Entidades cobram respeito aos profissionais de imprensa na cobertura do São João de Petrolina

O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) e o Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, TV e Publicidade da Bahia (Sinterp-BA) enviaram ofício na sexta (21) ao prefeito de Petrolina, Simão Durando, e ao secretário de Comunicação, Junior Vilela, solicitando mudanças nos procedimentos estabelecidos para o deslocamento da imprensa nos espaços do São João de Petrolina, evento que vem acontecendo no pátio de eventos Ana das Carrancas. 

No texto as três entidades pedem que a Prefeitura retire as restrições de deslocamento e garanta o livre acesso dos jornalistas e radialistas de Pernambuco e da Bahia credenciados a todos os espaços do pátio Ana das Carrancas, para o bom desempenho da cobertura do evento, que é de interesse público.

As três entidades reafirmam no documento os preceitos constitucionais que garantem a liberdade de imprensa e a vedação de restrições ao trabalho de jornalistas e radialistas, e reclamam da diferença de tratamento que vem sendo dado em relação aos profissionais de perfis de redes sociais, a quem vem sendo dado livre trânsito em todos os espaços do evento. 

Por fim, as entidades se colocaram à disposição da Prefeitura para ajudar a garantir o importante trabalho de divulgação do São João de Petrolina em toda a região, através dos respeitados e tradicionais veículos de comunicação. 

O presidente do Sinjorba, Moacy Neves, explica porque a entidade tomou a iniciativa de enviar o documento à Prefeitura de Petrolina. “Fomos procurados nesta quinta (20) por diversos jornalistas de Juazeiro e também colegas de Pernambuco que reclamaram do tratamento diferenciado, desrespeitoso, que estão recebendo na cobertura do evento e, dentro das prerrogativas que nos compete, enviamos carta à gestão municipal para que nos três dias que restam da festa seja restabelecido o direito de livre cobertura pelos veículos e profissionais credenciados, sem as restrições impostas até o momento”, disse ele. 

Moacy informa ainda que conversou com o Sindicato de Jornalistas de Pernambuco e com o Sindicato de Radialistas da Bahia, para que a gestão fosse feita conjuntamente, em nome de todos os profissionais. Para ele, o que importa é o problema ser resolvido. “Os três sindicatos esperam que prevaleça o bom senso e o respeito ao trabalho da imprensa, para que a própria prefeitura colha os resultados positivos de uma boa cobertura jornalística da festa que promove”, conclui.

Paulista - Boa praça

Por Andreza Matais*

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, admite em entrevista à coluna que o governo “está aberto” a desistir do leilão de compra de arroz importado, caso surjam alternativas para conter a alta dos preços e evitar um desabastecimento por causa da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal.

É a primeira vez que o ministro abre essa possibilidade, e isso ocorre após o governo cancelar a primeira tentativa de realizar o leilão, alegando que houve “falcatrua”, termo usado ontem (21) pelo presidente Lula (PT).

Fávaro disse também que, se dependesse dele, já teria demitido o diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) responsável pelo leilão, Thiago José dos Santos. “Não entendo por que não saiu ainda”.

Em meio às negociações para o Plano Safra, o ministro afirmou que seu colega Fernando Haddad (Fazenda) terá que decidir “de que lado está” —se irá conter os gastos ou ampliá-los para atender à demanda dos produtores.

Sobre a demissão de seu secretário Neri Geller por ter ex-assessores envolvidos no leilão do arroz, o ministro disse que agiu como Itamar Franco. O ex-presidente afastou o ministro da Casa Civil, enquanto ele respondia a acusações e o reincorporou depois de inocentado.

Perguntado se, por essa lógica, Lula deveria fazer o mesmo com Juscelino Filho (Comunicações), indiciado por corrupção, respondeu: “Cada um tem as suas atribuições. Eu tenho meus princípios e o meu jeito de governar.”

*Jornalista do UOL

Petrolina - Viva a nossa arte

Numa prestigiada solenidade, com o plenário da Câmara de Vereadores lotado, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Ricardo Paes Barreto, recebeu, ontem, o título de cidadão de Ingazeira, no Sertão do Pajeú. 

A homenagem, resultado de uma proposta conjunta de todos os vereadores, a pedido do advogado Roberto Morais, filho do município, contou com a presença do vice-presidente do TJPE, Fausto Campos, além dos desembargadores Bartolomeu Morais, Alberto Virgínio e Cláudio Jean, irmãos.

Vice-presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Fausto Campos

O chefe do Judiciário estadual ficou sabendo da homenagem no último dia 4, quando foi visitado pelo presidente da Câmara de Ingazeira, vereador Argemiro de Morais Silva, pelo prefeito do município, Luciano Torres, e pelo deputado estadual Diogo Moraes, além dos advogados Roberto Moraes e Júnior França.

Ipojuca - Minha rua top

Na passagem por Petrolina, não poderia deixar de abraçar o meu amigo Domingos Sávio, ex-vice-prefeito do município na gestão Júlio Lossio. Sávio atua em vários setores da atividade empresarial, mas o seu xodó é o restaurante Capivara, um dos melhores e mais aconchegantes da cidade. 

