Vereador é expulso do PSB após declarar apoio à Marília

Depois de passar 12 anos defendendo o grupo político do PSB em Salgueiro, o vereador Bruno Marreca foi expulso do partido após declarar, na última quarta (13), apoio à Marília Arraes, do Solidariedade, ao Governo de Pernambuco.

A sua carta de expulsão, contudo, já estava pronta um dia antes dele oficializar o apoio à neta de Arraes, data do dia 12. Fontes seguras de dentro do partido relataram ao Blog Sertão Central que líderes do PSB já estavam desconfiados de que o vereador poderia seguir outro caminho e, por represália, já teriam mandado preparar a carta de expulsão com antecedência.

Ainda segundo o Blog Sertão Central, o presidente do PSB de Salgueiro, Marcelo Sá, afirmou que não sabia que essa decisão havia sido tomada pelo diretório estadual do partido e que o mesmo não foi consultado.

Em contato com o Blog Sertão Central, o vereador Bruno Marreca, um dos parlamentares mais atuantes do município, disse que nunca iria contra seus princípios e que sua luta é por melhores condições para o povo sertanejo.  Ele lamentou a decisão do partido, que milita e defende desde 2012, mas que não apoiaria um candidato que não acredita ser bom para o Estado e, principalmente, para o Sertão.

Bruno afirmou, ainda, que continua apoiando o grupo liderado pelo prefeito Dr. Marcones Sá até acreditar que esse grupo possa fazer o melhor pela cidade. “Quando não acreditar mais, deixarei o partido. Estou firme e forte para construir um Salgueiro e um Sertão melhor para todos”, disse.

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Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Emmanuel Macron, da França, devem debater em encontro, hoje, assuntos em que os dois países discordam no campo da política internacional, como o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Os chefes de Estado de Brasil e França se encontrarão no Palácio do Planalto, em Brasília, no terceiro dia de viagem pelo país do presidente francês, após Macron passar por Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.

As dificuldades para concluir acordo entre o Mercosul e a União Europeia – negociado há mais de 20 anos, e travado por falta de consenso com países como a França – deverão ser uma das principais pautas no encontro entre os dois presidentes.

Interlocutores do governo francês ressaltam que Macron deverá explicar, pessoalmente, qual a posição da França – as razões e as motivações pelas quais não concorda com o texto atual. “Haverá explicações, mas nada de negociação”, dizem.

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

Série governadores: Eduardo Henrique Accioly Campos

Capítulo 21

Neto de Miguel Arraes, Eduardo Campos (PSB) chegou ao Governo de Pernambuco em 2007 transformando-se num verdadeiro “azarão” da campanha em 2006, que começou polarizada entre o governador Mendonça Filho (DEM), que disputava a reeleição, e o ex-ministro Humberto Costa (PT). “Azarão” porque quase não pontuava nas pesquisas, depois de transformar um “limão numa limonada” sua passagem no Ministério da Ciência e Tecnologia, pasta extremamente técnica e sem expressão.

Sabido, visionário e obstinado, Eduardo tentou combinar a herança eleitoral deixada pelo avô com a imagem de amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apoiado nesses dois pilares, fez um guia eleitoral inteligente, ganhou aderência e soube explorar o vácuo aberto no campo da oposição depois do enfraquecimento de Humberto Costa, acusado em plena campanha como um dos principais responsáveis pelo escândalo apelidado de “Máfia dos vampiros”.

Foi resultado de uma operação da Polícia Federal dois anos antes, em 2004, quando Humberto era ministro da Saúde. Segundo se apurou, uma organização criminosa formada por três empresas, criada em 1998, fazia acordos para garantir a divisão do mercado de hemoderivados, envolvendo empresários com funcionários do Ministério da Saúde e parlamentares. O escândalo feriu de morte a candidatura de Humberto, abrindo a porteira para o crescimento inesperado da alternativa Eduardo Campos.

No primeiro turno, o presidente Lula manifestou apoio para os dois candidatos que serviram ao seu Governo – Humberto e Eduardo. Tal posicionamento foi encarado pelos críticos políticos como uma estratégia dos partidos de esquerda para quebrar a hegemonia do ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que apoiava a reeleição de Mendonça Filho (PFL), governador que assumiu o poder após Jarbas renunciar em abril de 2006, para disputar uma vaga de senador, visando a levar as eleições estaduais para o segundo turno.

