STF decide que mudanças na lei de improbidade não retroagem para condenações definitivas

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o novo texto da Lei de Improbidade Administrativa (LIA – Lei 8.429/1992), com as alterações inseridas pela Lei 14.230/2021, não pode ser aplicado a casos não intencionais (culposos) nos quais houve condenações definitivas e processos em fase de execução das penas.

O Tribunal também entendeu que o novo regime prescricional previsto na lei não é retroativo e que os prazos passam a contar a partir de 26/10/2021, data de publicação da norma.

Prevaleceu o entendimento do relator, ministro Alexandre de Moraes, de que a LIA está no âmbito do direito administrativo sancionador, e não do direito penal. Portanto, a nova norma, mesmo sendo mais benéfica para o réu, não retroage nesses casos.

Os ministros entenderam que a nova lei somente se aplica a atos culposos praticados na vigência da norma anterior se a ação ainda não tiver decisão definitiva.

Segundo a decisão, tomada no julgamento do Recurso ​Extraordinário com Agravo (ARE) 843989, como o texto anterior que não considerava a vontade do agente para os atos de improbidade foi expressamente revogado, não é possível a continuidade da ação em andamento por esses atos. A maioria destacou, porém, que o juiz deve analisar caso a caso se houve dolo (intenção) do agente antes de encerrar o processo.

Direito civil

Primeira a votar nesta tarde, a ministra Rosa Weber entende que a lei não pode ser aplicada a atos ocorridos antes de sua vigência. Ela considera que a retroação da lei mais benéfica ao réu, prevista na Constituição Federal (artigo 5º, inciso XL), deve ter interpretação restritiva apenas ao direito penal, não alcançando o direito administrativo sancionador.

Da mesma forma, a ministra Cármen Lúcia considera que a Lei de Improbidade Administrativa está no campo do direito civil, o que impede sua retroatividade.

O presidente do STF, ministro Luiz Fux, também considera que a lei tem natureza civil e, dessa forma, não pode retroagir para afetar situações com trânsito em julgado. Contudo, como os atos não intencionais (culposos) deixaram de ser tipificados como improbidade administrativa, o novo texto deve ser aplicado nas ações em curso quando a lei entrou em vigor, pois não configuram mais ilicitude.

Equiparação ao direito penal

O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, considera que as normas no campo do direito administrativo sancionador são equiparadas às normas penais. Por essa característica, que a lei mais benéfica deve retroagir para alcançar atos ocorridos antes de sua vigência, mesmo quando houver trânsito em julgado.

Também para o ministro Gilmar Mendes, a semelhança entre os sistemas de persecução de ilícitos administrativos e criminais permite a retroatividade da lei. Segundo ele, a retroação da lei mais benéfica é direito do réu e não pode ser interpretado restritivamente.

Caso concreto

No caso concreto, por unanimidade, o colegiado reconheceu a prescrição e restabeleceu sentença que absolvera uma procuradora em uma ação civil pública na qual o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) buscava o ressarcimento de prejuízos supostamente ocorridos em razão de sua atuação. A procuradora atuou entre 1994 e 1999, e a ação foi proposta em 2006, quando a prescrição prevista na lei era de cinco anos.

Teses

As teses de repercussão geral fixadas foram as seguintes:

1) É necessária a comprovação de responsabilidade subjetiva para a tipificação dos atos de improbidade administrativa, exigindo-se nos artigos 9º, 10 e 11 da LIA a presença do elemento subjetivo dolo;

2) A norma benéfica da Lei 14.230/2021 revogação da modalidade culposa do ato de improbidade administrativa, é irretroativa, em virtude do artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, não tendo incidência em relação à eficácia da coisa julgada; nem tampouco durante o processo de execução das penas e seus incidentes;

3) A nova Lei 14.230/2021 aplica-se aos atos de improbidade administrativa culposos praticados na vigência do texto anterior, porém sem condenação transitada em julgado, em virtude da revogação expressa do tipo culposo, devendo o juízo competente analisar eventual dolo por parte do agente.

4) O novo regime prescricional previsto na Lei 14.230/2021 é irretroativo, aplicando-se os novos marcos temporais a partir da publicação da lei.

Veja outras postagens

O deputado federal Eduardo da Fonte (PP) solicitou diretamente o auxílio do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no enfrentamento à violência nos estádios de futebol no Brasil e em Pernambuco, através do ofício 050/2024.  “É fundamental a interferência do ministro da Justiça em um tema tão importante na vida de todos os brasileiros. Quando a violência nos estádios mexe no direito de ir e vir do cidadão, é imprescindível a interferência, o acompanhamento e as providências do Ministério da Justiça”, argumentou. 

