Morre prefeito de Joaquim Nabuco

A Prefeitura de Joaquim Nabuco confirmou, há pouco, o falecimento do prefeito Charles Batista. O gestor estava internado, em estado grave, na UTI do Hospital Português, localizado na área central do Recife, mas acabou não resistindo. A causa da morte não foi informada pela assessoria.

Confira abaixo a nota da Prefeitura de Joaquim Nabuco

É com pesar que informamos sobre o falecimento do atual prefeito, Charles Batista, ocorrido no início da noite deste sábado, dia 22 de junho, aos 42 anos de idade, em Recife, no Hospital Real Português.

Charles foi vereador de Joaquim Nabuco-PE, onde contribuiu com relevantes obras e serviços para o desenvolvimento do nosso município.

Deixará seu legado como um homem e ser humano incrível.

O prefeito Charles Batista deixa esposa, filhos e amigos.

Neste momento de dor e consternação, expressamos nossas condolências aos amigos e familiares e decretamos Luto Oficial por três dias, em sua homenagem.

Paulista - Boa praça

Daniel Gonzaga, neto de Luiz Gonzaga, postou um vídeo em seu instagram negando que a família do Rei do Baião autorizou a ex-BBB e cantora Juliette a fazer uma versão da música “Pagode Russo”. Desde que a versão, chamada de “Vem Galopar”, foi lançada por Juliette, uma polêmica se instaurou nas redes sociais por conta da letra da música que, segundo a ex-BBB, tinha sido autorizada pela família de Gonzagão.

Daniel negou veementemente a informação.”Não misturar o nome da Família Gonzaga com lançamentos que nada tem a ver com a história dele. Há uma distorção grave acontecendo no mercado da música”, disse o neto.

Confira o desabafo de Daniel:

Petrolina - Viva a nossa arte

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), selou nesta quinta-feira (20) o apoio do deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) à sua campanha à reeleição. Uma das condições impostas pelo bolsonarista foi o veto a um nome do PT na vaga de vice na chapa.

O movimento ocorre na mesma semana em que o PT se juntou ao PDT, PC do B, PV e Solidariedade num movimento contra uma chapa “puro-sangue”. Os cinco partidos se reuniram na terça-feira (18) e decidiram pedir a Paes que escolha um integrante de qualquer dessas siglas para a vice. As informações são da Folha de São Paulo.

As articulações ocorrem na semana em que Paes apareceu com uma distância folgada na pesquisa divulgada pela Quaest, em que ele registra 51% das intenções de voto, contra 11% do deputado Alexandre Ramagem (PL) e 8% do deputado Tarcísio Motta (PSOL).

A pesquisa reforçou dentro da campanha de Paes a avaliação de que ele precisa ampliar o espectro político da aliança para evitar a vinculação direta entre a candidatura e o presidente Lula.

O levantamento mostrou que, quando associado ao petista, o prefeito tem 47% dos votos. Ramagem registra 29% ao ter o nome vinculado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem tem o apoio.

A fim de ampliar sua base de apoio, Paes firmou acordo com Otoni de Paula em reunião com o bispo Abner Ferreira, da Assembleia de Deus.

Além do veto ao PT na vice, o deputado também disse ter acordado com o prefeito uma campanha sem ataques ao ex-presidente Bolsonaro, “mesmo sendo provocado politicamente para tal”.

“Em relação ao vice, ele disse que vai resolver na hora certa. Mas a nossa permanência lá se deve a isso. Mas ficou muito claro que não interessa a ele essa polarização [com Bolsonaro]. O Eduardo não é o [Marcelo] Freixo. Tem muitos bolsonaristas que votam nele, como eu”, disse Otoni.

Os acordos estão descritos numa carta do deputado aos seus eleitores após ter desistido da pré-candidatura à prefeitura. Ele não conseguiu viabilizar seu nome dentro do MDB. No texto, afirma que tentou acordo com o PL e Ramagem.

“Mesmo com a minha pré-candidatura implodida por dirigentes das duas legendas, com todo respeito e humildade, me coloquei à disposição para ajudar no que fosse preciso. Sobretudo, no diálogo com os evangélicos, que são a minha base eleitoral. Passei mais de um mês procurando o diálogo com os dirigentes, busquei inclusive o próprio pré-candidato do PL. Dezenas de tentativas de conversa. E… nada”, diz o texto.

Crítico de Paes, o bolsonarista afirma no texto que cedeu ao “gesto tão humilde e grandioso” do prefeito ao pedir seu apoio.

“Sou evangélico, de direita, conservador e tenho posições inegociáveis. Mesmo assim, ele me ligou e convidou para uma reunião. E vejam vocês, me pediu exatamente a mesma ajuda que os outros desprezaram receber”, afirma o texto.

Além das condições políticas, Otoni disse ter solicitado investimento em segurança pública, compromisso de combate ao que chama de “ideologia de gênero” nas escolas e parceria com instituições religiosas na recuperação de pessoas com dependência química.

“Prontamente esses compromissos foram assumidos pelo prefeito comigo. Sendo assim, me sinto à vontade de vir a público para defender sua reeleição e coordenar a campanha na comunidade cristã evangélica”, finaliza o texto.

A entrada de Otoni na campanha ganhou relevância após Paes romper nesta semana com o Republicanos, única sigla à direita do espectro político que o apoiava. O prefeito exonerou nomes indicados pelo partido na estrutura municipal e cancelou contrato com ONG vinculada ao ex-deputado Eduardo Cunha, que atualmente dá as cartas no partido.

Na terça-feira, a reunião de aliados contra a chapa “puro-sangue” pretendida por Paes teve a participação do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

O PT vinha apresentando o nome de André Ceciliano, ex-presidente da Assembleia, e Adilson Pires, ex-secretário municipal da gestão Paes. O PDT tem como indicada a deputada Martha Rocha.

“As pessoas têm a expectativa de que seja uma chapa mais ampla. O pedido em conjunto dá mais peso político. Não é mais um pedido só do PT ou do PDT. Todos esses partidos têm nomes que podem ampliar a chapa”, afirmou o presidente do PT-RJ, João Maurício.

