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E seremos felizes no Reino das Maravilhas

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Manoel Lobo Guará é o prefeito da pacata freguesia do Vale da Catingueira. A família dele governa o município desde os tempos da Vila dos Vinténs, e até hoje não largam o osso, somente para servir aos seus irmãos mais pobres. O adversário do prefeito é Pedrão do Posto de Gasolina, que rompeu com o Lobo Guará quando acabou o contrato para abastecer a frota da prefeitura. Atualmente a frota da prefeitura e da família do prefeito é abastecida no posto de Seu Bacamarte, fiel aliado até que novo contrato os separe.

Aliado do Lobo Guará desde os tempos da inocência, Pedrão da Gasolina decidiu seguir carreira solo em nome da renovação política. Aproveitou para denunciar que a gasolina do seu concorrente, novo fornecedor da prefeitura, é “batizada”. Ele aceita o sacrifício de disputar as eleições municipais, mesmo sabendo que a prefeitura encontra-se em situação de penúria. Vai investir pesado na eleição: vendeu uma junta de bois, pediu dinheiro emprestado nos bancos e agiotas. Quer restaurar a moralidade no Vale da Catingueira.

Sem remédios, sem esparadrapo e sem vacinas, o posto de saúde sofreu um colapso cardíaco e botou os funcionários no olho da rua.

Compadecido com a situação dos habitantes, o dinâmico prefeito resolveu contratar um show do rapper MC Safadeza, novo ídolo da fuleiragem, para levantar o moral da galera. Pediu dinheiro emprestado nos bancos para pagar o cachê milionário do ídolo da fuleiragem. “Fuleiragem também é cultura”, dizia o slogan da prefeitura. O show do ídolo da fuleiragem bombou. O rapper MC Safadeza ficou feliz da vida, e também ficaram felizes o prefeito e o secretário de Cultura, que descolaram 20 % de comissão na rachadinha.

Foi uma noite de muitas emoções, sexo, drogas e fumacê. O delegado registrou em B.O. o roubo de 100 smartphones-telefones inteligentes. A rapaziada foi liberada em audiência de custódia porque eles disseram que queriam apenas comprar uma cervejinha da Ambev, cujos sócios por sinal cometeram uma fraude contábil bilionária numa loja de departamento, mandaram o prejuízo para os Zé Manés e ficaram impunes. Em meio aos amassos e xumbregações, 100 donzelas foram emprenhadas em primeira instância. Outras 100 donzelas ficaram ligeiramente grávidas.

Depois da farra, veio a ressaca financeira. O que fazer para recauchutar os cofres municipais? O prefeito Manoel Lobo Guará teve a ideia genial de contratar a consultoria do lobista Juninho Jabaculê para descolar emendas secretas em Brasília. Sucesso. Jabaculê cobra 10 por cento de comissão.

Quando ganhar a eleição, o Lobo Guará pretende dobrar a meta: vai fazer uma viagem de intercâmbio cultural a New York, oh yeah, em busca de recursos para implantar uma réplica da Disneyworld na gloriosa Freguesia do Vale da Catingueira. O povaréu vai ficar ancho da vida. O adversário Pedrão da Gasolina vai morrer de inveja e seremos todos felizes no reino das fuleiragens, aliás, no reino das maravilhas.

*Periodista, escritor e quase poeta 

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

Inteligência Artificial nas eleições

Bill Gates, um dos fundadores da Microsoft, já disse que o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) representa o avanço mais importante das últimas décadas no mundo online e globalizado. Veio para mudar a maneira como as pessoas trabalham, aprendem, viajam, obtêm assistência médica e se comunicam umas com as outras.

A IA é uma máquina revolucionária sem precedentes. O fundador da Microsoft conta que pediu à IA para escrever uma mensagem a um pai que está com um filho doente. “Foi escrita uma mensagem sensível, provavelmente melhor do que a maioria de nós na sala poderia ter criado”, disse Gates.

E completou: “Eu entendi que tinha acabado de ver o avanço mais importante na tecnologia desde a interface gráfica do utilizador [GUI, na sigla em inglês]”. Uma GUI permite que uma pessoa interaja com imagens e ícones na tela em vez de um display apenas com texto e figuras e que também requer comandos digitados.

Seu desenvolvimento culminou nos sistemas operacionais Windows e Mac OS na década de 1980 e continua sendo uma parte fundamental dos computadores. Gates acredita que a tecnologia de inteligência artificial levará a avanços semelhantes.

Mas o que isso tem a ver com política? Tem a ver com tudo, inclusive com eleições. O Tribunal Superior Eleitoral vai abrir a discussão do uso de IA nas eleições municipais de 2024, em audiência pública na próxima quinta-feira. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), está sendo pressionado para declarar como regime de urgência assuntos de IA pertinentes à comunicação e às eleições. O objetivo é aprovar um conjunto mínimo de regras que sirvam de base para o TSE baixar as próprias normativas.

Congresso quer impor limites – Limites para a inteligência artificial estão sendo debatidos por congressistas tanto no Senado quanto na Câmara. Há um consenso entre deputados e senadores de que é preciso definir regras a fim de conter danos nas eleições municipais de outubro. A maior preocupação são as deep fakes ou conteúdos falsos produzidos a partir de vídeos, imagens e vozes de pessoas reais sejam usados na campanha eleitoral –assim como aconteceu nas eleições presidenciais da Argentina em 2023.

Dormiu no ponto – “Na prática, seria antecipar as regras de 2026 para as eleições de 2024”, afirma Marcelo Senise, em entrevista ao site Poder360. O marqueteiro diz acreditar que os congressistas estão convencidos da urgência da legislação, mas não têm um líder para encabeçar a pauta e, por isso, querem uma audiência com o presidente da Câmara. Para ele, a Casa dormiu no ponto em relação à necessidade de antecipar o uso de IA já nas eleições deste ano.

Ruído com João – A conversa do presidente Lula com João Campos no jantar da última quarta-feira, no Recife, derivou também para São Paulo. Ali, o candidato do petista é Guilherme Boulos, do Psol, provavelmente com a ex-prefeita Marta Suplicy na vice, de volta ao PT. A pré-candidatura de Tabata Amaral (PSB), namorada do prefeito do Recife, não soa bem aos ouvidos do chefe da Nação. Mas Tabata não vai abrir mão, inclusive está com lançamento anunciado para a próxima quinta-feira, em São Paulo.

Médicos em atraso – Não é só a falta de investimentos nos hospitais, como o Barão de Lucena, recentemente interditado, que está arranhando fortemente a imagem da governadora na área da saúde. Soube ontem que médicos plantonistas da Restauração e do Pelópidas Silveira, duas grandes estruturas de emergência na Região Metropolitana, estão sem receber salários há quatro meses. Não dá para entender isso. Até porque as notícias dão conta de que a governadora está de cofre abarrotado.