Eduardo Campos iniciou a campanha eleitoral, de acordo com as pesquisas eleitorais, na terceira colocação. Mas a coligação que apoiava Mendonça Filho utilizou extensivamente denúncias de corrupção que pesavam sob Humberto. Os aliados de Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos acreditavam que os votos dos potenciais eleitores de Humberto poderiam migrar naturalmente para Mendonça.

Afirmavam que, mesmo as eleições sendo levadas para um segundo turno, o candidato Eduardo Campos seria um alvo mais fácil para ser atacado na campanha por causa do seu envolvimento, como secretário da Fazenda, nas operações dos precatórios no último governo de Miguel Arraes. Não contavam que Eduardo e o governo do avô fossem inocentados sobre o caso na justiça, em última instância.

No segundo turno, Humberto Costa, que saiu da campanha do primeiro turno na terceira colocação, manifestou de imediato apoio a Eduardo Campos. O candidato do PSB conseguiu aglutinar em seu palanque quase todas as forças sociais e partidos opositores a Mendonça Filho e Jarbas Vasconcelos. Mendonça Filho, o mais votado no primeiro turno, murchou no segundo turno, a ponto de, abertas as urnas, Eduardo abrir uma frente de mais de 1 milhão de votos. Teve 2.623.297 votos contra 1.390.273 de Mendonça, 65,36% e 34,64% dos votos válidos, respectivamente.

Eduardo, entretanto, não puxou o seu candidato a senador, Luciano Siqueira, do PCdoB, derrotado por Jarbas Vasconcelos, que teve mais de dois milhões de votos, 56,13% dos votos válidos contra 23,1% de Siqueira. Na chegada ao poder, o principal mote do Governo de Eduardo foi a segurança pública. Criou o Pacto pela Vida, programa que reduziu o número de homicídios no Estado, apresentando uma queda de 39,10% desde o seu início.

Além disso, 88 municípios pernambucanos chegaram a uma taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) menor que a média nacional, que é de 27,1 por 100 mil habitantes. A redução também ocorreu com crimes como roubos e furtos. Entre 2007 e 2013, houve uma diminuição de 30,3% neste tipo de delito no Estado. Obstinado, Eduardo criou um sistema de monitoramento do seu governo, dando ênfase ao Pacto pela Vida, programa premiado pela ONU – Organização Das Nações Unidas.

Reeleito em 2010, Eduardo derrotou Jarbas Vasconcelos por mais de 1 milhão de votos, repetindo a façanha na primeira disputa contra Mendonça. Na primeira gestão, além do Pacto pela Vida, referência internacional de sucesso, teve o apoio decisivo do presidente Lula para projetos e obras estruturadoras, como a ferrovia Transnordestina, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, a fábrica de hemoderivados Hemobrás e a recuperação da BR-101, contribuindo para aumentar a sua popularidade.

Durante a sua gestão, Eduardo também colocou as contas públicas na internet com o Portal da Transparência do Estado, considerado pela ONG Transparência Brasil o segundo melhor do País, entre os vinte e seis estados da federação e o Distrito Federal. Pernambuco cresceu acima da média nacional (3,5% em 2009) e os investimentos foram de mais de R$ 2,4 bilhões em 2009, contra média histórica de R$ 600 milhões/ano. A administração foi premiada pelo Movimento Brasil Competitivo.

Nascido no Recife em 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos entrou na faculdade aos 16 anos e formou-se aos 20 como aluno laureado e orador da turma. Começou sua militância política ainda na universidade, como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Economia, em 1985. Em 1986, trocou a possibilidade de um mestrado nos EUA pela participação na campanha que levou Miguel Arraes de volta ao Palácio das Princesas, tornando-se chefe de gabinete, janela aberta para a sua vida pública de extraordinário sucesso.