Os partidos, porém, não discutiram deixar a aliança em caso de resistência do prefeito.

A avaliação de Paes é de que precisa ter um nome vinculado ao seu grupo político para que possa garantir na campanha a continuação do estilo de gestão, caso deixe o cargo para disputa do governo estadual em 2026.

O preferido para a vaga é o deputado Pedro Paulo, mas também são opções os deputados Eduardo Cavaliere, Guilherme Schleder, Laura Carneiro e o presidente da Câmara Municipal, Carlo Caiado, todos do PSD. 

Ipojuca - Minha rua top

Um desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE)  recomendou que seu gabinete evite usar uma lista de palavras que, por serem muito técnicas, rebuscadas ou mesmo em latim, distanciam a população do Judiciário.

A decisão de Honório Gomes faz parte dos esforços em nome da linguagem simples, um pacto lançado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. “O pacto pela linguagem simples não simplifica o direito em si, mas incentiva a utilização da língua portuguesa de um modo que torne conceitos complexos compreensíveis para qualquer cidadão”, diz o desembargador Honório Gomes, presidente da 1ª Câmara Criminal do TJPE. As informações são do Diario de Pernambuco.

A relação contém palavras como “Bojo dos autos”, “Caderno processual”, “Cediço”, “Cinge-se”, “Codex’, “De proêmio”, “Dessarte”, “Destarte”, “Escólio”, “Exordial”, “Fustigada”, “Inculpado”, “Increpado”, “Indigitada autoridade coatora”, “Juiz de piso”,” Juiz primevo”, “Outrossim”, “Parquet”, “Peça atrial”, “Peça de ingresso”, “Peça vestibular”, “Porquanto”, “Pretório excelso”, “Prima facie”, “Remédio heroico”, “Supramencionado”, e “Travestido”.

A Presidência do TJPE aderiu ao pacto pela linguagem simples, assinando, em 4 de junho deste ano, o acordo de cooperação técnica com o CNJ para aproximar o Judiciário das pessoas. 

Com o acordo, o Tribunal assume vários compromissos como: estimular juízes(as) e setores técnicos a, sem negligenciar a boa técnica jurídica, eliminar termos excessivamente formais e dispensáveis à compreensão do conteúdo a ser transmitido; Adotar linguagem direta e concisa nos documentos, comunicados públicos, despachos, decisões, sentenças, votos e acórdãos; explicar, sempre que possível, o impacto da decisão ou julgamento na vida do cidadão; 

Também para utilizar versão resumida dos votos nas sessões de julgamento, sem prejuízo da juntada de versão ampliada nos processos judiciais; fomentar pronunciamentos objetivos e breves nos eventos organizados pelo Poder Judiciário; reformular protocolos de eventos, dispensando, sempre que possível, formalidades excessivas; e utilizar linguagem acessível à pessoa com deficiência (Libras, audiodescrição e outras) e respeitosa à dignidade de toda a sociedade.

Ipojuca - Minha rua top

Em um anúncio que reforça o compromisso com o desenvolvimento econômico e a geração de empregos no Sertão do Pajeú, a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, divulgou nesta quarta-feira (19), a instalação de uma nova indústria de alimentos no município. A fábrica de macarrão Massas Luiza será estabelecida no distrito industrial local e promete criar mais de 100 empregos nos próximos meses.

Durante a reunião de assinatura da concessão da área para a instalação da nova indústria, a prefeita Márcia Conrado enfatizou a importância desse investimento para a economia local. “Serra Talhada segue no caminho do desenvolvimento graças à nossa gente. Estamos felizes em receber esse novo empreendimento que não só trará mais empregos, mas também solidificará nossa posição como um polo industrial em Pernambuco e no Brasil”, destacou a prefeita. As informações são do blog Farol de Notícias.

A fábrica de massas de macarrão se junta a outras iniciativas de sucesso que têm transformado o distrito industrial de Serra Talhada. Com apenas duas fábricas semelhantes no estado, localizadas em Caruaru e Recife, a chegada da Massas Luiza marca um ponto de inflexão na diversificação econômica da região. Além da indústria de alimentos, a cidade também espera a instalação de uma fábrica de pré-moldados pela KM Engenharia, aumentando ainda mais o dinamismo industrial local.

“Este investimento é um reflexo do trabalho contínuo para atrair novos negócios e desenvolver a infraestrutura necessária para sustentar o crescimento de Serra Talhada. Acreditamos, sonhamos, mas acima de tudo, realizamos. Esse novo empreendimento é mais um passo em nosso compromisso com a transparência e o desenvolvimento da nossa terra, cuidando das nossas pessoas”, concluiu Márcia Conrado.

Serra Talhada - Saúde

O estrategista André Gustavo Vieira pode assumir o comando estratégico da campanha de Lara Cavalcanti, pré-candidata a prefeita de Petrolina. André retorna essa semana da África Central, onde comanda, pela segunda vez, a campanha presidencial na República dos Camarões.

Vitória Reconstrução da Praça

Além de um bom forró, xaxado e comidas típicas, o São João também representa uma das épocas de maior fluxo de veículos circulando nas principais rodovias do estado em direção aos polos de festejos juninos. E neste período junino, a expectativa do Departamento de Estradas e Rodagem de Pernambuco (DER), é que as rodovias que cortam o Estado devem ter um acréscimo no fluxo de veículos neste feriadão. 

Assim, durante os próximos dias, os policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) estarão reforçando a atuação nos principais trajetos com o objetivo de garantir mais segurança para os pernambucanos e turistas.

Atentos às estradas, o BPRv preparou uma série de orientações para os motoristas não passarem aperto durante as viagens. “Neste São João, preparamos todo um esquema reforçado para garantir uma maior segurança daqueles que vão pegar a estrada, mas é preciso lembrar que todo motorista também tem suas responsabilidades e cuidados para tomar antes, durante e depois de uma viagem de carro”, explica o comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária, tenente-coronel Cezar Belo.

