De bigu com a modernidade

Picape Rampage: o que ela tem de diferente?

O universo das picapes médias ganhou um modelo que tem tudo para ser protagonista. Primeiro, pelo preço adotado; segundo, pelo pacote de tecnologia e até pela esportividade (de uma versão). A Rampage, a primeira Ram concebida e desenvolvida no Brasil, chega em três versões – uma delas, que tem visual e recursos tecnológicos extras, é capaz de fazer de 0km/h a 100km/h em 6,9 segundos e atingir 220 km/h. Esta tem motor 2.0 Hurricane 4 a gasolina de 272 cavalos. Todas têm câmbio automático de 9 marchas e tração 4×4 com reduzida.

A versão Rebel, com motor turbo diesel de 170cv, custa R$ 240 mil. A Rebel com motor Hurricane tem preço fixado em R$ 250 mil. A Laramie, com detalhes cromados e mais luxuosa, tem motor turbo diesel e vem provisoriamente com o mesmo preço. A Lariame com o 2.0 Hurricane custa R$ 260 mil. E a R/T, a esportiva, R$ 270 mil. Os preços são promocionais, segundo a marca, e podem ser ‘ajustados’ no futuro. A pré-venda começou nesta quinta-feira, 22 de junho, pelo site www.ram.com.br. Mas só chega à rede de concessionárias em agosto.

Visual – O design é do pessoal da Stellantis América do Sul, mas as linhas imponentes das congêneres norte-americanas Ram 1500, 2500 e 3500 foram mantidas. A carroceria é toda nova e, segundo os diretores da Stellantis, foi dada uma atenção especial às proporções de todos os volumes para a carroceria ficar “musculosa”, de qualquer ângulo que se veja. A Rebel foca no visual off-road, com o uso de peças externas com acabamentos preto e grafite. A grade, em formato trapezoidal, tem desenho exclusivo. Na Laramie, predominam os acabamentos cromados e prateados em peças como grade dianteira, molduras dos vidros, capas dos retrovisores, maçanetas, logotipos, rodas e para-choque traseiro, trazendo um estilo mais tradicional.

Já na versão mais esportiva, a R/T, tradicional sigla (“Road/Track”, Estrada/Pista) é exibida com uma mescla de componentes na cor da carroceria e preto brilhante. Destaque ainda para as grandes faixas no capô e para o emblema da versão nos para-lamas traseiros e nas faces da rodas exclusivas da versão. Completa o pacote esportivo o teto pintado em preto. A Rampage tem 5.028 mm de comprimento, 1.886 mm de largura, 1.780 mm de altura e 2.994 mm de entre eixos.

Motores – O Hurricane 4 é estreante em veículos produzidos na América do Sul. Ele pode equipar as três versões, sendo que na R/T é a única motorização. São 272 cv de potência e 40 kgmf de torque gerados pelo propulsor 2 litros de quatro cilindros em linha a gasolina – o mesmo que equipa o Jeep Wrangler. De última geração, ele é todo feito de alumínio e conta com injeção direta e duplo comando variável de válvulas. Na versão R/T, faz de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos; nas demais, o desempenho ainda é impressionante: 0 a 100 km/h em 7,1 segundos e velocidade máxima de 210 km/h. A R/T, por sinal, tem escapamento duplo, que produz um som ainda mais instigante. No volante da Rebel e da Laramie há o botão Sport, que altera o visual do quadro de instrumentos digital, torna mais rápidas as respostas de acelerador e direção e programa as trocas de marchas em giros mais altos. O outro propulsor é o Multijet Turbo Diesel, 2.0, que entrega 170 cv de potência e 38,8kgfm de torque. Faz de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e atinge até 186 km/h. Está disponível nas configurações Rebel e Laramie. Os dados de consumo não foram divulgados.

Capacidades – A Rampage tem uma estrutura composta por 86% de aços de alta e ultra-alta resistência. A suspensão é McPherson na frente e multilink atrás. A versão R/T conta ainda com molas e amortecedores mais firmes, rebaixamento de 10mm na suspensão e rodas de aro 19.  Na Rebel, a aptidão para o fora-de-estrada é reforçada pelos pneus All Terrain 17 (com banda de rodagem ainda mais fora de estrada na opção a gasolina). A versão Laramie tem roda com aro de 18”. Em todas as Rampage, os freios são a disco ventilados nas quatro rodas.

