Brasil elege número recorde de mulheres e negros para a Câmara dos Deputados

O Brasil elegeu um número recorde de mulheres e negros (homens e mulheres) para a Câmara dos Deputados nas eleições de ontem. A partir de 2023, quando os novos escolhidos assumirem os mandatos, a Câmara terá 91 deputadas federais e 135 parlamentares negros – pardos ou pretos, segundo a denominação do IBGE.

Será a maior representação da história, em ambos os casos. A cada grupo de seis parlamentares, em média, uma será mulher. Um em cada quatro deputados federais será negro. Em ambos os casos, a representação segue bem abaixo da proporção verificada na população. O Brasil tem 56,1% de habitantes autodeclarados pardos e pretos, e 52,8% de mulheres.

Os dados de 2022 representam um crescimento de 18% em relação às 77 deputadas federais eleitas em 2018, e de 9% em relação aos 124 deputados e deputadas de cor preta e parda escolhidos há quatro anos. O número de 135 parlamentares negros é composto por 108 deputados autodeclarados pardos e 27 declarados pretos.

Cruzando as duas listas, a quantidade de mulheres negras na Câmara dos Deputados vai mais que dobrar em quatro anos. Foram 29 eleitas em 2022, contra 13 em 2018. O número de homens negros recuou de 111 para 106 na mesma comparação.

Distribuição por partido

A distribuição dos candidatos negros pelos partidos segue, em certa medida, a lógica das bancadas totais. O PL, que terá a maior bancada na Câmara, elegeu 25 negros e negras este ano.

Em seguida, vêm o Republicanos (20 parlamentares negros), o União Brasil e o PT (16, cada). A bancada feminina, por sua vez, terá maioria do PT (18 deputadas), seguida pelo PL (17). Juntos, os partidos concentram quase 40% das mulheres eleitas.

Amarelos e indígenas

A Câmara também registrou aumento na quantidade de deputados eleitos que se declaram “amarelos” – o termo do IBGE para quem tem ascendência asiática – e indígenas.

Em 2018, apenas a indígena Joênia Wapichana (Rede-RR) tinha sido eleita. Ela não conseguiu a reeleição, mas a Câmara terá cinco outros indígenas com mandato:

  • Célia Xakriabá (PSOL-MG)
  • Juliana Cardoso (PT-SP)
  • Paulo Guedes (PT-MG)
  • Silvia Waiãpi (PL-AP)
  • Sônia Guajajara (PSOL-SP)

Os três eleitos amarelos são homens: Kim Kataguiri (União-SP), Luiz Nishimori (PSD-PR) e Pedro Aihara (Patriota-MG). Os dois primeiros da lista foram reeleitos – e, em 2018, eram os únicos autodeclarados amarelos.

Mulheres trans

Pela primeira vez, a Câmara dos Deputados contará com duas mulheres trans entre os 513 deputados federais:

  • Erika Hilton (PSOL-SP), eleita com 256.903 votos; e
  • Duda Salabert (PDT-MG), eleita com 208.332 votos.

O candidato à presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, publicou em suas redes sociais que ligou para João Lyra Neto, pai de Raquel Lyra, para prestar condolências pelo falecimento de Fernando Lucena, esposo da candidata ao governo. Raquel tem recebido a solidariedade de lideranças políticas de todo o País.

Eleito deputado estadual com 66.842 votos válidos, o ex-prefeito de Orobó por dois mandatos, Cleber Chaparral (UB), declarou o seu apoio à candidata ao Governo de Pernambuco pelo PSDB, Raquel Lyra. Em vídeo enviado ao blog com o pronunciamento do parlamentar eleito, Chaparral justificou sua decisão como um seguimento ao apoio declarado pelo ex-prefeito de Petrolina e candidato ao Governo pelo UB, Miguel Coelho, à candidata tucana.

O ex-procurador da operação Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos) declarou apoio à candidatura de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em vídeo publicado nas redes sociais horas após os resultados do 1º turno, Dallagnol citou os fatores que motivaram a decisão. “Agora vou fazer oposição à candidatura do Lula ou ao seu governo por sete razões: mensalão, petrolão, aumento da violência, saque às estatais, defesa da censura, apoio a ditaduras e a maior crise econômica da história. No segundo turno meu voto vai ser em Bolsonaro, contra Lula e o PT. Nós precisamos unir o centro e a direita no Congresso em torno do combate à corrupção”, afirmou o ex-procurador.

Deltan Dallagnol foi eleito deputado federal pelo Paraná ontem com 344 mil votos – o mais votado do estado para o cargo. O registro de candidatura dele, entretanto, continua pendente de julgamento, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além dele, outros dois candidatos também aguardam deferimento ou indeferimento.

Pesam contra o registro dele pelo menos duas ações de impugnação, protocoladas pela Federação Brasil da Esperança e comissão provisória do Partido da Mobilização Nacional do Paraná (PMN).

Conforme determinação da Lei das Eleições, os deferimentos e indeferimentos de candidaturas devem ocorrer até 20 dias antes do pleito. No Paraná, entretanto, o TRE-PR prorrogou este prazo de julgamento frente ao alto número de processos.

Um dia após o primeiro turno da eleição, o presidente da República e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, convocou o ex-ministro Gilson Machado Neto, o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa e o deputado federal eleito Coronel Meira para uma reunião em Brasília. A pauta da reunião foi o segundo turno das eleições em Pernambuco.

