Toca Jabô

Coluna da quarta-feira

Dá para acreditar, trabalhador?

Hoje, Dia do Trabalhador, é de reflexão. O que o terceiro Governo Lula mudou na vida dos trabalhadores? Em pronunciamento ontem, em rede nacional de TV e rádio, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, falou em avanços importantes. Disse que nos três primeiros meses deste ano, foram gerados 719 mil empregos formais, 34% a mais do que no mesmo período do ano passado.

“Desde o início do governo Lula já foram gerados 2190 milhões de empregos formais”, garantiu. Luiz Marinho destacou o crescimento do emprego formal e o aumento dos empregos no setor da indústria e na construção. Segundo dados do Novo Caged, de janeiro a março de 2024 foram criados 719 mil empregos (419 mil nos serviços; (58%) 155 mil na indústria e 110 mil na construção).

O aumento é 34% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados mostram ainda 47 mil empregos para aprendizes e 17 mil empregos para estrangeiros. No mesmo período, foram contratados 364 mil jovens de 18 a 24 anos, 326 mil mulheres; 5.067 mil pessoas com nível médio completo ou superior incompleto e 91 mil pessoas com nível superior.

“Uma conquista importante foi a valorização real do salário-mínimo. No primeiro ano do governo Lula, foi enviado um Projeto de Lei ao Congresso Nacional para retomar a Política de Valorização do Salário-Mínimo. Com isso, o salário-mínimo passou, em 2024, para R$1.412,00. Sem a política de valorização, seria apenas de R$742,00, 53% menor dos atuais R$1.412,00”, destacou.

O salário-mínimo beneficia 60 milhões de pessoas, já que é referência para aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e abono-salarial. Além da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários-mínimos, e o compromisso de chegar em 2026 com isenção para quem ganha até R$5 mil reais. Será que os trabalhadores estão enxergando essas melhorias em suas vidas apontadas pelo ministro do Trabalho?

Igualdade salarial – Para o ministro, uma das ações que merece comemoração neste ano é a Lei de Igualdade Salarial.  “Através dela, o País caminha para corrigir as distorções salariais, estabelecendo a igualdade salarial e critérios remuneratórios entre mulheres e homens no ambiente de trabalho. “Esse é um compromisso que se manifesta através da lei de nossa autoria, garantindo equidade entre mulheres e homens, com salário igual para trabalho igual”, disse, adiantando que a iniciativa foi do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério das Mulheres.

Quem vale mais, o agro ou o MST? – O mesmo ministro deu uma derrapada, ontem, criando mais um foco de tensão ante o agronegócio, segmento que tem mantido o crescimento do PIB. Segundo o repórter Houldine Nascimento, do Poder-360, Luiz Marinho disse que os pequenos agricultores têm papel muito mais significativo no abastecimento interno do que o agro. Marinho também defendeu o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) e afirmou que o grupo “bota alimento” na mesa dos brasileiros.

Nariz torcido – “Quem bota alimento na mesa do povo brasileiro de verdade são as pequenas propriedades, os pequenos agricultores, é a agricultura familiar, os assentamentos do MST, que muita gente torce o nariz quando fala, mas essa é a verdade”, declarou. O ministro minimizou a atuação do agronegócio no consumo interno ao dizer que tem papel importante como “exportador”. Ele reconheceu que houve dificuldades com a alta dos alimentos no 1º trimestre. “Nós devíamos ter tomado providência de importar arroz da Venezuela, por exemplo, porque houve uma diminuição da área plantada no Brasil”, disse.

No ataque pela desoneração – O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comprou a briga pela desoneração da folha de pagamento em 17 setores da produção, medida que o Governo quer acabar. Ele disse, ontem, que o governo federal terá uma “vitória ilusória” no Supremo Tribunal Federal (STF), na ação sobre a desoneração. “Ainda que vitorioso saia numa decisão liminar ou definitiva, acaba sendo uma vitória ilusória porque resolve um ponto, mas gera uma crise de confiança na relação entre os Poderes, para outros tantos temas que pressupõem uma relação de confiança que, pelo menos de minha parte, eu sempre busquei externar ao poder Executivo”, afirmou.

