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Vice Geraldo Alckmin evitou atrito com o presidente Lula

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Provavelmente para não abrir uma linha de confronto com o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) desistiu de prestigiar o ato que deu o start da pré-candidatura da deputada Tabata Amaral (PSB) à Prefeitura de São Paulo. Não pegaria bem subir no palanque de uma aliada na capital paulista, principal preocupação de Lula, uma semana antes do chefe-mor ser a principal estrela na refiliação da ex-prefeita Marta Suplicy ao PT. Ela é cotada para fechar a chapa de Guilherme Boulos, pré-candidato do Psol.

A refiliação de Marta será um festão, na próxima sexta-feira (2). Um dos detalhes decididos é o local do ato. Será realizado na Casa de Portugal, centro cultural localizado no bairro da Liberdade. O evento deve acontecer no início da noite, provavelmente a partir das 18h. Ontem, a ex-prefeita convidou deputados federais, deputados estaduais e vereadores do partido em São Paulo para um jantar em seu apartamento.

O encontro acontecerá na próxima segunda-feira (29), quatro dias antes do evento de refiliação da ex-prefeita ao PT. O convite de Marta foi enviado aos parlamentares petistas por meio do presidente  estadual do partido em São Paulo, Kiko Celeguim, que também é deputado federal. Segundo aliados de Marta, o jantar faz parte da estratégia da ex-prefeita para se reaproximar dos petistas, dos quais tinha se afastado após deixar a legenda em 2015.

Além de agregar experiência à chapa e munição contra o atual prefeito, a expectativa sobre Marta Suplicy como vice de Guilherme Boulos na disputa à Prefeitura de São Paulo também recai sobre a capacidade da ex-prefeita em atrair doadores robustos à campanha do deputado do PSol, que costuma repelir o apoio empresarial por conta do discurso de esquerda.   

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela confirmou a proibição da líder da oposição, María Corina Machado, de ocupar cargos públicos por 15 anos. A decisão aumenta os obstáculos para a oposição nas eleições e favorece a permanência do ditador Nicolás Maduro no poder. Além de Corina Machado, Henrique Capriles, outra figura proeminente da oposição, também teve confirmada sua inabilitação por 15 anos. Enquanto isso, Leocenis García e Richard Mardo tiveram suas inabilitações canceladas. A medida do TSJ é criticada por políticos e ativistas venezuelanos, que a consideram uma tentativa do regime de enfraquecer a oposição, retirando suas principais figuras do cenário político.

A decisão baseia-se em alegações de que María Corina Machado teria participado de um esquema de corrupção vinculado a Juan Guaidó, durante o período de 2019 a 2023, quando este foi reconhecido como presidente interino por parte da oposição e de outros países. A decisão também levanta preocupações sobre a violação do Tratado de Barbados, assinado entre o governo e a oposição, que buscava garantir eleições livres e justas em troca do relaxamento de sanções dos Estados Unidos. As informações são do Estadão.

Além disso, a situação política na Venezuela se intensifica com a prisão de colaboradores de María Corina Machado por supostas conspirações. O procurador-geral do país, Tarek William Saab, indiciou líderes regionais da sua campanha por envolvimento em uma suposta conspiração contra o governo.

Apesar das pressões, a oposição reafirma sua intenção de manter a rota eleitoral, considerando a decisão do TSJ como um obstáculo, mas sem abandonar a via democrática. O enfraquecimento do regime de Maduro é percebido como a principal razão para sua postura mais defensiva e agressiva contra os opositores. A Constituição venezuelana e a inabilitação de mais de 1.400 cidadãos para cargos públicos desde 2002 levantam questões sobre a legalidade dessas sanções administrativas. 

A Noruega, envolvida nas negociações entre Maduro e a oposição, propôs um mecanismo de revisão das inelegibilidades, mas as recentes decisões do TSJ indicam uma falta de avanço nesse processo. A crise política e as ameaças de reversão de medidas pelos Estados Unidos intensificam a instabilidade interna no país, enquanto Maduro declara que os acordos assinados com a oposição estão “mortalmente feridos”.

Toca Jabô

Médicos que atuam no Hospital Jesus Nazareno, em Caruaru, fazem apelo para que a unidade não seja fechada pelo Governo de Pernambuco. Segundo o médico obstetra Frederico Araújo, durante reunião realizada no ano passado, o governo estadual – por meio da Secretaria de Saúde -, informou que o hospital teria que ser fechado porque os doadores do terreno haviam solicitado a devolução do mesmo.

Inclusive, durante a reunião, a secretaria teria informado que já existe um processo em tramitação na Procuradoria do Estado para a devolução do terreno, que seria de propriedade da Loja Maçônica Dever e Humanidade. O terreno foi cedido ao Estado de Pernambuco em 1978.

Confira o vídeo

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Na manhã deste sábado (27), um dia depois de abandonar uma coletiva de imprensa após ser questionada sobre críticas políticas, a governadora Raquel Lyra (PSDB) se emocionou ao revelar que tem passado por momentos difíceis na vida pessoal e se perguntado qual o seu propósito. 

