‘Isso é coisa absurda’, diz Celso Amorim após Israel declarar Lula persona non grata

O assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, classificou como absurda a decisão de Israel de declarar Lula “persona non grata” após o presidente comparar as mortes de palestinos em Gaza ao Holocausto.

“Isso é coisa absurda. Só aumenta o Isolamento de Israel. Lula é procurado no mundo inteiro e no momento quem é [persona] non grata é Israel”, disse Amorim ao blog da Andréia Sadi, hoje, ressaltando que se trata de uma opinião pessoal por ainda não ter falado com Lula.

Fontes disseram que o presidente está certo em criticar mortes de palestinos, mas que declaração foi ‘falta de freio’ e que “nada é comparável ao Holocausto”.

‘O que o presidente Lula fez foi ofender Israel’, diz Daniel Sousa.

Parte dos assessores considera a fala um erro do jeito que foi feita. Uma das fontes ouvidas pelo blog diz acreditar que a declaração deu munição para Israel inverter a equação e tirar a pressão sobre a operação em Gaza. “Pode anotar, agora que Lula falou, outros líderes também vão falar”, disse a fonte.

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Olha só quem aflorou no reino de Brogolândia! O cientista político The Gaule. Este ano ele desfilou, secretamente, fantasiado de Emenda Ziriguidum, do Orçamento Secreto, cujo custo foi estimado, moléstia à parte, em 47 bilhões de denários. A rafaméia brasileira paga a conta. Ziriguidum!

The Gaule foi aclamado O Rei da Brogolândia por conta de sua fantasia milionária. O baile de fantasias aconteceu na Esplanada dos Mistérios em Brasília, nas altas horas da madrugada, e depois irá se prolongar de janeiro a dezembro em todas as latitudes nacionais. A carnavália não tem hora nem dia para começar nem para terminar.

Catedrático da Universidade de Borogodovsky de La Cucuracha, o cientista The Gaule está elaborando uma tese de doutorado intitulada “As emendas secretas de Ziriguidum aprovadas pelo Congresso Nacional, são muito sérias, “Ils est très serieux”. São 47 bilhões de denários em emendas parlamentares à disposição das excelências. A carnavália das emendas poderá se prolongar de fevereiro a janeiro, o ano inteiro, sem comprovação das despesas (emendas parlamentares, 11 bilhões – emendas individuais 25 bilhões – emendas de bancadas, 11,3 bilhões). Suas excelências, as mundiças, adoram, de todas as colorações partidárias. Ziriguidum!

Ilusão de ótica imaginar que foi proclamado a República no reino da Brogolândia. O espírito das realezas e majestades está  impregnado no sangue, nas mentes e nas glândulas mamárias do reinado, principalmente nas glândulas mamárias.

Um parêntese: existem duas majestades de primeira grandeza no Reino Unido da Commonwealth: o Rei Charles III e Sir Paul McCartney. Paul é o Mozart dos séculos 20 e 21. Reina no universo das belezas sublimes. Nenhuma potestade, imperador ou soberano tem poderes para derrotar essas belezas eternas e sublimes.

Há mais realezas, príncipes e princesas no reino de Brogolândia do que supõe a filosofia da rafameia. As comilanças funcionam na base do rodízio, assim feito nas casas de pasto de rodízio de churrasco e picanha. O bem-aventurado Brás Cubas imaginou a disputa de um paiol de batatas. O poder é um paiol de batatas que se disputa. Ao vencedor, as batatas, sentenciou.

O Reino da Brogolândia vem de guerras em nome da pacificação nacional. A guerra do Paraguay, da Tríplice Aliança – Brazil, Argentina e Uruguay – aconteceu em nome da pacificação na América do Sul. Nos tempos coloniais das Entradas e Bandeiras, os bandeirantes e exploradores incursionavam pelos grotões em busca de ouro, pedras preciosas e, principalmente, para capturar índios e nativos e transformá-los em escravos nas lavouras paulistas. Rebeldes eram torturados ou assassinados.

Esses tempos de servidão estão na seiva e no sangue de nossa formação histórica e cultural e ainda hoje produzem frutos e flores malévolas.

Na Guerra de Canudos (em 1896-1897) os briosos soldados sangraram 5 mil jagunços famintos a bem dos ideais republicanos. Considerado um conspirador monarquista o messiânico Conselheiro foi decapitado assim feito no passado Tiradentes foi enforcado. O “homem cordial brasileiro” só existiu na cabeça do sociólogo Buarque. Ziriguidum!

*Periodista, escritor e quase poeta 

Em nota, o empresário João Carlos Paes Mendonça lamentou profundamente a morte do empresário Abílio Diniz, de quem foi próximo, inclusive do pai Valentim dos Santos Diniz. Para JCPM, Abílio foi um guerreiro. Leia!

“Lamento profundamente o falecimento de Abílio Diniz. Perdemos um guerreiro. Meu relacionamento com a família Santos Diniz começou ainda com o pai, o comendador Valentim dos Santos Diniz. Com Abílio, nossa convivência se firmou por atuarmos durante anos no mesmo setor, o de supermercados, e essa convivência no mesmo mercado fazia com que acompanhássemos as realizações e evoluções mutuamente.

A determinação e foco de Abílio eram admiráveis e foram suas marcas na consolidação do Pão de Açúcar. Outro destaque é sua contribuição para a formação da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em um período de muita complexidade para o setor, onde formos companheiros na atuação, assim como no Conselho Monetário Nacional. O Brasil perde um dos seus maiores empresários”.

