Picape Rampage: o que ela tem de diferente?
O universo das picapes médias ganhou um modelo que tem tudo para ser protagonista. Primeiro, pelo preço adotado; segundo, pelo pacote de tecnologia e até pela esportividade (de uma versão). A Rampage, a primeira Ram concebida e desenvolvida no Brasil, chega em três versões – uma delas, que tem visual e recursos tecnológicos extras, é capaz de fazer de 0km/h a 100km/h em 6,9 segundos e atingir 220 km/h. Esta tem motor 2.0 Hurricane 4 a gasolina de 272 cavalos. Todas têm câmbio automático de 9 marchas e tração 4×4 com reduzida.
A versão Rebel, com motor turbo diesel de 170cv, custa R$ 240 mil. A Rebel com motor Hurricane tem preço fixado em R$ 250 mil. A Laramie, com detalhes cromados e mais luxuosa, tem motor turbo diesel e vem provisoriamente com o mesmo preço. A Lariame com o 2.0 Hurricane custa R$ 260 mil. E a R/T, a esportiva, R$ 270 mil. Os preços são promocionais, segundo a marca, e podem ser ‘ajustados’ no futuro. A pré-venda começou nesta quinta-feira, 22 de junho, pelo site www.ram.com.br. Mas só chega à rede de concessionárias em agosto.
Leia maisVisual – O design é do pessoal da Stellantis América do Sul, mas as linhas imponentes das congêneres norte-americanas Ram 1500, 2500 e 3500 foram mantidas. A carroceria é toda nova e, segundo os diretores da Stellantis, foi dada uma atenção especial às proporções de todos os volumes para a carroceria ficar “musculosa”, de qualquer ângulo que se veja. A Rebel foca no visual off-road, com o uso de peças externas com acabamentos preto e grafite. A grade, em formato trapezoidal, tem desenho exclusivo. Na Laramie, predominam os acabamentos cromados e prateados em peças como grade dianteira, molduras dos vidros, capas dos retrovisores, maçanetas, logotipos, rodas e para-choque traseiro, trazendo um estilo mais tradicional.
Já na versão mais esportiva, a R/T, tradicional sigla (“Road/Track”, Estrada/Pista) é exibida com uma mescla de componentes na cor da carroceria e preto brilhante. Destaque ainda para as grandes faixas no capô e para o emblema da versão nos para-lamas traseiros e nas faces da rodas exclusivas da versão. Completa o pacote esportivo o teto pintado em preto. A Rampage tem 5.028 mm de comprimento, 1.886 mm de largura, 1.780 mm de altura e 2.994 mm de entre eixos.
Motores – O Hurricane 4 é estreante em veículos produzidos na América do Sul. Ele pode equipar as três versões, sendo que na R/T é a única motorização. São 272 cv de potência e 40 kgmf de torque gerados pelo propulsor 2 litros de quatro cilindros em linha a gasolina – o mesmo que equipa o Jeep Wrangler. De última geração, ele é todo feito de alumínio e conta com injeção direta e duplo comando variável de válvulas. Na versão R/T, faz de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos; nas demais, o desempenho ainda é impressionante: 0 a 100 km/h em 7,1 segundos e velocidade máxima de 210 km/h. A R/T, por sinal, tem escapamento duplo, que produz um som ainda mais instigante. No volante da Rebel e da Laramie há o botão Sport, que altera o visual do quadro de instrumentos digital, torna mais rápidas as respostas de acelerador e direção e programa as trocas de marchas em giros mais altos. O outro propulsor é o Multijet Turbo Diesel, 2.0, que entrega 170 cv de potência e 38,8kgfm de torque. Faz de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos e atinge até 186 km/h. Está disponível nas configurações Rebel e Laramie. Os dados de consumo não foram divulgados.
Capacidades – A Rampage tem uma estrutura composta por 86% de aços de alta e ultra-alta resistência. A suspensão é McPherson na frente e multilink atrás. A versão R/T conta ainda com molas e amortecedores mais firmes, rebaixamento de 10mm na suspensão e rodas de aro 19. Na Rebel, a aptidão para o fora-de-estrada é reforçada pelos pneus All Terrain 17 (com banda de rodagem ainda mais fora de estrada na opção a gasolina). A versão Laramie tem roda com aro de 18”. Em todas as Rampage, os freios são a disco ventilados nas quatro rodas.
O freio de estacionamento é eletrônico e tem o recurso Auto Hold, facilitando a vida do motorista em trânsito pesado. Nos aclives, há ainda o Start Assist (para partida em rampa). Também de série em todas as versões há o recurso Hill Descent Control (HDC), para descidas íngremes no off-road. A capacidade de carga é de 1.015 kg nas configurações a diesel e de 750 kg com o propulsor a gasolina. Até na cabine, sobra espaço para armazenamento: são 35,4 litros de porta-objetos.