A seu ver, abordar a violência entre torcedores de futebol requer ações coordenadas de diferentes partes interessadas, diante da sua complexidade. “Não existe uma solução única e definitiva para esse caos no futebol. Um bom caminho é copiar o que deu certo em outros países, a exemplo do modelo inglês da liga dos campeões”, destacou.

O deputado ressaltou que as entidades responsáveis pela organização das competições, os clubes, as autoridades governamentais e os torcedores têm de atuar de forma coordenada, dentro de sua respectiva área de atuação. Com este objetivo, reuniu-se com os mais renomados jornalistas e cronistas da imprensa esportiva de Pernambuco na segunda (15).

Antes, no dia 4 deste mês, defendeu de maneira afirmativa a renúncia do presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, no posto há quase 15 anos.

Conforme amplamente divulgado na imprensa, a atual gestão da FPF acumula escândalos e denúncias de corrupção. “A renúncia dele é a sobrevivência do futebol pernambucano”, reiterou.

De acordo com o deputado, o atual presidente da FPF transformou a federação em um cabide de emprego. “O escritório da sua esposa, Rosineide Castro Barros de Carvalho, advoga para a CBF e fica no mesmo prédio da federação, na Boa Vista. O filho é advogado da FPF. Essa gestão temerária é que provocou a falência do futebol pernambucano é o que cria a intolerância do torcedor”, frisou. “Vamos seguir avançando nessa luta, enquanto aguardamos o posicionamento firme do ministro da Justiça”, salientou.

Toca Jabô

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Vídeo que circula em grupos de WhatsApp, na manhã de hoje, mostra uma senhora, identificada como Irmã Luzinete, em frente ao bloqueio armado por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em Santa Maria da Boa Vista. Nas imagens, ela afirma que o bloqueio, que também se estende a outras cidades da região, é pela reabertura do Incra em Petrolina, fechado na época do Governo do ex-presidente Bolsonaro e não reaberto até o momento pela gestão Lula.

Por conta do protesto, nenhum morador consegue ir à Petrolina, o que gera transtorno para os moradores que precisam se dirigir ao município em busca de atendimento médico, inclusive cirúrgico, além de casos de pessoas que estavam com perícia agendada há 50 dias no INSS, e terminaram sendo impedidos de passar pelo bloqueio. Confira o vídeo com o registro.

Paulista - No ZAP

O deputado estadual Romero Sales Filho promoveu reunião dos pré-candidatos a prefeito de Itapetim, Anderson Lopes (PSDB), e de Afogados da Ingazeira, Danilo Simões (PSD), com a governadora Raquel Lyra e o secretário da Casa Civil, Tulio Vilaça. O encontro aconteceu ontem, no Palácio do Campo das Princesas. As lideranças falaram sobre os desafios enfrentados nos dois municípios e os caminhos de mudança para melhorar a vida da população. Romero Filho destacou que a mudança em algumas gestões municipais é um caminho natural no processo de reconstrução que o Estado passando.

Jaboatão - Toca Jabô

Participei, ontem, da abertura da etapa Cariri do Cangaço, em Afogados da Ingazeira, berço da minha nascença, onde corri, há pouco, meus 8 km diários num clima bem gostoso, em razão das fortes chuvas que caíram ontem.

O evento é uma promoção da Prefeitura de Afogados, através da Secretaria de Cultura, comandada pelo meu irmão Augusto Martins. Na ocasião, meu pai Gastão Cerquinha recebeu uma homenagem in memorian pelos três livros que escreveu sobre personagens renomados do município.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Ofensiva ao Abril Vermelho

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Batizado de “Abril Vermelho”, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra deu início, nesta semana, a uma série de invasões por todo o Brasil. Com o lema “Ocupar o Brasil para Alimentar”, o MST realizou, da última segunda-feira até ontem, 24 ocupações de terra em 11 Estados.

Na visão do movimento, as ocupações de terra enfatizam a importância da Reforma Agrária como alternativa urgente e necessária para a produção de alimentos saudáveis no Brasil, tendo como foco a erradicação da fome no campo e na cidade, garantindo o desenvolvimento do país, no contexto agrário, social, econômico e político.