Quem vai levar? – O embate final entre o Governo Raquel Lyra e a oposição na Assembleia, no capítulo do projeto das faixas salariais dos militares e bombeiros, está agendado para a próxima terça-feira. Para o deputado Alberto Feitosa, da bancada do PL, o cenário é muito favorável pela derrubada do projeto do Governo e aprovação do substitutivo da deputada Gleide Ângelo (PSB), que tende a ser apresentado novamente, caso a proposta oficial seja rejeitada.

CURTAS

SEGURANÇA 1 – Na solenidade que a Polícia Civil concedeu, ontem, medalhas do “Mérito Policial Civil” para 165 policiais e integrantes da sociedade civil que ajudaram a fortalecer a corporação ao longo de 207 anos, a governadora Raquel Lyra afirmou que sua gestão tem uma estratégia muito clara: “Pernambuco precisa voltar a ser um estado seguro”, disse.

SEGURANÇA 2 – E acrescentou: “Estamos mudando tudo, renovando quadros e fazendo concursos. É o maior investimento em segurança da nossa história”. Para ela, “é importante homenagear as pessoas que ajudaram a fazer um Pernambuco mais seguro, dedicando suas vidas e suas energias”.

APROVADO – O plenário do Senado aprovou, ontem, o projeto de lei que reformula o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que não há espaço para a ampliação de novas renúncias fiscais. O Ministério da Fazenda defendeu que o limite do programa ficasse em R$ 15 bilhões, conforme aprovado na Câmara, para evitar um impacto fiscal ainda maior.

Perguntar não ofende: O trabalhador tem algum motivo para comemorações hoje?

Paulista - No ZAP

A cúpula do PT retomou a ofensiva para reduzir o poder dos militares e pressiona o governo Lula a recriar a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos. Nos últimos dias, não foram poucas as críticas na direção das Forças Armadas, mas não há acordo no Senado para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe a candidatura de militares da ativa a cargos eletivos.

O coro das divergências não é puxado apenas pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que conseguiu reunir boa parte dos colegas contra a PEC. Desde os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 há embates no próprio governo e no PT sobre quais são as mudanças mais eficazes para combater a politização dos quartéis. As informações são da colunista Vera Rosa, do portal Estadão.

“Botaram o bode na sala e agora não sabem o que fazer com ele”, disse o general Mourão, que foi vice-presidente da República no governo de Jair Bolsonaro.

Na semana passada, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, chamou Mourão para um almoço com os comandantes das Forças Armadas e com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), autor da PEC dos militares. O general saiu do encontro no QG do Exército como chegou, discordando da proposta que transfere os oficiais para a reserva no momento do registro de suas candidaturas.

Pelo texto apresentado, se o militar interessado em disputar eleições não tiver cumprido 35 anos de serviço, perde o direito à remuneração. Atualmente, ele pode manter seus vencimentos se possuir mais de dez anos no Exército, na Marinha ou na Aeronáutica e voltar para a ativa caso perca a eleição.

Mourão afirmou ali que, para ele, um integrante da Força deve se aposentar somente quando aceitar cargo no governo porque, nesse caso, terá um lado político. Na avaliação de uma ala do PT, porém, é preciso impedir que oficiais ocupem cargos civis de qualquer natureza e disputem mandatos eletivos.

A restrição consta de outra PEC, de autoria do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), com apoio de Rui Falcão, ex-presidente do partido. Em março, na festa de aniversário do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, Falcão disse a Múcio que ele vive “passando pano” na cabeça dos fardados. “Estou cumprindo a missão que o presidente me deu”, respondeu o ministro.

Dirceu concordou com Falcão, mas só emitiu sua opinião publicamente agora, em artigo na revista Teoria e Debate. “Os militares se transformaram num grupamento da sociedade com muitos privilégios em relação à população civil, e alguns deles terão que ser revistos”, escreveu ele.

Foi mais uma voz no PT que engrossou o tom contra a caserna. “O problema é que, se um militar não pode ser chamado pelo presidente para assumir um ministério, você está interditando o presidente, e não o militar”, argumentou Wagner, ex-ministro da Defesa. “Por que ele precisa ir para a reserva quando é convocado para ser ministro? E se depois de três meses o presidente não gostar do serviço e o mandar embora? Aí ele perde sua carreira? Não acho isso razoável.”