Orientações do BPRv:

* Antes de pegar a estrada, faça a revisão no carro. Pneus calibrados, motor revisado, nível de óleo e água no padrão, e ainda verificar se os equipamentos obrigatórios estão todos em seu devido lugar;

* De olho na previsão do tempo e se chover, nada de pegar estrada. E mantenha sempre os faróis acesos;

* Respeite a sinalização. Atenção às placas, elas indicam os limites de velocidade e condições de ultrapassagem;

* Pais e responsáveis: crianças abaixo de 4 anos para o uso de cadeirinha; De 4 a 7 anos, assento de elevação; E, de 7 a 10 anos, sempre no banco de trás e com cinto de segurança;

* Animais de estimação. É recomendado que os pets sejam transportados em compartimentos apropriados ou presos em coleiras fixadas no cinto de segurança;

* Se beber, não dirija. Álcool e volante não combinam. Não consuma bebida alcoólica em hipótese alguma quando estiver dirigindo;

* Mantenha-se descansado(a). Estar bem é fundamental para que o condutor se mantenha com bons reflexos.

Da Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta sexta-feira (21) que o governo de São Paulo, a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) prestem informações sobre a denúncia de uma suposta determinação para o assassinato do ex-policial Ronnie Lessa, delator do caso Marielle Franco.

A decisão foi tomada após o ministro receber nesta quinta-feira (20) um ofício do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp). De acordo com a entidade, o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que domina os presídios do estado, teria dado autorização para o assassinato de Lessa. A denúncia foi feita por meio de um e-mail recebido pelo sindicato.

O ex-policial chegou ontem (20) ao presídio de Tremembé, em São Paulo, após deixar o presídio federal de Campo Grande. Por ser ex-policial e ter ligações com milícias, Ronnie é considerado inimigo do PCC.  

A transferência foi autorizada por Alexandre de Moraes em função dos benefícios acertados por Lessa no acordo de delação premiada no qual ele acusou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão de serem os mandantes do assassinato de Marielle. Uma das cláusulas do acordo previa que Lessa deixasse o presídio federal onde estava, em Campo Grande (MS) para ficar mais próximo dos familiares, que moram no Rio de Janeiro.

Segundo o sindicato, o “clima está tenso” em Tremembé, com possibilidade de rebelião. A entidade também pediu a Alexandre de Moraes a transferência de Ronnie Lessa para outro presídio.

Do Poder360

Na toada de críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (21) que o chefe da autoridade monetária é seu adversário político, ideológico e do modelo de governança da sua gestão. Disse que, quando puder trocar o titular da instituição, no fim do ano, o Brasil voltará “à normalidade”.

“Ele [Campos Neto] foi indicado pelo governo anterior e faz questão de demonstrar que não está preocupado com nossa governança, mas com quem ele se comprometeu. Estamos chegando ao momento de trocar o presidente do Banco Central. Vamos ter que tirar ele, indicar outras pessoas. E acho que as coisas vão voltar à normalidade porque o Brasil é um país de muita confiabilidade”, disse Lula em entrevista à rádio “Mirante News”, do Maranhão.

Lula tem 4 indicados no Banco Central. Só conseguirá obter a maioria das cadeiras em 2025, quando Campos Neto e outros 2 diretores terminam o mandato. Ou seja, a partir de janeiro, o Banco Central será controlado pelo Palácio do Planalto. Uma situação parecida se deu durante o 2º mandato de Dilma Rousseff (PT).

O presidente disse que o “nervosismo especulativo” do mercado financeiro não mexerá com “a seriedade da economia brasileira”.  

Lula voltou a errar ao citar os dados de volume de crédito dos 5 maiores bancos do país. Disse que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil têm uma carteira de crédito maior que os outros três maiores bancos privados juntos.

“Caixa e Banco do Brasil nesse período em que estamos conversando aqui, os 2 sozinhos, têm mais carteira de crédito do que os 3 maiores bancos privados juntos, porque os bancos não querem emprestar dinheiro, querem especular, ganhar com a taxa de juros”, disse.

A Caixa tinha R$ 1,144 trilhão em carteira em março de 2024, último dado disponível. Já o Banco do Brasil tinha uma carteira de crédito de R$ 1,138 trilhão. Ambos somam R$ 2,282 trilhões em crédito.

O Bradesco (R$ 889,9 bilhões), o Itaú (R$ 1,185 trilhão) e o Santander Brasil (R$ 654 bilhões) totalizam R$ 2,729 trilhões. Os dados constam nos balanços financeiros dos bancos.

Lula já tinha feito a comparação entre os bancos em outra entrevista, concedida na manhã desta sexta-feira (21) à rádio “Meio”, do Piauí.

Com seis votos favoráveis, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (21) no julgamento que pode retirar o mandato de sete deputados federais. A análise, que acontecia no plenário virtual, foi interrompida com pedido de destaque pelo ministro André Mendonça e, com isso, terá de ser concluída de forma presencial. A data ainda não foi definida.

Seis dos 11 ministros votaram para mudar o alcance da decisão da Corte que derrubou as atuais regras para distribuição das chamadas sobras eleitorais para cálculo das vagas na Câmara dos Deputados. As regras são usadas para cálculo das cadeiras que devem ser preenchidas por candidatos eleitos nas casas legislativas. As informações são do jornal O Tempo.

Os deputados federais são eleitos de forma proporcional. Para assumir a cadeira, o parlamentar precisa obter uma quantidade mínima de votos, que contarão para a distribuição de vagas disponíveis na Câmara.

