FMO - Acesse Site

Antônio Moraes discute com o governo iniciativas para estimular o consumo de etanol em Pernambuco

O deputado Antônio Moraes, acompanhado pelo presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, e pelo presidente da Datagro, Plínio Nastari, reuniu-se, ontem, com o secretário estadual da Casa Civil, Túlio Vilaça, no Palácio do Campo das Princesas, para pedir o engajamento do Governo do Estado em uma campanha de valorização do etanol hidratado e anidro.

Nos últimos três anos, houve uma redução no consumo do produto em estados como Pernambuco, Alagoas e Paraíba. A intenção do Sindaçúcar-PE é reverter essa tendência, contando com o apoio de Moraes, que é autor da estadual 17026/2020, que incentiva o consumo de etanol no Estado. O parlamentar lembrou que o etanol produzido no Brasil atende às normas ambientais internacionais e é um biocombustível sustentável, que gera mais de 60 mil empregos em Pernambuco.

A queda no consumo foi influenciada por alterações promovidas pelo governo de Jair Bolsonaro nas regras do ICMS, impactando o preço final e prejudicando a competitividade do etanol em relação à gasolina. Em Pernambuco, o consumo de etanol caiu de 40,4% em 2021 para 34,40% em novembro de 2023. Daí a iniciativa do deputado, juntamente com os representantes do setor, de estimular a criação de novas políticas que favoreçam o desenvolvimento sustentável do segmento.

“Como autor da lei que entrou em vigor em 2020, reconheço a importância de novas medidas que impulsionem o consumo de etanol em nosso Estado. A reunião com o secretário Túlio Vilaça e os representantes do Sindaçúcar-PE e Datagro reforça a necessidade de apoio do Governo do Estado para uma campanha de valorização do etanol”, afirmou Antônio Moraes.

O parlamentar acrescentou que, diante das recentes quedas no consumo, é crucial promover políticas que incentivem a competitividade desse biocombustível, tão relevante para a economia e o meio ambiente. “A busca por soluções sustentáveis e a preservação dos empregos gerados pelo setor são prioridades que continuaremos defendendo no Legislativo, porque sabemos que são capazes de garantir um futuro mais promissor para o povo pernambucano”, concluiu.

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia último dia 17, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o Brasil e os Estados Unidos estarão “lado a lado para garantir que a democracia continue triunfando”.

Biden chama Lula de amigo e diz que há muito a ser feito pelos dois mandatários. O presidente americano expressou concordância com o discurso de Lula no aniversário dos ataques golpistas de 8 de janeiro. As informações são do blog da Natuza Nery.

“Meu amigo, ainda temos muito a realizar. Como você afirmou com tanta razão em seu discurso marcando o triste aniversário da tentativa de golpe de Estado no Brasil, a democracia nunca está pronta, precisa ser construída e cuidada todos os dias’.”

Os ataques golpistas ao Brasil aconteceram em 8 de janeiro de 2023, dois anos após os ataques ao Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021.

Ambos os casos guardam muitas semelhanças. Nos EUA, os golpistas não aceitavam a derrota do ex-presidente Republicano Donald Trump para o atual presidente. No Brasil, os eleitores favoráveis a Jair Bolsonaro também não aceitavam a derrota do capitão reformado para Lula. O questionamento do resultado das eleições, nos dois países, se deu pela tentativa de deslegitimar as eleições alegando fraude.

No último dia 23, Lula escreveu a Biden e o convidou para vir ao Brasil. O petista ressalta, em sua carta, a boa relação entre os dois países no momento e o aniversário de 200 anos das relações diplomáticas entre os dois Estados.

Nos bastidores, a reportagem apurou que a intenção de Lula é fazer um gesto no momento em que Biden está em um processo de sucessão, e ele fez esse gesto por diversos motivos. Biden enfrentará uma dura campanha para conquistar sua reeleição em novembro deste ano. O presidente americano tem ido bem nas primárias do partido, mas sua ausência nas prévias Democratas têm preocupado eleitores.