O freio de estacionamento é eletrônico e tem o recurso Auto Hold, facilitando a vida do motorista em trânsito pesado. Nos aclives, há ainda o Start Assist (para partida em rampa). Também de série em todas as versões há o recurso Hill Descent Control (HDC), para descidas íngremes no off-road. A capacidade de carga é de 1.015 kg nas configurações a diesel e de 750 kg com o propulsor a gasolina. Até na cabine, sobra espaço para armazenamento: são 35,4 litros de porta-objetos.

Vida a bordo – O interior da Rampage tem acabamento sofisticado, padrão Ram. A versão R/T, por exemplo, traz couro perfurado e suede – e com costuras vermelhas para incrementar ainda mais o visual esportivo. O ar-condicionado é sempre digital, de duas zonas, e ainda inclui saídas para os passageiros de trás. Como único opcional, para todas as versões, o Pack Elite (ambiente light, som premium Harman Kardon e banco do passageiro com ajustes elétricos).

O sistema de som, por sinal, é uma atração à parte: são 10 falantes distribuídos na cabine, sendo um deles um subwoofer de 6” localizado abaixo do banco do passageiro. O sistema é capaz de gerar 360 watts de potência. O conjunto de display tem, na soma, 22,6 polegadas: 10,3” do quadro de instrumentos totalmente digital e 12,3” do monitor da central multimídia Uconnect. Além do tamanho e da definição da tela, o sistema se destaca pelo uso intuitivo e pela quantidade de recursos, como conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay e possibilidade de parear dois smartphones ao mesmo tempo.

No console central, outro ponto alto é o RamCharger, carregador de celular por indução com saída de ar para resfriar o telefone. São 6 portas USB – sendo 3 do tipo C – estão espalhadas pela cabine, a maior quantidade entre as picapes compactas e médias oferecidas no mercado. Vale lembrar que duas dessas estão posicionadas em um porta-objetos localizado abaixo do console central.

Segurança – A lista de equipamentos de segurança é farta e inclui, por exemplo: sete airbags (frontal, lateral dianteiro, de cortina (dianteiro e traseiro) e de joelhos para motorista), controle de estabilidade, mitigação de rolagem da carroceria, comutação automática do farol alto e monitoramento da pressão dos pneus. É farto também o pacote de auxílios à condução. Entre eles, o controle de velocidade adaptativo com Stop&Go, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência e detecção de pedestres e ciclistas, monitoramento de pontos cegos, detecção de tráfego traseiro cruzado e alerta de saída de faixa com correção.

E mais

⏩Os investimentos da Stellantis na Rampage foram superiores a R$ 1,3 bilhão, do total de R$ 16 bilhões que a marca põe no Brasil entre 2018 e 2025

⏩ O projeto foi realizado por mais de 800 engenheiros e técnicos no Brasil, com mais de 1,2 milhão de horas de desenvolvimento

⏩ A Rampage é o quinto veículo a sair do Polo Stellantis de Goiana (PE), que já contabiliza cerca de 1,4 milhão de unidades produzidas

⏩ As concessionárias Ram agora poderão fazer serviços de estética veicular como lavagem técnica, higienização e cristalização – mediante uma assinatura mensal, dentro do programa Ram Care

⏩ O modelo tem 35 acessórios originais Mopar, como estribos elétricos, inéditos em picapes nacionais e produzidos no Brasil.

⏩ 3D Lab: o consumidor pode baixar desenhos gratuitos de acessórios e produzir em uma impressora 3D, para personalizar ainda a picape

As novidades da Hilux e do SW4 – A Toyota já começou a vender a linha 2024 da picape Hilux e do SUV grande SW4, ambos produzidos na Argentina. Eles vêm com uma central multimídia aprimorada, agora com tela de 9 polegadas e conectividade via Android Auto e Apple Car Play sem fios. A picape média renovou a versão mais esportiva, a GR-Sport, que mantém a versão mais potente do motor 2.8 turbodiesel que entrega 224 cv de potência e 55 kgfm de torque e tração 4×4 com reduzida. As demais configurações seguem como sempre foram: motor 2.8 turbodiesel que, com câmbio manual de seis marchas, entrega 204 cv de potência e torque de 42,8 kgfm, e com automático ganha torque de 50,9 kgfm.