“Lutamos, porque 105 mil famílias estão acampadas e exigimos que o Governo Federal cumpra o artigo 184 da Constituição Federal, desaproprie latifúndios improdutivos e democratize o acesso à terra, assentando todos e todas que querem trabalhar e produzir alimentos para o povo”, afirma o documento, publicado no site do movimento, na segunda.

Em represália à ofensiva do MST no “Abril Vermelho”, para alegria dos deputados que integram a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a Câmara tratou logo de aprovar, na terça passada, o regime de urgência do projeto de lei de autoria do deputado Luciano Zucco (PL). Foram 293 favoráveis à urgência contra 111 contrários.

O texto estabelece sanções administrativas e restrições aplicadas aos ocupantes e invasores de propriedades rurais e urbanas. Pelo regime de urgência, o projeto vai direto para votação em plenário, antes de passar pelas comissões.

PL anti-invasões – Conhecido como PL anti-invasões, a aprovação da retirada do regime de urgência foi bastante comemorada por deputados da FPA, a exemplo do deputado gaúcho Marcel Van Hattem (Novo). “Quem invade terra não poderá ocupar cargo público, receber auxílio e benefícios ou participar de programas de assistência social. Quem invade é criminoso e assim deve ser tratado!”, escreveu o deputado Marcel Van Hattem (Novo) em seu perfil no Instagram.

Defesa ao MST – Na Alepe, a deputada Rosa Amorim (PT) defendeu as ações do MST durante o “Abril Vermelho”, pois, para ela, o intuito do movimento é o de democratizar o acesso à terra no Brasil. A parlamentar, inclusive, aproveitou o momento para cobrar mais celeridade do Governo Lula na realização da reforma agrária e a ampliação dos programas sociais voltados para os camponeses.

Visão liberal – Já Renato Antunes (PL), criticou o movimento e defendeu proposta nacional que visa penalizar ocupantes e invasores de propriedades rurais. “A reforma agrária precisa ser tratada com muita responsabilidade, e não da forma como alguns querem, simplesmente invadindo e fazendo a política deles, sem foro adequado. Existe a lei e existe a Constituição”, externou.

Fala ofensiva – Para João Paulo, a fala de Antunes é ofensiva a um movimento que vem produzindo com qualidade e cujas mobilizações têm tido papel importante na promoção da reforma agrária no País. “Porque se for para esperar que a reforma agrária venha sem luta, ela nunca viria. Os avanços que temos é graças à resistência do proletariado sem-terra e sem chão, que muitas vezes é assassinado pelas milícias em defesa de um pedaço de terra para ter direito à vida e ao seu alimento”, ressaltou o petista.

Fim das faixas salariais – Em seu tempo no plenário, ontem, o deputado Joel da Harpa protestou contra a rejeição, na Comissão de Finanças, do relatório de Diogo Moraes (PSB) ao projeto pelo fim das faixas salariais dos militares. Segundo o parlamentar, o colegiado perdeu a oportunidade de fazer justiça com a categoria e de promover a valorização dos policiais e bombeiros. “Sinto tristeza em ver um relatório tão bem-produzido, com tanta coerência, combinado com as entidades representativas, rejeitado na Comissão de Finanças. Mas a esperança é a última que morre”, pontuou.

CURTAS

BARRICADA – Em meio às invasões do MST por todo o Brasil, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), tratou logo de afirmar que a segurança pública do estado está fortemente mobilizada para impedir o trânsito de pessoas que integram o MST. “Estamos com força de segurança e inteligência, vamos bloquear ônibus que estão indo para invasão”, alertou.

SÃO PAULO – Na mesma linha de Caiado, em resposta às invasões do MST por todo o Brasil, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que não vai permitir ações desse tipo em solo paulista. “Não vamos permitir invasões em São Paulo e temos sido rápidos nessas desmobilizações”, disse.

PROGRAMA – Durante uma série de invasões do MST pelo Brasil, o presidente Lula tentou fazer um afago aos ativistas do MST. Lançou, na segunda-feira, um decreto que institui o Terra da Gente, que tem como foco destinar terras ociosas à reforma agrária. A estimativa do governo é de que, até 2026, 295 mil famílias agricultoras sejam beneficiadas pelo programa.

Perguntar não ofende: O Terra da Gente será suficiente para reduzir as invasões programadas pelo MST para este mês?

Ipojuca - Minha rua top

O prefeito do município de Água Preta, Noé Magalhães (PSB), deve retomar o comando da Prefeitura após um período de quase oito meses afastado de suas funções na chefia do Executivo municipal. O retorno ocorre após um período de investigações sobre alegações de irregularidades administrativas na sua gestão.