Diante de tantos problemas vividos pelo Palácio do Planalto no Congresso, a PEC dos militares não está na lista das prioridades, mas Wagner avisou que o texto entrará na pauta. “Achamos que é necessário a PEC ir a voto porque queremos demonstrar que não temos interesse de participar da política”, insistiu Múcio. Não há prazo para votação.

Além desse impasse, o PT e o Ministério dos Direitos Humanos cobram de Lula a reabertura da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos. O colegiado foi criado em 1995, no governo de Fernando Henrique Cardoso, e extinto em 2022, no fim da gestão Bolsonaro. O Ministério da Justiça, sob Ricardo Lewandowski, foi o último a se manifestar a favor da retomada dos trabalhos, mas o parecer ainda repousa na Casa Civil.

“Nós não somos contra nada. Só precisamos ver se é o tempo certo, se a prioridade deve ser essa agora”, amenizou Múcio. Apesar do tom diplomático do ministro, a caserna tem resistência à comissão, encarregada de localizar restos mortais de vítimas da ditadura militar.

Nesse cenário, o receio de Lula é que o tema abra novo atrito com as Forças Armadas. Era o que faltava para um governo que enfrenta oposição até mesmo nas fileiras do PT.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Pelo terceiro mês consecutivo em 2024, o Recife apresentou saldo positivo na geração de empregos formais. Foram 2.299 postos de trabalhos com carteira assinada criados em março, reforçando o caminho sustentável da capital pernambucana para fortalecer a atividade econômica e, consequentemente, um ambiente seguro para novas contratações.

Desde janeiro de 2021, no início da gestão do Prefeito João Campos, já foram criados 82.742 empregos formais, contribuindo para o estoque atual de 545.323 empregados e em plena atividade na capital pernambucana. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

“O nosso trabalho permanente tem o objetivo prioritário de gerar emprego e renda na nossa cidade e o ano de 2024 já vem sinalizando isso em dados oficiais. É o terceiro mês consecutivo de saldo positivo, sendo mais 2.299 empregos formais movimentando a nossa economia e em um cenário ainda mais otimista para frente, com novas empresas atraídas pelo Recife iniciando suas operações e demandando ainda mais mão de obra local. O que as empresas necessitam da gestão municipal é entregue, com processos simples e segurança nos contratos. O resultado é investimento garantido e carteira assinada”, destaca a secretária de Desenvolvimento Econômico do Recife, Joana Portela Florêncio.

O Recife foi determinante para o saldo de 1.364 de Pernambuco, assumindo, mais uma vez, o protagonismo na geração de empregos no estado. Para se ter ideia, a capital pernambucana criou mais empregos que todas as demais cidades do estado juntas.

O saldo positivo de março é resultado de 18.975 admissões e 16.676 desligamentos no período. O setor de Serviços, principal vocação econômica de negócios na cidade, registrou a maior participação na geração de empregos no Recife em março. Este grupamento econômico gerou saldo positivo de 1.911 vínculos de trabalhos, fruto de 11.933 profissionais contratados e 10.022 desligamentos. O segmento da Construção foi o segundo mais relevante no levantamento, com saldo de 297 postos. Comércio (172) e Agropecuária (2) completam o relatório positivo. Apenas o setor da indústria apresentou um saldo negativo neste mês (-83).

Estratificando os dados por gênero, escolaridade e idade, a maior parte dos contratados foram homens, sendo 1.557 do sexo masculino contra 742 mulheres. Em relação ao grau de instrução, profissionais com ensino médio completo foram os responsáveis pelo melhor saldo: foram 1.947 contratações em março de 2024. Por faixa etária, o maior grupo contratado consta no recorte entre 18 e 24 anos, com 1.364 vínculos formais de emprego.

Ipojuca - Minha rua top

EXCLUSIVO

Como se não bastasse o tratamento vip dado à Casa de Saúde e Maternidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Garanhuns, de propriedade da família do marido da vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), que já recebeu R$ 43 milhões do Governo Estadual, a gestão Raquel Lyra (PSDB) está agora destinando mais R$ 17 milhões para a unidade, através de um convênio com o SUS. Segundo documento divulgado pela Secretaria de Saúde, o valor será para ampliação do número de leitos de UTI adulto e pediátrico.