Hilux – Versões e preços

GR-SPORT automáticaR$ 372.890
Conquest automáticaR$ 338.190
SRX automáticaR$ 324.490
SRV automáticaR$ 289.990
SR automáticaR$ 272.190
STD Power Pack manualR$ 242.590
Cabine simples manualR$ 226.790
Chassi cabine manualR$ 219.090

SW4 – Versões e preços

GR-SPORTR$ 436.890
DiamondR$ 423.090
SRX (7 lugares)R$ 382.790
SRX (5 lugares)R$ 376.190

Carro popular: sem locadoras – O governo federal decidiu estender por mais 15 dias o período em que somente pessoas físicas possam usar dos benefícios fiscais e tributários que permitem descontos em carros de até R$ 120 mil. A medida valia por 15 a partir da publicação da Medida Provisória (dia 5 de junho) que motivou a renúncia fiscal de até R$ 1,5 bilhão válida também para ônibus e caminhões. Com isso, sensatamente, as locadoras – que já têm benefícios exclusivos – ficarão de fora nesse período.

Em nota, a Associação Brasileira das Locadoras de Veículos (Abla) questionou a decisão do Ministério do Desenvolvimento e Indústria (MDIC) de prorrogar por mais 15 dias o prazo para que apenas as pessoas físicas comprem veículos subsidiados.  “Recebemos com surpresa, pois o setor compra em torno de 30% da produção brasileira, contribuindo com a estabilidade da indústria”, dizem os associados. A Abla pede que o incentivo se torne isonômico e não discriminatório. “Aí, sim, a medida alcançará o objetivo de ampliar a produção de automóveis deste ano, o que é fundamental para garantir a efetividade e o fomento à produção e emprego.” Na verdade, não deve sobrar veículos com esses incentivos para as locadoras. Mais de R$ 350 milhões – dos R$ 500 milhões disponíveis – já foram pedidos pelas montadoras.

Combustíveis: NE registra queda no preço – A última análise do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), apontou que a região Nordeste fechou a primeira quinzena de junho com o litro do etanol a R$ 4,51, após redução de 0,44% se comparado a maio. Já a gasolina foi vendida a R$ 5,59 o litro, após recuo de 1,06%. O diesel comum e o S-10 fecharam o período a R$ 5,18 e R$ 5,16, com redução de 4,07% e 5,32%, respectivamente. “A mudança na cobrança da alíquota do ICMS elevou o preço médio da gasolina neste fechamento de quinzena, porém algumas regiões tiveram um impacto menor em relação à alíquota”, diz Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. “Mas, se comparada ao etanol, a gasolina é economicamente mais vantajosa para o abastecimento em todo o Nordeste”, reforça ele.

Adeus, companheiro – A Webmotors, principal portal de negócios e soluções para o segmento automotivo, fez um levantamento com a Ipsos, empresa especialista em pesquisa de mercado e opinião pública, mostrando que 48% dos brasileiros que estão comprando um querem que o novo seja de uma marca diferente, enquanto 52% pretendem adquirir um carro novo da mesma marca. De acordo com o estudo, 20% dos usuários da plataforma que estão substituindo seus veículos compram carros zero quilômetro. A maioria dos respondentes já tinha um veículo usado ou seminovo e aproximadamente 40% consideram adquirir um automóvel novo. E pelo menos 44% estão dispostos a pagar, em média, R$ 78 mil pelo bem. As formas de pagamento mais citadas foram à vista e financiamento parcial via bancos tradicionais. A Honda é a que gera mais fidelização (73%), seguida pela Chevrolet e Toyota (68%), Nissan (65%) e Hyundai (63%). Em relação às carrocerias, SUVs e sedãs (47%) são as mais procuradas na plataforma. 

Cruze vai sair de linha – Depois de 12 anos, o Chevrolet Cruze vai deixar de ser vendido no Brasil até o fim do ano. E tanto a versão sedã quanto a hatch, chamada de Sport6. O modelo é fabricado (até o último trimestre de 2023) em Santa Fé, na Argentina. A América do Sul foi o último continente onde ele era produzido.

Como recorrer de uma multa – Elas podem ter um valor alto e os pontos acumulados na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) levam até a suspensão do direito de dirigir. Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Setran), o excesso de velocidade é uma das principais causas de infração no país. Roberson Alvarenga, CEO da Help Multas, rede de franquias especializada em recursos de multas de trânsito, processos de suspensão e cassação da CNH, listou algumas dicas de como resolver essa questão de maneira prática e rápida.

Seja ágil na solicitação – O acúmulo de pontos pode gerar suspensão da CNH. Por isso, quanto mais rápida a solicitação de recurso for feita, menor a chance de perder o documento, já que o prazo para reverter ou cancelar a penalidade é de até 30 dias a partir da data em que foi recebida. “As multas auto suspensivas, ou seja, aquelas que sozinhas podem tirar o direito de dirigir, também devem ser objeto de atenção por parte dos motoristas, pois independente da pontuação podem suspender o direito de dirigir de 2 a 12 meses. Por isso é importante recorrer antes que chegue ao ponto de suspensão”, aponta Roberson.