Em fevereiro, os ministros mantiveram no cargo sete deputados eleitos em 2022 que seriam afetados pela anulação das regras sobre as sobras e entenderam que a decisão deve ser aplicada nas futuras eleições. Contudo, a Rede Sustentabilidade, o Podemos e o PSB recorreram para defender a aplicação para as eleições de 2022 e retirar o mandato dos seguintes parlamentares:

Silvia Waiãpi (PL-AP)

Sonize Barbosa (PL-AP)

Goreth (PDT-AP)

Augusto Pupiu (MDB-AP)

Lázaro Botelho (PP- TO)

Gilvan Máximo (Republicanos-DF)

Lebrão (União Brasil-RO)

Antes das alterações, todos os partidos podiam disputar as sobras eleitorais, que são calculadas pela Justiça Eleitoral para ocupar as vagas que não foram preenchidas após o cálculo do quociente eleitoral, critério principal para definir a vitória dos parlamentares nas eleições. 

Com a nova lei, somente candidatos que tiveram votos mínimos equivalentes a 20% do quociente eleitoral e os partidos que obtiverem mínimo de 80% desse quociente passam a disputar as vagas oriundas das sobras.

Até o momento, os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Nunes Marques, Dias Toffoli e Cristiano Zanin votaram para aceitar os recursos. Até o julgamento ser encerrado, os ministros podem alterar seus votos e os mandatos parlamentares são mantidos.

Goiás terá uma plataforma para facilitar exportações do estado na China. Trata-se de um acordo com o maior porto alfandegário do país asiático, em Xiong’an. A parceria foi firmada em missão da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços do Estado e pode impulsionar as importações chinesas.

O objetivo agora é, também como parte do referido acordo, estabelecer uma base para comércio exterior no país. Ela será construída do mesmo espaço onde o escritório do Porto Seco de Anápolis deve ser construído na zona portuária. As informações são do Mais Goiás.

A cidade de Xiong’an é considerada um ponto estratégico de comércio, pois ela foi criada justamente para dividir com Pequim funções administrativas. O município conta com um distrito industrial, zonas de livre comércio e armazém alfandegário.

“Esse escritório terá representatividade do Governo de Goiás, por meio da área de comércio exterior da SIC, para trazer novos negócios para Goiás”, frisa Joel Braga Filho, titular da pasta. “Isso nos dá uma ideia do futuro da secretaria com o país que mais se desenvolve no mundo”, afirma o secretário Joel.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (21), que cuidar do povo pobre é barato, e que o que custa caro é “cuidar de rico”. A única razão pela qual eu quis ser presidente da República era para provar: é possível e é barato cuidar do povo pobre desse país. O que custa caro é cuidar de rico. Rico custa caro. Porque o pobre vai conversar com você e ele pede dez reais. O rico pede logo dez milhões.

A fala foi feita durante um evento para anunciar um pacote de investimentos para o Maranhão. Foram anunciados a destinação de R$ 9 bilhões do Novo PAC — programa de investimentos coordenado pelo governo federal — para a criação de polos de energia renovável, a ampliação do programa Luz para Todos no estado e a expansão da Avenida Litorânea e do Porto de Itaqui. As informações são da CNN.

Ao lado do presidente Lula, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, também esteve presente. Ele foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva.

Ele nega as acusações.

Juscelino chegou a falar durante a cerimônia, anunciando investimentos para escolas públicas municipais e estaduais, como serviços de internet banda larga para 10.300 escolas, paga por dois anos pelo governo federal, além de wi-fi gratuito para os alunos da rede pública e a entrega de computadores para as instituições de ensino integral.

Também estiveram presentes no evento os ministros do Esporte, André Fufuca, das Cidades, Jader Filho, de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB).

As diárias em alta na Câmara de Vereadores de Trindade revelam um cenário preocupante. A Câmara de Vereadores de Trindade gastou mais de 170 mil reais com diárias de janeiro a maio de 2024, sendo quase 150 mil reais destinados exclusivamente aos vereadores.

Em apenas cinco meses da atual diretoria, o aumento do valor gasto em diárias é 145,71% maior em comparação com o ano inteiro de 2022. Esse aumento significativo, sem uma justificativa clara, aumenta a desconfiança da população.

A falta de clareza nos detalhes das despesas com as diárias também é motivo de preocupação. O Portal da Transparência não apresenta informações precisas sobre os motivos das viagens, o que gera desconfiança e levanta dúvidas sobre a efetividade desses gastos públicos.

Fizemos uma comparação a partir do biênio 2021-2022 do presidente Francisco Freire, mais conhecido como Serra Branca, já falecido, ao atual biênio 2023-2024 do presidente Allan Johnes de Morais Galdino.

Despesas com Diárias

2021 – R$ 1.400,00

Diárias do presidente Serra Branca, R$ 1.000,00

2022 – R$ 70.375,00

Diárias do presidente Serra Branca, R$ 4.650,00

2023 – R$ 136.825,00

Diárias do presidente Allan Galdino, R$ 13.400,00

2024 – R$ 172.050,00

Diárias do presidente Allan Galdino, R$ 20.350,00

(Última Atualização: 31/05/2024).

Prioridades e Negligência

Enquanto a Câmara destina quantias vultosas para viagens de seus membros, serviços básicos à população, como saúde, educação e infraestrutura, muitas vezes são negligenciados. A precariedade na saúde, baixos índices na educação e ruas esburacadas são exemplos dessa realidade em Trindade.

Essa situação contrasta com os gastos exorbitantes com diárias, levando a questionamentos sobre as prioridades da casa legislativa.

Fiscalização e Transparência

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) tem a competência de fiscalizar o uso dos recursos públicos pelos órgãos públicos do Estado, incluindo a Câmara de Vereadores de Trindade.

O aumento do consumo de diárias em 2024, ano de eleições municipais, causa estranheza e deve ser rigorosamente avaliado.

Do blog do Charles Araújo

No início da tarde deste sábado (22), noticiamos que entidades da imprensa, como o Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope) e o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), estavam cobrando mais respeito aos profissionais que estão fazendo a cobertura do São João de Petrolina (clique aqui). Segundo as informações enviadas pelos sindicatos, alguns jornalistas estavam tendo dificuldade para conseguir transitar entre as áreas do evento.

Há pouco, Júnior Vilela, coordenador de comunicação do município, enviou uma nota ao blog negando que a Prefeitura de Petrolina esteja dificultando o trabalho dos veículos de comunicação na festividade. 

