Elétricos: Blazer e Equinox chegam em 2024
A General Motors está investindo globalmente US$ 35 bilhões até 2025 no desenvolvimento de 30 novos veículos elétricos – que, segundo seus dirigentes, é de uma geração ainda mais avançada de elétricos. E como pretende liderar esse movimento de zero emissão na América Latina, acaba de confirmar a chegada ao país de dois SUVs: o Blazer EV e o Equinox EV, ambos em meados do ano que vem. O Blazer EV é um produto global e está em fase final de testes de certificação e homologação. Aliás, a estrutura de engenharia da GM no Campo de Provas e no Centro Tecnológico no Brasil está colaborando nas áreas de eficiência energética e de conectividade para acelerar o desenvolvimento do modelo e a chegada dele ao mercado.
A empresa diz que um dos principais diferenciais competitivos do futuro SUV premium 100% elétrico é a tecnologia Ultium. Ela consiste em uma plataforma modular específica para veículos elétricos, com diferentes combinações de motores e baterias com uma composição química muito mais avançada. Isso garantiria melhor autonomia e maior velocidade de recarga. Com essa plataforma, é possível fabricar desde carros compactos, passando por SUVs e superesportivos até grandes picapes.
Leia maisO primeiro carro zero emissão da Chevrolet começou a ser comercializado no país em 2019. O Bolt EV é um crossover compacto de 203 cv e capaz de percorrer 459 km, em média, no ciclo WLTP. A estratégia é oferecer ao consumidor até meados da década uma linha diversificada de veículos elétricos que complemente o portfólio de modelos a combustão. Para isso, a marca vem lançando ao menos um EV inédito por ano. No ano passado, iniciou as vendas do novo Bolt. O crossover compacto ganhou importantes evoluções de design e acabamento. Agora em 2023 é a vez do Bolt EUV, que se diferencia pela carroceria tipo SUV e mais espaço interno para a família. Existem ainda outros EVs da Chevrolet em fase de estudo para o mercado local.
Elétricos 1: democracia para aplicativos – A Aliança pela Mobilidade Sustentável, que acaba de completar um ano tentando democratizar a eletrificação de carros no Brasil, quer – já em 2023 – atingir a marca de mil veículos eletrificados na frota da 99 e mil postos de carregamento na cidade de São Paulo. Várias empresas, da 99 à BYD e à Movida, já investiram R$ 35 milhões em ações em prol da mobilidade sustentável. Hoje, já há 485 modelos circulando pela plataforma. Foram mais de 110 mil passageiros impactados, com mais de 75 mil corridas realizadas – e 550 mil quilômetros rodados.
Elétricos 2: recorde de vendas – A venda de carros elétricos e híbridos no Brasil no primeiro quadrimestre de 2023 foi um sucesso, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico. Foram 4.793 unidades emplacadas (só de leves) em abril, numa elevação de 53,5% sobre o mesmo mês do ano passado. Dados da Senatran, que substituiu o Denatran, mostram que houve um crescimento de aproximadamente 500% na frota de elétricos, passando de 24,6 mil em 2019 para 124,4 mil em 2023. Raphael Brito, sócio e proprietário da Solarprime, comenta que a demanda por esse tipo de veículo vai estimular o mercado de carregadores elétricos. Em dezembro de 2022, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, já existiam 3 mil eletropostos, entre públicos e semipúblicos no país.
Elétricos 3: e o bolso? – Usar um carro elétrico pode ser mais vantajoso e econômico. “Isso porque o consumo médio de um veículo elétrico varia de 15 kWh a 25 kWh para cada 100 km. Portanto, percorrer mil km pode custar, por exemplo, entre R$ 105 e R$ 175, considerando uma tarifa média de R$ 0,70/kWh. Dos modelos disponíveis no Brasil, a autonomia varia de 150 km a 530 km com uma carga completa. Considerando o valor médio da gasolina no país, de R$5,51 e uma média de 12 km por litro, seria preciso desembolsar um valor de cerca de R$ 457 para abastecer um carro a combustão”, explica Brito.