O Brasil e os EUA mantém relações diplomáticas desde 1824, quando o então presidente americano, James Monroe, reconheceu a independência do Brasil. A primeira missão diplomática (Legação) dos EUA no Brasil foi instaurada em 1825, no Rio de Janeiro. O representante americano em terras brasileiras foi Condy Raguet. Ele se apresentou ao imperador Dom Pedro I em outubro daquele ano.

Levou 80 anos para que a legação tivesse o seu status elevado para Embaixada. Em 1 de janeiro de 1905, David E. Thompson foi nomeado embaixador dos EUA no Brasil.

Toca Jabô

Por Ney Lopes

Antes era o orçamento secreto. Agora é o orçamento com o “veto” presidencial do tipo “parece, mas não é”. A propósito, o “Estado de São Paulo” publica reportagem sob o título: “Veto de Lula no Orçamento vira jogada para combinar pagamento de emendas antes das eleições”. Trata-se realmente de denúncia mais grave do que o orçamento secreto.

Por que o “veto” no Orçamento geral da União (OGU) de 2024 é denominado “parece, mas, não é”? O valor das emendas de comissão cresceu justamente após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar o orçamento secreto inconstitucional. O veto presidencial no OGU corta apenas R$ 6.9 bilhões em emendas das comissões do Congresso, cujo valor total era R$ 16,6 bilhões.

Esses R$ 6.9 bilhões vetados foram acrescentados (o bode na sala) no acordo feito. Portanto, não farão nenhuma falta. O Congresso saiu no lucro. Com o veto de Lula, o montante ficou em R$ 11 bilhões, justamente o pretendido pelo governo e parlamentares para uso na “farra” eleitoral deste ano.

Na prática, o veto de Lula em emendas das comissões, torna mais fácil  a liberação do dinheiro, por “aparentemente”  aliviar pressões ao Tesouro nacional.

Garantir recursos na “boca do caixa” é o que os parlamentares mais querem. A lei eleitoral proíbe repasses nos três meses anteriores à disputa. O veto “parece, mas não é” irá permitir que o dinheiro seja repassado antes do período proibido e alimente o clientelismo eleitoral nas eleições municipais. Nada diferente do governo passado.

Apesar do veto, o valor das emendas sancionado por Lula continua sendo recorde – R$ 47,8 bilhões –, somados todos os tipos de indicações parlamentares. Nem no orçamento secreto houve volume maior de dinheiro. Como conclui o ‘Estadão” “é mais barato gastar tudo que se tem com 10 reais no bolso, do que com 15. “Ainda melhor quando os 10 reais é tudo que se precisa”.

A emenda de comissão é herdeira do orçamento secreto, que bancou tratores superfaturados e outras obras, durante o governo Bolsonaro. Os verdadeiros “padrinhos” do recurso ficavam ocultos e um parlamentar patrocinava emenda de forma secreta para o Executivo pagar. Muitos se elegeram com essa prática indecorosa, nunca vista no Brasil e até hoje protegida pela impunidade.

Mesmo com aparentes mudanças, os repasses das emendas em 2023 beneficiaram somente 16% das cidades brasileiras e bancaram as ações que irrigaram o orçamento secreto. Foram R$ 6,9 bilhões liberados em emendas de comissão.

Do valor total, 90% ficaram concentrado em apenas uma comissão, a de Desenvolvimento Regional do Senado. Teve dinheiro até para obra de um irmão do senador, que preside a Comissão

Constatou-se nível de execução e eficiência baixíssimos, tirando o espaço de outros recursos, que poderiam ser bem aplicados. Infelizmente, este é o retrato verdadeiro de um país, que nada muda e somente repete o passado.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Para pagar uma cirurgia, Rejane Moura da Silva, moradora do bairro Chã do Marinheiro, em Surubim, no Agreste de Pernambuco, começou uma vaquinha online. Rejane precisa realizar uma intervenção cirúrgica com urgência, após uma úlcera ter infeccionado e estourado, sendo necessário iniciar o tratamento para não comprometer a articulação. A vaquinha solidária tem como meta arrecadar R$ 15.900,00 (quinze mil e novecentos reais). Para colaborar, o PIX de Rejane é: 8198105865 (Rejane Moura da Silva).