Confira abaixo, na íntegra:

Em respeito ao ofício enviado, esclarecemos que em momento algum houve restrição de direitos aos jornalistas, radialistas e demais comunicadores envolvidos na cobertura do São João de Petrolina. 

A equipe de assessoria de imprensa garante suporte para que todos os profissionais possam fazer seu trabalho, entrevistando artistas e demais personalidades envolvidas no evento. Porém, existem áreas especiais que a produção do evento e dos próprios artistas limitam a circulação das pessoas, inclusive, dos próprios trabalhadores da imprensa. Frontstage, camarins e palco são as regiões mais restritas. Os camarins, de acordo com os organizadores e produtores, precisam de maior reserva, por questão de segurança e para garantia de privacidade aos artistas que necessitam se preparar. Já a região do frontstage é um espaço que serve como escape para os bombeiros no caso de uma emergência. Já no palco, os artistas solicitam o menor transtorno possível para garantia da realização dos shows. 

Os locais citados acima contam com assessores da prefeitura para permitir justamente que os profissionais de imprensa e de outros meios possam ter acesso. Todos os anos, existem essas limitações e isso costuma ocorrer em diversos eventos de grande porte e com artistas de renome nacional. Não se trata, portanto, de uma postura arbitrária ou exclusiva em Petrolina. 

Importante acrescentar ainda que todos os profissionais de imprensa são orientados. Os assessores explicam cuidadosamente e com muito respeito sobre essas limitações nas áreas especiais com a finalidade de não haver uma interpretação de que existe algum excesso da prefeitura ou má conduta. 

Nós que fazemos a Coordenadoria de Comunicação, de forma transparente e respeitosa, estamos à disposição para receber qualquer representante dos sindicatos e demais entidades para uma visita ao local para apresentar toda a estrutura e esclarecer qualquer ponto. Assim, será possível dirimir qualquer dúvida a respeito da postura da prefeitura e de todos os profissionais que estão trabalhando todas as noites e madrugadas à disposição da imprensa e demais veículos de comunicação.

Respeitosamente, 

Coordenadoria de Comunicação da Prefeitura

Por Luciana Leão – para a revista Nordeste

Em recente levantamento do IBCR-NE do Banco Central do Brasil (Bacen), o Nordeste avançou 3,2% no 1º trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando o índice nacional de 1% de crescimento. 

A Sudene, em suas atribuições, frente ao desenvolvimento regional dos nove estados e mais Minas Gerais e Espírito Santo, se apresenta como um órgão indutor deste crescimento por meio de suas linhas de financiamento e parcerias com demais instituições públicas da federação e de órgãos estaduais.

Mas, existem gargalos significativos ainda, em especial, à infraestrutura nos estados e municípios,  com urgência de obras estruturadoras, mais inclusão social e acesso ao crédito, além do combate à fome e desigualdades intra-regionais. 

A NORDESTE entrevistou com exclusividade o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, para falar sobre alguns desses temas e as novas mudanças frente às recentes decisões do Conselho Deliberativo que podem minimizar os gaps existentes nos estados e municípios de sua atuação.

“Nós precisamos desconcentrar a carteira. A carteira da infraestrutura hoje está muito concentrada na matriz energética, o que é importante. Mas não adianta você ter só energia se você não tem estrada, se você não tem um porto, se você não tem um aeroporto. O desafio da competitividade tem como pilar central você ter capital humano, ou seja, ter mão de obra qualificada, você ter inovação, ou seja, tecnologia e você ter infraestrutura logística. Esses são três pilares necessários e fundamentais para que a gente possa ter um Nordeste em condições de competitividade com as outras regiões do nosso país”.

REVISTA NORDESTE – Como a SUDENE se apresenta nesse contexto como elemento indutor? A rigor, o aval da SUDENE, vai além dos nove estados. Objetivamente, como Minas Gerais e Espírito Santo, por exemplo, têm contribuído na adoção de políticas de desenvolvimento do semiárido nordestino?

DANILO CABRAL – Vêm contribuindo da mesma forma que o conjunto dos outros nove estados da federação também contribui. Na verdade, a participação de Minas e do Espírito Santo na região de atuação da Sudene se deve pelas características sociais, econômicas, culturais, geográficas que tem mais de 240 municípios de Minas Gerais e 39 municípios do Espírito Santo com o território adotado, como território estratégico para o Nordeste, entendendo o Nordeste. Todo esse território que vai até Minas e Espírito Santo tem sido aplicado de forma efetiva em todo essa região e o principal caminho que a gente quer apontar é mostrar que esse território que durante muito tempo da história do Nordeste foi apresentado como um território problemático para o país, um território seco, com a cara da miséria, da pobreza, que aqui nada que se plantasse dava, nada que se criasse de pecuária conseguia atingir resultado. A gente está mostrando agora que, diferentemente disso, pela impulsão da agenda da sustentabilidade, a gente tem muitas oportunidades nesse território que já começam a mudar a realidade dos quase 60 milhões de nordestinos que vivem nos 11 estados da área da atuação da Sudene.

NORDESTE – Houve um tempo em que Minas, Bahia e Sergipe montaram uma base política contra a transposição do Rio São Francisco, já em curso em quatro estados do Nordeste. Como a SUDENE contribui para a fase fundamental para  a gestão dos recursos hídricos? 

DANILO CABRAL– Esses questionamentos que tiveram lá atrás, na origem de Minas, Bahia e Sergipe, foram totalmente superados a partir do profundo debate que foi feito em torno da obra da transposição. Isso começou lá atrás no governo do presidente Lula e vai ser concluído agora de forma definitiva também. O fato de ter um resultado objetivo dessa importante intervenção, eu digo que junto com a Transnordestina é a obra mais integradora da região Nordeste, já está mudando a vida de 12 milhões de nordestinos que estão tendo acesso a essa água do Rio São Francisco. E ela tem sido usada não só para o consumo humano, para a agricultura, para a pecuária, para o turismo, ou seja, tem um conjunto de alternativas, tanto do ponto de vista da consolidação da cidadania como do desenvolvimento econômico dessas regiões, que mostram que foi uma obra que foi pensada há mais de um século, mas que foi graças à determinação do governo do presidente Lula que ela se materializou e mostra que foi um grande acerto para o Nordeste brasileiro. 