Elétricos 4: vem aí o Volvo EX30 – A marca sueca Volvo prometeu revelar o seu novo modelo de crossover, totalmente elétrico, no dia 7 de junho, às 8h30. É um modelo global, que chegará ao Brasil já no ano que vem em função do desempenho em vendas do grupo no país. O modelo será menor (4,10m a 4,30m) do que o também novo EX90 e vem sendo revelado aos poucos: dos faróis com assinatura em LED do tipo martelo de Thor às lanternas verticais. E por falar em Volvo, ela acabar de lançar um site para estabelecimentos (postos, varejões, restaurantes, hosteis, shoppings etc) receberem carregadores rápidos. Basta acessar https://eletropostosvolvocars.com.br. O site também serve para os usuários acharem o eletroposto mais próximo da localização, o nome do estabelecimento e o endereço. A expansão da infraestrutura, aliás, não para: depois do anúncio da primeira fase com 13 eletropostos, agora a marca anuncia mais 15 pontos de carga rápida, todos nas regiões Sul/Sudeste do país.
Mini nº 25 mil – A marca britânica Mini, oficialmente no Brasil desde 2009, chegou às 25 mil unidades vendidas ao longo destes 14 anos. E ela promete festejar a data com uma série especial e limitada desenvolvida exclusivamente para o mercado brasileiro. Aliás, a Mini é conhecida no Brasil por suas edições especiais e limitadas – sendo a primeira delas em 2012, quando foi lançado o luxuoso e esportivo MINI Cooper S Goodwood, até com alguns elementos de um Rolls Royce – marca que também pertence ao BMW Group. Em março de 2021, um marco histórico: foi neste mês que começou, em Oxford, na Inglaterra, a produção do MINI Cooper S E para o Brasil, primeiro modelo 100% elétrico da marca. O hatch de três portas manteve o interessante design, sem perder espaço interno ou do porta-malas, e é equipado com motor capaz de entregar 184cv de potência e 27,0kgfm de torque instantâneo.
Nova Panigale V4S: 215 cavalos e 174 quilos – A terceira versão da Panigale V4S, linha 2023, da Ducati – marca vencedora do campeonato de construtores de MotoGP pelo segundo ano consecutivo –, chega ao Brasil para a festa dos fãs endinheirados. Afinal, as capacidades tecnológicas das pistas de competições chegam às ruas por R$ 163 mil – e mais caras do que muitos carros. Com aperfeiçoamentos de todas as áreas (aerodinâmica, ergonomia, motor, ciclística e eletrônica), ela fica mais rápida em pista e, ao mesmo tempo, mais intuitiva e menos cansativa tanto para o piloto profissional como para os amadores. O motor (o Desmosedici Stradale V4 de 1103 cm³) de refrigeração líquida é capaz de gerar 215,5cv de potência a 13.000 rpm e torque de 12,4 kgfm. A transmissão é de 6 velocidades.
BMW S 1000 RR à venda – A motocicleta mais potente produzida pela BMW na fábrica de Manaus já está nas concessionárias da marca no Brasil. Lançada em março, a BMW S 1000 RR tem visual repaginado, três versões e ainda mais potência. Equipada com motor de quatro cilindros com 210cv de potência e 11,3kgfm de torque, a S1000 RR ficou 3cv mais potente que o modelo anterior. Visualmente, o modelo está mais esportivo. Os difusores de ar na dianteira ajudam na aerodinâmica em altas velocidades e proporcionam mais estabilidade em trechos sinuosos e em circuitos. Disponível em três versões (Premium, Premium M e Premium M Carbon), a nova S 1000 RR vem recheada de equipamentos de série. Os preços começam em R$ 126 mil.
Nova Enfield Scram 411 – A Royal Enfield, focada no mercado de motocicletas de média cilindrada (de 250cc a 750cc), acaba de lançar no Brasil a Scram 411, um modelo multiuso: alia características de uma scrambler acessível para encarar a rotina do dia a dia com algumas pitadas de uma moto aventureira. Ela custa R$ 22.490. O público-alvo da Scram 411 é piloto jovem dos grandes centros por ser divertida para a pilotagem urbana e apresentar um visual mais aventureiro. Mas, também, com modificações na geometria. Mantém ao mesmo tempo características que permitem trafegar por pisos irregulares ou um passeio de final de semana em uma estrada de terra batida.