Na reeleição em 2010, humilhou Jarbas com uma frente superior a 2 milhões de votos – Na disputa pela reeleição em 2010, Eduardo Campos, ao esmagar Jarbas Vasconcelos nas urnas por uma diferença superior a dois milhões de votos, se vingou da derrota histórica sofrida pelo seu avô Miguel Arraes na eleição de 1998, vencida pelo mesmo Jarbas por uma diferença de mais de 1 milhão de votos. Cravou a vitória mais elástica do País. Nunca se viu uma eleição tão festejada. O governador deve ao avô o início da sua carreira política. Ele ocupou cargos de confiança quando Arraes governou Pernambuco (1987-1990 e 1995-1998). Eduardo teve o apoio do presidente Lula, de quem foi ministro da Ciência e Tecnologia até 2005. Em sua campanha, destacou as obras federais, como a refinaria e o estaleiro erguidos no complexo portuário de Suape. Durante a campanha, Eduardo, embalado por uma alta popularidade, prometeu preservar os projetos de sucesso de seu primeiro governo, construiu uma ampla base de apoio (contando inclusive com membros do PSDB, partido não alinhado ao PSB) e associou fortemente sua imagem à do presidente Lula. Seu prestígio, porém, foi atacado diversas vezes pelos adversários durante a disputa. Jarbas, por exemplo, criticou o pessebista por sua atuação durante as enchentes que castigaram Pernambuco em meados do ano, matando dezenas de pessoas e deixando milhares de desabrigados (Eduardo, na época, virou notícia por não haver equipado o Estado com radares capazes de prever grandes tempestades). Também acusou o rival de, quando governador, haver realizado repasses estaduais a prefeitos em troca de apoio político – o que o socialista negou. Com a vitória tranquila nas urnas, o pessebista foi apontado como um dos novos grandes líderes da esquerda no país.

Três novos grandes hospitais, uma revolução nunca vista na área de saúde – Além do bem-sucedido Pacto Pela Vida, Eduardo Campos cumpriu outra grande promessa de campanha: a construção de três grandes hospitais de alta complexidade e reformou os que já existiam. O Miguel Arraes, em Paulista, inaugurado em 15 de dezembro de 2009, foi o primeiro grande hospital de trauma construído na Região Metropolitana do Recife, oferecendo serviços de emergência 24 horas em traumato-ortopedia, clínica médica e cirurgia geral. No ano seguinte, no dia primeiro de julho, foi inaugurado o Hospital Dom Helder, no Cabo de Santo Agostinho, com serviços de clínica médica, cardiologia clínica e cirúrgica e traumato-ortopedia. Um ano depois, em 8 de dezembro, foi entregue o Hospital Pelópidas Silveira, na Zona Oeste do Recife, o primeiro do SUS a oferecer assistência médica nas especialidades de neurologia, neurocirurgia e cardiologia. Fez ainda 14 Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e 13 escolas técnicas em todas as regiões do Estado. A administração de Eduardo Campos foi reconhecida como uma das mais eficazes do País e premiada pelo “Movimento Brasil Competitivo”. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano. Em 2010, por duas vezes ocupou o primeiro lugar no Ranking de Governadores do Instituto Datafolha de Pesquisas, chegando ao índice de 80% de aprovação entre os pernambucanos.

Campanhas majoritárias começaram com uma derrota para prefeito do Recife – A trajetória de Eduardo Campos teve espinhos na largada. Em 1992, disputou na primeira eleição majoritária que disputou, para Prefeitura do Recife, teve um desempenho pífio, ficando em quinto lugar, atrás, respectivamente, de Jarbas Vasconcelos, Humberto Costa, André de Paula e Newton Carneiro. Em 1994, foi eleito deputado federal com 133 mil votos, mas pediu licença do cargo para integrar o Governo de Miguel Arraes, assumindo a Secretaria da Fazenda, ficando no cargo de 1995 a 1998. Neste último ano, voltou a disputar um novo mandato de deputado federal e atingiu o número recorde de 173. 657 votos, a maior votação no Estado. Em 2002, pela terceira vez no Congresso Nacional, ganhou destaque e reconhecimento como articulador do governo Lula nas reformas da Previdência e Tributária. Por três anos consecutivos, esteve na lista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) entre os cem parlamentares mais influentes do Congresso. No decorrer de sua vida pública no Congresso Nacional, participou de várias CPIs, como a de Roubo de Cargas e a do Futebol Brasileiro (Nike/CBF). Nesta última, atuou como sub-relator, onde denunciou o tráfico de crianças brasileiras para o exterior, fato que teve ampla repercussão na imprensa nacional e internacional. Como deputado federal, Eduardo foi ainda presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural Brasileiro, criada por sua iniciativa em 13 de junho de 2000. A Frente teve natureza suprapartidária e representou, em toda a história do Brasil, a primeira intervenção do Parlamento Nacional no setor. Eduardo também foi autor de vários projetos de lei, entre eles, o que prevê um diferencial no FPM para as cidades brasileiras que possuam acervo tombado pelo IPHAN; o do uso dos recursos do FGTS para pagamento de curso superior do trabalhador e seus dependentes; o que tipifica o sequestro-relâmpago como crime no código penal; e o da Responsabilidade Social, que exige do Governo a publicação do mapa de exclusão social, afirmando seu compromisso com os mais carentes.