Simão no PSB – O prefeito de Petrolina, Simão Durando, deve trocar o União Brasil pelo PSB para disputar a reeleição. O convite foi feito pelo prefeito do Recife, João Campos, durante encontro no último fim de semana na casa de praia do ex-senador Fernando Bezerra Coelho, em Porto de Galinhas. Embora o deputado federal Fernando Filho esteja no mesmo partido do prefeito, a mudança ocorre pelo fato de o UB apoiar, para prefeito do Recife, o candidato escolhido pela governadora.

CURTAS

SEM JANELA – Com a chegada de Simão ao PSB, o deputado federal Lucas Ramos, socialista histórico, fica livre para apoiar o candidato da oposição que julgar mais competitivo, até porque não tem janela partidária para ele próprio trocar de legenda.

ACALMOU – O prefeito de Belo Jardim, Gilvandro Estrela (UB), andou culpando a governadora pela perda da arrecadação no município, mas já compreendeu a situação depois de uma longa conversa com o deputado federal Mendonça Filho, aliado de primeira hora.

BEZERROS – A governadora, enfim, resolveu dar um suporte maior ao carnaval de Bezerros este ano. Trata-se do terceiro maior pólo carnavalesco do Estado, atrás apenas do Recife e Olinda. O charme e a isca são a tradição da festa de rua e o desfile dos papangus.

Perguntar não ofende: O PT rompe com João Campos se não tiver a vaga de vice na sua chapa da reeleição?

Toca Jabô

O ex-deputado federal José Genoino (PT-SP) disse em uma transmissão ao vivo neste sábado (20) achar interessante “a ideia de boicote” a “determinadas empresas de judeus” e a “empresas vinculadas ao estado de Israel”. O parlamentar comentava sobre deixar de fazer compras na Magazine Luiza por causa do apoio da empresária Luiza Trajano a um abaixo-assinado que pedia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistisse de apoiar uma ação da África do Sul contra Israel por genocídio.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) repudiou “veementemente” a fala, que classificou como antissemita. “O boicote a judeus foi uma das primeiras medidas adotadas pelo regime nazista contra a comunidade judaica alemã, que culminou no Holocausto”, afirmou a entidade. “A Conib mais uma vez apela às lideranças políticas brasileiras que atuem com moderação e equilíbrio diante do trágico conflito no Oriente Médio, pois suas falas extremadas e em desacordo com a tradição da política externa brasileira podem importar as tensões daquela região ao nosso país”. As informações são do Estadão.

Genoino falava em live no canal DCM TV, no YouTube. Um comentarista afirmou estar decepcionado com Luiza Trajano. A empresária apoiou um abaixo-assinado que pedia que Lula reconsiderasse o apoio à África do Sul na acusação de genocídio contra Israel. Mais de 17 mil pessoas assinaram o manifesto, que chama a acusação sul-africana de infundada e pede uma abordagem “justa e equilibrada” do governo brasileiro.

Em seguida, outro participante da live, Prof. Viaro, diz que há comentários nas redes sociais de pessoas que deixariam de comprar na Magazine Luiza. Genoíno, então, comenta: “Acho interessante essa ideia da rejeição, essa ideia do boicote por motivos políticos que ferem interesses econômicos, é uma forma interessante. Inclusive tem esse boicote em relação a determinadas empresas de judeus”, disse. 

Ele ainda acrescentou: “Há, por exemplo, boicote a empresas vinculadas ao Estado de Israel. Inclusive, acho que o Brasil deveria cortar as relações comerciais, na área da segurança e na área militar com o Estado de Israel.” Procurado pelo Estadão, ele não quis se manifestar.

A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) também reagiu à declaração de Genoíno. Segundo a entidade, trata-se de uma fala “criminosa” e que “remete à filosofia de Adolf Hitler”. “O boicote a judeus foi a primeira ação coordenada do regime nazista contra os judeus na Alemanha”, apontou.

“Constantemente, figuras importantes do Partido dos Trabalhadores e que exercem influência no governo federal se utilizam dos mesmos discursos que flertam com o nazismo e o fascismo e que foram condenados pelo próprio PT há pouco tempo.”

A entidade destacou que há cerca de 450 empresas nas relações comerciais entre Brasil e Israel, “com contratos de longo prazo, trabalhando, colaborando e ativamente investindo no setor de Tecnologia e Inovação, fundamentais para o desenvolvimento do Brasil”. “Ao evidenciar a origem judaica de empresas e pedir seu boicote, Genoíno revela a sua covardia e o seu viés antissemita”, afirmou a federação.

“O que nos preocupa ainda mais é o silêncio dos dirigentes do partido que o acolhe. Líderes que se dizem defensores da democracia não podem concordar com mais este ataque, que busca atingir pessoas apenas pelo fato de serem judeus ou judias. O antissemitismo merece total reprovação. Esperamos, mais uma vez, a retratação e principalmente o repúdio das pessoas de bem que defendem os valores da paz e da democracia.”

Também em nota, a Câmara Brasil – Israel (Bril-Chamber) afirmou que a declaração de Genoíno é antissemita e “deve ser repudiada por todos”. Segundo a Câmara, a fala “é também contrária aos interesses do Brasil e da população brasileira”.

“Trata-se de dois países democráticos, independentes, com benefícios comerciais recíprocos. O comércio bilateral entre Brasil e Israel tem crescido de forma exponencial nos últimos anos, com claros benefícios aos dois países, tendo esta relação triplicada a balança comercial nos últimos 3 anos”, apontou a entidade.

O que é a acusação contra Israel

A África do Sul levou o caso de genocídio à Corte Internacional de Haia. A argumentação é de que falas de autoridades israelenses comprovariam a intenção de cometer genocídio — por exemplo, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, chamou palestinos de “animais humanos”. Israel nega categoricamente a acusação, e cita que a ofensiva sobre a Faixa de Gaza foi uma resposta ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro. Além do Brasil, outros países do chamado Sul Global confirmaram apoio à iniciativa sul-africana.

O crime de genocídio implica na adoção de ações intencionais, destinados à destruição, total ou parcial, de um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Da Agência Brasil

A cantora e deputada estadual por São Paulo Leci Brandão (PCdoB), 79 anos, está internada em um hospital da capital paulista por “questões vasculares em uma de suas pernas”, informou a sua assessoria de imprensa.

Segundo a assessoria, Leci está internada desde a última segunda-feira (15), quando foi realizar exames de rotina. A situação da deputada não é grave, mas requer cuidados específicos, reforçou sua equipe de comunicação.

“Leci já realizou um procedimento no ano passado para enfrentar o mesmo problema e os profissionais avaliaram que, devido a uma agenda intensa e extensa que ela enfrentou nos últimos meses, a recuperação dela se daria de forma mais efetiva se ela permanecesse no hospital por alguns dias”, diz o comunicado que foi enviado à imprensa.