Enquanto o hospital localizado em Garanhuns nada em dinheiro, unidades de saúde na Região Metropolitana, igualmente conveniados ao Sassepe, estão suspendendo o atendimento de pacientes servidores do Estado por falta de pagamento. O recebimento dos R$ 43 milhões foi confirmado pelo hospital através de uma nota enviada para um blog local. Nunca um hospital privado foi tão privilegiado em Pernambuco quanto esse.

Caruaru - Geracao de emprego

Foi inaugurada, na última sexta-feira, no município de Tabira, Sertão de Pernambuco, a escultura em homenagem a professora, escritora e poetisa Nevinha Pires, falecida em 2016. Toda em bronze, a escultura pesa 300 kg e foi entregue à população durante o VI Encontro Literário do Município. A produção foi dos escultores Jobson Figueiredo e Nara Cavalcanti. Os custos da obra foram totalmente assumidos por Pedro Pires, filho de Nevinha, eternizando a importância da escritora pernambucana. Confira no vídeo da Prefeitura a solenidade que marcou a entrega do monumento.

Camaragibe Agora é Led
Belo Jardim - Vivenciando Histórias

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, apresentou, hoje, na Comissão de Infraestrutura do Senado, as obras contempladas no Novo PAC. Entre os empreendimentos, estão 6.372 obras que precisam de emendas parlamentares para serem executadas. Essas construções foram selecionadas pelo governo e estão habilitadas para fazerem parte do programa, mas não cabem no orçamento destinado ao PAC.

As obras que esperam emendas parlamentares para serem executadas fazem parte do PAC Seleções, que contempla empreendimentos em áreas como saúde, educação e esporte. As construções foram apresentadas pelos governos estaduais e avaliadas pelo governo federal. Nessa categoria do PAC, 6.778 obras foram selecionadas, ou seja, estão dentro do orçamento do programa.

Das obras que esperam emendas parlamentares e foram apresentadas por Costa no Senado, 2.762 são da área da saúde; 3.373 da educação; e 237 de esporte.

O governo incluiu na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) uma regra que permite que emendas parlamentares para obras do programa furem a fila na hora da liberação de recursos. A nova regra prevê “tratamento prioritário” para recursos vinculados ao Novo PAC em relação às demais despesas em uma tentativa do governo de fazer com que parlamentares indiquem emendas para obras do Novo PAC.

Neste ano, o governo federal já tentou incrementar os recursos do Novo PAC com emendas parlamentares, mas a ideia não teve adesão de muitos parlamentares, que preferem outras formas de envio de recursos para redutos eleitorais, como as transferências especiais, ou emendas Pix, em que o recurso cai diretamente na conta das prefeituras sem a necessidade de que seja firmado um convênio ou termo de repasse.

Vitória Reconstrução da Praça

Por Houldine Nascimento – do Portal Poder360

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, exaltou, hoje, a agricultura familiar. Ele disse que os pequenos agricultores têm papel significativo no abastecimento interno. Em entrevista a jornalistas, Marinho também defendeu o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e afirmou que o grupo “bota alimento” na mesa dos brasileiros.

“Quem bota alimento na mesa do povo brasileiro de verdade são as pequenas propriedades, os pequenos agricultores, é a agricultura familiar, os assentamentos do MST, que muita gente torce o nariz quando fala, mas essa é a verdade”, declarou. O ministro minimizou a atuação do agronegócio no consumo interno ao dizer que tem papel importante como “exportador”. Ele reconheceu que houve dificuldades com a alta dos alimentos no 1º trimestre.

“Nós devíamos ter tomado providência de importar arroz da Venezuela, por exemplo, porque houve uma diminuição da área plantada no Brasil”, disse. As declarações foram dadas durante a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de março. O Brasil criou 244.315 empregos com carteira assinada em março de 2024.

O resultado é recorde e representa uma alta de 25,7% na comparação com o mesmo mês de 2023, quando foram criados 194.372 postos.

Ontem, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) testemunhou um momento marcante de reconhecimento ao professor Marcos Galindo, figura proeminente na área acadêmica, especialmente no campo da Ciência da Informação. Em uma demonstração de apreço por sua destacada carreira e significativa contribuição à comunidade acadêmica e à sociedade pernambucana, ele foi agraciado com Voto de Aplauso proposto pelo deputado estadual Henrique Queiroz Filho (PP). A cerimônia contou com a presença da deputada federal Iza Arruda (MDB).