Absolvido pelo Supremo no Escândalo dos Precatórios – Na Secretaria da Fazenda, Eduardo levou o avô Miguel Arraes a se envolver no Escândalo dos Precatórios, esquema de fraudes com títulos públicos que provocou prejuízos de R$ 3 bilhões aos cofres públicos em Pernambuco e outros Estados, como São Paulo e Santa Catarina. Só em Pernambuco, o rombo foi da ordem de R$ 480 milhões. A CPI dos Precatórios descobriu que Eduardo assinou documentos que permitiram o golpe financeiro e constatou que, como secretário, tinha conhecimento de toda a operação, permitindo o negócio lesivo ao Estado. A papelada descreve como foi criada a fraude em Pernambuco e depois exportada a outros estados com a ajuda do deputado federal Paulo Maluf (PP). O esquema aproveitou uma brecha de uma Emenda Constitucional de 1993. Ela abriu uma exceção para a emissão de títulos destinados ao pagamento das dívidas resultantes de sentenças judiciais. O esquema começava com a emissão de títulos públicos em valores muito acima das dívidas reais. O segundo passo era vender esses papéis supervalorizados com grandes descontos a um banco privado. O terceiro passo era combinar com laranjas a negociação sucessiva dos títulos. Eles realizavam compras e vendas no mesmo dia (operações conhecidas como day trade) a preços crescentes. Isso permitia ganhos imediatos aos participantes, pois quem comprava revendia a um valor maior seguinte da cadeia. Bastava a esse último comprador pagar pelo título menos do que o governo pagaria ao saldar a dívida para ter lucro também. Na negociação dos títulos públicos de Pernambuco, os lucros foram para os doleiros. Como secretário da Fazenda, Eduardo emitiu, entre junho e novembro de 1996, R$ 480 milhões em títulos estaduais. O objetivo alegado era que o governo pernambucano precisava captar dinheiro no mercado para os débitos pendentes. O Banco Vetor foi o primeiro a comprar os títulos, com descontos de quase 50%. A escolha desse banco foi feita sem licitação, sob o argumento da notória especialização. A CPI quebrou o sigilo bancário, fiscal e telefônico de diretores de 24 empresas, cinco bancos e 18 distribuidoras e corretoras. Em dezembro de 2009, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) condenou Eduardo e diretores das corretoras ao crime de infração grave e eles foram proibidos de exercer cargos de direção na administração de instituições fiscalizadas pelo Banco Central como os bancos públicos e privados. Em 2003, no entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou as denúncias do Ministério Público Federal que responsabilizavam Eduardo Campos e Miguel Arraes no Escândalo dos Precatórios. O parlamentar foi absolvido e não há possibilidade de recurso. No entendimento do STF, a denúncia não apresentou dados suficientes para concluir pela participação do acusado nos crimes apontados no inquérito do Ministério Público.