Fica localizado na orla de Petrolina, em frente ao Rio São Francisco. As louças são da cerâmica da Serra da Capivara, muito bonitas. O nome é uma homenagem ao Parque Nacional da Capivara, no Piauí, a 300 km de Petrolina, a maior concentração de sítios arqueológicos conhecida nas Américas.

Um charme é que as cerâmicas artesanais, onde são servidos os pratos e bebidas, vem de lá. Vem de lá também peças que decoram o restaurante. A comida não se limita aos pratos regionais, inclusive tem um prato bem conhecido que é à base de Surubim, peixe muito conhecido em muitos lugares pelo Brasil como Pintado. Um peixe de água doce amplamente encontrado no Rio São Francisco e um peixe símbolo do Velho Chico.

Escolhi um espaguete com Frutos do Mar (R$ 108 para duas pessoas). A massa veio com bastante camarão, polvo, mexilhão e marisco. As opções são as mais variadas, com destaque também para Magret de Pato com Risoto (R$ 66,80). O risoto que acompanha é de damasco, muito bom. Outro destaque é a carta de vinhos, bem completa e tem até uma seleção de vinhos regionais muito boa.

Ipojuca - Minha rua top

Por Marcelo Tognozzi*

Os livros e os jornais chegavam de contrabando. Eram proibidos naquele Brasil colônia, povoado por degredados, órfãos, escravos, índios e um punhado de senhores. Enquanto a América Espanhola tinha universidades – como a de San Marcos, no Peru, fundada em 1551, ou a biblioteca de Puebla, no México, inaugurada em 1646–, aqui era escuridão total. 

Mais de 300 anos depois do descobrimento, em 1808, foi inaugurada no Rio a Imprensa Régia, cuja missão principal era publicar a Gazeta do Rio de Janeiro, diário oficial da Corte transferida de Portugal, expulsa pelas tropas de Napoleão. Nessa época, surgiu um personagem desafiador da lei e da ordem, sua majestade d. João 6º, o jornalista Hipólito José da Costa, nascido na Colônia do Sacramento, então província Cisplatina (que depois viraria Uruguai), menino em Pelotas, adolescente em Porto Alegre e finalmente diplomado em Coimbra.

O jornal de Hipólito, o Correio Braziliense, chegava contrabandeado em navios vindos da Inglaterra, onde o jornalista se estabelecera depois de perseguido e preso pela Inquisição. Nessa época ele já era um diplomata conhecido e reconhecido pela sua competência, com passagem pelos Estados Unidos e México. Aconselhado por um amigo, comprou ações de um banco escocês e, assim, conseguiu a cidadania inglesa, escapando da ira da Coroa e da Igreja portuguesas. 

Durante anos a fio o jornal cruzou o Atlântico rumo ao Rio, e aquela coisa proibida era vendida de mão em mão, lida e relida até pelos conselheiros mais próximos do rei, inclusive pelo próprio. 

O Brasil sempre fora amordaçado, país onde a ignorância medieval fez parte da nossa formação. Livros permitidos eram pouquíssimos, como a Bíblia em latim, língua falada pelos padres e letrados. O povão respondia a missa em latim sem ter a menor ideia do que significava aquilo e, assim, o ora pro nobis (orai por nós) virou nome de planta integrante da espiritualíssima culinária mineira.

Noves fora gente como o padre Antônio Vieira, o povo brasileiro era rude, ignorante, bruto. Uma energia voltada para a violência e a exploração de riquezas de um território ainda desconhecido, cuja memória se forjou na oralidade, já que a maioria absoluta não lia nem escrevia. 

Por isso, é inacreditável em pleno século 21 uma escola censurar um livro de Ziraldo, morto em abril aos 91 anos, um dos artistas mineiros mais talentosos de todos os tempos, tão importante para o século 20 quanto o Aleijadinho foi para o século 18. Primeiro, porque Aleijadinho sempre foi escultor, mesmo sendo o pai do nosso Barroco, enquanto Ziraldo foi chargista, cartunista, pintor, escritor, dramaturgo, cartazista, poeta, cronista, desenhista, jornalista, apresentador e até advogado. Segundo, porque o homem era uma usina de criatividade e genialidade.

Cresci lendo Ziraldo, rindo das suas charges no velho Jornal do Brasil de guerra, que meu pai assinava e lia todas as manhãs tomando café. Fui ao teatro ver suas peças, adorava “Flicts”, “Turma do Pererê” e outros personagens como Jeremias, o Bom e a Supermãe. 

Lembro do Ziraldo sempre de bom humor na velha sede do Pasquim, na rua Saint Roman, em Ipanema, contando causos com aquele seu jeito mineiro de emendar as palavras. “Entrei no elevador, aquela coisa mais lindumundo. Olhei assim e ela miguinorou. Dei boa tarde, nada. Cara feia. Eu aqui no meu canto, perguntei: umazin nemaginar, né? E num é que quebrei o gelo!”. E ria.