Saiba para qual órgão recorrer – É importante atentar-se ao órgão que vai recorrer. Algumas multas não são de responsabilidade do Detran. Algumas penalidades são federais e outras municipais. No caso do Distrito Federal, há tanto o DER quanto o Detran. Por isso, é necessário confirmar qual foi o órgão regulador para não se atrasar ou perder o prazo por ter encaminhado a defesa para a entidade errada.

Atenção aos documentos:

  • Carteira Nacional de Habilitação;
  • Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo digital (CRLV-e);
  • Documento de identificação pessoal do condutor ou do procurador;
  • Requerimento para Recurso de Multa;
  • Notificação da Penalidade ou multa por Infração à Legislação de Trânsito (MILT);
  • Outros documentos comprobatórios.

A partir destes listados acima, é possível dar entrada no pedido de recurso tanto pelo site do detran quanto por uma empresa especializada no assunto.

Escolha um especialista – Recorrer às multas pode ficar mais fácil com a contratação de um serviço especializado. “Um profissional garante soluções ágeis para recorrer, já que possui eficácia em elaborar uma defesa administrativa, com os documentos necessários a serem apresentados aos órgãos de trânsito. Esse auxílio de alguém que entende sobre direito de trânsito é de extrema valia, já que o conhecimento sobre as leis e os trâmites podem acelerar a solicitação do recurso”, afirma o CEO.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

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O candidato a prefeito de Quipapá, Luizinho do Posto (PT), está sendo denunciado à Justiça Eleitoral acusado de cometer crime eleitoral no domingo (15). A oposição afirma que o candidato teria transformado a comemoração do seu aniversário, na Fazenda Carolina, em ato de campanha. Ele teria contratado bandas, que se apresentaram no local, ofereceu bebida e comida aos eleitores. 

O caráter eleitoreiro do evento fere a legislação eleitoral e fundamentou a ação da coligação “Quipapá Rumo ao Futuro”, cujo candidato é o prefeito Pité, que disputa a reeleição. A denúncia destaca que é vedada a contratação de shows de artistas durante a campanha, conforme previsto no calendário oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ressalta ainda que os  showmícios também são proibidos desde 2006 e, caso o candidato descumpra a norma, a pena para a infração é a cassação da candidatura. 

Do mesmo modo, a ação observa que também não é permitida a distribuição de bebidas, comidas e lanches a eleitores em reuniões políticas, campanhas e eventos. Esta atitude pode enquadrar o candidato no crime de compra de votos ou abuso de poder. 

A festa de Luizinho do Posto foi amplamente divulgada em propaganda eleitoral e nas redes sociais de políticos aliados e apoiadores. Há, inclusive, vídeos e fotos mostrando o estoque de bebidas, palanque e cenas da comemoração. 

Pité afirma que o seu oponente feriu a legislação, atraindo eleitores para uma festa em que ofereceu comida, bebida alcoólica e promoveu showmício. “O cometimento de crimes como este é um comportamento reprovado pela população de Quipapá, que espera dos gestores o respeito às leis. A Justiça Eleitoral deve agir, punindo o candidato. Não podemos admitir infrações e desonestidades na campanha”, disse.

A candidata a prefeita de Iati, Maria Augusta, registrou um Boletim de Ocorrência após sofrer uma ameaça de violência enquanto realizava um evento porta a porta no povoado do Quati, Zona Rural do município. O episódio aconteceu quando um homem, identificado como José Emídio, se aproximou da candidata portando uma faca.

De acordo com relatos, José Emídio abordava várias pessoas presentes no evento, perguntando insistentemente quem era Maria Augusta. Quando a identificou, ele partiu em sua direção com uma faca em punho, causando grande alvoroço entre os presentes. Felizmente, ele foi contido por participantes da atividade antes que pudesse se aproximar ainda mais da candidata.

Além de estar armado, José Emídio estava com uma moto com o chassi adulterado, o que foi informado às autoridades.

Maria Augusta conseguiu deixar o local rapidamente, sendo protegida por amigos e apoiadores. Logo após o incidente, ela procurou a Polícia Militar e, em seguida, dirigiu-se à Delegacia de Polícia Civil em Garanhuns, onde formalizou o Boletim de Ocorrência.

José Emídio, que é foragido da polícia, foi preso e recolhido ao presídio de Canhotinho. O caso agora segue para investigação. O incidente gerou preocupação na equipe de campanha, que reforça a necessidade de segurança durante o período eleitoral, garantindo o direito de participação democrática.