Antes de morrer numa queda de avião, pondo fim ao sonho de virar presidente, a frase que se eternizou: “Não vamos desistir do Brasil” – Em 2013, já de olho na Presidência da República, animado com a performance de governador mais popular do País, Eduardo anunciou o rompimento com o Governo Dilma, saindo da base aliada junto com seus correligionários, orientando-os a entregarem os cargos de confiança nos vários escalões. Um ano antes, havia testado a sua força, elegendo Geraldo Júlio prefeito do Recife, o que representou o fim da era do PT na gestão municipal da capital, que havia começado por João Paulo em 2001.Geraldo derrotou João da Costa, que havia sido eleito por João Paulo, sem, no entanto, ter o seu apoio por causa do rompimento antes mesmo da posse de Costa. No mesmo período, Eduardo se aproximou do antigo adversário Jarbas Vasconcelos e ampliou o leque de alianças com partidos da centro-direita. Entre os motivos do rompimento com Dilma, Eduardo apontou a manutenção da aliança do governo com setores políticos tradicionais, entre os quais com o PMDB, mesmo estando na esfera estadual aliado a Jarbas e de outras forças de centro-direita como o PP (Partido Progressista). Aproximou-se de Marina Silva, a quem convenceu para ser vice na sua chapa ao Planalto, anunciada em abril de 2014. A partir daí, começou a percorrer o País. Convidado a dar uma entrevista ao vivo na bancada do jornal nacional, da TV-Globo, teve um desempenho além da expectativa, deixando uma frase que se perpetuou: “Não vamos desistir do Brasil”. Não sabia Eduardo que seria a última entrevista em vida. A aeronave que decolou com ele e mais cinco pessoas no dia seguinte, saindo do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, em Guarujá, no litoral de São Paulo, arremeteu devido ao mau tempo e, pouco tempo depois, perdeu o contato com o controle de tráfego aéreo, vindo a cair. No acidente, um dia após Eduardo completar 49 anos de idade, também morreram o fotógrafo Alexandre Severo e Silva; o jornalista Carlos Augusto Leal Filho, o Percol, assessor de Imprensa; o deputado federal Pedro Valadares Neto, do PSB de Sergipe; o cinegrafista Marcelo de Oliveira Lyra, e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins. Terminava, de forma trágica, o sonho de Eduardo chegar à Presidência da República.

CURTAS

PASSAGEM EXITOSA PELO MINISTÉRIO DE LULA – Em 2004, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Eduardo Campos assumiu o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), tornando-se o mais jovem dos ministros nomeados. Em sua gestão, reelaborou o planejamento estratégico, revisou o programa espacial brasileiro e o programa nuclear, atualizando a atuação do órgão de modo a assegurar os interesses do País no contexto global. Em abril do mesmo ano, foi admitido por Lula à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial. Como ministro, também tomou iniciativas que repercutiram internacionalmente, como a articulação e aprovação do programa de biossegurança, que permite a utilização de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa e de transgênicos. Também conseguiu unanimidade no Congresso para aprovar a Lei de Inovação Tecnológica, resultando no marco regulatório entre empresas, universidades e instituições de pesquisa. Outra ação importante à frente da pasta foi a criação da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, considerada a maior olimpíada de matemática do mundo em número de participantes.

OS LAÇOS COM O PSB E A FAMÍLIA – Como o avô Miguel Arraes, Eduardo assumiu a presidência nacional do PSB no ano de 2005. Em 2006, licenciou-se da presidência do partido para concorrer ao Governo de Pernambuco, pela Frente Popular. Em 2011, foi reeleito presidente do partido, com mandato até 2014. Foi reconduzido ao cargo por aclamação e sem concorrentes. Eduardo se formou em ciências econômicas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 1986. Foi colega de turma do então estudante piauiense Firmino Filho, que mais tarde se tornaria prefeito de Teresina. Casou-se com a também economista e auditora do Tribunal de Contas de Pernambuco Renata de Andrade Lima, com quem teve cinco filhos: Maria Eduarda, João Campos, Pedro Henrique, José Henrique e Miguel, o caçula, nascido no dia 28 de janeiro de 2014, com síndrome de Down. Em fevereiro de 2022, sua filha, Maria Eduarda, deu à luz ao primeiro neto. O nome escolhido para a criança foi Eduardo Andrade Lima Campos Alencar. O menino também é neto, pelo lado paterno, do ex-deputado federal Tadeu Alencar.

AMANHÃ TEM PAULO CÂMARA – A série prossegue amanhã trazendo o perfil de Paulo Câmara, que governou o Estado também por dois mandatos, de 2015 a 2023.

Perguntar não ofende: Bolsonaro será preso?

Toca Jabô

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste, em até cinco dias, sobre a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à embaixada da Hungria, após a retenção dos seus passaportes no inquérito do golpe. Qualquer decisão no caso, como a imposição de medidas cautelares complementares, só será tomada após o parecer da PGR.