Vida a bordo – O interior da Rampage tem acabamento sofisticado, padrão Ram. A versão R/T, por exemplo, traz couro perfurado e suede – e com costuras vermelhas para incrementar ainda mais o visual esportivo. O ar-condicionado é sempre digital, de duas zonas, e ainda inclui saídas para os passageiros de trás. Como único opcional, para todas as versões, o Pack Elite (ambiente light, som premium Harman Kardon e banco do passageiro com ajustes elétricos).
O sistema de som, por sinal, é uma atração à parte: são 10 falantes distribuídos na cabine, sendo um deles um subwoofer de 6” localizado abaixo do banco do passageiro. O sistema é capaz de gerar 360 watts de potência. O conjunto de display tem, na soma, 22,6 polegadas: 10,3” do quadro de instrumentos totalmente digital e 12,3” do monitor da central multimídia Uconnect. Além do tamanho e da definição da tela, o sistema se destaca pelo uso intuitivo e pela quantidade de recursos, como conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay e possibilidade de parear dois smartphones ao mesmo tempo.
No console central, outro ponto alto é o RamCharger, carregador de celular por indução com saída de ar para resfriar o telefone. São 6 portas USB – sendo 3 do tipo C – estão espalhadas pela cabine, a maior quantidade entre as picapes compactas e médias oferecidas no mercado. Vale lembrar que duas dessas estão posicionadas em um porta-objetos localizado abaixo do console central.
Segurança – A lista de equipamentos de segurança é farta e inclui, por exemplo: sete airbags (frontal, lateral dianteiro, de cortina (dianteiro e traseiro) e de joelhos para motorista), controle de estabilidade, mitigação de rolagem da carroceria, comutação automática do farol alto e monitoramento da pressão dos pneus. É farto também o pacote de auxílios à condução. Entre eles, o controle de velocidade adaptativo com Stop&Go, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência e detecção de pedestres e ciclistas, monitoramento de pontos cegos, detecção de tráfego traseiro cruzado e alerta de saída de faixa com correção.
E mais
⏩Os investimentos da Stellantis na Rampage foram superiores a R$ 1,3 bilhão, do total de R$ 16 bilhões que a marca põe no Brasil entre 2018 e 2025
⏩ O projeto foi realizado por mais de 800 engenheiros e técnicos no Brasil, com mais de 1,2 milhão de horas de desenvolvimento
⏩ A Rampage é o quinto veículo a sair do Polo Stellantis de Goiana (PE), que já contabiliza cerca de 1,4 milhão de unidades produzidas
⏩ As concessionárias Ram agora poderão fazer serviços de estética veicular como lavagem técnica, higienização e cristalização – mediante uma assinatura mensal, dentro do programa Ram Care
⏩ O modelo tem 35 acessórios originais Mopar, como estribos elétricos, inéditos em picapes nacionais e produzidos no Brasil.
⏩ 3D Lab: o consumidor pode baixar desenhos gratuitos de acessórios e produzir em uma impressora 3D, para personalizar ainda a picape
As novidades da Hilux e do SW4 – A Toyota já começou a vender a linha 2024 da picape Hilux e do SUV grande SW4, ambos produzidos na Argentina. Eles vêm com uma central multimídia aprimorada, agora com tela de 9 polegadas e conectividade via Android Auto e Apple Car Play sem fios. A picape média renovou a versão mais esportiva, a GR-Sport, que mantém a versão mais potente do motor 2.8 turbodiesel que entrega 224 cv de potência e 55 kgfm de torque e tração 4×4 com reduzida. As demais configurações seguem como sempre foram: motor 2.8 turbodiesel que, com câmbio manual de seis marchas, entrega 204 cv de potência e torque de 42,8 kgfm, e com automático ganha torque de 50,9 kgfm.
Hilux – Versões e preços
SW4 – Versões e preços
GR-SPORT | R$ 436.890 |
Diamond | R$ 423.090 |
SRX (7 lugares) | R$ 382.790 |
SRX (5 lugares) | R$ 376.190 |
Carro popular: sem locadoras – O governo federal decidiu estender por mais 15 dias o período em que somente pessoas físicas possam usar dos benefícios fiscais e tributários que permitem descontos em carros de até R$ 120 mil. A medida valia por 15 a partir da publicação da Medida Provisória (dia 5 de junho) que motivou a renúncia fiscal de até R$ 1,5 bilhão válida também para ônibus e caminhões. Com isso, sensatamente, as locadoras – que já têm benefícios exclusivos – ficarão de fora nesse período.
Em nota, a Associação Brasileira das Locadoras de Veículos (Abla) questionou a decisão do Ministério do Desenvolvimento e Indústria (MDIC) de prorrogar por mais 15 dias o prazo para que apenas as pessoas físicas comprem veículos subsidiados. “Recebemos com surpresa, pois o setor compra em torno de 30% da produção brasileira, contribuindo com a estabilidade da indústria”, dizem os associados. A Abla pede que o incentivo se torne isonômico e não discriminatório. “Aí, sim, a medida alcançará o objetivo de ampliar a produção de automóveis deste ano, o que é fundamental para garantir a efetividade e o fomento à produção e emprego.” Na verdade, não deve sobrar veículos com esses incentivos para as locadoras. Mais de R$ 350 milhões – dos R$ 500 milhões disponíveis – já foram pedidos pelas montadoras.