“É com imensa satisfação que estamos reunidos aqui, nesta tarde, homenagear e reconhecer o trabalho brilhante do professor Marcos Galindo, homenageado através do Voto de Aplauso que propus nesta Casa de Joaquim Nabuco e que foi aprovado pela integralidade de meus pares”, declarou o parlamentar. O deputado Queiroz Filho ressaltou, também, a importância deste gesto como um estímulo para que Galindo continue sua trajetória de sucesso, honrando as melhores tradições educadoras de Pernambuco e inspirando futuras gerações de pesquisadores e educadores.

Jornal do Commercio

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) aprovou, de forma inédita, uma resolução que institui ação afirmativa de gênero para a eleição de integrantes do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE) na classe juiz de Direito, titulares e substitutos.

Isso significa que o TJPE, obrigatoriamente, indicará um homem e uma mulher ou até mesmo duas mulheres para essas posições no TRE. Segundo o tribunal, os editais a partir de agora admitirão inscrições só de juízas ou mistas, alternadamente. A aprovação da resolução aconteceu na sessão do Tribunal Pleno do dia 22 de abril, realizada no Palácio da Justiça, no Recife.

Segundo o tribunal, a resolução tem o objetivo de incentivar uma maior participação feminina nas instituições de Justiça, além de dar igualdade de oportunidades a lideranças femininas em todos os níveis de tomada de decisões no Judiciário estadual.

A decisão também vai ajudar o TJPE a atingir um dos critérios de pontuação para a conquista do Prêmio CNJ de Qualidade, instituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que é o estabelecimento de um percentual paritário de magistrados e magistradas indicados para compor as cortes eleitorais.

Indicações para o TRE

Constitucionalmente, os Tribunais de Justiça são os responsáveis por indicar quatro dos sete integrantes dos Tribunais Eleitorais, sendo dois desembargadores e dois juízes de Direito. É sobre esta última classe que começará a vigorar o rodízio entre homens e mulheres.

Segundo o Tribunal de Justiça, a resolução partiu de iniciativa do presidente do tribunal, Ricardo Paes Barreto, que considerou a aprovação como um “momento histórico” para o Judiciário estadual.

Os dois últimos desembargadores titulares eleitos pelo TJPE para o TRE-PE na classe juiz de Direito foram Frederico Thompson e Karina Aragão, em março de 2023. O mandato deles é de dois anos. As próximas eleições ocorrerão por volta de 45 dias antes do fim dos biênios do juiz Frederico Thompson e da juíza Karina Aragão.

Posteriormente a Frederico e Karina, foram eleitos como desembargadores substitutos na classe juiz de Direito José Ronemberg Travassos Silva e Valéria Rúbia Silva Duarte.

Ação afirmativa para desembargadores

Questionado se também há ações afirmativas de gênero para as indicações a desembargadores do TRE-PE, o Tribunal de Justiça de Pernambuco informou que não, mas justificou.

“Atualmente só há duas desembargadoras no TJPE, quantidade ainda insuficiente à implantação dessa política afirmativa. Mas, o TJPE, a partir deste ano, fará promoções por merecimento com listas só de juízas e mistas, alternadamente, até que seja atingido o percentual mínimo de 40% de desembargadoras mulheres, conforme dispõe a Resolução nº 525, de 27/09/2023, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, afirma nota do TJPR.

“Mais adiante, será possível implementar essa política também para a eleição de membros(as) do TRE-PE da classe desembargador(a)”, completa o comunicado.

As equipes responsáveis pelas obras de renovação da malha viária de Maranguape II estão intensificando as ações. Hoje, os trabalhadores concentraram esforços na aplicação de uma nova camada de asfalto na Rua 95. A via tem 680 metros de extensão e faz conexão com a Avenida A, um dos principais corredores da localidade. A obra integra o Programa Acelera Paulista (PAP). Além da Rua 95, o pacote de obras inclui a Rua 52, a própria Avenida A e as avenidas B e E. O serviço está sendo acompanhado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Ao que tudo indica, enfim, deve vir uma notícia boa, nos próximos dias, para parte dos 864 aprovados da Polícia Penal, que aguardam a nomeação, há quase um ano, após a conclusão do curso de formação. Pelo que apuramos, uma nova leva de nomeações está prestes a ser publicada e deve acontecer, no máximo, dentro de duas semanas.