A emoção da tucana aconteceu durante a missa de entrega da insígnia episcopal ao arcebispo Dom Paulo Jackson, na Catedral da Sé, localizada no Carmo, Olinda. Raquel apontou que a fé tem sido fundamental para mantê-la de pé.

Confira:

Ipojuca - Minha rua top

Inflamada após as ações da Polícia Federal contra os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), a ala bolsonarista do Congresso Nacional ameaça atrapalhar as votações de interesse do governo, além de elevar a pressão para o avanço de pautas que esvaziam o poder do Supremo Tribunal Federal (STF). O grupo pressiona, sem sucesso até o momento, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para endossar a empreitada.

Lira não deu sinais de que irá embarcar no discurso e se manteve distante da repercussão dos últimos acontecimentos. Pacheco deve seguir o mesmo caminho, sobretudo após o embate público com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que o chamou de “frouxo”. As informações são do O GLOBO.

Apesar disso, a oposição quer se reunir com os dois presidentes na próxima semana em busca de uma “resposta institucional de defesa do Parlamento”. Do lado do Senado, a incumbência ficou a cargo do senador Rogério Marinho (PL-RN). Já na Câmara, do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

“Vamos defender um diálogo, uma construção política, para uma demonstração de fortalecimento do Congresso. Se por algum motivo isso não for possível, então a oposição passará a agir como oposição”, afirmou Sóstenes ao GLOBO.

Entre os projetos em tramitação no Legislativo que vão entrar na “lista de exigências” da oposição está a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá poderes ao Congresso para sustar decisões do Supremo Tribunal Federal que “extrapolem os limites constitucionais”, além da que restringe decisões monocráticas, atualmente, na Câmara.

Mas novos projetos também devem entrar nesse rol após o fim do recesso, como uma proposta do deputado Rodrigo Valadares (União-CE). Ele quer aprovar a exigência da autorização das mesas diretoras do Congresso para ações policiais contra deputados ou senadores. Antes da operação contra Ramagem, o texto tinha 55, das 171 assinaturas necessárias, incluindo a do líder do partido de Valadares, o deputado Elmar Nascimento (União-BA).

Diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro, Ramagem foi alvo de mandados de busca e apreensão ontem, pela suspeita de monitoramento ilegal de desafetos do ex-presidente. Já Jordy entrou na mira da Polícia Federal na semana passada pela suspeita de organizar atos antidemocráticos.

Neste fim de semana, um grupo de deputados federais e estaduais do PL está reunido com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Angra dos Reis ,para o lançamento da pré-candidatura do empresário Renato Araújo, que vai concorrer à prefeitura da cidade fluminense. No encontro, parlamentares aproveitaram para traçar algumas possíveis reações nos curto prazo.

A radicalização da oposição preocupa parlamentares de centro-direita que veem no movimento um possível obstáculo para pautas econômicas. Isso porque o PL, maior bancada da Câmara, com 95 deputados, entregou votos importantes para projetos como a reforma tributária (17 votaram a favor) e offshores (12 votos sim).

A oposição deu um sinal de que irá deixar clara sua irritação com as operações no início da semana. Em um ato que contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), parlamentares anunciaram que o acordo anterior, que previa o deputado Filipe Barros (PL-PR) na liderança da oposição este ano será quebrado, reconduzindo Carlos Jordy ao posto. Desta forma, dizem os membros da oposição, o parlamentar do PL assumirá um papel simbólico contra aquilo que consideram “abusos do Supremo Tribunal Federal”.

No dia em que a operação contra Ramagem foi deflagrada, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chamou Pacheco, que é presidente do Congresso, de “frouxo” e “omisso”, devido à ação da PF nas dependências do Legislativo federal. O senador rebateu, acusando o cacique de não ter força política e “passar pano” quando trata de assuntos relacionados ao STF.

Valdemar também cobrou que Pacheco aja pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, responsável pela decisão que autorizou a operação. Valdemar classificou a investigação a PF como “perseguição”.

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Da CNN

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse, nesta sexta-feira (26), em entrevista à CNN, que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), está “morto” sem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2024.

“Eu acho que o Bolsonaro garante 30% dos votos em São Paulo. Garante. Ele transfere os votos. Nós já temos essa experiência. É vida ou morte. Se não tiver esses 30%, o Nunes está morto. Ele precisa ter o Bolsonaro”, declarou Valdemar.

Segundo o presidente da sigla, é necessário estar organizado para vencer o pleito, porque não será fácil. “O PT tem tradição em São Paulo”, citou. A partir disso, Valdemar afirma que seu partido está “firme com Nunes”.

“Nós temos tudo para ganhar a eleição em São Paulo e vamos ganhar a eleição em São Paulo, porque nós estamos unidos. E nós temos a maioria para ganhar a eleição em São Paulo”, expressou.