Preço do seguro volta a subir – A TEx, empresa especializada em soluções online para o mercado segurador, divulgou os números do Índice de Preços do Seguro Automóvel referentes a abril. O índice geral apresentou crescimento, após queda em março, de 7,0%. Com isso, o índice apresenta aumento de 14,8% no acumulado dos últimos 12 meses. Já na comparação com o mês anterior, houve alta de 6,1% em abril. Esse é o maior patamar dos últimos 28 meses, desde que o Índice foi criado pela TEx. Segundo Emir Zanatto, CEO da TEx, essa alta de 6,1% no último mês deve-se, em grande parte, ao recente aumento de casos de roubo e furto de veículos em regiões de grande importância para o mercado, como em São Paulo. “Para se ter ideia, no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, tivemos 12,7% de crescimento em ocorrências de roubo e furto em São Paulo, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública”.
O executivo ainda destaca que o aumento do IPSA ocorreu em quase todas as regiões do país analisadas pela TEx, “principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, líderes em volume do índice”.
Dano no para-brisa: troca ou reparo? – Qualquer dano apresentado no para-brisa de um veículo requer cuidados e avaliação profissional. Principalmente quando a trinca, fissura ou arranhão estiver no campo de visão do condutor. Um parâmetro interessante para entender se o dano é caso de troca ou reparo: se a fratura for superior a uma moeda de R$ 1, é recomendada a substituição do para-brisa. A resolução 216 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabelece alguns limites referentes a danos no para-brisa em veículos de passeio: pode haver, no máximo, dois danos em um para-brisa. Porém, esses danos não podem ser superiores em de 4cm de diâmetro em uma configuração circular ou qualquer outro dano acima de 10cm de comprimento. Além disso, não pode haver nenhum dano na área crítica de visão do condutor e em uma faixa periférica de 2,5 cm das bordas externas do para-brisa. O descumprimento desta resolução do Contran resulta em infração de natureza grave, cinco pontos na CNH, multa e retenção do veículo para regularização. O gerente de assistência técnica da Henkel, Célio Renato Ruiz, orienta sobre os procedimentos de reparação e substituição de para-brisas e destaca a importância desses equipamentos para a segurança do veículo e das pessoas.
Reparar ou trocar – Em geral, usa-se como parâmetro para troca quando a fratura é superior a 4 cm. Portanto, se a circunferência do dano for menor ou igual a 4 cm, o para-brisa pode ser reparado sem necessitar a sua troca. Determinados danos no para-brisas são reparados com tecnologia UV, que “seca” a resina aplicada na área danificada, finalizada com polimento.
Quando trocar – Em casos de danos na visão frontal do motorista, mesmo que mínimos, a substituição do equipamento é a melhor alternativa. O processo de troca e fixação de um novo para-brisa é feito com adesivos próprios para essa finalidade, como o Teroson Bond, com aplicação fácil, limpa e feita a temperatura ambiente. Depois da aplicação correta desse adesivo no para-brisa, a cura é feita rapidamente e o condutor pode voltar a utilizar o carro poucas horas depois.
Como é feita essa troca – A troca do para-brisa é um procedimento que deve ser feito por técnico especializado, de preferência em lojas de vidros automotivos, para a aplicação eficiente do adesivo que promove a fixação do para-brisa. O adesivo Teroson Bond 180, por exemplo, é feito com poliuretanos monocomponentes, que curam com a umidade do ar e que não necessitam de primer no processo de adesão.
Pequenos arranhões – Na maioria dos casos, podem ser reparados com polimento feito por profissionais especializados. No entanto, podem se tornar problemas se estiverem na área de visão do motorista. Isso porque, se a visão do motorista continuar sendo prejudicada após o serviço de polimento, é importante que um profissional avalie a possibilidade de troca do para-brisa.
Importância dos cuidados – Um para-brisa eficiente traz perfeita visibilidade ao motorista, protege os ocupantes contra o impacto de pedregulhos e outros objetos, mantém a integridade estrutural da carroceria do automóvel e funciona como um apoio para o airbag. Danos no para-brisa podem interferir negativamente nessa força protetora do equipamento.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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