O número, pelo que se sabe, não deve atingir o total dos que aguardam o chamado, que hoje é de 864, portanto, ainda deve ser insuficiente diante do déficit que existe no sistema, que conta com apenas 1.897 policiais penais para dar conta de mais de 28 mil presos nas unidades prisionais do Estado.

Contudo, ao menos demonstra que o Governo começa a ceder à pressão da sociedade, que vê no aumento do efetivo de policiais dentro do sistema penitenciário do Estado um passo importante para acabar com a figura dos chaveiros e, por tabela, reduzir a violência do lado de fora dos muros promovida de dentro das unidades.

Além disso, atesta para os aprovados do certame que esperam há quase um ano, que não foi à toa o investimento de R$ 12 milhões feitos pela gestão passada em suas formações e que há uma luz no fim do túnel para os que ainda devem aguardar até o fim do mandato da governadora para serem nomeados.

O Ministério Público de Sanharó ingressou com uma ação de ressarcimento ao erário contra o ex-prefeito Heraldo Oliveira. Os valores são referentes as contribuições patronais que precisam ser repassadas ao INSS, de todos os servidores do município. As verbas foram descontadas do salário dos servidores, porém, não foram repassados ao INSS, levando a indícios de apropriação indébita.

Esses valores que não foram repassados corretamente ao INSS resultaram em prejuízos ao município, pois a gestão atual precisou fazer um acordo de parcelamento dos valores em abertos, adicionando multa e juros pelo atraso. O MP pede que o ex-prefeito pague a quantia de mais de dois milhões de reais ao município para arcar com os prejuízos financeiros cometidos por ato ilegal do ex-prefeito.

O deputado federal Coronel Meira (PL) lamentou, hoje, a exoneração de todo o quadro técnico do ProRural, mas não deseja se posicionar a respeito do fato. Segundo o parlamentar, ele manterá sua posição em favor do diálogo antes de tomar posições que possam prejudicar o estado de Pernambuco e a população.

Meira, como é de conhecimento de todos, tem como sua principal base eleitoral os Policiais e Bombeiros militares. De acordo com o parlamentar, ele sempre estará ao lado da tropa, e se posicionou a favor do diálogo com a governadora, com relação ao projeto sobre o fim das faixas salariais. Mas, diante da derrota na comissão de Legislação, Constituição e Justiça da Alepe, que aprovou o fim das faixas salariais para 2025, a governadora exonerou o diretor geral do ProRural e mais 11 servidores do programa.

O trabalho realizado pelo ex-diretor Mychel Ferraz e pelos técnicos, todos exonerados por retaliação política, obteve destaque com o apoio do deputado. Conseguiram aportar para o Estado 50 milhões de dólares junto ao Banco Mundial, além de emendas parlamentares da bancada de Pernambuco, que iriam alavancar o Programa e executar o projeto Águas de Pernambuco, que previa levar água para a agricultura familiar e escolas de todo o interior pernambucano.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

A falta de diálogo entre o Executivo e o Legislativo no Estado não acontece de hoje e, talvez, seja algo que tende a ser recorrente até o fim do mandato da governadora Raquel Lyra (PSDB), em 2026. Infelizmente, pois a ausência de conversa entre o parlamento, categorias e o Executivo só tende a reverberar no povo. Os números da violência estão aí para comprovar, com 989 mortes só nos primeiros três meses deste ano.

O silencio do Executivo Estadual dominou praticamente todos os discursos de quem usou o direito de fala na sessão na Comissão de Finanças, que reprovou o substitutivo da deputada Gleide Ângelo (PSB) ao projeto de lei do Governo que extingue, até 2026, as faixas salariais dos policiais e bombeiros militares. A exceção, obviamente, ficou para os deputados aliados da governadora, que votam de acordo com a determinação da tucana e chefe do Executivo, leiam-se os deputados Luciano Duque (SD), Henrique Queiroz (PP), João de Nadegi (PV), Socorro Pimentel (UB) e a deputada Débora Almeida (PSDB).

E terminou ganhando ainda mais peso após a deputada Socorro Pimentel, relatora do parecer contrário ao substitutivo que previa antecipar para 2025 o fim das faixas, deixar clara a sua insatisfação com a duração da discussão. É que, apesar do regime de urgência que previa a tramitação, que seria de 45 dias, o projeto de autoria do Executivo Estadual chegou, hoje, ao seu 56º dia de discussão.