Na próxima segunda-feira (29), Valdemar e Nunes se reunirão, a partir de 8h30, para decidir algumas questões. Entre elas, de acordo com o ex-parlamentar, estará a escolha do vice.

Em sua opinião, é excelente a escolha de Bolsonaro para o vice ser o Coronel Mello Araújo, ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e ex-presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).

“O que o Coronel Mello fez lá não existe na história do Ceagesp. Ele pode fazer um grande trabalho, porque eu sei que o Nunes vai atacar essa área da segurança agora nesse novo governo dele. A segurança em São Paulo não pode continuar do jeito em que está. A Polícia Militar não tem gente para controlar tudo aquilo, São Paulo é muito grande.”

Disputa no Rio

De acordo com Valdemar, a escolha para candidato no Rio de Janeiro será de Jair Bolsonaro.

A operação da Polícia Federal que teve como alvo o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), fez reacender entre integrantes do PL a ideia de ter o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.

“Quem vai decidir isso é o presidente Bolsonaro. O Rio de Janeiro é o colégio eleitoral dele e o domicílio eleitoral dele”, disse Valdemar. Na opinião do presidente do PL, a ação contra Ramagem “vai fazer ele crescer”.

“Porque o eleitor carioca é um eleitor esclarecido. E eles estão vendo a perseguição que é feita diária, semanalmente ao PL. A semana passada foi nosso candidato Jordy, que é candidato a prefeito de Niterói”, expressou.

“Pode ser que tenha um substituto? Eu não acredito. Vamos ver se o Ramagem realmente vai cair. Eu não acredito. Acho que ele vai crescer. Agora, se tiver, quem vai escolher é o Bolsonaro”, finalizou Valdemar.

Citi Hoteis

Essa sexta-feira, 26 de janeiro, ficará eternizada na história de João Alfredo e toda região, com a inauguração da primeira faculdade da história do município, a Faculdade Vale do Pajeú (Unidade João Alfredo).

Em um grande evento, a população lotou as dependências e as imediações da faculdade, comemorando esse grande feito, que será um divisor de águas na história da educação municipal e de toda região.

O evento foi bastante prestigiado por autoridades políticas, judiciárias e religiosas. O prefeito Zé Martins fez um discurso emocionado: “Para quem dizia que a Faculdade abria as portas sob protesto do povo, hoje a resposta foi dada. É emocionante esse carinho da nossa gente. A oposição não queria, mas vai ter que aceitar o filho do pobre fazendo um curso superior”, afirmou.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, passou mal na sexta-feira (26) e foi encaminhada ao Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília. Em seguida, foi transferida para o Instituto do Coração de São Paulo. Neste sábado (27), O Incor-SP divulgou um boletim médico informando que a ministra se “internou por alteração da pressão arterial, que no momento está controlada”.

“A paciente segue estável, internada para acompanhamento clínico, avaliação cardiológica e realização de exames. O acompanhamento é realizado pelos cardiologistas Dra. Iascara Wozniak de Campos e o Dr. Sérgio Timerman”, informou. As informações são do Correio Braziliense.

Segundo a assessoria do ministério, ela passou por exames clínicos e, por precaução, foi transferida para a capital paulista, para receber novos cuidados.

De acordo com nota enviada ontem pelo Ministério, Guajajara “está em processo de recuperação e encontra-se bem”. Mesmo assim, a ministra precisará ser internada em um hospital na capital paulista “para uma bateria de exames preventivos”, apontou anteriormente.

Caruaru - Geracao de emprego

Diante dos impactos causados pelas fortes chuvas que atingiram a região, o prefeito Simão Durando mobilizou secretários municipais e a Defesa Civil, logo nas primeiras horas deste sábado (27). Foi feita uma reunião geral para a primeira avaliação e intensificação do plano de ações para atender às principais demandas da população que foi prejudicada pela grande quantidade de água. O gestor petrolinense, juntamente com a sua comitiva, visitou diversos bairros e localidades em que foram registrados maiores danos. 

Dados da Defesa Civil apontam que, nas últimas 72 horas, foi registrada uma precipitação de mais de 90 milímetros na área urbana da cidade, já na área rural algumas localidades registraram acima de 100 milímetros. De acordo com o prefeito, desde as primeiras horas do dia, as equipes da prefeitura foram enviadas a campo, fazendo um mapeamento das áreas mais afetadas, avaliação das áreas de risco, além das intervenções emergenciais para minimizar os transtornos, como o acionamento de bombas das lagoas para ajudar no escoamento da água.

“As equipes estão nas ruas em alerta total. Estamos todos mobilizados desde o início da semana por conta das previsões de chuvas intensas. O trabalho de prevenção já vem sendo realizado diariamente através da Operação Drenagem e foi intensificado nos últimos meses. Petrolina e o Vale do São Francisco têm recebido um grande volume de chuvas nos últimos dias, o que acaba provocando alagamentos e trazendo transtornos devido à sua intensidade. Por isso, fiz questão de reunir toda a nossa equipe de secretários para visitar os principais gargalos. Logo nas primeiras horas, foram iniciadas as atividades de desobstrução de grelhas e canais; remoção de árvores, vegetações e dejetos de pontos alagados. A partir das visitas e diante da realidade de cada bairro, estamos avaliando as devidas soluções”, destacou o prefeito.