Leci Brandão é cantora, compositora e umas das mais importantes intérpretes de samba da música popular brasileira. Ela é também a segunda deputada negra da história da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Filiou-se ao PCdoB em 2010 e está em seu terceiro mandato na Alesp.

Ipojuca - Minha rua top

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve alta hospitalar neste domingo (21), após passar por uma cirurgia. O procedimento, realizado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, foi uma operação robótica para corrigir uma hérnia inguinal direta e uma hérnia umbilical. 

Segundo o boletim médico, a cirurgia foi um sucesso e o magistrado permaneceu em observação antes de receber alta. A alta de Toffoli foi avaliada pela cardiologista Ludhmilla Hajjar, que chegou a ser cotada para ser ministra da Saúde, mas recusou o convite.

Camaragibe Agora é Led

Na manhã deste domingo (21), a Prefeitura do Recife e o Instituto Dom Helder Câmara (IDHeC) firmaram um convênio para manutenção do legado e memória do arcebispo emérito de Olinda e da capital pernambucana. Com a parceria, o IDHeC passará a ter a manutenção das atividades e de preservação de todo o acervo com um investimento de cerca de R$ 300 mil, ao longo de um ano, pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR). O convênio foi assinado durante uma cerimônia eucarística na Igreja Nossa Senhora das Fronteiras, no bairro da Boa Vista, que contou com a presença do prefeito João Campos, da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos.

“Toda vez que venho na Igreja das Fronteiras tenho um sentimento de muita emoção porque a história que me trouxe até aqui tem muita ligação forte com Dom Helder. Meu avô, Dr. Cyro, foi médico do arcebispo e, através dele, tive a oportunidade, enquanto criança, de ouvir muitos testemunhos sobre a convivência dos dois. Dom Helder foi uma testemunha prática do Evangelho de Jesus Cristo, então não poderia deixar de estar aqui hoje, representando a nossa cidade, para garantir a preservação de todo o seu legado, sua manutenção e dar prioridade a isso”, declarou o prefeito João Campos, após a assinatura do convênio. 

O IDHeC está completando 40 anos e é responsável pelo memorial e museu que contemplam a vida do arcebispo emérito de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara, o defensor da paz, da justiça e da cultura pernambucana. Com o convênio, todo o acervo material e intelectual da vida pessoal, eclesiástica e da obra do religioso estará aberto ao público recifense e de outras regiões que visitam o estado. Além disso, serão cedidos bibliotecários, historiadores e profissionais focados em desenvolvimento de projetos para que o Instituto participe ativamente de editais voltados para a cultura.

“A parceria entre o Instituto Dom Helder Câmara e a Prefeitura é muito feliz e fundamental para a manutenção do memorial, a manutenção de todos os seus escritos, legados, livros, discursos, filmes, como também são permanentes. Então, o Instituto Dom Helder Câmara fica muito contente, muito feliz e tenho certeza que a preservação da memória de Dom Helder Câmara é fundamental para a democracia”, afirmou Virgínia Augusta Castellar, representante do IDHeC. 

A ministra Luciana Santos ressaltou a importância do legado do arcebispo. “Considero que o Instituto Dom Helder e tudo que ele representa é muito contemporâneo, é uma necessidade hoje para o tempo que nós vivemos, de negacionismo e intolerância no nosso País. Não podemos voltar para trás, precisamos avançar como um povo único, que pode conviver com as diferenças com civilidade. E eu penso que Dom Helder é um desses grandes brasileiros, que tiveram uma vida dedicada ao amor ao próximo e à compaixão, então precisamos difundir sua memória e palavra”, declarou.

As instalações do instituto, do memorial, do museu e de outras dependências também estarão à disposição do município do Recife e da FCCR, quando necessário, para realizar ações culturais, que possibilitem a preservação da memória do saudoso arcebispo. O acordo prevê ainda a realização de cursos, oficinas, simpósios, estudos, capacitações, treinamentos, pesquisas, visitas de servidores e outras atividades sobre a obra e vida de dom Helder Câmara e temas correlatos.

“O acervo é riquíssimo e contém vídeos, escritos e os bens pessoais de Dom Helder, o que faz necessário preservar, acima de tudo, a memória e toda a vida do arcebispo que foi dedicado aos mais humildes, à igreja e aos pobres. Portanto, essa parceria com a Prefeitura do Recife reforça e prioriza essa necessidade”, disse Marcelo Canuto, presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. 

Dom Helder e o instituto 

Dom Hélder Pessoa Câmara nasceu em Fortaleza, no Ceará, em 7 de fevereiro de 1909 e faleceu no Recife, em 27 de agosto de 1999. Foi um bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife. Um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e grande defensor dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil. Pregava uma igreja simples, voltada para os pobres, e a não violência. Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi o brasileiro por mais vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz, com quatro indicações. O religioso está sepultado na Catedral da Sé, em Olinda.

O Instituto está localizado na antiga residência do arcebispo emérito de Olinda e Recife, no prédio anexo à Igreja das Fronteiras, na Rua Henrique Dias, na Boa Vista. Entre o conjunto das obras estão atos litúrgicos bastante procurados por fiéis, batinas, cálices, condecorações, óculos, manuscritos, prêmios, títulos e fotografias. Mil peças estão em exposição. Há móveis e utensílios usados por dom Helder no tempo que viveu por lá (1968/1999). Escrivaninha, mesa, cadeiras, rede, quadros, esculturas sacras. No andar superior, um painel mostra a linha do tempo do religioso, desde o nascimento em Fortaleza até o dia de sua morte no Recife, em 1999.

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Neste domingo (21), o pré-candidato a prefeito de Lagoa de Itaenga, Dimas Natanael, se filiou ao Republicanos. Empresário na região, Dimas disputará sua primeira eleição majoritária e conta com o aval e apoio do presidente licenciado da sigla, o ministro Silvio Costa Filho.

“Dimas chega ao Republicanos para somar e ajudar o partido a continuar crescendo no Estado. É um homem do bem, de grande espírito público e que tem experiência bem sucedida na iniciativa privada, o que lhe credencia para disputar a prefeitura da cidade. Com muito diálogo com todo o seu grupo político na cidade, vamos construir uma candidatura forte que, sem dúvida, vencerá as eleições de outubro. A população de Lagoa quer mudança e Dimas é o nome certo”, disse Silvio Costa Filho.

O pré-candidato também agradeceu ao apoio do ministro e do presidente estadual do Republicanos, Samuel Andrade. “Com muito trabalho, ouvindo a população e todas as lideranças na região, vamos resgatar a esperança do povo de Lagoa e fazer uma linda campanha. Se Deus quiser, vamos vencer e, com apoio do ministro Silvio, trazer desenvolvimento para o município”, declarou.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

Da Carta Capital

Ronnie Lessa, o autor dos disparos que mataram Marielle Franco e Anderson Gomes, fez um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e trará novos detalhes sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, ocorrido em 2018.