“Minha prioridade é retomar os projetos que estavam em andamento, com novas iniciativas que beneficiem todos os cidadãos de Água Preta”, afirmou o prefeito em sua primeira coletiva de imprensa após a reintegração. Noé foi preso e afastado do cargo em setembro de 2023, durante uma operação da Polícia Federal, que investigava crimes de corrupção, desvio de dinheiro público, agiotagem e lavagem de dinheiro atribuídos a agentes públicos, servidores, empresários e particulares.

Caruaru - Geracao de emprego

A etapa do Cariri Cangaço, movimento de resgate e valorização da cultura envolvendo a vasta e controversa história de Lampião, começou, há pouco, em Afogados da Ingazeira, a 386 km do Recife, com todos os ritmos das danças do bando do Rei do Cangaço, com destaque para o xaxado.

Promovido pela Prefeitura Municipal, o evento lotou o cine-teatro São José, no centro da cidade. O grupo dançante veio de Solidão, menor município da região. O Cariri Cangaço vai se prolongar até o próximo domingo, com palestras, lançamentos de livros e visitas as localidades onde nasceram alguns personagens do Cangaço, como o bandoleiro Antônio Silvino, em Afogados da Ingazeira.

O Cangaço foi um importante fenômeno histórico-social que marcou a história do Nordeste, no final do século XIX e primeiras décadas do século XX. Em reconhecimento à sua importância, o projeto Cariri Cangaço reúne historiadores, estudiosos e pesquisadores com o objetivo de divulgar, estudar, pesquisar e debater esse importante período de nossa história.

A chegada do empreendimento ao Alto Pajeú significa o reconhecimento de todo o Brasil à força da memória, história e tradição de Afogados da Ingazeira, como também de toda região, uma vez que será em consórcio com as cidades de Carnaíba, Ingazeira e Iguaracy.

Camaragibe Agora é Led
Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Em entrevista hoje, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou a atuação da Sudene na democratização do acesso ao microcrédito. “No Nordeste, diferentemente do Norte, da Amazônia e do Centro-Oeste, o microcrédito (através do FNE) funciona há muito, girando com mais aplicabilidade na distribuição de renda na região”, afirmou ao programa Bom Dia, Ministro.

O FNE, um dos principais instrumentos de ação da Sudene, tem como prioridade o financiamento para os mini, micro e pequenos empreendedores. Essa é uma decisão do Conselho Deliberativo da Autarquia. Para 2024, há um incremento de 10% do financiamento para esses empreendimentos de portes prioritários, o que representa um total de R$ 23,5 bilhões. Este valor corresponde a 62,2% dos recursos previstos para o FNE 2024, que é operado pelo Banco do Nordeste.

“Nós temos no Nordeste, por exemplo, o Crediamigo, Agroamigo, que tem abrangência urbana e rural. No Norte, nunca foi feito o microcrédito pelo FNO, assim como na região central do país, nunca foi feito o microcrédito pelo FCO. O dinheiro deste fundo, no Centro-Oeste, ia para cinco, dez empresas”, comparou Waldez Góes. O ministro enfatizou que é uma recomendação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ampliar o acesso ao microcrédito no país. “Precisamos melhorar no Nordeste, mas comparado com outras regiões, a região já é um exemplo a ser seguido”, disse.

As diretrizes de aplicação do FNE, compostas por prioridades espaciais e setoriais com base no Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo da Sudene ainda no ano passado. O grande esforço que vem sendo realizado é para que os recursos sejam aplicados integralmente, diversificando-a do ponto de vista setorial e espacial.

“O presidente Lula defende o desenvolvimento regional. E a gente não faz desenvolvimento regional sem os instrumentos, como os fundos constitucionais e de desenvolvimento”, ressaltou Waldez Góes. Ele frisou que o FNE teve um recorde de contratações em 2023, com R$ 44 bilhões em operações de crédito.

Vitória Reconstrução da Praça

O município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste, realiza seu 1º Simpósio Municipal de Transtorno do Espectro Autista (TEA), um evento que busca conscientizar e orientar pais, responsáveis, profissionais e a comunidade em geral sobre o autismo. O evento acontecerá na próxima quarta-feira (24), das 8h às 12h, na quadra da Escola Maria da Glória.

