O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a criticar a posição do Brasil em relação ao conflito com a Rússia. Na cúpula para a paz, promovida neste fim de semana na Suíça, o líder ucraniano afirmou que Brasil e China serão ouvidos quando adotarem “princípios das nações civilizadas”.
Os dois países ficaram de fora da declaração conjunta assinada no encerramento da cúpula. O texto pede negociações para encerrar o conflito entre Rússia e Ucrânia e reafirma “a integridade territorial” dos ucranianos. As informações são do Metrópoles.
Leia mais“Assim que o Brasil e a China adotarem os princípios que uniram todos nós hoje como nações diplomáticas, teremos o maior prazer em ouvir seus pontos de vista, mesmo que sejam diferentes da maioria do mundo”, afirmou Zelensky.
O comunicado foi endossado por países como os Estados Unidos, União Europeia, Japão, Argentina e Quênia. No entanto, além do Brasil e da China, as nações da Índia, Arábia Saudita, África do Sul e Emirados Árabes Unidos não assinaram o documento.
O governo brasileiro defende a realização de uma conferência de paz que seja reconhecida pelos dois lados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, no último sábado (15), a decisão de não se juntar aos signatários do comunicado.
“Como ainda há muita resistência, tanto do [Volodymyr] Zelensky quanto do [Vladimir] Putin de conversar sobre paz, cada um tem a paz na sua cabeça do jeito que quer. E, depois de um documento assinado com a China, nós estamos propondo que haja uma negociação efetiva, que a gente coloque a Rússia e o Zelensky na mesa e vamos ver se é possível convencê-lo que a paz vai trazer melhor resultado do que a guerra”, afirmou.
Lula chegou a ser convidado para a cúpula deste fim de semana, mas enviou a embaixadora brasileira em Berna, Cláudia Fonseca Buzzi, como observadora do evento.
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