Se homologado pelo Supremo Tribunal Federal, esse será o segundo acordo realizado pela PF na tentativa de solucionar o caso. O primeiro acordo foi firmado com Élcio Queiroz, motorista do carro utilizado para perseguir e executar a vereadora. Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Globo, o ex-policial militar já estaria revelando detalhes do crime à PF.

Relembre o caso

Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros na noite de 14 de março de 2018, quando trafegavam pelas ruas do Estácio, no centro do Rio de Janeiro. Um ano após o assassinato, Lessa e Élcio de Queiroz foram presos após PF confirmar que ambos eram executor e motorista no caso.

Na delação premiada firmada por Queiroz, o ex-policial afirmou que Lessa havia dito que a motivação do crime era pessoal e não envolvia dinheiro.

Caruaru - Geracao de emprego

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) retoma, na segunda-feira (22), as sessões de julgamento sob expectativa de analisar, já nos próximos dias, as ações que pedem a cassação do hoje senador Sergio Moro (União Brasil), após um parecer do Ministério Público Eleitoral favorável à perda do mandato por abuso de poder econômico, em dezembro. O caso ainda não foi pautado pelo relator, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, que promete fazê-lo em breve, o que gera indefinição sobre qual será a composição do plenário que dará o veredito, diante do calendário de substituições previstas no tribunal.

Os processos contra Moro questionam gastos com sua pré-campanha, período em que o ex-juiz desistiu de concorrer a presidente e optou por disputar o Senado. Com base em notas fiscais enviadas pelo União e por sua antiga legenda, o Podemos, o MPE calculou gasto de R$ 2,03 milhões e considerou que o valor foi excessivo para a disputa ao Senado no Paraná, o que configura, na sua avaliação, abuso de poder econômico. As informações são do O Globo.

A legislação eleitoral não tem uma previsão de limite para pré-campanhas, mas se o gasto for considerado excessivo pela Justiça Eleitoral, pode ser enquadrado como abuso, segundo especialistas. O principal precedente é a cassação da ex-senadora Selma Arruda (MT), em 2019. Na época, a Justiça apontou gasto anterior à campanha equivalente a 72% do arrecadado por sua candidatura.

Segundo a Procuradoria, a soma de investimentos feitos pelo Podemos e União na pré-campanha de Moro representa pouco mais de 45% do limite de gastos para a eleição de senador no estado, em 2022, de R$ 4,4 milhões (o ex-juiz gastou R$ 4,2 milhões no período oficial). O valor também equivale a mais que o dobro da média de gastos dos dez candidatos ao pleito.

“A lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral”, argumentou. Caso seja comprovada a despesa de R$ 2,03 milhões, é como se Moro, mesmo respeitando o teto durante a campanha, tivesse despendido valor superior a R$ 6,2 milhões para se eleger.

Procurado pelo GLOBO, Moro não respondeu. Para evitar sua condenação, o parlamentar tem como principal desafio reduzir o montante de despesas contabilizado como investimento direto para sua participação na eleição. Ao longo do processo, a defesa do senador tem defendido que os valores destinados a serviços advocatícios, assim como outras despesas apontadas pelas partes e pelo MPE, foram prestados a vários pré-candidatos e às legendas. Também aponta que a contratação de advogados, assim como a de serviços de segurança, não trouxeram vantagem competitiva na disputa do Paraná. O senador alega que os gastos eleitorais da sua pré-campanha somaram apenas R$ 144 mil.

De avião a advogados

Especialista em Direito Eleitoral, o advogado Eduardo Damian explica que, de acordo com a legislação, para configurar abuso de poder econômico basta detectar que houve gasto significativo na pré-campanha, sem necessidade de apontar o benefício gerado pelo investimento. Ele destaca que é preciso, no entanto, considerar nessa análise apenas despesas pessoais, sem incluir as compartilhadas ou que não tiveram finalidade eleitoral.

“Não é necessária a demonstração do benefício direto, basta demonstrar gravidade do ato ilícito”, aponta.

Autores das ações contra Moro, PT e PL haviam levantado gastos maiores com a pré-campanha, de R$ 21,6 milhões e R$ 7,6 milhões respectivamente. O Ministério Público entendeu, porém, que parte das despesas listadas também beneficiou outros pré-candidatos do Podemos e União Brasil, ou não teve a relação com a pré-campanha suficientemente comprovada. A Procuradoria apontou ainda que não há indícios de prática de caixa dois e uso indevido dos meios de comunicação, acusações também feitas pelos autores das ações.

As maiores despesas consideradas pelo MPE na conta se referem a viagens do então pré-candidato. A lista inclui, por exemplo, a contratação, pelo diretório paranaense do União Brasil, de uma aeronave da empresa Táxi Aéreo Hércules que teve entre os beneficiados Moro. Ao todo, foram identificados 21 voos, com destinos no Paraná e em São Paulo, que tiveram o senador e sua equipe entre os passageiros, entre julho e agosto de 2022. As viagens totalizaram, segundo os procuradores, R$ 429,7 mil. Já o Podemos desembolsou outros R$ 129,8 mil em passagens aéreas e serviços de hotelaria destinados a Moro e seu primeiro suplente, o advogado Luis Felipe Cunha.

O segundo maior pagamento registrado diz respeito à contratação do escritório de Cunha, seu suplente, pelo diretório nacional do União, entre abril e julho do ano eleitoral. Embora sua equipe não tenha cuidado apenas da pré-campanha de Moro, o MPE calcula que os serviços prestados apenas ao ex-juiz chegam a R$ 333,3 mil. Também se destacam contratos de publicidade digital (R$ 200 mil) e serviços de segurança (R$ 180 mil).

Formação do plenário

A dúvida sobre a composição do plenário que vai julgar a ação, formado por sete magistrados, ocorre porque o mandato do juiz Thiago Paiva dos Santos termina na terça-feira (23). Ele ocupa uma das vagas destinadas à classe dos advogados. Os mandatos dos substitutos José Rodrigo Sade e Roberto Aurichio Junior também terminam no dia 27. Para analisar a cassação de Moro, o tribunal precisa ter quórum máximo.

A escolha do próximo juiz é uma atribuição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para fazer a indicação, no entanto, ele aguarda a aprovação de uma lista tríplice pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a Corte eleitoral, não há previsão para essa análise ocorrer. O tribunal só retoma em 1º de fevereiro.

Há ainda outra mudança que pode alterar a lista de juízes do caso. O hoje presidente do TRE paranaense, Wellington Coimbra de Moura, pode não participar do julgamento. Ele deixa o posto no dia 31 de janeiro e será substituído pelo desembargador Sigurd Roberto Bengtsson.