Combustíveis: NE registra queda no preço – A última análise do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), apontou que a região Nordeste fechou a primeira quinzena de junho com o litro do etanol a R$ 4,51, após redução de 0,44% se comparado a maio. Já a gasolina foi vendida a R$ 5,59 o litro, após recuo de 1,06%. O diesel comum e o S-10 fecharam o período a R$ 5,18 e R$ 5,16, com redução de 4,07% e 5,32%, respectivamente. “A mudança na cobrança da alíquota do ICMS elevou o preço médio da gasolina neste fechamento de quinzena, porém algumas regiões tiveram um impacto menor em relação à alíquota”, diz Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil. “Mas, se comparada ao etanol, a gasolina é economicamente mais vantajosa para o abastecimento em todo o Nordeste”, reforça ele.
Adeus, companheiro – A Webmotors, principal portal de negócios e soluções para o segmento automotivo, fez um levantamento com a Ipsos, empresa especialista em pesquisa de mercado e opinião pública, mostrando que 48% dos brasileiros que estão comprando um querem que o novo seja de uma marca diferente, enquanto 52% pretendem adquirir um carro novo da mesma marca. De acordo com o estudo, 20% dos usuários da plataforma que estão substituindo seus veículos compram carros zero quilômetro. A maioria dos respondentes já tinha um veículo usado ou seminovo e aproximadamente 40% consideram adquirir um automóvel novo. E pelo menos 44% estão dispostos a pagar, em média, R$ 78 mil pelo bem. As formas de pagamento mais citadas foram à vista e financiamento parcial via bancos tradicionais. A Honda é a que gera mais fidelização (73%), seguida pela Chevrolet e Toyota (68%), Nissan (65%) e Hyundai (63%). Em relação às carrocerias, SUVs e sedãs (47%) são as mais procuradas na plataforma.
Cruze vai sair de linha – Depois de 12 anos, o Chevrolet Cruze vai deixar de ser vendido no Brasil até o fim do ano. E tanto a versão sedã quanto a hatch, chamada de Sport6. O modelo é fabricado (até o último trimestre de 2023) em Santa Fé, na Argentina. A América do Sul foi o último continente onde ele era produzido.
Como recorrer de uma multa – Elas podem ter um valor alto e os pontos acumulados na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) levam até a suspensão do direito de dirigir. Segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Setran), o excesso de velocidade é uma das principais causas de infração no país. Roberson Alvarenga, CEO da Help Multas, rede de franquias especializada em recursos de multas de trânsito, processos de suspensão e cassação da CNH, listou algumas dicas de como resolver essa questão de maneira prática e rápida.
Seja ágil na solicitação – O acúmulo de pontos pode gerar suspensão da CNH. Por isso, quanto mais rápida a solicitação de recurso for feita, menor a chance de perder o documento, já que o prazo para reverter ou cancelar a penalidade é de até 30 dias a partir da data em que foi recebida. “As multas auto suspensivas, ou seja, aquelas que sozinhas podem tirar o direito de dirigir, também devem ser objeto de atenção por parte dos motoristas, pois independente da pontuação podem suspender o direito de dirigir de 2 a 12 meses. Por isso é importante recorrer antes que chegue ao ponto de suspensão”, aponta Roberson.
Saiba para qual órgão recorrer – É importante atentar-se ao órgão que vai recorrer. Algumas multas não são de responsabilidade do Detran. Algumas penalidades são federais e outras municipais. No caso do Distrito Federal, há tanto o DER quanto o Detran. Por isso, é necessário confirmar qual foi o órgão regulador para não se atrasar ou perder o prazo por ter encaminhado a defesa para a entidade errada.
Atenção aos documentos:
- Carteira Nacional de Habilitação;
- Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo digital (CRLV-e);
- Documento de identificação pessoal do condutor ou do procurador;
- Requerimento para Recurso de Multa;
- Notificação da Penalidade ou multa por Infração à Legislação de Trânsito (MILT);
- Outros documentos comprobatórios.
A partir destes listados acima, é possível dar entrada no pedido de recurso tanto pelo site do detran quanto por uma empresa especializada no assunto.
Escolha um especialista – Recorrer às multas pode ficar mais fácil com a contratação de um serviço especializado. “Um profissional garante soluções ágeis para recorrer, já que possui eficácia em elaborar uma defesa administrativa, com os documentos necessários a serem apresentados aos órgãos de trânsito. Esse auxílio de alguém que entende sobre direito de trânsito é de extrema valia, já que o conhecimento sobre as leis e os trâmites podem acelerar a solicitação do recurso”, afirma o CEO.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.
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