Em cada cidade de Minas deveria ter uma rua ou uma praça com o nome do Ziraldo, com direito a estátua. Ele foi um herói da resistência, contra a censura e o arbítrio. Mas neste Brasil de marcha à ré, estão querendo cancelar o Ziraldo como já tentaram fazer com Monteiro Lobato e até nosso Machado de Assis. Quase caí da cadeira quando li que uma escola da mineira Conselheiro Lafaiete decidiu proibir o livro “Menino Marrom“, no qual Ziraldo conta a história de dois amigos, um negro e outro branco, que tentam entender suas diferenças. 

Cada vez que me deparo com uma barbaridade dessas tenho mais certeza de que estamos caminhando para o abismo. O mesmo abismo no qual este país viveu por mais de 300 anos, proibido de ler e estudar, escravo da própria ignorância. Nós até hoje não temos escola pública integral universal –algo que deveria ser questão de Estado, jamais de governos. 

Quando Darcy Ribeiro estava fazendo o 1º Ciep (Centro Integrado de Educação Pública), em 1983, fui conversar com ele na vice-governadoria, que ficava na rua Senador Dantas, no centro do Rio. 

Eu era um repórter com pouco mais de 20 anos de idade. Darcy, aquela sumidade, generoso, não perdeu a paciência quando fiz a pergunta encomendada pelo meu chefe de reportagem do O Globo, jornal adversário figadal do governo: “Rapaz, se escola integral fosse ruim não existiria nos Estados Unidos, Japão e Europa. Ou a gente educa os meninos, ou o Brasil vai se perder, virar uma sociedade conflagrada, fácil de manipular”. Não era uma profecia, mas uma certeza. Olhem em volta e tirem suas conclusões.

O Brasil acabou com a censura do governo militar em 1979. Os censores foram embora das redações, mas no cinema, antes dos filmes, aparecia a imagem de um documento do Departamento de Censura e Diversões Públicas, assinado pela senhora censora Solange Hernandez. Era uma forma de dizer: estamos de olho. A censura voltou em 2022, quando o TSE decidiu ignorar o artigo 220 da Constituição e censurar previamente um documentário do Brasil Paralelo sobre o atentado à faca contra o então candidato a presidente Bolsonaro. De lá para cá, não paramos. A censura ao livro do Ziraldo não é a causa dessa dor de barriga autoritária; é o efeito.

O pior, como o exemplo vem de cima, é que isso acontece em Minas Gerais, de onde saíram brasileiros como Tiradentes, Tancredo Neves, JK e os signatários do Manifesto dos Mineiros de 1943, a gazua que arrombou as portas do autoritarismo e fez rebrotar a liberdade com o fim da ditadura Vargas.

Nós estamos retornando à era da escuridão. As pessoas deixaram de ler, totalmente enfeitiçadas pelos vídeos da internet, os TikTok da vida, desaprenderam a escrever e a se expressar. Para quem foi exilado das bibliotecas pelo lado perverso da tecnologia, um livro tem quase ou nenhum significado. Conheci um sujeito que gostava de enrolar seus baseados com o papel bíblia de livros da Editora Nova Aguilar, entre eles as obras completas de Eça de Queiroz, que ele fumou sem nunca ter lido. 

Nesta semana, meu amigo Ney Figueiredo me mandou pelo WhatsApp um vídeo do trecho de um debate entre Brizola e Fernando Henrique na campanha de 1994. FHC questiona os Cieps de Brizola e Darcy Ribeiro, questionando se aquelas escolas de tempo integral não eram caras demais. Brizola responde de bate-pronto: “Cara é a ignorância”. Esta mesma, mãe da censura renascida no Brasil.

*Jornalista

Serra Talhada - Saúde

Dom Tomás salva vidas, mas precisa ser salvo

Num instante em que o Brasil vive uma fase de horror quase sem exceção na seara pública, pelo fato de os políticos trabalharem em prol do favorecimento próprio, seja em pequena ou larga escala, vem de Petrolina, de onde cheguei ontem, um exemplo para, definitivamente, ainda acreditar na figura do homem público.

Médico por formação, empresário por vocação, ex-prefeito de Petrolina, Augusto Coelho é o caçula de “seu” Quelé, patriarca do clã Coelho, que gerou uma geração de homens notáveis para a vida pública, entre eles Nilo Coelho, uma lenda sertaneja, governador do Estado, o grande benfeitor do Vale do São Francisco.

Nilo morreu de um infarto fulminante poucos dias depois de um discurso antológico como presidente da Casa Alta. Não se submetendo às pressões do regime de exceção, subiu à tribuna e afirmou: “Não sou presidente do Congresso do PDS, sou presidente do Congresso do Brasil”. O filho mais notável de Quelé entrou para a história.