Belo Jardim - Patrulha noturna

Política é feita de gestos. Essa máxima foi colocada em prática e pode ser facilmente observada no encontro, na última sexta-feira (19), entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o pré-candidato do PT à Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, durante a primeira agenda em Pernambuco do chefe do Palácio do Planalto em 2024.

Elias e Lula estiveram reunidos em um hotel na Região Metropolitana pouco antes da cerimônia do termo de compromisso da construção da Escola de Sargento das Armas (ESA), em Araçoiaba. Entre os pré-candidatos a prefeito de todo o estado, apenas Elias e João Campos (PSB), que irá disputar a reeleição no Recife, foram recebidos por Lula em um encontro reservado.

Na ocasião, Elias entregou em mãos ao presidente da República uma carta com propostas para o setor da segurança pública e defesa social do país. Entre as sugestões, a criação de uma conferência municipal no setor, a ser realizada por todos as cidades brasileiras, como forma de inserir os governos locais como protagonistas de um plano nacional integrado de segurança pública e paz social.

Ainda durante a reunião, Lula reafirmou o município do Jaboatão dos Guararapes como uma das prioridades da executiva nacional do Partido dos Trabalhadores para 2024. Essa máxima tem sido reforçada desde o ato de filiação de Elias ao PT, em setembro de 2023, quando a presidente da legenda, a deputada federal Gleisi Hoffmann, garantiu o irrestrito apoio da sigla ao ex-prefeito Elias Gomes.

“Se restava alguma dúvida, agora ficou claro que o PT pretende tirar a cidade do Jaboatão das mãos do PL e realinhar o desenvolvimento do município a partir de uma parceria exitosa com o Governo Federal”, observou um membro da alta cúpula do PT após o ato.

Vitória Reconstrução da Praça

Antes de o PP entrar no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em setembro de 2023, o presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), recebeu um recado de emissários do Palácio do Planalto: Lula queria falar com ele. A intenção era trazer o partido para o governo. Os dois foram aliados no passado, mas um muro foi erguido quando Ciro assumiu a Casa Civil na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Ciro se recusou a falar com Lula. A interlocutores, fez uma brincadeira para dizer não. “Em três minutos de conversa com o Lula, você se apaixona. Ele é irresistível.” Mas não precisou de três minutos. No dia 20 de dezembro, Lula entrou no plenário da Câmara para acompanhar a promulgação da reforma tributária. Em meio ao empurra-empurra, o petista viu o senador no meio da muvuca, parou e o puxou pelo pescoço para um abraço. Os dois sorriram como velhos amigos, surpreendendo aliados ao redor. As informações são do Estadão.

O senador falou que era impossível o PP “fazer o L”, mas o partido entrou no governo. André Fufuca, um fiel escudeiro do dirigente partidário, virou ministro do Esporte, firmando os tentáculos do grupo na gestão petista. Até a sede da legenda no Maranhão, que Fufuca preside, tem a cor vermelha nas peças de divulgação. O partido também emplacou o presidente da Caixa, Carlos Vieira, no cargo.

Toda a situação mostra como o senador migrou do papel de influente chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro, mandando e desmandando do orçamento secreto, para uma oposição a Lula que mantém tentáculos na base aliada.

Com o PP no governo e o presidente da sigla fazendo discurso de opositor, parlamentares do partido estão livres para negociar com o governo conforme o ritmo das negociações. Falar que não é base automática faz parte do jogo. Pois, dessa forma, podem pedir cargos e verbas sempre que Lula quiser aprovar algo e se afastar para não colarem sua imagem no governo. É uma posição confortável para a legenda, reinventando o papel do Centrão, que sempre foi governista em gestões anteriores.

O ex-ministro de Bolsonaro continua dando cartas em Brasília. Ele tem o comando do PP, que tem a presidência da Câmara e a liderança da minoria no Senado. O senador é um dos líderes que articula a sucessão das duas casas legislativas, no próximo ano. Além disso, passou a ter forte influência no governo de São Paulo, maior colégio eleitoral do País, compondo a cúpula de articulação política da gestão Tarcísio Freitas (Republicanos). Equilibrando-se nesses campos, Ciro tem sido chamado nos bastidores de “presidente administrativo” do País.

O parlamentar deu o apoio e o voto para aprovação da reforma tributária no Senado. Da mesma forma, não fez oposição às indicações de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) e de Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República, apesar de não ter revelado seu voto. Elaborou ainda uma cartilha de projetos que o partido vai apoiar. Quando vai ao Twitter ou a uma entrevista, a regra é falar mal do “governo do PT”, e menos de “Lula” diretamente. “O Lula gosta de mim, não é uma coisa política, e eu confio nele. Uma pessoa para não gostar do Lula é difícil. Ele é cativante, mas não posso trair o presidente Bolsonaro”, afirmou Ciro Nogueira ao Estadão.

O abraço em Lula provocou preocupação em Ciro Nogueira. Ele chegou a agradecer a interlocutores por nenhuma imagem do momento ter sido divulgada – até agora. O parlamentar é constantemente levado a renovar sua aliança com Bolsonaro. No dia seguinte ao abraço, falou à Coluna do Estadão, justificou que foi um gesto entre “duas pessoas civilizadas” e negou a possibilidade de se aproximar do petista. “Chance zero”, afirmou. No mesmo dia, disparou em grupos de mensagem e nas redes mais um episódio do “Cirocast”, sua série de vídeos com falas contra a gestão petista.

Já no dia 4 de janeiro, o parlamentar publicou um vídeo nas redes sociais jurando fidelidade eterna ao ex-presidente Bolsonaro, até seus “últimos dias na política”. “Minha relação com o Bolsonaro é como se fosse um casamento. Casamento você diverge, você discorda, mas nunca vai acontecer o divórcio”, afirmou.

Na avaliação de Ciro, o presidente Lula “graças a Deus” comete o mesmo erro de Bolsonaro ao falar com seu próprio público. A exceção foi o discurso do petista no Natal, bem escrito e formulado, na opinião do senador. Não faltam elogios para o governo: a escolha por Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça e Segurança Pública e as “boas intenções” do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na condução da política econômica. Mas também sobram críticas: frustração do eleitor que esperava picanha e cerveja no primeiro ano de governo, falta de grandes obras começadas e entregues e o descaso com a segurança pública.

Com a eleição para o comando do Congresso no radar, Ciro trabalha ao lado do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para fazer o sucessor na Casa. Até então, o escolhido é Elmar Nascimento (União-BA). O deputado baiano, no entanto, tem fortes atritos com o PT e encontra dificuldades para receber o apoio do governo na disputa. Hoje, é tratado como um candidato com validade, que aumentará o preço para ceder apoio a outro deputado na disputa.