A defesa do ex-presidente disse mais cedo, em manifestação ao STF, que a visita foi uma “agenda política” e que não havia motivo para Bolsonaro articular uma fuga porque, àquela altura, sua prisão preventiva era “improvável”. Os advogados argumentaram que, se fosse mandar prender Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes não teria mandado recolher seus passaportes. As informações são do portal Estadão.

A visita de Bolsonaro à Embaixada da Hungria foi revelada pelo jornal americano The New York Times, o que levantou suspeitas da Polícia Federal. A PF decidiu investigar se o ex-presidente tentou articular uma manobra diplomática para evitar ser preso no inquérito que apura a tentativa de golpe. Os policiais federais querem saber, por exemplo, se a visita à embaixada tem relação com algum pedido de asilo político, o que a defesa nega.

Especialistas avaliam que o ex-presidente pode ser preso preventivamente na investigação se ficar comprovado que ele tentou se antecipar a um eventual mandado de prisão, o que poderia configurar uma tentativa de impedir a aplicação da lei penal. As embaixadas têm o status de território diplomático, o que significa que qualquer decisão judicial, inclusive do STF, precisa de autorização do país que representam para ser cumprida nos limites do prédio.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, recebeu, hoje, o deputado federal pernambucano Luciano Bivar (UB), autor do projeto de lei que cria um ambiente positivo para quem trabalha com seguradoras de imóveis no Brasil. O projeto, sancionado hoje pelo presidente Lula (PT), traz garantias legais tanto para a seguradora quanto para o adquirente de imóveis, dando ao consumidor o direito de ser reparado ou indenizado.

Segundo Bivar, a lei desestimula a indústria de ações de escritórios clandestinos de advocacia, que aproveitavam a falta de uma legislação específica para espoliar o mercado no Brasil. Confira o registro do encontro.

Ipojuca - Minha rua top

A Justiça do Distrito Federal recebeu uma denúncia apresentada pelo Ministério Público e tornou réus Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e outras cinco pessoas acusadas de praticar os crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. A decisão da 5ª Vara Criminal é de segunda-feira (25).

A partir da intimação dos réus, eles terão 10 dias para apresentar sua defesa por escrito. A ação penal decorre de uma investigação da Polícia Civil do DF, que indiciou Jair Renan em fevereiro deste ano. No âmbito dessa investigação, ele chegou a ser alvo de uma operação de busca e apreensão, em agosto do ano passado. As informações são do portal G1.

A denúncia do Ministério Público acusa o filho do ex-presidente e outros réus, incluindo o seu ex-instrutor de tiros Maciel Alves de Carvalho, de forjar uma declaração de faturamento de uma empresa de Jair Renan, a RB Eventos e Mídia, com o objetivo de dar lastro a empréstimos bancários que chegaram a R$ 291 mil, entre 2022 e 2023.

O valor não foi pago e o banco cobrou Jair Renan judicialmente. Em fevereiro deste ano, a Justiça determinou que ele pagasse ao banco a dívida, que estava em R$ 360 mil. O grupo de Jair Renan teria falsificado um documento que atestava falsamente que a empresa dele havia faturado R$ 4,6 milhões no período de um ano, o que configurou, segundo o Ministério Público, o crime de falsidade ideológica.

Ainda de acordo com o MP, esse documento com dados falsos foi apresentado ao banco para a abertura de uma conta, usada posteriormente para a obtenção de três empréstimos, configurando o crime de uso de documento falso. O MP afirmou também que, “no período compreendido entre novembro de 2020 e julho de 2023”, Jair Renan, Maciel Alves e outros acusados “ocultaram ou dissimularam a natureza, origem, movimentação ou propriedade de bens, direitos e valores de origem criminosa, proveniente, direta ou indiretamente, da prática de crimes de falsidade ideológica, estelionato e falsificação de documentos públicos e particulares”.

Os réus teriam criado um “laranja”, uma pessoa que não existe chamada Antônio Amâncio Alves Mandarrari, para ocultar valores obtidos de forma ilegal, incluindo os recursos provenientes dos supostos empréstimos fraudulentos. Essa pessoa fictícia “abriu” empresas para movimentar o dinheiro. “No segundo empréstimo fraudulento, realizado no dia 8 de março de 2023, no valor de R$ 250.669,65, ainda sob responsabilidade legal do denunciado Jair Renan, quase R$ 60 mil foram usados para pagamento de própria fatura de cartão de crédito da pessoa jurídica RB Eventos e Mídia [empresa de Jair Renan]. E, no dia 13 de abril de 2023, é realizado um crédito de R$ 18.700 para a empresa ‘fantasma’ Mandarrari Clínica de Estética”, afirmou o MP.