Em razão da emergência climática, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, autorizou a abertura de crédito extraordinário ao governo federal a ser utilizado exclusivamente no combate aos incêndios florestais que assolam a Amazônia e o Pantanal e na contratação imediata de brigadistas.

A exemplo das medidas emergenciais tomadas em socorro ao Estado do Rio Grande do Sul, vítima de enchentes em maio deste ano, esse crédito extraordinário deve ficar fora da meta fiscal do governo, estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O pedido deve ser encaminhado pelo governo federal, por medida provisória, para aprovação do Congresso Nacional. A efetiva aplicação das verbas será acompanhada pelo Judiciário.

Segundo Dino, a decisão é excepcional para assegurar o cumprimento das determinações do STF feitas no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 743. A excepcionalidade decorre dos impactos econômicos, fiscais, sociais e ambientais resultantes das queimadas e das secas nos biomas Pantanal e Amazônia.

Na decisão, o ministro também permitiu a flexibilização de outras leis e normas para, ainda em caráter emergencial, eliminar barreiras que dificultam a atuação do governo federal no combate às queimadas.

Brigadistas

Ficam suspensos até o final de 2024 todos os prazos que exigem o mínimo de 90 dias para a recontratação de brigadistas para atuarem junto ao Ibama e ICMBio.

A medida flexibiliza o prazo previsto na Lei 7.957/1989, alterado pela Medida Provisória 1.239/2024. Com isso, o governo pode recontratar imediatamente pessoal, de forma temporária, para serviço na prevenção, controle e combate de incêndios florestais.

A quantidade de brigadistas e o local onde deverão atuar serão definidos pelo próprio governo, cabendo ao Judiciário o acompanhamento e a tomada de providências sobre eventuais omissões.

Funapol

A decisão determinou o uso de recursos contingenciados ou cancelados para o exercício de 2024 do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim da Polícia Federal (Funapol) disponibilizados pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.

Comunicação

Por fim, o ministro Flávio Dino estabeleceu que quaisquer entraves à tramitação dos inquéritos policiais relacionados ao descumprimento de deveres funcionais de autoridades do Ministério Público ou do Judiciário devem ser comunicados a ele, para a tomada de providências junto aos órgãos competentes.

EXCLUSIVO 

Um caso grave de apropriação indevida de recursos públicos foi descoberto pelo  Tribunal de Contas do Estado (TCE). O Governo de Pernambuco, através da FUNAPE, pagou mais de R$ 1.204.189,58 pela aposentadoria de um servidor que já estava há anos falecido. O servidor faleceu em 30 de julho de 2022, mas a FUNAPE, fundo de aposentadoria do Estado, continuou pagando o benefício. O servidor ocupava o cargo de auditor fiscal do Tesouro Estadual e tinha aposentadoria de R$ R$ 50.037,91 por mês paga pelo Estado. 

O processo já foi julgado no TCE e o resultado do julgamento, com o nome do servidor falecido, já foi publicado no Diário Oficial. Chamou a atenção durante o julgamento do TCE o fato da FUNAPE, mesmo notificada no processo, não ter apresentado resposta ao TCE. “Apesar de regularmente notificada, a Diretora Presidente da FUNAPE, Sra. Katharina Samara Lopes Florêncio, não apresentou defesa”, informou a decisão oficial do TCE, no processo. A presidente da FUNAPE, Katarina Florêncio, é cargo de confiança da governadora Raquel Lyra (PSDB).

“Após consulta ao sistema Infoseg (Registro Civil – óbito e Receita Federal) e consulta às remunerações no Portal da Transparência do Governo do Estado de Pernambuco, verificou-se que o ex servidor aposentado no Cargo de Auditor Fiscal do Tesouro Estadual, falecido em 30/07/2022, ainda continua recebendo valores referentes a sua aposentadoria mesmo após o seu falecimento”, informa o relatório oficial do TCE. A determinação do TCE, no julgamento, foi que a FUNAPE “se abstenha de realizar quaisquer pagamentos de proventos de aposentadoria ao servidor falecido”. No julgamento, após constatar que a presidente da FUNAPE não apresentou resposta sobre a irregularidade, o TCE determinou que a Controladoria Geral do Estado seja informada.

Confira o documento:

A Associação dos Servidores de Vigilância Sanitária em Pernambuco (AVISAPE) comunicou, por meio de ofício, que os servidores públicos estaduais da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (APEVISA) realizarão uma paralisação no dia 20 de setembro, às 10h. A mobilização ocorrerá na sede da APEVISA, localizada na Praça Osvaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, no Recife, e em suas 12 unidades regionais em todo o Estado.