O plano “B” de Lira – e do próprio Ciro – para o comando da Câmara passou a ser o deputado Marcos Pereira (SP), presidente nacional do Republicanos e atual vice-presidente da Casa. Para consolidar a articulação, o PP de Ciro deve oficializar uma federação com o Republicanos, o que também abriria caminho para alianças nas eleições municipais e nas próximas eleições presidenciais. O bloco pode atrair também o União Brasil, formando uma “super federação”. Aí entra a candidatura do senador Davi Alcolumbre (União-AP) a presidente Senado, apoiado por Ciro, completando o acordo das três legendas.

No último dia 8 de janeiro, os líderes desses três partidos se ausentaram do ato convocado por Lula para marcar um ano dos ataques golpistas aos Três Poderes. Foi um forte recado para o petista, sinalizando que as articulações políticas em Brasília serão encabeçadas pelo grupo, sem adesão automática aos planos do Palácio do Planalto.

Ciro Nogueira quer ser vice de Tarcísio em 2026

Torcedor do São Paulo Futebol Clube, o território paulista também passou a fazer parte da cartilha de influência política de Ciro Nogueira – e com prioridade. Ele montou uma espécie de gabinete virtual no Palácio dos Bandeirantes, com acesso livre ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A última cartada foi filiar o secretário da Casa Civil do Estado, Arthur Lima, no PP.

Sob influência de Ciro, Lima passou a dividir o poder de negociar emendas e cargos com o secretário de Governo da gestão paulista, Gilberto Kassab, presidente do PSD. Os dois disputam a filiação de prefeitos órfãos do PSDB em São Paulo e, por enquanto, Kassab saiu na frente, com 329 prefeituras. A meta de Ciro é chegar a 80 prefeitos filiados nas eleições de outubro no Estado – desde 2020, o número subiu de 28 para 46.

Outro sonho de Ciro é filiar o governador no PP. O senador passou a defender a candidatura de Tarcísio à Presidência em 2026, diante da decisão que deixou Bolsonaro inelegível. O parlamentar fala até em ser candidato a vice na chapa. Ele disse ao Estadão que esse é o seu objetivo, mas pondera: “sou péssimo em prever meu futuro”. Ter um vice nordestino é uma estratégia vista como positiva para diminuir a distância com o PT na região. A ideia, no entanto, esbarra em Tarcísio, que vê vantagem em tentar a reeleição ao governo do Estado.

A dúvida volta a ser quem será o candidato da oposição à Presidência em 2026, com Bolsonaro inelegível. Ciro Nogueira sabe que não há vácuo na política e colocou a senadora Tereza Cristina (PP-MS) para presidir um instituto do partido em São Paulo. Tereza terá a função de articular estudos, propostas políticas e “passar o chapéu” entre empresários para arrecadar fundos para a entidade. E também virou pré-candidata a presidente da República, uma carta a mais na manga da oposição.

Mas, antes de tudo isso, o parlamentar precisa organizar o próprio futuro político no Piauí, seu reduto eleitoral. O mandato como senador acaba em 2027. Os outros dois senadores do Estado, Marcelo Castro (MDB) e Wellington Dias, este último licenciado para ser ministro do governo, estão com Lula. O governador Rafael Fonteles (PT) é uma das promessas da nova geração petista e também faz parte da base de apoio do presidente. Ciro esteve junto com todos eles no passado, no mesmo grupo político, mas agora está isolado, fazendo uma política própria com prefeitos. Sem o apoio de Lula, fica mais difícil ser eleito no Piauí. Mas nada que uma conversa de três minutos não resolva.

O vereador Marcos Mariano lançou a sua pré-candidatura a prefeito de São Joaquim do Monte, Agreste de Pernambuco, neste sábado (20). A caminhada começa com o apoio do ex-prefeito Zé Birro e de dois grandes partidos: PSB e Republicanos. Atualmente no PSDB, o pré-candidato vai disputar as eleições em uma legenda de oposição à atual gestão municipal, buscando romper um ciclo que já dura 12 anos.

Por Mateus Cavalcanti*

Um café da manhã repleto de histórias da grandiosa Fábrica Peixe e muito conteúdo de pesquisa histórica na nossa Pesqueira. A Pousada Arawi, que significa “Serrinha” na linguagem Xukuru, é uma pousada ecológica que guarda um espaço aconchegante com direito a trilhas e locais de meditação.

Uma observação importante é que no seu espaço contém um “Centro Judaizante”, com achados de Mezuzá, que é um fragmento da Torá, e de uma Mekvé, que era utilizada em ritual de purificação no judaísmo.

Esse centro histórico é inclusive cadastrado pelo IPHAN. Saulo, pense em um lugar incrível, obrigado pelo convite!

*Vereador de Pesqueira

Sem reajuste proposto para 2024, servidores do Executivo federal seguem pressionando o governo por uma mudança de posição. Além de paralisações já iniciadas por algumas categorias, greves — incluindo um movimento grevista geral — estão no radar. A insatisfação também envolve a entrega de cargos de chefia e coordenação e até mesmo um pedido de revisão do Concurso Nacional Unificado (CNU).

Greves já acontecem em carreiras como agentes de órgãos ambientais, funcionários do Banco Central (BC), auditores-fiscais da Receita Federal e agentes de fiscalização sanitária. As universidades também avaliam um movimento grevista no primeiro semestre letivo de 2024. As informações são do Metrópoles.

No caso dos servidores de órgãos ambientais, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) agendou para o dia 1º de fevereiro reunião da mesa de negociação com a categoria.

“Não há nenhum aceno, até agora, sobre qual vai ser a proposta que o governo vai apresentar em relação às reivindicações”, disse Cleberson Zavaski, presidente da Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional). Na centralidade da discussão, está a reestruturação da carreira, a fim de conter a evasão. Segundo a Ascema, mais de 600 servidores pediram demissão nos últimos anos por falta de atratividade da carreira.

Já na última sexta-feira (19), os coordenadores de Aprendizagem do Ministério do Trabalho e Emprego de 23 estados entregaram cargos de chefia e coordenação.

Caso não haja devolutivas por parte do governo aos pleitos dos auditores-fiscais do Trabalho, o movimento de entrega de cargos tende a evoluir para um paralisação completa das atividades, comprometendo as fiscalizações em curso. As coordenações são responsáveis por articular toda a política pública de qualificação profissional e atenção aos grupos prioritários no Brasil.

No caso dos auditores-fiscais da Receita, em greve desde novembro, há a promessa de uma paralisação em portos e aeroportos de São Paulo e da Bahia na próxima semana. Os fiscais anunciaram que não realizarão o desembaraço de cargas entre os dias 22 e 26 de janeiro, no Aeroporto de Viracopos, no Porto de Santos, na Alfândega de Salvador (a partir do dia 23) e no Aeroporto de Guarulhos. Durante o período, haverá nos locais somente as liberações de cargas perecíveis, vivas, perigosas, medicamentos e alimentos.