Diante da previsão de mais chuva, a prefeitura reforça os contatos da Defesa Civil 153, Corpo de Bombeiros no 193 e do Programa Mais Luz: 0800 608 1022, em casos de ocorrências.

Belo Jardim - Patrulha noturna

Do Jornal O Poder

Uma jovem, que utilizava uma bicicleta na via específica do calçadão da Av. Boa Viagem, na área considerada a mais “nobre” do Recife, foi assaltada à mão armada, no final da manhã de hoje. A moça estava se deslocando quando foi abordada por um assaltante que sacou a arma e levou a aliança e a corrente do pescoço. O assalto ocorreu perto do movimentado point de famosos, a Tasquinha do Tio, praticamente na porta do edifício onde reside a governadora Raquel Lyra.

Mais uma

Pelo menos mais uma mulher também foi assaltada há pouco nas imediações. Ela corria no calçadão quando foi abordada. Estamos apurando maiores detalhes. Fica claro que a nova política de segurança e as mudanças na cúpula das polícias civil e militar, promovidas esta semana por Raquel, ainda não chegaram à beira-mar, onde se pratica um dos m² mais caros do Brasil. Imagine na periferia.

Vitória Reconstrução da Praça

Do Estadão

O PT aposta no peso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da máquina federal para reverter o fiasco da eleição de 2020, quando não conseguiu eleger prefeitos para nenhuma das 26 capitais brasileiras. O cenário, porém, é desafiador novamente: embora tenha nomes competitivos em algumas cidades, nenhum deles lidera as pesquisas eleitorais ou é favorito no momento, o que reforça a dificuldade que o partido encontra de formar novas lideranças.

Ao mesmo tempo, pré-candidatos apoiados pela sigla, Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Eduardo Paes (PSD-RJ), estão na frente em São Paulo e Rio de Janeiro, os dois maiores colégios eleitorais, mesmo caso de João Campos (PSB-PE) no Recife.

O partido caminha para apoiar Luciano Ducci (PSB-PR) em Curitiba (PR) e Marcus Alexandre (MDB-AC) em Rio Branco (AC) — este último deixou o PT sob o argumento de trabalhar na Justiça Eleitoral, mas meses depois se filiou ao MDB para disputar a eleição. Ambos também lideram nas respectivas cidades, de acordo com dados do agregador de pesquisas produzido pelo Ipespe e divulgado pela CNN Brasil no final do ano passado.

O PT já definiu candidaturas próprias em 11 capitais, número que pode subir para 14 nos próximos meses: ainda não há definições em Florianópolis (SC), Manaus (AM) e Cuiabá (MT). A tendência é que nas demais cidades o apoio seja a candidatos de partidos da base do governo Lula.

A disputa mais acirrada é em Goiânia (GO), onde a deputada federal Adriana Accorsi (PT) teria 15% das intenções de votos contra 23% do senador Vanderlan Cardoso (PSD), conforme o agregador. Ex-delegada-geral da Polícia Civil de Goiás, ela é filha do ex-prefeito Davi Accorsi, que governou a capital goiana nos anos 90.

O cenário eleitoral pode ficar ainda mais favorável à petista, pois ela negocia para Cardoso desistir de se candidatar e o PSD apoiá-la. A exemplo de petistas em outras capitais, Accorsi quer formar uma frente ampla de partidos. “De fato iniciamos um diálogo sobre o processo eleitoral em Goiânia, mas ainda muito inicial. Seguimos com as pré-candidaturas, mas acredito que devemos construir uma frente ampla para cuidar da cidade”, disse ela sobre a possível aliança com o senador.

Coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT, o senador Humberto Costa (PE) afirma que, embora o partido deseje administrar várias capitais, há outros objetivos em jogo, como projetar novos nomes e lideranças na sigla.

“Vamos aproveitar essa eleição para fazer disputa política em termos nacionais. Acho que o governo federal vai estar em um cenário muito mais favorável no período da eleição. Isso vai interferir no processo e fazer com que algumas candidaturas cresçam”, disse Humberto Costa.

Para o cientista político Rodrigo Prando, o PT sempre buscou uma hegemonia no campo da esquerda, mas dessa vez há a leitura que é melhor apoiar outros partidos quando não houver petistas competitivos para não perder espaço para a direita nas prefeituras.

“O PT tem uma enorme dependência de Lula, de seu carisma e força política e eleitoral e isso, de certa forma, atrapalhou o surgimento de novas lideranças no partido. Quando alguém desponta com capacidade de renovar e liderar o partido, há ‘fogo amigo’ de inúmeras alas do PT”, diz o professor do Mackenzie.