Os servidores alegam que as tentativas de negociação com o Poder Executivo Estadual têm sido frustradas, principalmente devido à falta de propostas concretas relacionadas às reivindicações da categoria. Uma das principais questões é a regulamentação da Gratificação de Fiscalização, prevista no parágrafo 1º do artigo 8º da Lei Estadual nº 13.077, de 20 de julho de 2006. Apesar de ser um direito assegurado por lei, a gratificação nunca foi regulamentada pelos governos que passaram pelo Estado desde então.

A AVISAPE ressalta que a gratificação possui caráter compensatório, uma vez que os servidores do Grupo Ocupacional de Fiscalização Sanitária da Saúde (GOFSS/APEVISA) são impedidos de atuar em setores de saúde que estejam sob fiscalização sanitária, para evitar conflitos de interesse previstos na lei de criação da APEVISA. Essa situação reforça a necessidade de valorização remuneratória dos servidores.

A AVISAPE destacou ainda que, durante a paralisação, as demandas urgentes e inadiáveis que possam surgir serão atendidas oportunamente, a fim de não comprometer a saúde pública.

No início deste mês, o blog publicou uma denúncia sobre uma crise nos serviços públicos em Arcoverde. De acordo com informações de leitores, o município estaria enfrentando uma série de demissões de funcionários municipais e estaduais, supostamente para atender aos interesses do candidato a prefeito pelo Podemos, Zeca Cavalcanti, que conta com o apoio do atual prefeito Wellington Maciel (MDB).

Há relatos novos de que as dispensas estariam ocorrendo a pedido de Zeca, com o respaldo da governadora Raquel Lyra. Um dos casos mais críticos é o da Agência do Trabalho, que permanece inoperante três semanas após a demissão da única atendente por razões políticas. O órgão está sem funcionários, deixando a população sem acesso a serviços essenciais, como a emissão de carteiras de trabalho, habilitação de seguro-desemprego e consulta de vagas de emprego.

Com a paralisação, os cidadãos de Arcoverde são forçados a se deslocar para outras cidades para realizar esses procedimentos. Ainda conforme os relatos, Zeca Cavalcanti teria solicitado a retirada da atendente, e desde então o cargo permanece vago, aguardando uma suposta indicação política. “Zeca paralisou o órgão e não está nem aí para isso”, afirma a fonte.

O Hospital Sírio-Libanês divulgou boletim médico sobre Pablo Marçal no início da tarde desta segunda (16), logo após o candidato à Prefeitura de SP receber alta.

Ele foi hospitalizado ontem após ser agredido com uma cadeira pelo candidato do PSDB, José Luiz Datena, durante debate da TV Cultura.

Segundo o boletim médico, Marçal teve traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas.

“O paciente Pablo Henrique Marçal foi admitido no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo ontem, após traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas. Foi avaliado pelas equipes de clínica médica e de ortopedia e está de alta hospitalar”.

Do G1.

Por Aldo Paes Barreto*

O escritor russo Leon Tolstoi foi um homem notável, excepcional. No viver, no escrever e no que ensinou. Pacifista, humanista, combateu a violência em todas as frentes, fez o que pôde para melhorar o comportamento humano. Deixou obra imensa, extensa, virtuosa e atual: “Se queres ser universal, comece por pintar tua aldeia”, ensinou.

Há muitas maneiras de pintar nossa aldeia, galgar o mundo, ter a humildade de exaltar nossas origens, nosso berço. O jornalista Antônio Maria, por exemplo, usou o frevo, a mais pernambucana das nossas manifestações musicais, para enaltecer a alegria de ser recifense. Tinha orgulho daquela gente que ficou por lá.

O médico e compositor sertanejo Zé Dantas percorreu longo caminho, a partir do Pajeú, para cantar o sertão, enquanto Dominguinhos evocava a alegria da volta aos seus apegos, ao seu aconchego.

Mais práticos, alguns empreendedores voltaram às origens, irrigaram o terreno árido, exaltaram a perseverança. Determinados, um dia partiram em busca da sobrevivência, mas sempre voltaram trazendo o matulão carregado dos melhores e mais nobres exemplos. Aprenderam e ensinaram a pintar e a pescar.

O sergipano João Carlos Paes Mendonça está fazendo assim na Serra dos Machado, dos seus antepassados. Empreendedor, vencedor, plenamente realizado, volta sempre às origens para iluminar sua aldeia com as luzes do ensino, pintar o futuro dos conterrâneos com as cores do arco-íris. As cores da esperança.