Augusto Coelho, seu ponta de rama, aos 85 anos, continua orgulhando o pai, onde ele estiver. Como Nilo, tem espírito público, vocação para servir sem se servir das posições de alta relevância. Como empresário, dono de um dos maiores curtumes do Nordeste, Augusto se realiza, na verdade, em outro campo: praticando filantropia.

Ele é presidente da Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância (Apami), fundada em Petrolina há 74 anos, instituição beneficente referência no Interior do Nordeste na assistência aos portadores de câncer. À frente da entidade, se inspira na essência verdadeira do que deve ser um homem público: ver em cada pai seu próprio pai, em cada mãe a sua mãe, em cada filho os seus e em cada ser humano o seu irmão”.

É um gigante. Fez a Apami gerar seu filho mais desafiador: o hospital Dom Tomás, que há dois anos passou a fazer cirurgias de câncer das mais altas complexidades com enorme sucesso. “Recentemente, realizamos um procedimento crânio facial de altíssima complexidade e louvamos a Deus pela salvação de mais uma vida”, disse Augusto.

Em breve, a unidade hospitalar vai ganhar um Centro de Radioterapia, obra que não caiu do céu, mas fruto do esforço da sua articulação nacional junto ao Ministério da Saúde. E tem mais notícias boas: a mão estendida da filantropia chegou com mais R$ 4,5 milhões na aquisição de equipamentos para transformar sua área de radioterapia referência no Nordeste.

Há pouco, começou a funcionar a primeira etapa de expansão do hospital, totalizando 52 leitos de enfermaria, com dois postos de enfermagem e sala de evolução médica. Para manter toda essa estrutura e continuar prestando serviços a milhares de pacientes, inclusive crianças, que moram em 60 municípios dos estados de Pernambuco, Bahia e Piauí, o hospital precisa de mais apoios.

Esta tem sido uma luta incansável para doutor Augusto, que para ser vencida, começa primeiro pelo viés preconceituoso. “Por estar no interior do Nordeste, distante dos grandes centros, muitos poderosos do setor público não acreditam que estamos falando de um dos maiores centros de saúde em tratamento oncológico no Brasil”, desabafa.

O hospital Dom Tomás, que está situado numa região que abrange nada menos do que 2 milhões de habitantes em quatro Estados, têm um custo alto de manutenção: R$ 3 milhões por mês, para manter um quadro de 300 funcionários, entre os quais 92 médicos, que fazem em média 160 procedimentos cirúrgicos por mês, de pequena a alta complexidade. São portadores de câncer que, antes, só teriam tratamento no Recife e em outros centros mais avançados de oncologia.

Felizmente, o doutor Augusto tem tido reconhecimento nacional. Recentemente, recebeu em Brasília uma das mais altas condecorações do Governo Federal, destinada às pessoas que realizam serviços de grande impacto social, através do embaixador Paulino Franci de Carvalho: o título de ‘Grande Oficial da Ordem de Rio Branco’.

A honraria se destina a reverenciar os que se tornam merecedores do reconhecimento do Governo Brasileiro, por algum motivo considerado de grande relevância. Mostrando sua grandeza e sua simplicidade, ao receber a homenagem Augusto disse que deveria ter sido dada não a ele, mas ao hospital Dom Tomás.

O reconhecimento é apenas uma face dessa luta dele que a sociedade e os poderes públicos não podem apenas bater palmas. Têm que ajudar efetivamente, com recursos financeiros e doações de qualquer bem, especialmente equipamentos médicos.  

DOAÇÕES PELO IR – Recentemente, com o objetivo de ajudar a salvar vidas, combatendo o câncer em crianças e adultos, o Hospital Dom Tomás fez uma campanha de arrecadação com ajuda da Receita Federal. Os contribuintes foram estimulados a doar até 3% do Imposto de Renda (IR) para o fundo de apoio ao hospital do município. A legislação permite que até 6% do valor do chamado “Imposto Devido” seja convertido em doação no momento da entrega da declaração, desde que você tenha optado pelo modelo completo de tributação. Ou seja, ao invés de destinar o dinheiro diretamente ao Governo, você terá oportunidade de auxiliar uma entidade sem qualquer custo adicional.

ATRASO PELO ESTADO – Fundamental para o tratamento de pacientes com câncer em diversas cidades do interior de Pernambuco, o hospital Dom Tomás enfrenta uma grave crise financeira devido à falta de recursos e ao atraso no pagamento das parcelas pelo governo estadual. A governadora Raquel Lyra (PSDB), aliás, esteve recentemente em visita à instituição, mas na prática nada foi feito até agora. 

Vitória Reconstrução da Praça

*Por Cláudio Soares

Nos últimos anos, o debate sobre a legalização dos jogos de azar tem ganhado força no Brasil, polarizando opiniões e despertando o interesse de diversos setores da sociedade. Enquanto alguns argumentam que a regulamentação dessas atividades poderia impulsionar a economia e gerar receitas significativas para o Estado, outros levantam preocupações éticas e sociais que precisam ser consideradas cuidadosamente.