CONSTRUÇÃO DA GOVERNANÇA

O que o MDR, que é o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, e a SUDENE tem de papel também nesse processo, é procurar construir agora, inclusive, uma governança em torno desse sistema. O Ministério da Integração coordena esse diálogo do governo federal, com os estados que estão sendo beneficiados. Já foram feitos acordos e cooperações com o estado do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco e de Alagoas, para que a gente possa ter um uso sustentável da água do São Francisco, garantindo não só o acesso dessa água às pessoas, mas garantindo, sobretudo, a questão da sustentabilidade,e do próprio meio ambiente.

FNE

NORDESTE –  O Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste, o FNE, é o principal fomento ao desenvolvimento regional e sustentável da região. Em recente reunião do Condel, a 33ª, foi aprovado o acesso para atividades voltadas a retrofit (processo que visa revitalizar construções antigas) com fins residenciais, inclusive coliving (forma de habitação compartilhada). Como o senhor avalia que tais mudanças possam contribuir para de fato revalidar os centros históricos e também, em paralelo, fomentar outros segmentos econômicos, como a construção civil?

DANILO CABRAL – A decisão do Condel de possibilitar o financiamento de moradias nos centros urbanos e históricos das capitais do Nordeste é fruto de um amplo diálogo que nós praticamos. Que dialogamos com o Setor da Construção Civil, com o sindicato, com os conselhos regionais de Engenharia e Arquitetura, com representações do poder legislativo, do próprio poder executivo, de quem está à frente desse desafio de restaurar esse tecido social, que é o centro das capitais, que em função do processo de transformação econômica que vivenciou o mundo, sobretudo a partir da década de 80, sofreu um profundo processo de degradação. A gente vivencia hoje, isso não é uma particularidade de nenhuma capital do Nordeste, mas do Brasil e até do mundo, um esvaziamento dos centros. Isso só vai ser resolvido, dito por todos os que militam no ambiente do urbanismo, daqueles que conhecem a realidade das cidades, só vai ser resolvido a partir da apropriação da cidade pelas pessoas. E para isso, a gente tem que devolver a esses lugares o acesso à moradia. Temos nos centros urbanos uma infraestrutura adequada, água, saneamento, transporte público, serviços que são prestados, comércio, lazer e tem um interesse de muita gente que quer morar num centro, mas não vai porque não tem uma condição de habitabilidade atrativa. E por outro lado, você tem um setor produtivo da economia, que é o setor da construção civil, que inclusive gera muito emprego e muita renda, que por falta de ausência, por ausência de instrumentos de financiamento, não está conseguindo atender a essa demanda, nós temos estudos de capitais, como por exemplo o Recife, que há 30% de ociosidade de imóveis no centro da cidade, e que precisam ser requalificados para poder as pessoas terem acesso. Então a decisão da Sudene, ela vai nesse encontro. Garantir moradia, que é um grande problema hoje no Brasil, déficit habitacional, 80% desse déficit habitacional está nos centros urbanos, a gente quer aqui garantir a requalificação dos centros urbanos e do patrimônio histórico também, ou seja,  para a requalificação desses espaços públicos, que são importantes para todas as cidades.

NORDESTE – Existem estudos de impacto econômico e social que tais atividades possam reverter para o desenvolvimento sustentável das cidades? Quais fatias da população seriam beneficiadas com essa ressignificação das moradias nos centros?

DANILO CABRAL – Na realidade todos seriam beneficiados, todos serão beneficiados, porque como a gente falou, você tem nas cidades uma infraestrutura já preservada nos centros. Transporte, abastecimento de água, serviços, comércio, lazer, o que as pessoas querem é que esse espaço seja habitável. Uma atração, uma habitabilidade para eles e para isso a gente tem que colocar as pessoas lá dentro, morando nelas. Então o comércio certamente vai ser reativado quando você bota as pessoas para circularem. A gente tem junto com o comércio, junto com a degradação do centro, um esvaziamento econômico do comércio das cidades, ou seja, colocar as pessoas para morar e circular nos centros, reativa também o comércio. Você passa a ter um olhar também sobre o zelo desses espaços, mais cuidado com os espaços públicos, melhoria inclusive dos serviços que podem ser ofertados. A questão da segurança, que é uma questão também muito colocada nesse debate. Certamente quando você também coloca as pessoas para vivenciar esse espaço, o olhar do poder público sobre a questão da segurança também vai ser aprimorado. Ou seja, todas as políticas passam a ter um olhar e uma percepção diferente, tanto de quem mora como quem vai fazer a gestão desses espaços. Porque a partir da presença das pessoas, o nível inclusive de cobrança, o nível inclusive de prestação de serviço, tendem a ser melhores.

FNE VERDE

NORDESTE –  Os investimentos em energias renováveis já é consenso como um modelo a ser seguido para a transição energética no mundo. O Nordeste tem sido visto e atraído investimentos de grandes grupos nacionais e internacionais. Entretanto, a falta de regulação para o exercício justo desse segmento frente às comunidades locais têm sido objeto de indagações de setores diversos. Como a SUDENE atua na diligência desses projetos que, muitas vezes, são erguidos sem ter retornos econômicos e sociais efetivamente para as comunidades locais ?