“Eu acho que esse tempo todo em que esse projeto tramita na Casa deveria servir de reflexão para esse Governo, que em um ano e quatro meses envia propostas para esta Assembleia sem discutir com ninguém. Ela precisa entender que para governar um Estado com lideranças políticas como existem em Pernambuco, não se faz empurrando as coisas goela abaixo”, afirmou o deputado Sileno Guedes (PSB).

“Se estamos há 56 dias discutindo, passando mais de uma vez por comissões, é porque a marca desse Governo é a da falta de diálogo, de tratar as coisas com seriedade. Ao invés de fazer o debate com a categoria, que será impactada até 2027, prefere, toda vez que tem uma reunião, fazer um vídeo para postar em suas redes para defender aquilo que ela não tem coragem de defender junto à categoria. Isso só mostra o modo que ela vem tratando todas as categorias. Vivemos isso o ano passado, com os professores, que terminaram saindo derrotados”, apontou Rodrigo Farias.

Para Rodrigo, além da falta de diálogo, falta prioridades na gestão Raquel. “Será que a prioridade do Governo Raquel é pagar R$80 milhões para desapropriar o prédio do Americano Batista que nem projeto existe para saber o que será feito? Ou R$40 milhões para uma consultoria de um hospital de São Paulo saber o que todo mundo já sabe o que precisa ser feito na saúde em Pernambuco? Ou é salvar vidas?”, questionou o deputado.

O deputado Abimael Santos foi mais além, pediu para a governadora fazer uma reflexão do salário do PM atualmente em Pernambuco, que é o pior do Brasil, de R$ 3.419, enquanto no Paraná, é de R$ 8.212.

“Quando a senhora sair do Palácio, olhe para esse policial que está aí para defendê-la, e lembre-se que é no seu governo que a senhora tem a oportunidade de subir o ranking de salários”, direcionou o discurso à governadora, lembrando o fato que apesar de todos os defeitos, o ex-governador Paulo Câmara sabia conversar com o parlamento e com as categorias. “Talvez com o passar do tempo, ela vai se encontrar”, espera.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Durante a discussão do relatório da deputada Socorro Pimentel (UB), concluída há pouco, na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco, com rejeição do substitutivo de autoria da deputada Gleide Ângelo (PSB), que previa antecipar de 2026 para 2025 o fim das faixas salariais da PM, a política terminou falando mais alto do que as necessidades da tropa.

A justificativa usada pela relatora, embora rechaçada pelos parlamentares contrários à rejeição do substitutivo, além do tempo de tramitação do projeto, que se estendeu por 56 dias na Casa, foi a de ser criada pelo Governo Paulo Câmara, em 2017, em uma semana o projeto foi votado e aprovado na época sem qualquer problema. Além disso, Socorro Pimentel ponderou que o texto proposto traria aumento de despesa estimada pelo Executivo Estadual para o próximo ano.

“As medidas apresentadas possuem potencial para aumento das despesas públicas, na medida que antecipa seus efeitos financeiros de 1º de junho 2026 para 2025, o que inviabiliza sua aprovação. Pois, segundo o parágrafo terceiro do artigo 19 da Constituição Estadual, não será permitida aumento de despesas nos projetos de iniciativa do governador”, justificou em seu parecer.

Para o deputado Sileno Guedes (PSB), apesar da relatora insistir em olhar no retrovisor e se reportar ao ano de 2017, a situação naquele momento era muito diferente de agora. Porque se aprovou em pouco mais de uma semana um projeto que nasceu dentro do comando da corporação.

“A diferença de hoje é que nada é discutido, compartilhado, ninguém é chamado para nada. O processo está sendo discutido em 56 dias e em nenhum momento o governo teve a sensibilidade de promover uma discussão sobre o tema. Ainda embutiu a questão do aumento salarial que não atende e ficará muito longe ao final da necessidade do reajuste necessário. Veio tudo junto, o governo não faz o diálogo. Ele sabe usar o Diário Oficial para colocar para dentro ou para fora de acordo com seus interesses”, comentou o parlamentar.