Lula adotará cautela em cidades com mais de uma candidatura da base governista

O PT prevê que Lula será ativo e estará no palanque dos candidatos, sejam eles petistas ou aliados de outras siglas. A exceção serão as capitais onde partidos da base do governo tenham mais de um candidato. O presidente disse que nestes casos não pode ser “acintoso” no apoio a um dos nomes.

“Eu não vou me jogar para criar conflito. Eu tenho que saber que sou o presidente e que eu tenho que fazer um jogo mais ou menos acertado para que não traga problema depois, quando terminar as eleições, aqui no Congresso Nacional”, disse Lula em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador (BA), na terça-feira (23).

A regra não se aplica a São Paulo, onde o presidente apoia Boulos mesmo com as pré-candidaturas de Tabata Amaral (PSB-SP) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP), cujos partidos fazem parte do governo.

Em Belo Horizonte, a candidatura do deputado federal Rogério Correia (PT) divide espaço com a do prefeito Fuad Noman (PSD), que apoiou Lula contra Bolsonaro, e a da também deputada Duda Salabert (PDT), além da federação PSOL-Rede, que também terá candidato.

Segundo pesquisa AtlasIntel realizada entre os dias 25 e 30 de dezembro, o bolsonarista Bruno Engler (PL), atualmente deputado estadual, lidera a corrida na capital mineira com 31,4%, seguido de Correia, com 21%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.

“A expectativa é que a gente tenha um apoio do presidente Lula, compreendendo isso que ele tem dito (sobre os partidos da base)”, disse o candidato do PT belo-horizontino. “Quem representa o governo Lula e o enfrentamento ao bolsonarismo é a minha candidatura”, acrescentou.

A disputa contra o bolsonarismo também é a tônica da eleição em Porto Alegre (RS) na visão de Maria do Rosário (PT), deputada federal e pré-candidata do PT na cidade. Ela diz que o prefeito Sebastião Melo (MDB) aderiu ao bolsonarismo, assim como o vice-prefeito, Ricardo Gomes (PL) que se filiou ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O presidente vai ajudar, mas quem tem que mostrar competência para ganhar a eleição é quem é candidato”, disse a petista. Ela aparece com 26%, contra 33% de Melo no agregador do Ipespe. Como é tradição na capital gaúcha, a esquerda não está unida, pois Juliana Brizola (PDT) também é candidata.

Diferente de 2023, onde priorizou viagens ao exterior, Lula direcionará o foco para viagens domésticas com o objetivo de divulgar ações de seu governo e tentar impulsionar as candidaturas locais. No primeiro giro, ele focou no Nordeste, onde passou por Bahia e Pernambuco, antes de chegar a Fortaleza (CE).

A capital cearense é um dos poucos locais onde há disputa interna no PT. A deputada Luizianne Lins, que governou a cidade por dois mandatos, disputa a indicação com o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão. Luizianne foi barrada de subir ao palco no evento com Lula, enquanto Leitão esteve ao lado do presidente.

Na pesquisa AtlasIntel, o presidente da Alece está em terceiro lugar, com 14,2%, atrás do prefeito José Sarto (PDT), com 25,6%, e Capitão Wagner (União), que tem 28,6%. A margem é de 3 pontos percentuais. A pesquisa não testou o nome de Luizianne Lins, mas a deputada aparece em segundo lugar no agregador do Ipespe, com 21% contra 33% de Wagner.

“Caso eu não venha a ser o escolhido, eu irei não só empunhar bandeira, mas pedir voto para aquele que for escolhido dentro do meu partido, porque sou uma pessoa que acredito em projeto, não acredito apenas em pessoas”, disse Leitão em entrevista ao jornal O Povo na terça-feira (23). O Estadão não conseguiu falar com Luizianne Lins em mais de uma ocasião porque, segundo a assessoria, ela cumpria agendas no interior do Ceará.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um inquérito civil para apurar denúncias de que pessoas com deficiência estariam sofrendo discriminação no edital do novo concurso da Polícia Civil. Os alvos da investigação são a Secretaria Estadual de Administração e a Secretaria de Defesa Social.

As denúncias questionam o item 11.17 do edital do concurso, que descrevem as condições clínicas, sinais ou sintomas que incapacitam o candidato às vagas na Polícia Civil de Pernambuco. Há uma lista com quase nove páginas. As informações são da coluna de Raphael Guerra, do Jornal do Commercio.

O edital cita, por exemplo, que estarão incapacitadas as pessoas com tumores; perda auditiva maior que 25 decibéis nas frequências de 500 e 1000 e 2000 Hz; albinismo;  cicatrizes ou queimaduras que levem à limitação de qualquer segmento do corpo; doenças hepáticas e pancreáticas; doenças inflamatórias intestinais; artrite reumatoide; entre outros. 

Audiência 

O inquérito civil está sendo conduzido pelo promotor de Justiça Maxwell Vignoli, da 8ª Promotoria de Defesa da Cidadania da Capital. Ele determinou que seja realizada uma audiência, no próximo dia 5 de fevereiro, para tratar da suposta ilegalidade no edital. 