Atualmente, o Brasil é um dos poucos países do mundo que proíbe estritamente a maioria das formas de jogos de azar. Essa legislação rígida não apenas cria um mercado clandestino e sem regulamentação, mas também impede a arrecadação de impostos que poderiam ser direcionados para áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública.

A legalização dos jogos de azar abriria a possibilidade de uma tributação justa e transparente, proporcionando recursos adicionais para investimentos em infraestrutura e programas sociais. Além dos aspectos econômicos, há também argumentos em favor da legalização, baseados na liberdade individual e na responsabilidade pessoal.

Muitos defendem que adultos devem ter o direito de escolher como gastar seu dinheiro de maneira responsável, desde que não prejudiquem terceiros. A regulamentação rigorosa poderia garantir práticas de jogo justas, protegendo os consumidores de fraudes e manipulações que frequentemente ocorrem em ambientes ilegais.

Por outro lado, críticos da legalização alertam para os potenciais impactos negativos sobre indivíduos vulneráveis, como viciados em jogos de azar e suas famílias. A dependência do jogo é um problema sério que pode levar a consequências devastadoras, incluindo endividamento severo e desestruturação familiar.

Portanto, qualquer legislação que venha a ser implementada deve incluir medidas robustas de prevenção e tratamento do vício, além de controles estritos para evitar abusos. O debate sobre a legalização dos jogos de azar no Brasil não é apenas sobre ganhos econômicos versus preocupações sociais. É uma questão complexa que envolve considerações éticas, jurídicas e sociais que devem ser cuidadosamente ponderadas.

À medida que o país busca reformas significativas em seu arcabouço legal e regulatório, é essencial que todas as partes interessadas – legisladores, especialistas, grupos da sociedade civil e cidadãos comuns – participem ativamente desse diálogo para garantir que qualquer decisão tomada seja equilibrada, justa e orientada pelo bem comum.

Em última análise, a legalização dos jogos de azar no Brasil não é uma questão de “sim” ou “não”, mas sim de como implementar políticas eficazes que maximizem os benefícios econômicos enquanto mitigam os riscos sociais associados.

*Advogado e jornalista

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai tomar posse como integrante efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima terça-feira (25). As informações são do Estadão.

Ele vai ocupar uma das vagas destinadas a magistrados do STF que foi aberta com o término do segundo biênio de Alexandre de Moraes na corte, no início deste mês.

Ele foi eleito para o cargo em maio. São os próprios ministros do STF que indicam, por votação, um membro para representar o tribunal na Justiça Eleitoral.

O rodízio das vagas obedece, historicamente, o critério da antiguidade. Por isso, a eleição é simbólica. André Mendonça já era ministro substituto no TSE e agora assume um mandato efetivo de dois anos.

O TSE é formado por sete juízes: três integrantes do STF, dois membros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois juristas eleitos pelos advogados. Além dos titulares, há um juiz substituto para cada uma das cadeira.

A presidência e vice do colegiado são ocupadas somente pelos egressos do Supremo. E, a exemplo do que ocorre no STF, os postos são ocupados de maneira rotativa. Em 2026, ano das próximas eleições gerais, é previsto que Kassio Nunes Marques assuma a presidência do órgão. O vice será Mendonça.

A cantora paraibana Elba Ramalho, principal atração da abertura do São João Multicultural de João Pessoa, na quinta-feira (20), criticou a invasão de outros ritmos na tradição junina. As informações são da Folha de Pernambuco.

“Cada coisa na sua coisa, cada macaco no seu galho, cada dia no seu dia. Mas assume logo que não é São João, que é um festival”, comentou a paraibana. A cantora ponderou que há espaço para outros estilos musicais no São João, mas o Nordeste deveria ser colocado como prioridade.

“Quando o Sul está seduzido por nossa música. Você precisa ir para São Paulo para assistir as bandas de forró, trios nordestino. E aqui no Nordeste isso acabou, quando o mundo se abre. Em Paris, no Japão, todo mundo dançando forró”, opinou.

“Aqui agente tá colocando Alok, que eu amo. Mas, cada coisa na sua coisa, cada macaco no seu galho”, disparou a artista que preferiu não polemizar nem rivalizar em relação a outros artistas, durante a coletiva de imprensa.

“Porque acho que no céu nenhuma estrela atropela a outra, só que acho que quando você tá totalmente seduzido pela nossa música, que é verdade, você precisa ir pra São Paulo assistir Rastapé, Bicho de Pé, Falamansa, as bandas de forró, os trios nordestinos que ganham muito dinheiro em São Paulo”, disse.

O momento era de tensão total. Naquele 28 de agosto de 1961, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, foi correndo para o porão do Palácio Piratini e fez um pronunciamento para uma rádio que a equipe montou de improviso. “Hoje, nesta minha alocução, tenho os fatos mais graves a revelar. O Palácio Piratini, meus patrícios, está aqui transformado em uma cidadela que há de ser heroica (…)”. Ele pedia resistência até o fim.