Ipojuca - Minha rua top

Um acidente foi registrado em uma vala, às margens da BR-232, no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife, mesmo local onde, três dias antes, ocorreu a tragédia em que duas irmãs da cantora Cristina Amaral morreram e outras três pessoas ficaram feridas. As informações são do portal FolhaPE.

Por volta das 3h desta sexta-feira (26), uma caminhonete modelo Fiat Toro, que seguia no sentido Capital, saiu da pista e caiu nessa mesma vala, no km 5 da rodovia, nas proximidades do Hospital Pelópidas Silveira. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), duas pessoas estavam no veículo no momento do acidente, mas ninguém se feriu.

Equipes da corporação foram enviadas ao local. O motorista do automóvel foi submetido ao teste do bafômetro, que teve resultado negativo para o consumo de álcool. A caminhonete foi retirada do local pela manhã.

Camaragibe Agora é Led

Ao quer questionada, na manhã de hoje, durante coletiva de imprensa no Quartel do Derby, sobre a troca de comandos nas polícias Civil e Militar do Estado, a governadora Raquel Lyra (PSDB) deixou os jornalistas ‘a ver navios’ e abandonou a entrevista.

Perguntada pelo Blog Cenário sobre as críticas políticas e a influência de parlamentares na troca de comandos das polícias, a governadora ouviu a pergunta, virou as costas aos jornalistas e simplesmente foi embora. Confira no vídeo.

Citi Hoteis

A pré-candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral, anunciou sua pré-candidatura, ontem, na casa onde nasceu. O que chamou a atenção, foi ela ter adotado o discurso e o slogan de Anderson Ferreira, ex-candidato ao Governo de Pernambuco pelo PL, o “Simbora Trabalhar”. A campanha de Anderson foi considerada pelo IDP, em Brasília, como referência de estratégia. Ao ver a coincidência, alguns liberais reagiram com humor: “quem sabe não é um recado e ela quer vir para o PL”?.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

O médico endocrinologista Ruy Lyra é o novo presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) para o biênio 2024-2025. A SBD é a principal entidade médica do país focada em diabetes, com mais de 3,2 mil associados, e desde a sua fundação contribui para o controle preventivo à doença e trabalha pela ampliação do acesso a medicamentos e tratamentos indicados aos portadores de diabetes em todo o sistema de saúde nacional.

Uma das principais metas da nova gestão é trabalhar junto ao governo federal a fim de tentar reduzir a diferença existente entre o acesso a tratamentos na rede privada e pública e levantar, por meio de pesquisa, o número atualizado de pessoas com diabetes no país. “Queremos que os pacientes do SUS tenham acesso aos mesmos medicamentos e insumos que estão disponíveis na rede particular”, enfatiza o presidente da entidade.

Ruy Lyra acrescenta que o último levantamento foi realizado pelo governo federal há 35 anos, em 1988. De posse de informações atualizadas, será possível determinar a quantidade de insumos e medicamentos necessários, otimizando os gastos com o tratamento das complicações do diabetes, que incluem problemas renais, cardíacos, de visão e amputações.  

Caruaru - Geracao de emprego

Por Aldo Paes Barreto*

Nesta época do ano, quando as cinzas da queima da Lapinha já não ardiam, as emissoras de rádios, lojas de discos, programas de auditórios passavam a tocar frevos. Era o prenúncio do carnaval, antecipado pelos ensaios de bloco, os “gritos de carnaval”. Os frevos, em várias versões, estimulavam a alegria de ser pernambucano.

Nas demais épocas do ano, os compositores produziam diferentes ritmos, embalavam outras festas, todas pulsando a energia que vinham das nossas raízes ou captadas de outros povos antigos e criativos. Evocações. As orquestras letradas e os movimentos musicais harmoniosos, apanhavam a vivência popular e devolviam sob forma de ritmos e danças eternizados em partituras, danças e cantorias. 