Serão convocados representantes dos seguintes órgãos: Secretaria de Defesa Social; Secretaria de Administração; Procuradoria-Geral do Estado; Superintendência Estadual da pessoa com deficiência; Conselho Estadual de Direitos da pessoa com deficiência; Superintendência estadual de equidade social; Gerência estadual de pessoa com deficiência; Conselho Municipal de Direitos da pessoa com deficiência do Recife; Gerência municipal da pessoa com deficiência do Recife.

Em nota, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Administração, informou que está analisando a demanda e que prestará, em momento oportuno, todos os esclarecimentos ao Ministério Público de Pernambuco.

Concurso

As provas da primeira etapa do concurso da Polícia Civil de Pernambuco acontecerão nos dias 25 de fevereiro (para os cargos de escrivão e agente) e 3 de março (delegados). 

Estão previstas, no total, 445 vagas de emprego, sendo 250 vagas para o cargo de agente, 45 para delegado e 150 para escrivão. Os salários podem chegar a até R$ 10.930,51. As inscrições já estão encerradas. 

Anderson Torres, então secretário de Segurança do Distrito Federal, dirigia a Pajero Full, que foi monitorada ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em 2019. A espionagem foi uma ordem expressa de Alexandre Ramagem, que, à época, chefiava a Abin.

Detalhes sobre a operação contra Torres estão entre os 120 gigabytes de documentos que a Controladoria-Geral da União (CGU) recuperou no sistema da Abin. O conjunto de arquivos, que inclui oito gigabytes de materiais impressos por agentes da agência, foi entregue pela CGU à Polícia Federal e subsidiou a operação que teve Ramagem como um dos alvos na quinta-feira (25). As informações são da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

Um dos documentos contém uma mensagem de WhatsApp atribuída a Ramagem com a ordem para agentes da Abin descobrirem quem era o motorista da Pajero Full que foi a um jantar na Residência Oficial da Presidência da Câmara, ocupada por Rodrigo Maia no primeiro ano do governo Bolsonaro. Outro arquivo, com os resultados da espionagem, aponta que Torres conduzia o veículo.

Alvos do monitoramento ilegal disseram suspeitar que o jantar ocorreu em outubro de 2019, em meio à disputa que Bolsonaro travava com Luciano Bivar para assumir o comando do PSL. Na ocasião, lideranças do partido foram à casa de Maia para discutir a possibilidade de fundi-lo ao DEM.

Também estava em curso uma “guerra de listas” para definir quem seria o líder do PSL na Câmara. Bolsonaro ganhou a queda de braço com os dissidentes e emplacou Eduardo Bolsonaro no posto.

A jornalista Ana Flor revelou, na quinta-feira (25), que a Abin monitorou ilegalmente as pessoas que se relacionavam com os filhos de Bolsonaro. Torres era muito próximo a Eduardo Bolsonaro e mantinha amizade com o senador Flávio Bolsonaro, mas pertencia a uma ala da Polícia Federal que divergia do grupo de Ramagem na corporação. O ex-diretor da Abin tinha contato mais próximo com Carlos Bolsonaro.

Durante o período em que esteve à frente da Secretaria de Segurança do DF, Torres foi um crítico da gestão de Sergio Moro no Ministério da Justiça. Ele manifestava contrariedade com a transferência do chefe do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o presídio federal de Brasília e reclamava que Moro não se reunia com os secretários estaduais. Torres assumiu o comando do ministério em abril de 2021, após a ida de André Mendonça para o STF e o rompimento de Moro com o bolsonarismo.

À coluna a defesa de Torres disse que “não tem conhecimento destes fatos oficialmente” e que, “se necessário, oportunamente se manifestará nos autos”.

Em meio à guerra entre Israel e o Hamas, Itália, Estados Unidos, Austrália e Canadá suspenderam o financiamento da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, a UNRWA, após a acusação de Israel de que agentes do órgão estariam envolvidos no ataque do Hamas em região próxima à Faixa de Gaza em 7 de outubro. O Ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou em seu perfil no X (antigo Twitter), que o país suspendeu o apoio à UNRWA “após o ataque atroz a Israel”, sem direcionar a suspeita do Estado governado por Benjamin Netanyahu. 

Já a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, disse estar profundamente preocupada com as acusações. “Estamos conversando com parceiros e suspenderemos temporariamente o desembolso de financiamento recente”, escreveu a política na mesma rede social. As informações são da Veja.

Hussein al-Sheikh, secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), lamentou a suspensão do apoio à agência da ONU e disse que isso provoca grandes riscos de ajuda política e humanitária. “Apelamos aos países que anunciaram a cessação do seu apoio à #UNRWA para que revertam imediatamente a sua decisão, o que implica grandes riscos de ajuda política e humanitária, pois neste momento específico e à luz da contínua agressão contra o povo palestiniano, precisamos do máximo apoio a esta organização internacional e não interromper o apoio e a assistência a ela”, disse al-Sheikh.