“Toda greve, infelizmente, produz externalidades negativas e procuramos reduzi-las priorizando os serviços essenciais. Produtos perecíveis, medicamentos e alimentos não serão prejudicados. Por outro lado, é importante lembrarmos que há uma lei pendente de implementação há sete anos, e os auditores-fiscais não poderiam continuar esperando sua aplicação indefinidamente”, afirmou Isac Falcão, presidente do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional).

Houve insatisfação dos servidores com a proposta oficial, que chegaram a classificá-la de “etarista”, visto que aposentados e pensionistas não recebem auxílio-alimentação nem auxílio-creche.

Em resposta, no dia 10 de janeiro, o Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) enviou ofício ao Ministério da Gestão propondo a recomposição salarial em três parcelas (a primeira a ser paga já neste ano): a primeira de 9%, a segunda de 7,5% e a terceira também de 7,5%, a serem implementadas, respectivamente, nos meses de maio de 2024, 2025 e 2026.

Segundo apurado pela reportagem, ainda não houve resposta do governo à contraproposta. As reivindicações dos servidores são analisadas em reuniões periódicas da Mesa Nacional de Negociação Permanente, retomada no ano passado. O governo ainda não definiu a data de realização da primeira reunião da Mesa deste ano, mas a expectativa é que ela ocorra apenas após o feriado do Carnaval, isto é, na segunda quinzena de fevereiro.

“2024 se inicia com o maior dos desafios para servidores públicos. Um embate direto com o governo para que alcancemos a recomposição inflacionária pela qual lutamos há tanto tempo. A proposta do governo até o momento não demonstra respeito a todas as perdas já tão sentidas, além de não oferecer nenhuma parcela neste ano”, disse Ivana Vilela, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) e representante na Mesa de Negociação da Nova Central Sindical dos Trabalhadores.

Da ASSERPE

A ASSERPE (Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco) lamenta as declarações do presidente da Associação Pernambucana de Futebol (FPF),  Evandro Carvalho,  que em artigo ao “O Poder” trata como “histórica” a decisão de vetar a atividade de repórteres das emissoras de rádio, do legítimo acesso ao estádio para transmissão de jogos de futebol. 

A construção da história e tradição do futebol pernambucano deve muito ao papel das emissoras ao longo dos mais de cem anos,  levando à população em todas as regiões as informações desse esporte. É essa construção que, por exemplo, evita a inserção midiática e influência de outros centros,  ajudando o torcedor a se identificar com suas camisas em solo pernambucano.

Além disso, busca dar voz à uma arbitrariedade, cuja decisão já foi derrubada no Paraná, de cobrar das emissoras de rádio pela transmissão de jogos. Cabe lembrar que a Lei Geral do Esporte fixou que apenas a difusão de imagens captadas em eventos esportivos é passível de exploração comercial pelos clubes, definindo os parâmetros desse trecho da Lei Pelé.

A fala assinada transparece na verdade uma dificuldade em lidar com questionamentos dos veículos à entidade, sempre com o amplo direito ao contraditório.  É sabido que recentes decisões da FPF foram questionadas por profissionais de veículos, gerando a decisão de proibir repórteres. Prova disso é que a vedação pegou a todos de surpresa em meio à terceira rodada.

A ASSERPE informa já estar em alerta com a ABERT para combater juridicamente a ameaça explícita à atividade dos veículos, dando à entidade o status de primeira no país a tentar vedar a atividade das emissoras. Também conclama os clubes pernambucanos a não apoiarem qualquer arbitrariedade contra a presença das emissoras na cobertura da competição. 

Essa posição também tem o apoio de entidades como a Associação dos Cronistas Desportivos do Estado (ACDP).

Ao contrário do que busca destacar o presidente, com sua decisão o futebol pernambucano não avança com isso. Ao contrário, retrocede. 

Por José Nivaldo Júnior*

Os principais  blogs de Pernambuco noticiaram uma bomba desde a madrugada deste domingo: Antônio Campos manifestou apoio incondicional à reeleição do sobrinho, João Campos, no Recife. Um gesto expressivo que pode ser o começo do fim de uma desavença sem maior fundamento. 

Políticas mal conduzidas por alguns então integrantes da cúpula do PSB, movidas por interesses menores, afastaram Antônio Campos da legenda do seu irmão, o ex-governador Eduardo Campos. A ação direta de espoletas políticos e mais  gestores das fartas finanças eleitorais do partido, puxaram o tapete de Antônio na eleição de Olinda, em 2016. A grana solta do PSB nos bastidores garantiu a vitória do “Professor Lupércio”, uma invenção que se provou desastrosa para a cidade. No seu estilo guerreiro, Antônio Campos reagiu e atirou. As relações políticas e familiares foram reduzidas à temperatura do gelo.

Na verdade, Tonca, como Antônio Campos é tratado pelos mais próximos, nunca ficou confortável com a briga. Admirador leal e maior defensor do nome, da memória e do legado do irmão, sempre cultivou a esperança de recompor, se não os laços políticos, pelo menos as relações familiares. Agora, a oportunidade chegou. Campos é novamente pré-candidato em Olinda, João concorre à reeleição no Recife. O apoio incondicional revela muita coisa. Ainda mais quando se revela que o gesto foi precedido de iniciativas de embaixadores da paz, bem recebidas pelos dois lados. Ou seja, houve sinal verde mútuo para prosseguir. Antônio tomou a iniciativa pública. 

Tem mais explicações 

O PL seria, em tese, um potencial aliado de Antônio. Esta semana, manifestou apoio à pré-candidata Izabel Urquiza. A governadora Raquel Lyra, por sua vez, mantém boas relações pessoais com Antônio, mas até agora não fez qualquer aceno político. Carregar o ônus de defender Raquel sem contrapartida de um apoio efetivo não parece ser algo muito inteligente. Somando tudo, a reconciliação familiar e política com o sobrinho, desejo acalentado há tempos, foi o caminho que prevaleceu. 

A nota

Feita a análise dos bastidores para não deixar qualquer dúvida, vamos à nota emitida por Antônio Campos e já divulgada: “se votasse no Recife, meu domicílio é Olinda, votaria em João Campos pelo seu trabalho na Prefeitura. Tem mudado Recife. Meu gesto também é uma homenagem a Eduardo Campos, seu pai e meu irmão, um grande líder, que sempre esteve junto e foi um grande amigo meu e um grande político. 

Esse gesto meu é um reconhecimento, sem esperar reciprocidades. Da minha parte ele ( João Campos) tem um gesto amigo”, sintetiza Antônio Campos.

Repercussão 

Como diriam os personagens  Conselheiro Acácio, de Eça de Queirós, e Almirante, de José Nivaldo Junior, que só falavam o óbvio, as consequências virão depois.

*Jornal O Poder

Da Folha de S. Paulo

A volta de Marta Suplicy ao PT foi, como todas as movimentações políticas da ex-prefeita nos últimos anos, uma decisão tomada em conjunto com seu marido e principal conselheiro político, o empresário Márcio Toledo (posicionado no canto direito da foto acima, ao lado de Marta).