DANILO CABRAL – A transição energética fruto da imposição da Agenda Mundial de Sustentabilidade apontou para o Nordeste como uma grande oportunidade e isso já vem, de certa forma, se materializando. O conjunto de investimentos que nós temos na região em plantas de energia limpa, solar e eólica, já ultrapassou, nos últimos 10 anos, mais de 120 bilhões de reais. Só do BNDES nós estamos falando de algo em torno de 80 bilhões de reais e quando você coloca Sudene, com FDNE e FNE na operação com o Banco Nordeste, já são quase 50 bilhões de reais. Mostrando que esse é um caminho sem volta. O Nordeste já é responsável hoje por 83% da energia limpa produzida no país. Nós acabamos de chegar, inclusive, de uma missão internacional que fomos junto com o Consórcio Nordeste, com os governadores, com a Apex, com o BNDES, enfim, para justamente vender, no bom sentido, esse destino da energia sustentável para o mundo. E todos reconhecem lá fora já esse potencial do Nordeste. Qual é a preocupação que nós temos nesse processo? É que a gente garanta que essa transição energética seja aproveitada como, de fato, se mostra uma grande oportunidade para que a gente possa equiparar o Nordeste a um padrão de qualidade de vida que, infelizmente, a gente não tem ainda em relação às outras regiões. Então, aproveitar isso para reduzir, de forma definitiva, também as desigualdades regionais e, para isso, a gente precisa incluir as pessoas. Nós não queremos uma transição energética que sirva apenas para gerar commodities, para que a gente possa estar mandando energia para fora e isso não represente absolutamente nada na mudança da vida das pessoas. Nós estamos falando aqui para 60 milhões de nordestinos que estão dentro da área de atuação da própria Sudene. Então, estamos falando aqui para um território que é estratégico para a gente que é o Semiárido. Nosso Plano Regional do Desenvolvimento Nordeste, o Semiárido, é um território estratégico. A maioria dessas plantas estão se instalando no nosso bioma, inclusive na nossa Caatinga. E, da mesma forma que a gente tem oportunidades na transição energética, a gente também precisa estar atento às ameaças que essa transição também pode representar para o nosso bioma. A gente já tem um processo de desertificação que está em curso, que a Sudene também é parte desse debate também, e tem também uma preocupação com todo o conjunto da biodiversidade que está presente na nossa Caatinga.

INCLUSÃO SOCIAL

E nós precisamos garantir, sobretudo, também a inclusão dos pequenos. Ou seja, não adianta a gente ter uma enorme usina solar com 300, 400 hectares de placas solares e, do lado dela, você ter ali uma cooperativa que está fazendo apicultura, ou venda alguma outra atividade ali, que seja localizada de um arranjo produtivo local, e não tem como, condições de… não tem energia de tocar aquilo. Ou seja, essa desigualdade nós não podemos aprofundar. O papel da Sudene é reduzir desigualdades, e nós não podemos permitir que as desigualdades intrarregionais se aprofundem a partir da transição energética. Então, é por isso que a gente tem tido uma preocupação, e aí seguindo a orientação do presidente Lula, de procurar ampliar o acesso ao crédito. O maior desafio hoje, desses pequenos, é conseguir acessar o crédito seja para as cooperativas, para as associações, para as pequenas organizações, arranjos produtivos locais… Ou seja, esse é um desafio que a gente tem que estar permanentemente, enfim, conectado a ele, para não permitir que a gente, não garantindo o acesso, a gente aprofunde as desigualdades regionais e intra-regionais. Ao deliberar mudanças no FNE Verde – Programa de Financiamento à Sustentabilidade Ambiental – para empreendimentos de geração centralizada voltados à locação e arrendamento, abrangendo os empreendimentos relacionados a sistemas de micro e minigeração distribuída de energia, qual seria a principal benfeitoria para a população, de uma maneira geral? A SUDENE avalia que ocorreria mais acesso por parte de uma maioria a uma energia mais “sustentável”?

FUNDO CAATINGA , COMBATE À DESERTIFICAÇÃO E MUDANÇAS CLIMÁTICAS

NORDESTE –  A SUDENE recentemente anunciou  o investimento de R$ 1,5 milhão para estruturar a atualização dos Planos de Ação de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAEs) nos estados de sua área de atuação. Como se dará esse aporte? Quais instituições vão compor o pacto no combate à desertificação?

DANILO CABRAL – A questão da desertificação hoje é uma ameaça real pelos relatórios que inclusive foram divulgados no final do ano passado pelo CEMADEN e pelo INPE, vinculado inclusive ao Ministério da Ciência e Tecnologia, aponta que pela primeira vez nós vivenciamos na nossa região situações de presença de áreas desertas. Ou seja, as mudanças climáticas que têm levado, por exemplo, muita chuva, como a gente está vivenciando lá na região do sul, no Rio Grande do Sul, tem causado também efeitos perversos aqui no sentido inverso, ampliando a área de deserto do nosso semiárido. O que a gente, nesse momento, está fazendo? Junto com o próprio Governo Federal, com o Ministério da Integração e com o Ministério do Meio Ambiente? Nós temos uma vasta política que já está consolidada, desde uma política nacional de combate à desertificação. Nós temos acordos internacionais que o Brasil é signatário dele também. A gente tem, desde 2004, um plano nacional de combate à desertificação e, depois disso, os planos estaduais foram formulados pelos estados do Nordeste. O fato é que esses planos, até em função também do próprio processo da pandemia, paralisaram a sua ação, a sua efetividade. Então, nesse exato momento, nós tivemos um, inclusive nesses últimos dias , num ato lá em Petrolina, em Juazeiro, com a ministra Marina Silva, a Sudene firmou uma parceria com o Ministério do Meio Ambiente, para que juntos a gente possa atualizar os planos. O Ministério já está fazendo toda uma atualização do Plano Nacional. A expectativa é que agora, no início do segundo semestre, essa atualização seja concluída. E, em paralelo, nós estamos articulando junto com os Estados também a atualização dos planos estaduais e, ao mesmo tempo, dando o suporte necessário para que, tecnicamente, a gente possa ter um ambiente em cada estado da Federação, para que a gente possa tirar esse plano do papel. E o resultado dessa parceria, uma parceria de quase 4 milhões de reais que a gente está fazendo junto com o Ministério do Meio Ambiente, é justamente a gente ter como produto final, também, projetos que os Estados vão apresentar para captação de recursos. Essa é uma ação de forma mais objetiva, imediata e integrada: Governo Federal, Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Integração, Sudene e Estados. E eu queria destacar aqui um outro ator que foi importante nesse processo, que são os tribunais de contas. Desde o ano passado, também, cinco tribunais de contas do Nordeste, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe fizeram um profundo trabalho orientativo, de auditoria operacional, justamente para expor por que esses planos pararam. E, a partir dos resultados que os tribunais de contas apresentaram também, nós estamos incorporando essas contribuições para que a gente possa reativar, atualizar o Plano Nacional e tirar do papel os planos estaduais. Esse é o papel que a Sudene tem hoje nessa questão.