Em um comunicado oficial, o Hamas acusou Israel de fazer uma campanha de incitamento contra as agências da ONU que prestam assistência aos palestinos na Faixa de Gaza. Na última sexta-feira (26), a UNRWA negou que exista um conluio entre a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Hamas. “Enfatizamos a importância do papel destas agências na prestação de socorro ao nosso povo e na documentação dos crimes da ocupação”, afirmou o órgão.

Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, avisou que o país tentará impedir a UNRWA de operar em Gaza após a guerra.

Por Marcelo Tognozzi*

Meu pai tinha um livro chamado “Mil Dias” de Arthur M. Schlesginger Jr, vencedor do Pulitzer de 1966. Eram 2 volumes que ficavam bem no centro da sua estante de livros. O “Mil Dias” conta a biografia de John Kennedy durante seu período na Casa Branca. Eu era um moleque de 8, 9 anos, olhava aqueles volumes e imaginava que, pela grossura dos exemplares, cada página devia corresponder a 1 dia.

Mais de 3 décadas depois, fui entender o significado de 1.000 dias de governo na política norte-americana. Eles são um marco. Depois deles é campanha. Se o governante fez o dever de casa com competência, estará a um passo da reeleição. Do contrário, acabará às portas de uma aposentadoria dourada, coberta de pequenas glórias.

Neste ano, teremos eleições nos Estados Unidos e tudo indica que o presidente Biden não terá vida boa até novembro, quando os norte-americanos irão às urnas decidir seu destino político. É o que mostra pesquisa publicada no site FiveThirtyEight comparando os 1.000 dias de Biden com os presidentes que estiveram na Casa Branca nos últimos 78 anos, começando por Harry Truman (1945-1953).

Biden tem uma rejeição crescente. De abril de 2023 a janeiro deste ano, ela cresceu quase 7 pontos e chegou a 55,7% em 24 de janeiro. Biden chegou aos seus 1.000 dias com apenas 38,8% de aprovação. Nem Jimmy Carter, com 53,8% de aprovação no seu milésimo dia, registrou performance tão ruim. Carter foi derrotado por Reagan. Truman, que chegou a ter 36,1% de aprovação, acabou se reelegendo.

Biden está pior que Bush pai, que tinha 46,3% de aprovação nos 1.000 dias, e Trump (42,8%), que não foram reeleitos. Exceto Kennedy, assassinado em 22 de novembro de 1963, os demais ex-presidentes ganharam um 2º mandato.

Nas principais pesquisas listadas pelo FiveThirtyEight neste janeiro, todas mostram a popularidade de Biden em queda, com aumento das avaliações negativas variando de 10% a 22%. No pior cenário, Biden tem 35% de aprovação e 57% de desaprovação. No melhor, tem 55% de rejeição e 44% de aprovação.

Aos 81 anos (em novembro completará 82), o atual presidente norte-americano dá sinais claros de limitações em função da idade. Tem problemas de locomoção e cometido gafes em série, como chamar o Camboja de Colômbia, confundir a seleção neozelandesa de rúgbi com um grupo militar britânico ou terminar um discurso em Connecticut com a frase “Deus salve a rainha”, sem que o evento, o local ou sua fala tivessem qualquer ligação com a Sua Majestade, que morreria 3 meses depois.

Para piorar ainda mais o inferno de Biden, pesquisa publicada no fim de 2023 registrou que 70% dos norte-americanos acreditam que a política econômica de Biden prejudicou a economia do país. Só 14% viram alguma melhora.

Há fatos que têm incomodado e até revoltado eleitores norte-americanos, como o empobrecimento da Califórnia e outros Estados como Pensilvânia, onde há leis que permitem cidadãos roubarem mercadorias de lojas e supermercados sem serem incomodados pela polícia. O resultado tem sido o esvaziamento econômico com empresas mudando para o Texas ou a Flórida, onde esse tipo de tolerância não existe.

Outro problema é a política externa de Biden, principal financiador da Ucrânia na guerra contra a Rússia, cujos resultados são tão ruins quanto a memória do presidente, que trocou o nome do presidente Volodymyr Zelensky e insiste em chamá-lo de Vladymyr. Há também uma atuação tímida no conflito do Essequibo e na guerra do Oriente Médio.

O establishment norte-americano não conseguiu matar Donald Trump como fizeram no Brasil com o ex-presidente Jair Bolsonaro, hoje impedido de disputar eleições. Trump se prepara para receber a indicação do Partido Republicano depois de vencer as primárias de New Hampishire e desidratar um por um dos seus adversários internos. Será muito, muito difícil mesmo, barrar sua candidatura nessa altura do campeonato.

Nos últimos 3 anos, Trump sofreu muita pressão e muito lawfare, com parte do judiciário norte-americano movido a militância política. Foi superexposto na mídia, que o submeteu a todo tipo de constrangimento, dando voz a qualquer um que o acusasse de qualquer coisa: de envolvimento com prostitutas até sonegação de impostos. Todo esse esforço de desconstrução de imagem não encontrou guarida no eleitor estadunidense médio que, seja pelas trapalhadas do presidente ou pelos excessos contra Trump, rejeita Biden e os democratas.