O advogado de Maciel Alves, Pedrinho Villard, afirmou em nota que “acredita na inocência de Maciel e provará no curso processual”.

Camaragibe Agora é Led

Por Aldo Paes Barreto*

Estudiosos da criminologia classificam admiradores de bandidos famosos como portadores de uma patologia: a Síndrome de Bonnie and Clyde. É uma alusão ao casal norte-americano que colocou em polvorosa os habitantes os estados de Kansas e do Texas, em meados da década de 1930, cometendo vários assassinatos e incontáveis assaltos. 

Na mesma época e a milhares de quilômetros dali outro casal – Lampião e Maria Bonita –, aterrorizavam os Sertões nordestino brasileiros com as mais cruéis perversidades, os crimes mais hediondos.

Quase cem anos depois, os dois casais de bandidos continuam sendo admirados, enaltecidos e popularizados como heróis ou revolucionários.

Em qualquer página do Código Penal Brasileiro o famigerado Lampião seria enquadrado e condenado. Cruel, sanguinário, impiedoso, latrocina, assaltante, ladrão de cavalo, de gado, Lampião matou, roubou, chantageou, fez reféns, torturou, estuprou, decapitou, emasculou, profanou suas vítimas.

À frente do bando de criminosos durante mais de 20 anos, Lampião atacou pequenas fazendas, cidades pobres e passou o conto do vigário no Padrinho Cícero Romão. Quando o padre Cícero convenceu o governo a se associar ao bando do cangaceiro para combater a Coluna Prestes, Lampião recebeu a patente de Capitão, dinheiro e armas. Embolsou tudo e conhecendo cada pedaço da região, prudentemente evitou a Coluna.

Os dois grupos nunca se enfrentaram. 

Sua companheira, durante noves anos e por vontade própria, Maria Gomes de Oliveira, Maria Bonita, o seguiu nesses crimes. Seria a primeira mulher a integrar um bando de cangaceiros. Esse foi o grande mérito dela.

Há relatos críveis de que ela participou de tortura e morte de mulheres julgadas aos olhos dos bandidos como infiéis. Nem um nem outro, tiveram qualquer piedade com as vítimas.

Maria Bonita era filha de um coiteiro e foi obrigada a casar aos 16 anos, com um sujeito que a maltratava e era alcoólatra. É mais razoável dizer que ela entrou para o bando criminoso mais por fuga do que por adesão.

Ao lado de Lampião, gostava de exibir joias valiosas e usar perfumes caros, produtos de roubos, de latrocínios. A imagem mais correta é a de que era, no mínimo, comparsa, conivente com os mais brutais crimes dos companheiros. Maria de Déa ou Maria Bonita heroína, líder feminista, não cabe nesse papel.

Mesmo assim, a visão fantasiosa continua. Não é incomum. Toda nação tem seu bandido de estimação. E, no Brasil, temos muitos. Para todos os gostos.

*Jornalista

Citi Hoteis

A Prefeitura do Brejo da Madre de Deus iniciou, ontem, a distribuição de peixes, beneficiando as famílias atendidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Devido ao extenso território do município, a distribuição precisou ser realizada em dois dias. Começou ontem, quando mais de 9 toneladas foram distribuídas na Quadra do Terrão, em Brejo Sede, no CRAS do distrito Fazenda Nova e na Quadra do Colégio Santa Maria, no distrito São Domingos.

Já hoje, a distribuição dos peixes foi concluída no distrito Barra de Farias, no sítio Brejinho, no sítio Paridas e em vários sítios da zona brejeira, totalizando mais de 11 toneladas de peixes distribuídas. O trabalho foi realizado pela Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Mulher.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

O presidente do Solidariedade no Jaboatão dos Guararapes, Maurício Bezerra, disse, hoje, que o partido se encontra prestes a concluir as tratativas para oficializar o apoio à pré-candidatura de Elias Gomes (PT) ao Executivo Municipal. A declaração foi observada com entusiasmo pelo ex-prefeito e principal nome de oposição ao grupo dos Ferreiras, hoje representado na cidade por Mano Medeiros (PL).