O pernambucano de Taquaritinga do Norte, Severino Pereira da Silva, não apenas pintou sua aldeia, mas ergueu paredes, cobriu o teto dos mais humildes, construiu escolas, hospital e deixou uma herança de como plantar, colher, trabalhar e tornar possível a realização dos sonhos dos mais humildes.

Adolescente, Severino começou a trabalhar lá mesmo em Taquaritinga ajudando a família. Viajou, buscou outras terras e obteve o mais amplo sucesso na indústria têxtil, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Tornou-se empreendedor bem-sucedido na indústria têxtil nacional. Em 1935, comprou pequena tecelagem no Rio de Janeiro. Cresceu e não parou mais. Enfrentou a recessão mundial, a quebra da Bolsa de Nova Iorque, a debacle do algodão, as pragas e o surgimento do fio sintético.

Em todos os momentos, em cada um daqueles anos jamais deixou de voltar a Taquaritinga, rever parentes e amigos, de trazer a mala carregada de ideias e de ensinamentos. Naquela época, início dos anos 1950, o fio sintético chegava ao Brasil e dominava o mercado. A helanca liderava as vendas e as criações têxteis. Mas, tinha um problema: quando uma ponta do fio soltava, só mãos habilidosas poderiam recuperar a meada e o fio. Do contrário, a peça estava perdida.

O industrial pernambucano descobriu o ponto fraco e idealizou uma solução incentivando os conterrâneos a comprarem nas indústrias do Sul, as peças defeituosas, os retalhos, as pontas de estoque para revender nas feiras do Nordeste. Foi um sucesso. Nas feiras de Taquaritinga, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, a helanca trazida do Sul transformou-se na sulanca e deu nome às feiras. Hoje, atividade tornou-se cenário do maior polo de vendas têxteis do País.

Na cidadezinha onde nasceu “seu” Pereira tudo tem uma realização, pedaço das lembranças do benemérito.

Severino Pereira da Silva pintou, bordou sua aldeia e transformou em realidade um fio de esperança dos conterrâneos.

*Jornalista

A agressão do apresentador José Luiz Datena, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, ao adversário Pablo Marçal (PRTB), durante debate exibido ao vivo pela TV Cultura na noite de ontem (15), foi o ápice de um embate entre ambos que começou no segundo bloco, quando Marçal acusou o tucano de assédio sexual. Assista:

Do Diário do Grande ABC.

O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa recebeu, na manhã de hoje, uma homenagem do Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP) por sua contribuição financeira à instituição. Ao longo de seus mandatos, Feitosa destinou R$ 690 mil em emendas parlamentares para o hospital, recursos que foram aplicados na compra de equipamentos e insumos essenciais.

Durante a cerimônia, os dirigentes do HCP entregaram ao parlamentar uma placa detalhando os valores destinados a cada ano, desde 2019. “As emendas são uma ferramenta para ajudar na melhoria de serviços importantes para os pernambucanos. Agradeço a homenagem desta instituição e reforço a importância de cada parlamentar fazer a sua parte”, destacou Feitosa.

O parlamentar também é autor de uma lei que estabelece que 50% das emendas parlamentares em Pernambuco devem ser direcionadas para a área da saúde. Feitosa destinou mais de 80% de suas emendas para instituições de saúde, como o Hospital da Polícia Militar, Hospital Getúlio Vargas, Fundação Altino Ventura, Hospital Regional Dom Moura, e Hospital Armindo Moura, entre outros.

As emendas parlamentares são instrumentos que deputados e senadores possuem, tanto no Congresso Nacional quanto nas Assembleias Legislativas, para direcionar recursos a setores da sociedade. Cabe ao deputado indicar o valor e a instituição beneficiada, ficando a cargo do governo federal ou estadual a responsabilidade pelo repasse dos fundos.

Por Maurício Rands*

Uma das maiores secas da história e a explosão de focos de incêndios nos biomas colocaram o país literalmente em chamas. A maior catástrofe do gênero de que se tem registro. A tragédia já chegou às capitais. Da 1ª  para a 2ª semana de setembro, a alta dos focos já chegou a 41% no país e a 188% no Rio e em São Paulo. As perdas na agropecuária pelos eventos climáticos extremos já alcançam os R$ 2 bilhões em SP. A reação do governo federal e dos governos dos demais entes federados têm se revelado muito aquém do drama que aflige pessoas, empresas, animais e flora nos biomas da Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica.