Aquele seria um dos momentos que faria com que Brizola (1922 – 2004), que morreu há 20 anos, entrasse para a história brasileira. Segundo pesquisadores, ele foi responsável por evitar, via uma rede de rádios, que o golpe militar ocorresse naquele ano. As informações são da Agência Brasil.

Momentos como esse terão destaque em um documentário de Sílvio Tendler, que deve ser lançado no segundo semestre deste ano. Aquele episódio ocorreu depois da renúncia de Jânio Quadros. Como João Goulart, o vice-presidente, estava em missão diplomática fora do País, a cúpula militar posicionou-se para impedir a transmissão de posse para o vice. Houve um impasse e quem assumiu o país foi o presidente da Câmara, Paschoal Ranieri Mazzilli.

De acordo com o neto de Brizola, Leonel Brizola Neto, que cedeu as imagens para o filme e que busca divulgar o legado do avô com uma associação cultural, o então governador tinha a noção da ameaça de uma ruptura democrática. “Ele tinha uma leitura do que estava acontecendo. Naquela época, não havia a facilidade das informações que nós temos hoje. Ele entendeu e começou a organizar (a resistência). Todos os atos do Brizola foram sempre dentro da legalidade democrática”, argumenta o neto.

Em nome dessa legalidade, Brizola passou a utilizar a Rádio Guaíba, através de um ato governamental, para defender a posse do vice. Para o professor de história Adriano de Freixo, da Universidade Federal Fluminense, Brizola foi a figura central da resistência. Freixo ressalta que houve de fato uma tentativa de golpe em 1961, orquestrada pelos que executaram o golpe de 1964.

“Quando Brizola montou a rede da legalidade, com seus discursos sendo transmitidos para todo o Brasil, ele também consegue apoio militar, do Exército no Rio Grande do Sul e da Brigada Militar gaúcha, dispostos a ir para o confronto. Isso faz, inclusive, com que outras lideranças civis se animassem a resistir”, afirmou o professor.

A “rede da legalidade”, como ficou conhecida, congregou mais de 100 rádios pelo Brasil, que passaram a retransmitir discursos pela manutenção da democracia e da legalidade. Brizola passou a denunciar que aviões militares brasileiros teriam ordem para atirar contra o palácio do governo gaúcho. Segundo os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil, como conseguiu adesão de praças da própria Força Aérea boicotaram as aeronaves para que não decolassem.

Frustração

O professor Adriano de Freixo avalia que Brizola estava disposto, inclusive, a partir para o confronto, se fosse necessário. “Como ele mesmo disse em alguns depoimentos, a ideia dele era marchar para o Rio de Janeiro e dissolver o Congresso, já que parlamentares tinham sido coniventes com tentativa de golpe e garantir a posse do Jango”, afirma o professor. Foi uma decepção para Brizola ter conhecimento de que Jango concordou com uma solução conciliatória e assumiu um regime parlamentarista provisoriamente.

A frustração de Brizola com o presidente deu-se diante de um contexto político. Pesquisadores do período entendem que havia expressivo apoio popular à posse de Jango em 1961. De acordo com o sociólogo Yago Junho, que também pesquisa a trajetória de Brizola, o então governador do Rio Grande do Sul ganhou a opinião pública porque compreendeu a importância do processo de comunicação.

“A batalha política é a batalha das comunicações. Mais de 70% da população apoiava a posse do Jango e o Brizola, em relação a esse apoio popular, queria efetivamente promover mudanças”, analisa o sociólogo. Os pesquisadores avaliam que Brizola foi hábil, mas não contava que Jango iria curvar-se às condições dos militares.

Legados

Os pesquisadores da trajetória de Leonel Brizola entendem que a infância pobre no Rio Grande do Sul foi fator decisivo para as escolhas políticas do homem que foi governador de dois estados, o que ele nasceu, e o Rio de Janeiro. Yago Junho analisa que Brizola defendeu o trabalhismo e os direitos da Consolidação das Leis do Trabalho.

O historiador Adriano de Freixo vê Brizola como uma das figuras públicas mais importantes da segunda metade do século passado. “Ele construiu uma carreira política muito profícua. Ele defendeu melhor distribuição de riquezas, com propostas como a realização da reforma agrária, educação integral nas escolas e defesa do país diante de pressões estrangeiras”, diz

Os pesquisadores assinalam que Brizola acreditava que a educação seria a forma de gerar uma construção de uma sociedade menos desigual, tanto na gestão do Rio Grande do Sul (1959 – 1963) como do Rio de Janeiro (1983 – 1987 e 1991 – 1994). O resultado foi que houve redução do analfabetismo com a construção de mais de seis mil escolas. No Rio de Janeiro, ele implementou a ideia do antropólogo Darcy Ribeiro e criou os Centros Integrados de Educação Pública (Ciep) para fazer valer a educação integral.