Elias ressaltou que esse entendimento é resultado de uma construção iniciada ainda em 2023 junto a uma ampla frente progressista-democrática que tem dialogado e apresentado propostas em uníssono na busca por reverter o atual quadro de instabilidade socioeconômica no qual se encontra o município.

Ainda de acordo com o pré-candidato da federação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB), bem como os demais partidos aliados, o Solidariedade vai ter papel fundamental não apenas na campanha, mas, também, na formatação do plano de governo, que irá contar com a contribuição da vice-presidente nacional da legenda, a ex-deputada federal Marília Arraes.

“Marília construiu uma trajetória política de destaque não apenas em Pernambuco, mas em todo o Brasil. Exerceu um grande mandato na Câmara dos Deputados e, nas eleições de 2022, obteve quase 115 mil votos na cidade do Jaboatão dos Guararapes. É com muito entusiasmo que essa ampla frente partidária que temos construído recebe a sinalização de que o Solidariedade irá caminhar ao nosso lado”, disse Elias.

Caruaru - Geracao de emprego
Belo Jardim - Patrulha noturna

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), disse, hoje, que atenderá à solicitação do presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), para mobilizar a base do governo no Senado, de modo a buscar consenso em torno da aprovação rápida do projeto de lei Combustível do Futuro, proposto pelo governo, e que foi aprovado por 429 votos pela Câmara dos Deputados. Alceu fez o pedido ao abrir seminário organizado pela FPBio, em Brasília, voltado a avaliar e a debater os reflexos do setor de biodiesel na industrialização e no desenvolvimento do interior do país.

A mensagem do parlamentar da FPBio também foi direcionada a outros dois ministros presentes: Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura), além do representante do ministro Renan Filho (Transportes), Adrualdo Catão, secretário nacional de Trânsito, que, com os deputados Alceu Moreira e Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), compuseram a mesa de abertura do seminário “Construindo o Futuro – Biodiesel e Desenvolvimento Sustentável nos Municípios”, no Ministério dos Transportes.

Alceu disse que após as extensas discussões entre as partes interessadas no PL Combustível do Futuro, quando da tramitação na Câmara, “o projeto pode ser aprovado pelo Senado de forma rápida, sem alterações”. Eventuais aprimoramentos, disse, poderão ser feitos posteriormente. Alckmin comentou que “tem razão o nosso presidente da Frente (Alceu Moreira), vamos acelerar agora no Senado (a tramitação do projeto) e aprovar rapidamente, aliás, a Câmara está de parabéns, é um belíssimo projeto aprovado em tempo recorde. Agora é aprovar rapidamente no Senado, o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) sancionar e trazermos investimentos para o Brasil e gerarmos emprego e renda”.

Vitória Reconstrução da Praça

Cumprindo uma de suas missões, que é fomentar a inovação e o empreendedorismo no meio acadêmico, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife firmou um Acordo de Cooperação com a Federação das Empresas Juniores de Pernambuco (Fejepe). O objetivo é criar oportunidades para o fortalecimento e desenvolvimento das Empresas Juniores, estimulando que, ainda na universidade, os alunos desenvolvam o interesse e se capacitem na arte de empreender.

Caberá à Secretaria a concepção e implementação de iniciativas e projetos relativos ao empreendedorismo e inovação desenvolvidos para as instituições de ensino e, ainda, promover a interlocução da Fejepe com atores do ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação da cidade do Recife. Essa interlocução tem como propósito posicionar o Movimento Empresa Júnior recifense como um protagonista dessas bandeiras.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Rafael Figueiredo, apoiar iniciativas de jovens acadêmicos é primordial para o processo de transformação social que o Recife vivencia. “Estamos focados em, por meio da tecnologia e da inovação, promover ambientes de negócios que gerem emprego e renda. Neste contexto, apoiar os jovens universitários no propósito de empreender é ainda mais gratificante”, ressalta Rafael.

O deputado federal Renildo Calheiros (PcdoB) declarou o seu apoio ao pré-candidato à Prefeitura de Palmares pelo PT, Felipe de Chiquinho. Neto do ex-prefeito Chiquinho, Felipe se consolida como uma alternativa à esquerda para gerenciar os destinos do município.