Na última pesquisa do Ipec, a queda da aprovação do governo Lula foi puxada pelo crescimento da avaliação negativa sobre a gestão na área ambiental, cujos índices de “ruim ou péssima” subiram de 33% para 44% (os de “ótimo ou bom”caíram de 33% para 27%). O ministro do STF Flávio Dino prolatou a decisão, mandando o governo federal enviar mais bombeiros militares para combater as queimadas. Pode ter sido um exagero, mas foi bem recebida pela opinião pública. O governo federal precisa esclarecer o alcance da ação humana nas queimadas. Até onde os focos são causados por ações irresponsáveis de criminosos individuais e espontâneos? Os agentes que têm provocado intencionalmente os focos estão agindo concertadamente? 


Na pandemia da Covid, o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional nº 106/20, simplificando procedimentos para enfrentamento da calamidade. Talvez não seja o caso de aprovar nova emenda constitucional. Mas a decretação do estado de calamidade pública já se faz necessária. A calamidade é uma das medidas que a CF/88 prevê dentro do sistema constitucional das crises. Trata-se de uma situação anormal, provocada por desastres, causando danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidade de resposta do poder público, na definição do Decreto 7.257/2010, que regulamenta o Sistema Nacional de Defesa Civil – SINDEC.


O presidente Lula deveria, nesta crise do Brasil em chamas, exercer a competência privativa prevista no inciso XXVIII do art. 84 da CF/88, que foi introduzida pela EC nº 109/21 (“propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional). Com a iniciativa, assumiria a gravidade da crise. Aprovada pelo Congresso Nacional, a medida possibilitaria que o Poder Executivo adotasse regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações, com processos simplificados de contratação de pessoal, em caráter temporário e emergencial, e de obras, serviços e compras. A decretação do estado de calamidade reforçaria, ainda, o papel de liderança que deve ser exercido pelo Presidente da República na gestão da crise.

Não bastam as intenções e medidas genéricas que não têm implementação e efeitos imediatos. Como a anunciada intenção de criar uma Autoridade Climática ou a de treinar 70 mil recrutas para combater os incêndios. O tamanho do desastre requer medidas imediatas, que deveriam se iniciar pela decretação do estado de calamidade pública. E que poderiam ser complementadas com um rol de providências, como as seguintes: maior envolvimento do presidente Lula e da ministra Marina Silva, com pronunciamento presidencial em cadeia nacional e articulação com governadores e prefeitos; utilização dos atuais contingentes das forças armadas em ações diretas nos focos; maior envolvimento da polícia federal na investigação e punição dos responsáveis pelos incêndios criminosos; programa de envolvimento do setor privado e do terceiro setor; programa de premiação em dinheiro a quem denunciar e provar autoria de incêndios criminosos; campanha específica para esclarecer a opinião pública sobre os focos de incêndio e os cuidados a serem tomados por todos; programa de apoio às pessoas, empresas e animais atingidos pela catástrofe; solicitação de apoio estrangeiro com recursos financeiros específicos emergenciais e envio de pessoal técnico especializado em combate aos incêndios que acontecem com regularidade todos os anos na Europa (Portugal acaba de decretar estado de alerta) e nos EUA. Ficam as sugestões que poderiam atenuar o drama que hoje vivem o país, o meio-ambiente, a população, os produtores rurais e os animais.

*Advogado, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) realizou, na última sexta-feira, a inauguração de uma Casa de Justiça e Cidadania na Faculdade Vale do Pajeú, localizada no munícipio de São José do Egito, no Sertão do estado. A abertura da unidade de atuação interdisciplinar reflete o comprometimento do Poder Judiciário em promover sedes de apoio ao cidadão e à comunidade em todo o estado.

Na solenidade, o presidente em exercício do TJPE, desembargador Fausto Campos, que assumiu a Presidência em virtude de viagem do desembargador Ricardo Paes Barreto, foi recebido pelo diretor geral da Faculdade Vale do Pajeú, Cleonildo Lopes, o Painha. O gestor da faculdade destacou a importância da unidade na garantia de direitos da população de São José do Egito. “A abertura do órgão vai contribuir com toda a sociedade, promovendo cultura e dignidade e garantindo o direito à cidadania plena”, comentou o diretor.

A tarde foi marcada pelo discurso do presidente em exercício, que enfatizou os avanços do Judiciário pernambucano na promoção da cidadania por todo o estado. “Ao longo dos últimos anos temos testemunhado avanços significativos em nossa Justiça pernambucana e, hoje, vemos esse progresso se estendendo por todo o estado, essa Casa de Cidadania é a materialização de um ideal de justiça mais ágil e acessível”, afirmou o magistrado.