NORDESTE –  Em relação ao Fundo Caatinga, em que estágio se encontra a viabilização e efetivação do Fundo junto aos entes federais e estaduais?

DANILO CABRAL – O Fundo da Caatinga é uma resposta estruturante que nós queremos dar à necessidade de investimento na preservação, na regeneração e no aproveitamento da biodiversidade presente no nosso bioma da Caatinga. Lembrando que a Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, que é um área de 12% do território nacional, onde vive 60% da população do Nordeste, quase 25 milhões de pessoas que estão presentes nessa área de atuação e que têm ameaças e que têm oportunidades. E para que a gente possa cuidar de tudo isso, tanto das ameaças como possa garantir também mecanismo de aproveitamento das oportunidades, nós precisamos de recursos. Essa proposta do fundo tem uma origem inclusive de um amplo debate que foi feito pelo consórcio nordeste, os governadores que já vinham discutindo esse assunto. Já tem uma interlocução feita com o próprio BNDES, que vai ficar, de certa forma, coordenando a governança desse fundo. Há poucos dias eu estive com a diretora do BNDES, Tereza Campelo, discutimos esse assunto também e, nesse momento, a gente está aguardando a formatação legal final e, a partir disso, iniciar um processo de captação de recursos. Eu entendo, inclusive, que esse processo de transição energética que está posto hoje, do qual nós já investimos 120 bilhões de reais nos últimos 10 anos, eles deveriam também ter, quem recebe esses financiamentos que estão sendo feitos via BNDES, via Sudene e BNB, como também outros que possam ter aí de financiamento, deveriam também arcar com a contrapartida, com o compromisso social, ou seja, também colocar recursos para o fundo. Muitas dessas plantas, por exemplo, de energia solar, elas se instalam em plena Caatinga e, a partir dali, abre um espaço ali dentro da Caatinga, ou seja, nós precisamos discutir isso de forma muito franca. Os recursos que nós estamos investindo são recursos vultosos, mas eles têm que ter uma sustentabilidade do bioma, que é o principal bioma na nossa região, o único brasileiro. Ou seja, eu entendo claramente que aqueles que recebem recursos de financiamento de todas as instituições financeiras do poder público para fazer investimentos na nossa região deveriam ter uma contrapartida social mais estruturada, que poderiam colocar recursos no fundo da catinga para que a gente pudesse preservar de forma sustentável o nosso bioma.

O famoso Relógio das Flores, cartão postal do município de Garanhuns, agora passa a se chamar Relógio das Flores Ivo Amaral, em homenagem ao ex-prefeito e ex-deputado Ivo Tinô do Amaral, responsável pela construção desse que é um dos maiores símbolos da cidade, durante a sua primeira gestão como prefeito da “Suíça Brasileira”.

A cerimônia foi realizada ontem e contou com a presença de dezenas de pessoas. Entre os familiares estava o filho do ex-prefeito, Ivo Amaral Júnior. Com a homenagem, o nome de Ivo fica marcado para sempre, principalmente para as futuras gerações.

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O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) e o Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, TV e Publicidade da Bahia (Sinterp-BA) enviaram ofício na sexta (21) ao prefeito de Petrolina, Simão Durando, e ao secretário de Comunicação, Junior Vilela, solicitando mudanças nos procedimentos estabelecidos para o deslocamento da imprensa nos espaços do São João de Petrolina, evento que vem acontecendo no pátio de eventos Ana das Carrancas. 

No texto as três entidades pedem que a Prefeitura retire as restrições de deslocamento e garanta o livre acesso dos jornalistas e radialistas de Pernambuco e da Bahia credenciados a todos os espaços do pátio Ana das Carrancas, para o bom desempenho da cobertura do evento, que é de interesse público.

As três entidades reafirmam no documento os preceitos constitucionais que garantem a liberdade de imprensa e a vedação de restrições ao trabalho de jornalistas e radialistas, e reclamam da diferença de tratamento que vem sendo dado em relação aos profissionais de perfis de redes sociais, a quem vem sendo dado livre trânsito em todos os espaços do evento. 

Por fim, as entidades se colocaram à disposição da Prefeitura para ajudar a garantir o importante trabalho de divulgação do São João de Petrolina em toda a região, através dos respeitados e tradicionais veículos de comunicação. 

O presidente do Sinjorba, Moacy Neves, explica porque a entidade tomou a iniciativa de enviar o documento à Prefeitura de Petrolina. “Fomos procurados nesta quinta (20) por diversos jornalistas de Juazeiro e também colegas de Pernambuco que reclamaram do tratamento diferenciado, desrespeitoso, que estão recebendo na cobertura do evento e, dentro das prerrogativas que nos compete, enviamos carta à gestão municipal para que nos três dias que restam da festa seja restabelecido o direito de livre cobertura pelos veículos e profissionais credenciados, sem as restrições impostas até o momento”, disse ele. 

Moacy informa ainda que conversou com o Sindicato de Jornalistas de Pernambuco e com o Sindicato de Radialistas da Bahia, para que a gestão fosse feita conjuntamente, em nome de todos os profissionais. Para ele, o que importa é o problema ser resolvido. “Os três sindicatos esperam que prevaleça o bom senso e o respeito ao trabalho da imprensa, para que a própria prefeitura colha os resultados positivos de uma boa cobertura jornalística da festa que promove”, conclui.