A importância desse simpósio está na necessidade de disseminar informações precisas e atualizadas sobre o autismo, promovendo uma maior compreensão e aceitação da condição, além de oferecer orientações práticas para a melhor abordagem e apoio às pessoas com TEA.

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, afirmou, hoje, que a aproximação do Legislativo com o setor industrial do estado é um movimento importante para fortalecer a iniciativa privada. “Onde a industrialização chega, modifica a vida das pessoas”, disse, ao fim do almoço que a Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) ofereceu aos deputados integrantes da Frente Parlamentar em Defesa Indústria da Alepe, instalada no início deste mês.

De acordo com Porto, a frente parlamentar consolida conversas que a Casa já vinha mantendo com o setor no sentido de colaborar efetivamente com a indústria pernambucana. Ele lembrou que desde que assumiu a presidência da Assembleia tem reunido esforços para criar um ambiente de negócios no estado, visando o fortalecimento de todos os segmentos da economia.

“Nosso compromisso tem sido trabalhar por uma iniciativa privada forte. Afinal, é da iniciativa privada que partem os impostos que propiciam as obras públicas que, por sua vez, atendem às necessidades da população”, afirmou. “A Alepe está de portas para a indústria. Contem conosco”, completou.

O deputado lembrou ainda que não há desenvolvimento sustentável sem uma iniciativa privada sólida. “Neste contexto, é importante frisar que o dinheiro público vem da iniciativa privada e passa ser carimbado como recurso oficial quando chega aos cofres governamentais e, a partir daí, financia obras de saúde, educação, saneamento e segurança. Em suma, sem iniciativa privada forte, não há democracia forte”, disse.

Porto aproveitou para destacar que os seus mandatos sempre estiveram voltados para a busca de novas oportunidades e negócios, tendo a indústria motor deste objetivo. “Foi a partir deste trabalho que conseguimos atrair para Canhotinho o frigorífico da Masterboi, empreendimento que está mudando a economia do Agreste e transformando vidas”.

Recebidos pelo presidente da Fiepe, Ricardo Essinger, os deputados puderam assistir apresentações sobre estrutura, funcionamento e resultados do Serviço Nacional da Indústria (Senai), do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) em Pernambuco. Também acompanharam exposições sobre a própria Fiepe e o Observatório da Indústria, centro de inteligência que produz informações estratégicas, estudos prospectivos e pesquisas com foco em soluções eficientes para o setor industrial.

Com 85 anos de fundação, a Fiepe promove o desenvolvimento da indústria em todo o estado. Em 2023, o setor arrecadou, em ICMS, R$ 8,1 bilhões em Pernambuco.

O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara dos Deputados, solicitou acesso à lista de presentes recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama Rosângela Lula da Silva (PT) durante as viagens internacionais e nacionais realizadas por eles. O parlamentar argumenta que a situação dos 231 itens recebidos pelo casal do primeiro dia do mandato até 2 de maio de 2023 “gera controvérsias”. As informações são do portal Estadão.

O requerimento de acesso aos dados, protocolado nesta quarta-feira, 17, solicita ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), além da lista detalhada de presentes recebidos entre o início do mandato de Lula e o dia 16 de abril de 2024, informações sobre o encaminhamento dado aos itens e os valores gastos com alimentação durante as viagens do presidente. Procurada pela reportagem, a Secretaria-Geral da Presidência ainda não se manifestou.

Segundo Barros, as “mais de 15 viagens” de Lula não proporcionaram “efeitos positivos para o Brasil até o momento”, o que justifica o pedido de “fiscalização” que tem como objetivo o “esclarecimento da situação”. Ainda, o deputado menciona a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de auditar o recebimento dos bens dados a Lula em 2023, antes do fim da gestão do mandatário.

Os presentes recebidos pelo presidente são catalogados pela Diretoria de Documentação Histórica, que faz parte do gabinete da Presidência. Em junho de 2023, o órgão admitiu que a lista contendo os bens dados a Lula, sendo 63 deles internacionais, poderia estar incompleta.

No caso das joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente para o país, o portal revelou que diversos servidores foram mobilizados para impedir justamente esta etapa do cadastro. O colar, anel, relógio e o par de brincos de diamantes avaliados em R$ 16,5 milhões eram um presente do príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman al Saud, e foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos quando Bolsonaro e a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, voltaram da viagem.

A fim de liberar os presentes, o ex-presidente atuou pessoalmente e ainda acionou três ministérios para forçar a liberação dos itens que estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Ao todo, foram oito tentativas para que Bolsonaro ficasse com as joias.