“Neste segundo turno, vamos trabalhar para reeleger nosso presidente para dar continuidade as mudanças em nossa Nação. Para isso, contamos com o apoio e união de nossa população, para que afastemos de vez a perigosa ameaça de Lula voltar à cena do crime. PT, nunca mais”, afirmou o Coronel Meira.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ligou, há pouco, para o ex-governador João Lyra Neto, pai da tucana Raquel Lyra, candidata que disputará o segundo turno em Pernambuco contra Marília Arraes, do Solidariedade. Na ligação, Bolsonaro lamentou a morte de Fernando Lucena, esposo de Raquel, ontem, dia da eleição, vítima de um infarto fulminante.

O telefonema de Bolsonaro a João Lyra foi assistido presencialmente pelo ex-ministro Gilson Machado Neto, que está em Brasília para uma reunião com o presidente.

O resultado das urnas, em Petrolina, valida o trabalho realizado pelo grupo político que atua na gestão do município. Hoje, o prefeito Simão Durando, que foi articulador e coordenador da campanha no Sertão, avaliou o pleito e agradeceu a confiança de todos os petrolinenses que elegeu, de forma majoritária, o deputado federal Fernando Filho, o estadual Antonio Coelho e, mesmo não disputando o segundo turno, deu a maior votação para governador, ao ex-prefeito Miguel Coelho com mais de 127 mil votos na sua cidade.

O deputado federal Fernando Filho foi reeleito para o quinto mandato com 155.305 votos. Somente em Petrolina, seu berço político, o deputado conquistou 51.765 votos. Já o deputado estadual, Antonio Coelho, foi reeleito através da confiança de mais de 90 mil pernambucanos. Desse total, 42.636 foram da Capital do Sertão.

O gestor petrolinense, que trabalhou de forma incansável desde a pré-campanha, sem se descuidar da administração municipal, para eleger seus candidatos comemorou os resultados que irá garantir mais avanços para Petrolina.

“Nada resiste ao trabalho e à fé! Temos superado a tudo com muita dedicação e coragem! E foi uma linda vitória dos nossos deputados e meus irmãos Fernando Filho e Antonio Coelho. A nossa cidade reconheceu o trabalho desses dois homens, filhos da terra, que são exemplos de força, pois têm a resistência do povo do Sertão. É a garantia que Petrolina vai avançar cada vez mais”, destacou.

Simão Durando ainda parabenizou o candidato o ex-prefeito Miguel Coelho que concorreu para governador do estado. “Petrolina elegeu o seu governador quando deu a Miguel mais de 73% dos votos na cidade. Na vida de quem é sertanejo tudo é conseguido com muita garra e perseverança, e é isso que celebramos. A luta vai continuar. Foram mais de 800 mil votos que acreditaram no projeto e capacidade de Miguel. Com atitude e esperança ele construiu uma linda caminhada até aqui. Portanto, a palavra aqui é gratidão a todo o povo de Petrolina que reconheceu nas urnas o trabalho construído com muito amor e dedicação. Obrigada, Petrolina! Vamos seguir na labuta porque aqui a gente sabe que nada resiste ao trabalho”, concluiu.

O ex-ministro e deputado federal eleito pelo UB, Mendonça Filho, declarou apoio à candidatura de Raquel Lyra (PSDB) para governadora de Pernambuco neste segundo turno. Mendonça agradeceu os mais de 76 mil votos de confiança que recebeu e declarou que agora o foco é eleger Raquel e garantir um novo rumo para nosso estado. “Foi uma campanha muito difícil, mas Pernambuco deu o recado de que quer mudança. E nosso grupo político está junto de Raquel”, declarou.

Mendonça conversou, hoje, com os prefeitos de Belo Jardim, Gilvandro Filho, Bezerros, Lucielle Laurentino, e de Cupira, Jose Maria Leite, sobre o apoio do grupo. O prefeito de Vertentes, Romero Leal, apoiou Raquel Lyra no primeiro turno. Mendonça apoiou a candidatura do ex-prefeito Miguel Coelho no primeiro turno, um jovem competente, preparado e com compromisso de mudança.

Mendonça Filho prestou solidariedade à Raquel que perdeu o esposo Fernando Lucena, vítima de infarto nesse domingo. “O momento é de dor, que Deus conforte Raquel e seus filhos”, destacou Mendonça lembrando que estará a postos para atuar no que for preciso para garantir que Raquel vença a eleição.

Segundo Mendonça, a primeira vitória a oposição já teve: tirar o PSB do poder no Governo do Estado. “Um momento histórico que mostra o desejo de mudança. O nosso foco agora é eleger Raquel e garantir a mudança que Pernambuco precisa”, afirmou.

Devido à quantidade de acessos, o site da Cebraspe apresentou instabilidade na data de hoje, dificultando o acesso dos interessados em realizar inscrição. Por este motivo, as inscrições do Concurso Público INSS 01/2022 serão prorrogadas até às 23h59 de amanhã (04/10). A retificação do edital com a alteração do prazo de inscrição será publicada no Diário Oficial desta terça-feira (04/10).

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou, em entrevista à CNN, hoje, que seu objetivo é combater o PT no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

“Meu grande objetivo é combater o PT. Tenho obrigação de combater um governo que já causou danos enormes”, ressaltou Zema. “Nós sabemos que no passado o PT em Minas Gerais foi uma grande tragédia”, completou.

“Estarei ao lado do presidente Jair Bolsonaro [PL] evitando que o desastre do passado se repita”, destacou. Segundo Zema, o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “teve uma série de fatores e coincidências que o favoreceram”.

Questionado sobre embates entre Bolsonaro e outros Poderes, Zema pontuou que o mandatário “exagera na eloquência”, mas não tomou “nenhuma ação [antidemocrática] concreta”.