João Carlos Paes Mendonça – presidente do grupo JCPM

A reaproximação de Armando

Embora tenha trocado o PSDB pelo Podemos, ocupando espaço na mídia estadual, o ex-senador Armando Monteiro não saiu da toca, certamente pelo desapontamento com a governadora Raquel Lyra (PSDB), de quem esperava mais reciprocidade, em razão do apoio efetivo e decisivo que deu na campanha, e provavelmente também frustrado pela falta de eficiência administrativa dela à frente da máquina estadual.

Com a chegada oficial do Podemos ao Governo, ocupando a Secretaria de Agricultura a partir de hoje, Armando começa uma nova fase na relação com a tucana. Cícero Moraes, o novo secretário da pasta, é muito próximo a ele, estava secretário em Ipojuca, cumprindo missão delegada pelo Podemos, e chega ao primeiro escalão estadual carimbado pelas digitais do ex-senador.

Armando foi peça fundamental para Raquel chegar ao poder. Na verdade, fez de tudo para ela entrar no jogo, primeiro quando a convenceu a se filiar ao PSDB, depois quando a promoveu a presidenta estadual da legenda, e mais em seguida quando fez a cabeça dela para renunciar à Prefeitura de Caruaru e assumir a condição de candidata ao Governo.

Entusiasmado, o ex-senador deu a régua e o compasso a Raquel. Andou o Estado inteiro com ela, a aproximou da direção nacional tucana, do PIB nacional e garantiu a sua logística de campanha. Na composição do secretariado, entretanto, a governadora não aceitou uma sugestão de Armando para tocar a pasta de Desenvolvimento Econômico.

Chateado, Armando não foi à posse de Raquel, preferindo traçar um bacalhau regado a um bom vinho em Portugal. Na volta, isolou-se, não deu pitacos sobre a gestão e, recentemente, fez um gesto interpretado como estica corda, quando trocou o PSDB, partido da governadora, pelo Podemos, do seu amigo Ricardo Teobaldo, que não emplacou a reeleição para Câmara dos Deputados.

Muitas vezes com as decepções, frustrações e as pedras que aparecem no caminhar da vida, os políticos vão se tornando também pessoas mais maduras. Armando não parece exceção, mas regra.

Soma zero – Raquel tem inovado também na forma de atrair aliados e dividir o poder sem reciprocidade. Da mesma forma que o PSD, a quem entregou a Secretaria de Cultura, o Podemos não tem uma só alma viva que o represente na Assembleia Legislativa. Difícil entender essa geografia política da governadora se o parâmetro for o PP. Com oito deputados na Alepe, a maior base do Governo, a legenda não está representada no primeiro escalão estadual.

Vem pra Caixa você também! – Se Eduardo Campos criou o modismo de recrutar do Tribunal de Contas do Estado quadros para a equipe, a governadora Raquel Lyra fez ao contrário: sua fonte inesgotável é a Caixa Econômica Federal. Anunciado formalmente e empossado hoje na Secretaria de Agricultura, Cícero de Moraes, como outros auxiliares da tucana, fez carreira na CEF. Raquel só falta copiar o slogan do banco: “Vem pra Caixa você também”.

Espaço do MDB – Depois do Podemos, a expectativa na base do Governo de Raquel se dá em torno da pasta que ela entregará ao MDB, consolidando, assim, mais um partido na sua aliança com vistas à reeleição, em 2026. Na última quarta-feira, ela teve uma conversa com o senador Fernando Dueire, principal liderança emedebista no Estado, que esteve acompanhado de Jarbas Filho, estrela solitária do MDB na Alepe.

O jogo de Raquel – Enquanto abre espaços para o Podemos e o MDB, a governadora estende a mão amiga para outras legendas que a vivem chaleirando para tomar assento oficial, como é o caso do PSD, liderado no Estado pelo ministro da Pesca, André de Paula. Há pouco, indicou o primo André Teixeira Filho, diretor da Adepe, para a secretaria-geral do PSD. Vai reeditando a velha política do olho no padre e outro na missa.

Pedras e pedregulhos – Dois nomes no MDB são especulados para o secretariado de Raquel: Jarbas Filho, deputado estadual, e o ex-deputado federal Raul Henry. Se for o primeiro, a governadora vai abrir uma vaga para o PSB na Alepe, o que parece descartado. Quanto a Henry, este não tem o aval do senador Fernando Dueire. A estrada da vida com pedras e pedregulhos os distanciaram e a reconciliação parece letra morta.

CURTAS

CANDIDATÍSSIMO – Aos que acham que o líder do Governo Raquel na Alepe, Izaías Régis (PSDB), não vai ter disposição para disputar a Prefeitura de Garanhuns mais uma vez, um aviso em bom tempo: Iza, como é tratado carinhosamente, é candidatíssimo.

DIVISÃO EM SÃO JOSÉ – Em São José do Egito, primeiro município que teve pesquisa do Opinião com este blog, na qual Augusto Valadares (UB) aparece na dianteira, as oposições estão com dificuldade de construírem a unidade. O ex-deputado José Marcos (Avante) é o que mais agrega, mas o empresário Fredson Brito (PV) não abre mão da disputa.

RESOLVEU ENTRAR– Em Sertânia, a candidata da oposição será mesmo a empresária Pollyana Abreu, até então indecisa, com apoio do atual vice-prefeito Antônio Almeida, o Toinho (PSB), que rompeu com o prefeito Ângelo Ferreira (PSB).

Perguntar não ofende: Os bolsonaristas vão atender a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro para o ato do próximo domingo?