Articulador da ex-prefeita, Toledo estava com ela e o presidente Lula (PT) na foto do encontro em que Marta disse sim ao convite para retornar à sigla e ser vice de Guilherme Boulos (PSOL) na corrida à prefeitura. Ele também a acompanhou na reunião para a demissão dela do cargo de secretária de Relações Internacionais da gestão Ricardo Nunes (MDB), principal rival de Boulos na eleição.

Toledo, 63, e Marta, 78, começaram a namorar em 2009 e se casaram em 2013. Ex-presidente do Jockey Club de São Paulo e desde a juventude ligado à política, o empresário logo se tornou a figura que, nos bastidores, ajuda a tornar realidade as aspirações da esposa.

Relatos colhidos pela Folha com aliados, adversários e pessoas do entorno, a maioria falando sob a condição de anonimato, descrevem Toledo como um negociador habilidoso, cordial e sagaz. A impressão geral é a de que os rumos da ex-prefeita são fruto de decisões compartilhadas entre os dois — mas que a palavra final é dela. Procurados, eles não deram entrevistas.

“Qualquer especulação sobre tutela ou dependência é fruto do machismo estrutural que envergonha a nossa sociedade”, diz o advogado petista Marco Aurélio de Carvalho, amigo íntimo do casal. Marta já considerou a possibilidade de ser vice do advogado numa campanha à prefeitura.

“Ela é uma figura forte, com liderança, luz própria e legado. É natural que confie no marido, alguém com uma visão sofisticada e que vive a política tanto quanto ela”, segue o coordenador do grupo Prerrogativas.

Toledo fez a ponte entre Marta e interlocutores em todas as campanhas desde 2010, num papel de operador político, arrecadador de recursos e consultor em questões de estratégia e comunicação.

Desta vez, participou de todas as etapas da reviravolta que levou à saída de Marta da prefeitura para retornar ao PT — superando mágoas de parte a parte, como a causada pelo voto da então senadora pelo MDB no impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Toledo estava presente, por exemplo, em conversas da ex-prefeita com o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), incumbido por Lula de acertar a volta dela ao partido para uma dobradinha com Boulos, ideia antecipada pela Folha em novembro. No último dia 13, Marta e o marido receberam Falcão e Boulos com as respectivas esposas para um almoço no apartamento deles, nos Jardins, região nobre da capital.

Toledo é considerado um anfitrião invejável, do tipo que serve boa comida e bebida. Ele promove encontros para discussões informais, em casa e no escritório, com políticos de diferentes campos. A formação da chapa Lula-Geraldo Alckmin e o apoio de Simone Tebet (MDB) ao petista passaram por sua sala de jantar.

Sempre circunscrito ao campo da centro-esquerda, construiu como marcas o ecumenismo e a defesa de frentes amplas, seguindo uma linha pragmática sob o argumento de preservação da democracia.

A discrição e o jeito polido podem às vezes dar lugar a um estilo mais duro, segundo um amigo que elogia o tom incisivo do empresário para defender suas posições. Interferências de Toledo em campanhas de Marta já provocaram rusgas com partidos, como noticiou a Folha em 2010 e em 2016.

Uma ex-dirigente partidária que negociou com o casal na época da eleição de 2020 diz que os dois se complementam, cabendo ao marido abrir conversas, esperar respostas e guiar a parte prática.

Naquele pleito, a ex-prefeita flertou com uma candidatura à prefeitura e entrou no Solidariedade. Na reta final, se desfiliou e decidiu apoiar Bruno Covas (PSDB), que venceu Boulos e levou Marta para o governo.

Uma cena daquela campanha ilustra o que amigos veem como carinho e companheirismo de Toledo em relação a ela. Em meio à pandemia de Covid, na espécie de papamóvel construído para a ex-prefeita percorrer a cidade, ela acenava animada em pé —e o marido ia sentado ao lado.

Principal dirigente do Solidariedade, o deputado federal Paulinho da Força (SP), diz que se distanciou de Marta e Toledo após a saída dela da sigla. “Eles fizeram um acordo, nas costas do partido, com o Bruno Covas. Na verdade, nos traíram ali”, afirma à reportagem.

“Eu não quero mais ter nenhuma relação nem com ele nem com a Marta”, continua. “Essa passagem da Marta pelo Solidariedade foi muito ruim para nós, é um episódio que é bom esquecer.”

O rompimento com Nunes também foi traumático, como atesta o aborrecimento do prefeito pelo fato de Marta ter negociado com o PT enquanto ainda tinha cargo na prefeitura. Nas palavras de um agente político próximo do empresário, a articulação da vez não teve a marca Márcio Toledo —teria faltado a elegância e a transparência adotadas em outros momentos.

Uma crítica de Toledo a Boulos na campanha de 2020, chamando-o de “picareta”, passou a ser relembrada. Num grupo de WhatsApp, o empresário insinuou que o psolista fingiu ter Covid para faltar a um debate em que seria “trucidado e desmascarado”.

Filho de um prefeito de Indaiatuba (SP) cassado pela ditadura militar, Toledo deve sua formação política à militância no Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partidão, à atuação na UNE (União Nacional dos Estudantes) e na juventude do MDB. Ele se desfiliou do partido somente em 2018, acompanhando Marta.

Formado em direito pela PUC e jornalismo pela USP, o empresário não priorizou a busca de cargos eletivos ou públicos, mas chegou a ser pré-candidato a prefeito pelo MDB em 2008 e cotado para vice em 2012.

A dedicação maior é à atividade empresarial —sua holding atua no ramo de telecomunicações e investe, entre outros setores, em energias renováveis.

Fontes ouvidas pela reportagem dizem que é uma ilação e má-fé supor que decisões políticas de Toledo tenham ligação com interesses econômicos, mas reconhecem que, como articulador ou empresário, ele mantém um círculo variado de interlocutores e trânsito privilegiado, o que qualquer homem de negócios almeja.

No fim de 2023, Toledo fundou a Associação Brasileira de Armazenamento de Energia (Armazene) e reuniu em um jantar o ex-governador João Doria (ex-PSDB), a pré-candidata Tabata Amaral (PSB), o ex-ministro Moreira Franco (MDB) e o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que preside o conselho consultivo da entidade.

O site da Armazene registra que Toledo e outros diretores viajaram a Brasília para um seminário do setor e foram recebidos em 27 de novembro no Palácio do Planalto pelo ministro petista Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). A agenda dele não registra esse encontro, e a pasta não comentou o assunto.

A Folha apurou que Toledo também esteve com Marco Aurélio Ribeiro, conhecido como Marcola, chefe de gabinete de Lula —fato que, ao ser descoberto por Nunes, fez o prefeito perceber que a costura de Marta com o presidente estava perto de ser concluída.