Por Izabel Urquiza*
Quando andamos em Olinda e comparamos a realidade com as promessas feitas pela gestão municipal, parece que estamos diante do quadro “promessas x realidade”. A expectativa era de que Olinda tivesse uma gestão exitosa, mas, sobretudo, voltada para um futuro de desenvolvimento econômico e social, em contraposição a um passado de gestões ineficientes. Mas na realidade, o que se vê são moradores insatisfeitos com a situação de abandono e de descaso com as políticas públicas.
No passado, as mães olindenses tiveram o direito de ter seus filhos na Maternidade Brites de Albuquerque. Infelizmente, as mães carentes no presente têm que ter seus filhos em outros municípios. Os postos de saúde não têm médicos, nem medicamentos adequados. Passaram pela Secretaria de Saúde de Olinda mais de dez secretários nos últimos sete anos, e tantas mudanças afrontam os princípios administrativos da continuidade e da eficiência. Infelizmente, essa não é uma situação isolada; outras Secretarias importantes, como a Secretaria de Obras e de Defesa Civil, vivem realidades semelhantes, e a dança das cadeiras continua.
Leia maisO Sítio Histórico de Olinda, que deveria ser o cartão postal da cidade, promovendo o Turismo e a Cultura, molas propulsoras do desenvolvimento econômico, tem sido manchete constante na imprensa pela falta de segurança. A violência cresce nos quatro cantos de Olinda, da orla às comunidades mais carentes.
Olinda vem perdendo recursos de convênios. Somente do PAC Cidades Históricas foram perdidos mais de 45 milhões pela atual gestão, e o patrimônio histórico se deteriora a cada dia. Pessoas voltaram a morrer em decorrência de deslizamentos de barreiras, e os 50 milhões do Convênio para contenção de encostas não saíram do papel. Foram utilizados recursos do convênio de 70 milhões para urbanização de Aguazinha e Sapucaia, mas a falta de qualidade das obras, especialmente com relação a saneamento e drenagem, faz com que as ruas recentemente calçadas já precisem de recuperação. A educação que deveria ser uma prioridade não é valorizada e chega a ser emblemático a Biblioteca Pública, que fica ao lado da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, está interditada.
Diante desse cenário de dificuldades generalizadas, Olinda enfrenta uma situação de declínio de protagonismo nos últimos anos, resultado da ausência de uma gestão eficiente e sem articulação política e empresarial. Precisamos voltar a discutir a cidade, deixar de lado ataques pessoais e projetos para manutenção de poder, que servem apenas como “cortina de fumaça” para encobrir o despreparo e a falta de experiência de pessoas que não entendem de gestão pública, nem conhecem a realidade de quem vive em Olinda. Associar o conhecimento técnico à experiência política é fundamental para construir um Plano de Ação capaz de apontar o caminho que levará à verdadeira mudança que Olinda merece. Precisamos ir de encontro às expectativas de uma cidade boa para se viver com a implementação de políticas públicas eficientes. Queremos uma Olinda linda para todos!
*Pré-candidata a prefeita de Olinda pelo PL
Leia menos