Contra o “atraso”

Além da educação, outra marca de Brizola foi a defesa enfática da reforma agrária. O sociólogo Yago Junho crê que Brizola “pagou um preço muito alto” pelas ideias que defendia. “O final da vida dele num ostracismo tem a ver com uma incompreensão sobre o legado político dele”. Uma das acusações dos opositores é que teria havido uma política ineficaz de segurança pública e que a criminalidade aumentou. O resultado foi, segundo avalia, um final de vida no ostracismo.

Em entrevista à Rádio Agreste FM, nesta sexta-feira (21), o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto, reforçou o apoio à pré-candidatura do ex-prefeito Celso Onofre ao Executivo de Ibirajuba, no Agreste.

Ao lado do deputado estadual João Tenório, Porto afirmou chegar a hora de Ibirajuba “voltar a ser destaque na região”. A pré-candidatura é fruto do entendimento entre vários grupos políticos da cidade.

Daqui a pouco entra no ar o Sextou, que desta vez homenageará a cantora Dalva de Oliveira, considerada uma das rainhas da Era de Ouro do Rádio. Entre as canções eternizadas em sua voz estão “Tudo acabado”, “Que será”, “Ave Maria no Morro” e “Bandeira Branca”.

Quem fala sobre a trajetória dela é a cantora e atriz carioca Mona Vilardo, que faz shows pelo Brasil cantando os sucessos da diva e é autora do livro infantil “Dalva, minha vó e eu”.

O Sextou vai ao ar das 18h às 19h, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente acima, no alto da página deste blog, ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na Play Store.

O prefeito de Petrolina, Simão Durando, do União Brasil (UB), recebeu, nesta sexta-feira (21), em almoço, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL-AL), o presidente do partido, Antonio Rueda, e o líder do UB na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (UB-BA). Eles estão na cidade para conhecer a estrutura do polo junino no Pátio Ana da Carrancas. Também estiveram presentes no encontro o deputado federal Fernando Bezerra Filho, o deputado estadual Antônio Coelho, o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho e o ex-senador Fernando Bezerra Coelho.

Por Aldo Paes Barreto*

Pela terceira ou quarta vez, o clássico do folclore russo – dança do Cossacos – volteia sobre o Nordeste musical e deixa marcas sonoras de bom gosto. Primeira fez, quando aqui aportaram exilados, fugindo de guerras que nem eram deles os nobres cossacos traziam no matulão, suas músicas, suas gaitas e a arte de dançar, montando belos cavalos negros com tanta graça e maestria que pareciam ter nascido em cima deles.

Eram os anos 1940. À frente o líder general Ivan Pavlechenko. O grupo instalou-se em São Caetano e ali encontrou o mais alto funcionário público federal e e um cidadão sempre disposto a ajuda o próximo: Aldo Tresse Paes Barreto, meu pai. O general pedia renovação de licença de livre trânsito no estado (escrita do município de São Caetano). Constavam ainda do prontuário, as fichas do próprio Ivan, de Eufenyuz Brucki (Bruscky), Pedro Gabueff e dos cantores Miguel Nemolovsky, Miguel Klutchko, Jorge Medvedeff e Timoteo Scripnic.

Na carta destinada ao Secretário de Segurança Pública do Estado de Pernambuco, Pavlechenko afirma que o grupo estava reduzido a cinco membros, todos cossacos russos, combatentes da grande guerra e expatriados daquela nação, após o movimento revolucionário de 1918, por motivos de ordem política.

Esse conjunto já se achava no Brasil desde 1933, percorrendo todos os Estados, do Rio Grande do Sul ao Pará, e se exibindo em diversas localidades, inclusive nas capitais dos Estados, com os seus trabalhos de equitação, no molde dos exercícios da “Cavalaria dos Cossacos Russos”, além do conjunto vocal, que tão calorosos aplausos arrancou de grandes assistências em todos os recantos do território brasileiro. Segundo Pavlechenko, os Cossacos foram patrocinados em diversas ocasiões por autoridades públicas, como em apresentações na Vila Militar do Rio de Janeiro. Tinham, inclusive, cartas de recomendação do General Eurico Gaspar Dutra.

No Recife, realizaram no Clube Português apresentações exclusivas para autoridades como o General Mascarenhas de Moraes e o prefeito Novaes Filho. No clube, o público foi ver números orpheônicos dos folklores russo e brasileiros e contou com distribuição gratuita de vodca.

Os cossacos também se exibiriam no Teatro de Santa Isabel apresentando músicas típicas de guerreiros do Cáucaso e estepes russas. Em Pernambuco, aconteceram ainda apresentações em Olinda (no mosteiro de São Bento), Jaboatão, Caruaru, Triunfo, Timbaúba e Nazaré da Mata, no Cine Lux. E aqui encontraram um irmão gêmeo: mesmas andanças, mesmo ritmo, mesma alegria. O frevo.

A presença musical cossaca permaneceu entre nós durante anos presentes nas estradas empoeiradas e esburacadas, percorridas pelos caminhões, presente nos forros, nas harmônicas, gaitas de boca fazendo as festas.