Ele acrescentou, se reportando diretamente à governadora Raquel Lyra (PSDB), embora ela não estivesse presente, de que a política se faz na época da eleição e que ganha quem o povo quiser votar. “O fato que a ausência do diálogo, a arrogância, a prepotência, a birra política, no fim, vai ser prejudicada uma categoria que tem um papel importantíssimo na sociedade. Reflexo o que estamos vivenciando, a falta de cuidado, de estímulo, de transparência, de um governo que vira as costas para os seus maiores problemas, a começar pela segurança pública”, desabafou.

O deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), defensor incansável da categoria que integra, lamentou todas as vezes que alguém da base do governo tem que se reportar ao passado para justificar a falta de iniciativa para se resolver um problema que a própria governadora se comprometeu em fazer, e não da forma como foi apresentada, escalonada até 2026.

“Esse é o governo que tem que voltar ao passado para se manter e justificar. Da mesma forma a incapacidade de negociação. Gostemos ou não, no passado, justiça seja feita, tínhamos negociação com Paulo Câmara. A consequência disso se reflete nos números, com Raquel com 62% de rejeição no Recife e levando com ela todo mundo que cola com ela, seja na capital ou nos demais municípios. Gente que tinha tudo como franco favorito, mas que se abraçou com uma âncora e tá indo para o fundo”, lamenta o deputado.

Feitosa ainda usou de sua fala para comentar sobre o tratamento dado pelo famoso cachorro da governadora, que ganha as redes da tucana com mimos e acolhimento, enquanto a tropa sofre com o seu descaso.

“Ela dá mais atenção para Magno, que não é o Martins, do que a tropa, que perde a cada dia o seu poder de compra e o seu ânimo para defender a população, inclusive a própria governadora. O resultado disso são os índices de violência, infelizmente, cada dia maiores, que colocam Pernambuco em segundo lugar no ranking da violência e como o Estado que paga o pior salário de policial do Brasil”, complementou.

Embora tenha sido um banho de água fria a rejeição do substitutivo de Gleide Ângelo, a maioria dos deputados que votaram contrários ao parecer da relatora na Comissão de Finanças, ainda tem a esperança de uma reviravolta nesse projeto polêmico na próxima terça-feira. Será quando o projeto irá à votação no plenário, onde terá que ser aprovado por 25 dos 49 nobres deputados.

A construção civil de todo o país acaba de receber um novo estímulo para a construção de novos habitacionais populares. É que a Receita Federal publicou, no Diário Oficial da União da última quinta-feira, a instrução normativa RFB Nº 2179, que finalmente regulamenta o Regime Especial de Tributação (RET) de 1% para empreendimentos do Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida. O benefício era aguardado pelas principais entidades do setor, como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A Lei 14.620/23, de 13 de julho de 2023, que instituiu o novo Minha Casa, Minha Vida, garantiu a tributação de 1% para projetos residenciais de interesse social para a Faixa 1. No entanto, o benefício ainda não era utilizado pelas incorporadoras, já que existia a pendência da regulamentação por parte da Receita. Em dezembro último, o Congresso aprovou os recursos para o RET no Orçamento de 2024.

Especializado em Negócios Imobiliários, o advogado Amadeu Mendonça, sócio do Tizei Mendonça Advogados Associados, explica as vantagens da unificação de impostos para os imóveis subsidiados pelo governo. “Em regra, o RET é de 4% para as incorporações normais, só que a promulgação da lei garantiu essa benesse de 1% para os imóveis do Faixa 1 do Minha Casa. Embora houvesse previsão legal, os incorporadores estavam receosos em aplicar a alíquota de 1% e sofrer uma autuação da Receita Federal. Agora, este cenário muda”, comenta.

A regulamentação do RET de 1% é importante para ampliar a produção de empreendimentos na Faixa 1 do MCMV, reduzindo o custo final dos imóveis, além de contribuir para o aumento da geração de empregos e renda no país, assim como reduzir o déficit habitacional. “O RET é calculado sobre o valor total do faturamento, diferentemente do lucro presumido e do lucro real, que é sobre um percentual específico. Ainda assim, vale muito a pena para as incorporadoras”, reforça Amadeu Mendonça.

Os imóveis de habitação urbana do Faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida são destinados a famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640 e são subsidiados com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) ou Fundo de Desenvolvimento Social (FDS). No caso da habitação rural, são destinados a famílias com renda bruta anual de até R$ 31.680.