Ciranda, maracatu, baião, xote, música armorial. E o mais característico de nossa riqueza maior: o frevo. Poucos se davam conta dessa fortuna cultural, do imenso legado, sincopado e frenético, fazendo o gozo das ruas reunindo crenças, folguedos, poesias em festa democrática, com a magia de momentos felizes desembocando nos clubes e salões mais elitizados.

Era assim.

Lá pelo final do século passado, o maestro brasileiro Júlio Medaglia voltava da Alemanha onde, na Escola Superior de Música de Freiburg, obteve mestrado e ministrou vários cursos de regência e de interpretação sinfônica. Em 1993, ao regressar a São Paulo ele revelou, em entrevista à Folha de São Paulo, sua extrema admiração pela “riqueza musical de Pernambuco”. Medaglia enfatizava que nossa música – o frevo – era a maior do Brasil e suplantava toda a Europa.

Nessa entrevista o maestro consagrado contou um fato surpreendente: músicos da Filarmônica de Berlim não tiveram a técnica e o pique suficiente para tocar frevo. Pediram tempo para se identificarem com o ritmo.  Não é tarefa fácil. O frevo é explosão musical e dança individual, libertação corporal, mistura de capoeira com passos dos cossacos russos, empolgação de marcha militar e até a suavidade nostálgica de música sacra, como sugerem as marchas regresso e os frevos de Levino Ferreira.

Na época da entrevista, o já respeitado maestro antecipava que as redes de TV “estavam devastando as manifestações musicais pernambucanas, através do bombardeio incessante de música de qualidade inferior”. Ali, estava a explicação antecipada do crescente desconhecimento musical, do caminho para seduzir as massas ignaras, do tempero rápido para se ganhar dinheiro com o mercado do divertimento. Pobre, pueril e de profundo mau gosto. A massa precária adora baticum primitivo e duplas caipiras, que um só cantante já não dá conta.

Há uns dez anos, o que já estava ruim, piorou. Os governantes recifenses entenderam promover o carnaval multicultural. Na verdade, o carnaval anticultural. Aliados não faltaram, nem faltam. No Recife, existe até lei municipal obrigando emissoras de rádio, concessões de serviço público, a executarem determinado número de frevos na programação diária. Nunca foi cumprida. Os poderes públicos, prefeituras e governo estadual preferem pagar cachês milionárias a artistas alheios à musicalidade pernambucana do que contratar os profissionais da terra. Como em desfile de escola de samba, dos bicheiros cariocas, tem sempre a comissão de frente.

Fazer o quê?

Belo Jardim - Patrulha noturna

Ao apagar das luzes do primeiro mês de novo ano, o Instagram deste blog atingiu a marca de 70 mil seguidores. É a rede social de maior crescimento em todas que disponibilizamos os links e resumos das postagens do blog.

Um número que merece abrir um champanhe para comemorar! Eu sempre costumo dizer que as pessoas não chegam de enxurrada a seguir um blog político se não tivéssemos a boa informação, credibilidade, os fatos mais importantes em primeira mão. Os brasileiros estão hiper descrentes da política e dos políticos em geral e por isso mesmo preferem seguir outros sites ou blogs especializados em assuntos os mais variados, inclusive cosméticos.

Por isso, a alegria da comemoração pelos 70 mil. Se você não nos segue aqui ou no YouTube, chegue agora pra junto de nós:

YouTube: www.youtube.com/@blogdomagno

Instagram: https://www.instagram.com/blogdomagno/?hl=pt-br

Vitória Reconstrução da Praça

O vice-prefeito de Toritama, Romerinho (PSDB), cumpriu agenda. nesta semana, na Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, em Recife, com o objetivo de buscar investimentos para a cultura, eventos e lazer da cidade.

