ocorrido: “Ao mesmo tempo em que nos dirigimos aos familiares e amigos, que sentem a partida de uma profissional, mãe e amiga, reiteramos nosso desejo de que se faça presente a justiça”, disse em uma rede social.

Após a prisão, o assassino foi levado para a 12ª Delegacia de Vitória de Santo Antão, de lá seguiu para audiência de custódia. O resultado da sessão ainda não foi informado pelo TJ-PE.

O ex-deputado federal Gonzaga Patriota recebe hoje o título de cidadão recifense, às 18h, no plenário da Câmara dos Vereadores do Recife. Gonzaga tem mais de 40 anos de atuação na vida pública e fez parte da Assembleia Nacional Constituinte de 1988. A proposta da homenagem foi homologada pela Comissão Executiva da mesa diretora da Casa.

Em seus nove mandatos de Deputado Federal e um de Estadual o Sertão sempre foi sua atenção principal. Mas nunca deixou de focar também na capital pernambucana, com verbas para entidades filantrópicas do Recife, como IMIP, Hospital do Câncer e Fundação Altino Ventura.

Trajetória

Gonzaga Patriota nasceu em 1946, em Sertânia. É graduado em Direito, Administração, Ciências Contábeis e Jornalismo, com especialização em Ciências Políticas, mestrado em Ciências Políticas e Políticas Públicas e de Governo. É doutor em Direito Civil.

Militou no MDB, PDT e é atualmente filiado ao PSB. Patriota foi também Secretário Nacional de Trânsito e implantou o “Código Nacional de Trânsito”, em 1997. Representou o Brasil em missões oficiais ao exterior por 40 vezes, em diversos países. Também escritor, ele já publicou 47 livros.

Em sessão do plenário, há pouco, o o Tribunal de Justiça de Pernambuco decidiu criar mais seis vagas de desembargadores, passando o seu colegiado de 52 para 58. Esta medida tem como objetivo atender ao crescente volume de processos que Tribunal vem recebendo

Com a implementação do projeto, duas novas câmaras serão criadas, dedicadas especialmente aos julgamentos de casos envolvendo violência contra mulheres, crianças e adolescentes, além de questões de sucessões. A necessidade dessa expansão reflete o aumento significativo no número de processos, que subiu de 43.777 em 2020 para 47.263 em 2023. O projeto agora aguarda a análise e aprovação da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Do G1 Caruaru

Na manhã de ontem, a Polícia Civil de Pernambuco cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do Vice-Prefeito de Catende, Antônio Luiz Colaço Lira, conhecido na cidade como Tonho do Egito.

A Ordem Judicial foi expedida pela justiça após a exibição de um vídeo nas redes sociais onde o político aparece com uma de fogo e efetua atira várias vezes em uma parede, no interior da residência. Ao todo, seis tiros foram disparados contra a parede. Enquanto atira, Antonio chega a perguntar para a câmera “Mais ou tá bom?” e ri.

A ação policial aconteceu por volta das 6h, mas Antônio do Egito e a arma usada no vídeo não foram localizados. Após o cumprimento do mandado, a Polícia Civil dará seguimento as investigações.

O portão do G1 entrou em contato com a Prefeitura de Catende, e a prefeita Graça Maria disse que lamenta a situação e não compactua com qualquer ação dessa natureza. E disse também que as atitudes do vice não condizem com a forma dela de gerir o município.

No último domingo, Caruaru recebeu o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, e a presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros. A visita, que ocorreu durante a famosa festa de São João da cidade, foi acompanhada pelo prefeito Rodrigo Pinheiro. Juntos, eles puderam observar a grandiosidade e o impacto cultural da celebração.

O São João de Caruaru é mais do que um evento que impulsiona a economia de diversos setores locais. Com uma expectativa de movimentação econômica superior a R$ 670 milhões este ano, o evento beneficia o turismo, o comércio e a gastronomia, reforçando sua relevância cultural e econômica para a cidade.

Durante a visita, Rodrigo Pinheiro enfatizou a importância do São João para Caruaru. “Estamos mostrando ao Brasil a força do nosso São João, que, além de celebrar nossa cultura, promove um aquecimento expressivo na economia local. É uma honra receber o ministro França e a presidenta Tarciana e compartilhar com eles o impacto positivo que esta festa traz para a nossa cidade”, ressaltou o prefeito.

Já o ministro expressou seu encanto pela festa e reconheceu o potencial empreendedor da região. “Eu já vim a Caruaru outras vezes, mas nunca durante a festa de São João. É impressionante ver a animação das pessoas, mesmo sabendo que amanhã cedo muitos vão trabalhar. Além disso, a festa gera uma economia significativa para a cidade. Vi várias pessoas vendendo e, para muitos, isso representa dois ou três meses de negócios. Pernambuco é um verdadeiro oásis do empreendedorismo, e estou aqui a pedido do presidente Lula para organizar e ajudar os pequenos empreendedores a fazerem mais”, afirmou.

França se comprometeu a apoiar os pequenos empreendedores locais, reiterando o compromisso do governo federal com o desenvolvimento econômico da cidade.