No início dos anos 1950, eu já não registrava nenhuma lembrança dos cossacos, quando fui estudar no Colégio de Caruaru. Ali, ganhava um amigo Luiz Gonzaga, menino como eu, sertanejo, sempre conduzindo duas preciosidades, presentes do avô, mestre em sua cidade:
o estojo de lápis, pouco usado. e uma gaita de boca lembrança do velho mestre de banda o no Sertão de Pernambuco.

Então, as noites caruaruenses erma preenchidas com duas músicas sempre presentes. A Dança dos Cossacos e a música natalina, Noite Feliz. Luiz Gonzaga tocava as duas muito bem, A primeira era atraente, alegre e, por isso mesmo juntava a meninada, só dispensada com a intervenção do censor mandado todo mundo para a cama. A segunda, era triste. Não tinha plateia. Além de nós dois. Ele tocando, eu ouvindo.

Noite Feliz, provocava um frio intenso. E era tanto frio que, me acompanhava até e a cama, onde rezava e enxugava os olhos. Anos e anos depois, descobri que não era o frio que incomodava. Era saudade mesmo. E parecia não ter fim.

A atriz e escritora carioca Mona Vilardo, convidada do Sextou de hoje para falar sobre Dalva de Oliveira, postou uma chamada em seu perfil na rede social Instagram convidando seu público para ouvir o programa. Mona faz shows pelo Brasil cantando Dalva de Oliveira e é autora de um livro em linguagem infantil – Dalva, minha vó e eu. Mona já participou também da encenação em homenagem à artista e atuou em outros musicais sobre figuras da Era do Rádio, como Ary Barroso, Agnaldo Rayol, Emilinha e Marlene.

O Sextou pode ser ouvido das 18h às 19h, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente em destaque no alto do blog ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste no Play Store.

Ela escreveu, no post:

“Ensaiando com a @osjchiquinha porque na próxima sexta – dia 21/6 – eu estarei no SEXTOU. Programa de Rádio que atinge 48 cidades do Nordeste. Fiquei muito feliz com o convite do @blogdomagno para falar da Rainha da Voz – Dalva de Oliveira. A música “Ave Maria no morro” tem uma importância gigante na história da Dalva e eu conto isso na entrevista que dei pra o Magno. Obrigada pelo convite @blogdomagno
Viva Dalva!”

Veja abaixo Mona Vilardo interpretando Ave Maria do Morro, um dos maiores sucessos de Dalva:

O 12º Fórum Jurídico de Lisboa vai reunir cinco ministros de Lula (PT), outros seis do STF (Supremo Tribunal Federal) e dezenas de autoridades de outros tribunais, como TCU (Tribunal de Contas da União), e agências reguladoras. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também aparecem entre os que participam das mesas de debates do evento. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O “Gilmarpalooza”, como tornou-se conhecido (referência a um famoso festival de música), reúne anualmente integrantes dos três Poderes em Portugal. O IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa) é um dos organizadores, cujo dirigente é Francisco Mendes, filho de Gilmar Mendes, sócio do instituto. Os ministros do governo que estão confirmados são Rui Costa (Casa Civil), que tirou férias para o período, Camilo Santana (Educação), Jader Filho (Cidades), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia e Inovação).

Além de Gilmar, também estão na lista os ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino e o presidente, Luís Roberto Barroso. O grupo de palestrantes é composto ainda por representantes das agências reguladoras. Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Fernando Mosna, diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), e Veronica Sánchez da Cruz Rio, diretora-presidente da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico)

A participação de ministros e demais servidores públicos em eventos como o Fórum de Lisboa tem sido questionada por causa dos gastos com auxiliares, passagens e hospedagem e pela falta de transparência a respeito dessas informações. No caso do STF, por exemplo, os ministros não divulgam informações sobre o custeio da participação e sobre possível conflite de interesse com patrocinadores dos eventos.

No ano passado, a participação das autoridades de diversos órgãos e de seus auxiliares no fórum custou no mínimo R$ 1 milhão em passagens aéreas com dinheiro público, segundo levantamento feito pela Folha. Na época, a reportagem também localizou gastos de no mínimo R$ 490 mil em diárias.

O Fórum Jurídico de Lisboa está programado para acontecer nos dias 26, 27 e 28 de junho. Logo depois, em julho, o Judiciário entra em recesso. Por causa do evento, o STF antecipou uma das sessões da última semana de junho deste ano.

A preocupação com gastos para a ida e participação das autoridades no Fórum já é discutido há diversas edições do “Gilmarpalooza”. Em 2021, a Folha também mostrou que haviam sido gastos ao menos R$ 500 mil no evento com passagens e diárias de autoridades.

Neste ano, o fórum acontece em um contexto de discussões a respeito da presença de ministros de cortes superiores nos eventos internacionais.

Em abril, um evento fechado em Londres, patrocinado por empresas com ações nos tribunais superiores, reuniu ministros do Supremo, do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do governo Lula (PT). Somente o ministro Dias Toffoli gastou R$100 mil de recursos públicos em diárias no evento.