A reunião foi realizada no gabinete da secretária de Cultura estadual, Cacau de Paula (PSD). “Toritama é uma cidade que necessita de investimentos e de reascender e valorizar a nossa cultura. Vamos juntos trabalhar e melhorar a vida do nosso povo, em parceria com o Governo do Estado de Pernambuco”, afirmou Romerinho.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

O Ministério da Saúde publicou, ontem, a portaria 3113/2024, que dispõe sobre os valores da parcela do mês de janeiro relativo ao repasse da assistência financeira complementar da União aos Municípios para o pagamento do piso de enfermagem, mas a Confederação Nacional de Municípios (CNM) protestou. Cobra uma posição do Governo sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 18 de dezembro de 2023, a partir dos embargos de declaração, que impactam o piso.

Destaca que a reformulação do conceito de piso salarial, por parte do Supremo, poderá reduzir os repasses da União a partir do mês de janeiro, visto que a referida decisão está na plena produção de seus efeitos jurídicos. Dessa forma, apesar de a portaria não apresentar ainda a redução nos repasses, a CNM alerta que poderão ocorrer ajustes e acertos de contas para os municípios nas portarias subsequentes.

Segundo a decisão do STF, o piso não é mais a remuneração, simplesmente, e sim remuneração global, que corresponde ao valor mínimo a ser pago em função da jornada de trabalho completa. A remuneração pode ser reduzida proporcionalmente, no caso de carga horária inferior a 8 horas por dia ou 44 horas semanais.

Sobre o conceito de Remuneração Global, a Confederação menciona ainda o entendimento trazido na Cartilha do Ministério da Saúde que inclui o vencimento básico, mais vantagens pecuniárias gerais e permanentes, além das vantagens variáveis, individuais ou transitórias. Ficaram fora do conceito as parcelas de caráter indenizatório.

Diante disso, a CNM mantém o alerta aos municípios em relação à importância de preencher adequadamente o InvestSUS, principalmente o campo vantagens variáveis (VPVT), que passará a compor o cálculo do piso da enfermagem, conforme cartilha do MS e decisão do Supremo.

A entidade orienta, ainda, que os gestores devem informar às equipes de enfermagem sobre a circunstância de que possíveis valores de auxílio da União recebidos a menor decorrem da decisão do STF e não de qualquer iniciativa discricionária da gestão local.

Ao longo desta semana, a governadora Raquel Lyra fez um anúncio estranho sobre o novo voo Recife-Madri. Em seus releases e nas redes sociais, não há uma única palavra ou depoimento da empresa que vai operar a nova conexão. A Air Europa, a empresa responsável pelo voo, também não fez nenhum pronunciamento público. 

Normalmente, quando um governo atrai um investimento ou conquista de uma ação do setor privado, representantes da empresa parceira fazem confirmações públicas e destacam como foi a participação do poder público para fechar o negócio, para bater o martelo.

Mas o anúncio do voo já tem dois dias e nada da companhia área dar um único pio. Será que tem algo que não foi bem combinado aí ou tem mais alguma coisa?

O Governo Raquel Lyra tem feito inovações que não têm agradado a população ou não têm efeitos práticos. E esse caso específico do voo Recife-Madri tem uma estranheza que vai se somando ao espólio de uma gestão que parece cada vez mais perdida.

Tabata explora origem humilde

A laje da casa em que nasceu e vive até hoje, na Vila Missionária, periferia da Zona Sul de São Paulo, serviu de cenário, ontem, para a deputada Tabata Amaral lançar sua pré-candidatura à Prefeitura da capital paulista nas eleições deste ano. “É aqui que minha história começa, e a gente não pode nunca esquecer de onde vem”, disse no início da sua fala.

E acrescentou: “Tenho muito orgulho de habitar lugares tão diferentes em São Paulo, mas é muito doido. Sair de uma reunião da Faria Lima, vir dormir com minha mãe e faltar água para tomar banho. Isso é São Paulo. Vocês imaginam se não tivesse água nos Jardins toda noite? Era revolução”.

Tabata reuniu colegas de partido, o ministro da Micro e Pequena Empresa, ex-governador de São Paulo, Márcio França, e o apresentador Datena. Ao lado da mãe e com a presença da Imprensa, fez um evento simples, com cuscuz e café. No discurso, destacou as diferenças sociais em São Paulo e contou, emocionada, um pouco da sua origem humilde.

“São Paulo está profundamente dividida. A gente foca na polarização ideológica da esquerda com a direita. Mas tem uma polarização entre a São Paulo do centro, com shows, oportunidades, cursos, universidades, e uma São Paulo onde eu nasci, tomada pela desesperança, que não chega ao centro, sofre com o desemprego, o despejo, as chuvas”, disse.

Ao final do evento, que não contou com a presença do namorado, o prefeito do Recife, João Campos, Tabata divulgou um vídeo da campanha chamada “Uma só cidade”, na qual critica a desigualdade social na capital paulista e destaca sua infância humilde. A peça é assinada pelos marqueteiros Pablo Nobel, Fabio Modena, Marcelo Arbex e Bruno Bernardes.

Ausência do cabo eleitoral – Principal cabo eleitoral de Tabata Amaral, quatro vezes governador de São Paulo, o vice-presidente Geraldo Alckmin participou do ato por meio de um vídeo. Segundo a pré-candidata, o correligionário não pôde comparecer “por ser um homem muito trabalhador” e por não ser feriado em Brasília –diferentemente da capital paulista, que comemorou ontem 470 anos de fundação.

Garra e determinação – No vídeo, ao lado da segunda-dama Lu Alckmin, o vice-presidente Geraldo Alckmin declarou que Tabata representa a fé e a esperança que a capital paulista precisa. “Se São Paulo é terra de oportunidade, a cidade vai ter uma oportunidade de eleger uma grande prefeita, preparada, com paixão, com amor, com garra e determinação para fazer nossa cidade avançar ainda mais”, afirmou.

Nova federação sem confirmação – A notícia sobre uma possível federação partidária, formada pelo PP, União Brasil e Republicanos, antecipada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), é desconhecida pelo deputado Augusto Coutinho (Republicanos). “Conversei com o presidente do meu partido, Marcos Pereira, e não tive essa informação. Houve conversações, mas acredito que pode ser uma movimentação muito mais para a eleição da Mesa da Câmara, que só ocorrerá daqui a um ano do que propriamente uma federação já para essas eleições”, reagiu Coutinho, em entrevista à Rádio Folha.

Meira rebate Sileno – O deputado federal Coronel Meira (PL) estranhou as declarações do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, que criticou a governadora por ter feito mudanças na PM e na Polícia Civil depois de ouvir Meira. “Eu não indiquei ninguém. Sugeri a troca dos comandos para a governadora. Desde novembro do ano passado que estou falando sobre isso. Conversei também com o secretário (de Defesa Social, Alessandro Carvalho). Não tenho nada contra os que saíram, mas eles tiveram um ano e não entregaram nada”, esclareceu.

Bandidos provocam terror – A bandidagem está aproveitando a crise na segurança pública sem nenhuma temeridade. Ontem, moradores das Graças e Aflitos bateram duro no Governo depois de viralizar pelas redes sociais dois assaltos a pedestres em plena luz do dia, feitos por duplas usando motos e até carros. As vítimas perderam celular, objetos pessoais e documentos. Andar no Recife, mesmo nos bairros nobres, é colocar a vida em risco. Imagine no carnaval, sem câmeras de monitoramento e polícias nas ruas!

CURTAS

DEBAIXO DO BRAÇO – O deputado Mendonça Filho levou, ontem, para uma audiência com a governadora Raquel Lyra (PSDB), o seu novo aliado no Sertão do Pajeú: o prefeito de São José do Egito, Evandro Valadares (PSB). Pediu recursos para pavimentação de ruas e melhoria da rede municipal de saúde.

MAIS ÁGUA – Já o prefeito de Itapetim, Adelmo Moura, também do PSB, esteve ontem com o presidente da Compesa, Alex Campos, ao lado do deputado estadual José Patriota, para tratar do reforço do abastecimento de água no município.

SEM PRIVATIZAÇÃO – Por falar no presidente da Compesa, Alex Campos, ele desmentiu ontem a informação trazida com exclusividade pelo JC dando conta que a estatal iria a um leilão de privatização. “A Compensa nem vai ser leiloada nem privatizada. O que haverá será uma concessão apenas dos serviços de distribuição de água”, afirmou o dirigente da estatal.

Perguntar não ofende: A Polícia Civil blefa quando diz que vai parar no Carnaval?

Por Fernando Castilho*

O Governo Lula iniciou uma ação coordenada para forçar a indicação do ex-ministro da Fazenda, no Governo Dilma Rousseff, Guido Mantega na presidência da Companhia Vale do Rio Doce, onde o estado tem apenas 8% das ações da empresa através de um fundo de pensão.

A decisão de colocar o ex-ministro num cargo importante é uma iniciativa do presidente que lhe prometeu espaço no governo, mas que devido às fortes resistências de seus membros em até mesmo fazer parte do Grupo de Transição, ele ficou fora da nova equipe ministerial e até mesmo de cargos no segundo escalão.

O presidente, entretanto, quer vê-lo no comando da Vale ainda que a mineradora tenha deixado de ser uma estatal há mais de 25 anos.

A estratégia do presidente começou a ser identificada quando o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, recebeu a missão de procurar os representantes dos acionistas da empresa para sugerir a indicação de Mantega para ocupar uma das 13 vagas do Conselho de Administração da empresa.

Silveira já falou com ao menos três representantes de blocos de ações insistindo na necessidade de o governo voltar a contar com os serviços de Mantega numa empresa próxima ao governo, ainda que ela não seja mais estatal.

Em outra frente, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, afirmou que ele é um dos “pouquíssimos brasileiros” qualificados para compor o conselho de administração da empresa. Mantega nunca trabalhou em nenhuma sequer próxima da atividade mineradora.

A estratégia de pressão para ter o ex-ministro de Dilma Rousseff na presidência da segunda maior empresa do Brasil prosseguiu com o próprio presidente numa postagem na rede social X (ex Twitter) afirmando na postagem que “Hoje faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente cinco anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada. É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana”, escreveu o presidente.

Aparentemente, o presidente deseja intervir no processo de recondução do atual presidente da empresa, Bartolomeo. A empresa pode ter um novo processo para contratar um executivo como CEO.

E nesse momento que o presidente força o nome de Guido Mantega, embora ele não seja bem-visto entre os sócios privados da empresa e investidores no mercado.

O desafio do presidente é que para ter o correligionário no comando da Vale ele terá que encontrar formas de mudar as normas de uma que adotou uma série de regras de governança corporativa para a indicação do seu presidente. O que para a maioria dos analistas torna muito difícil a gestão da mineradora aceitar o ex-ministro cujo currículo é suficiente para passar por análise rigorosa.

Entretanto, o governo Lula já tem demonstrado que a questão das normas de compliance adotada depois da Lava Jato para empresas estatais não é bem-vinda.

Em março de 2023, antes de três meses da nova gestão, o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, acatou pedido do PCdoB e suspendeu a necessidade de quarentena para a indicação de políticos às empresas estatais.

A decisão foi tomada em caráter liminar após a paralisação do julgamento na semana passada. A Lei das Estatais (13.303), sancionada em 2016, estabeleceu uma série de critérios mais duros para a indicação às diretorias e aos conselhos de administração de companhias públicas controladas pela União.

A decisão permitiu a Lula indicar nomes como o ex-senador Jean Paul Prates para a Petrobras e o ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara para o Banco do Nordeste.

O ataque do governo à Vale fez com que as ações da companhia tivessem forte queda nesta quinta-feira com a possibilidade de o governo colocar na presidência de uma empresa de classe mundial um correligionário no âmbito da Operação Arquivo X da Polícia Federal.

E que foi o autor de uma modelo de gestão da economia brasileira que chamou Nova Matriz Econômica. Apesar de todas as críticas a sua competência o economista completou oito anos à frente de um dos cargos mais importantes do Brasil, o ministério da economia sendo admirado pelo presidente Lula

*Colunista do Jornal do Commercio

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) virou réu pelos supostos crimes de calúnia, difamação e injúria contra a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). A 3ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza aceitou a queixa-crime movida pela ex-ministra da Mulher do governo de Jair Bolsonaro (PL), que foi chamada de “bandida nazifascista da quadrilha do Bolsonaro” por Ciro.

O caso que originou o processo ocorreu em 27 de maio de 2020, em uma entrevista concedida pelo pedetista ao canal Portal do José no YouTube. O vídeo não está mais disponível. O juiz Ricardo Nogueira destacou que a decisão é “uma mera admissibilidade da acusação, não cabendo nessa fase processual exame aprofundado do teor dos fatos narrados”.

Em maio de 2023, uma audiência de conciliação foi marcada, mas as partes não chegaram a um acordo. A assessoria de Ciro foi procurada pelo Estadão para comentar o caso, mas não se manifestou.

A partir da decisão da 3ª Vara Criminal, no último dia 18, Ciro tem dez dias para responder à acusação. Em seu perfil no X (antigo Twitter), Damares disse que recebeu a notícia “com muita alegria” e que não tem medo de “coronéis” ou de quem quer intimidar as mulheres “a não participar do processo político”. “Ele vai ter que provar que eu sou ‘bandida nazifascista’”, afirmou em vídeo publicado em sua conta na noite desta quarta-feira, 24.

Por Diogo Victor*

Causou preocupação e estranheza a declaração do deputado federal Coronel Meira, afirmando que solicitou à governadora Raquel Lyra a exoneração dos comandantes da Polícia Militar e da Polícia Civil, inclusive sob o argumento de que havia necessidade de chefes com maior perfil operacional.

No tocante à Polícia Civil, registre-se que é uma polícia judiciária e investigativa, portanto, deveria ser tratada como uma polícia de Estado, sem ingerência política e com autonomia administrativa e financeira.

Já a Polícia Militar, essa sim, pode ser considerada como polícia de governo, podendo ser direcionada para repressão de um ou de outro delito a critério do governante.

No final de 2006, entendeu-se que a Secretaria de Defesa Social deveria ser gerida por um técnico, por um delegado da Polícia Federal, sem qualquer interferência político-partidária. E assim ocorre até a presente data.

O atual secretário de Defesa Social é Alessandro Carvalho, que se enquadra nesse perfil técnico com excelentes trabalhos por onde atuou na PF. As declarações do parlamentar carecem de adesão na realidade fática, já que tanto Coronel Torres como o Delegado Renato Rocha teriam se desvinculados há muito tempo da atividade operacional.

Renato trabalhava no sistema de inteligência desde 2015 e Coronel Torres com passagem em diversas Gerência da SDS, há mais de 15 anos.

Ocorre que as informações do deputado federal também teriam uma infeliz coincidência com troca de farpas entre um delegado que apurou mortes praticadas por policiais militares e pela conduta do comando da PM nessas prisões. Será que por causa disso, o parlamentar teria pedido o afastamento do delegado das investigações e a delegada geral teria segurado e terminou caindo também? Será que devido a postura do comandante geral nas prisões, o deputado teria pedido a troca do comando geral?

Conhecendo a postura do secretário Alessandro Carvalho, jamais acreditaria que isso teria alguma relação. Mas como o próprio deputado confirma a interferência na segurança pública, a ADEPPE teme que a mudança possa ultrapassar o poder de decisão do secretário de Defesa Social.

Ano passado, tivemos cancelamento de uma coletiva de imprensa sobre a operação do DRACCO que apurava desvios praticados por vereadores em Caruaru e que os alvos, por triste coincidência, eram do mesmo partido da governadora.

Aguardamos o posicionamento do secretário sobre a fala do parlamentar federal.

*Presidente da ADEPPE