Pela 1ª vez em muitas eleições, o presidente é o único candidato competitivo dos democratas. Isso indica a necessidade de uma autocrítica e reposicionamento, como se deu depois que Reagan governou 8 anos e Bush pai, 4. Ou seja, levaram 12 anos para se recuperar da derrota de Carter.

Para ganhar a eleição em novembro, Biden precisa pôr em prática uma lição que Carter tentou aprender, mas não foi capaz. A crise do seu governo é de confiança. Quando o eleitor diz que a economia vai bem, mas esse mérito não é do governo, é porque ele confia mais nos agentes econômicos do que no presidente. Parodiando James Carville, marqueteiro de Bill Clinton: é a confiança, estúpido.

Em 15 de julho de 1979, Carter fez um longo discurso em rede nacional. Falou sobre suas viagens ao interior e repetiu frases ouvidas dos eleitores. Destaco 2 delas: “Você não vê mais o suficiente as pessoas”; e “Não fale conosco sobre política ou a mecânica do governo, mas sobre a compreensão do nosso bem comum”.

Adiante, ele admite que os Estados Unidos viviam uma crise de confiança, a qual passava pelo choque do petróleo e o encarecimento da energia nos anos 1970.

Mas mesmo reconhecendo o problema, Carter não soube propor uma solução que seduzisse o eleitorado e restaurasse a confiança perdida. No ano seguinte, foi derrotado por Reagan. Se Biden tiver tempo e disposição para consertar isso, pode virar o jogo. Se não conseguir, acabará com pequenas glórias e uma aposentadoria dourada igual a de Jimmy Carter.

*Jornalista

Da Agência Brasil

Há quase dois anos a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tenta reaver o notebook e o aparelho celular que policiais federais apreenderam nessa quinta-feira (25), em um endereço ligado ao deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

O parlamentar dirigiu a Abin entre julho de 2019 e março de 2022, quando deixou o cargo para disputar um assento na Câmara dos Deputados. Na quinta-feira (25), ele se tornou alvo da Operação Vigilância Premiada, deflagrada para investigar a suspeita de que ex-dirigentes e servidores da agência monitoraram ilegalmente autoridades públicas, jornalistas e políticos que se opunham ao então presidente da República Jair Bolsonaro.

Ao cumprir mandados judiciais de busca e apreensão no gabinete e em endereços residenciais do deputado, os policiais federais apreenderam celulares e notebooks, incluindo os pertencentes à Abin.

Diante da repercussão da notícia de que Ramagem manteve consigo um telefone celular e um notebook pertencentes à Abin, a agência de inteligência decidiu abrir, nesta sexta-feira (26), apuração preliminar para esclarecer o por que disso ter ocorrido.

O órgão informou que, ao deixar a agência, Ramagem teve suas senhas de acesso aos sistemas internos bloqueadas. Agora, a Abin vai apurar se seu ex-diretor devolveu todos os equipamentos funcionais que estavam sob sua responsabilidade.

A legislação em vigor (Lei Nº 8.429/1992) configura como ato de improbidade administrativa a incorporação ao patrimônio pessoal ou o uso em proveito próprio, por servidores públicos, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial público, bem como qualquer ação ou omissão que cause perda patrimonial, desvio, apropriação ou dilapidação dos bens públicos.

A Agência Brasil contatou a assessoria do deputado federal em busca de uma manifestação sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Entenda o caso

A Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na quinta, é um desdobramento da Operação Última Milha, realizada em outubro do ano passado para apurar o suposto uso irregular, por servidores da Abin, de um sistema de geolocalização de celulares.

A suspeita é que os servidores usaram sem autorização judicial o sistema, chamado First Mile, para monitorar ilegalmente adversários políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro, que indicou Ramagem, então delegado federal, para chefiar a Abin.

Investigações da PF indicam que a estrutura da agência foi usada para monitorar, entre outras autoridades públicas, a promotora responsável pela investigação do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, ocorrido em março de 2018.

A operação desta quinta-feira foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações na Corte.

Em nota divulgada na quinta, a Abin informou que há dez meses vem colaborando com o inquérito da PF e do STF “sobre eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramenta de geolocalização, de 2019 a 2021” e que “é a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e continuará colaborando com as investigações”.

Do blog do Ney Lopes

Parece ficção, mas a lei dos Estados Unidos, país mais avançado do mundo, não proíbe que um candidato a presidente da República, considerado penalmente culpado, possa fazer campanha e, se ganhar, exercer o cargo mesmo na prisão.

Na eleição de 5 de novembro deste ano há um caso típico. O republicano Donald Trump é alvo de diversos processos em diferentes esferas judiciais. Mesmo assim, ele deu todas as indicações de que seguirá em frente, independentemente do que aconteça.

Trump tem uma vida pessoal tumultuada. Fatos e curiosidades lançam luz por trás das manchetes que envolvem seu nome. Vejamos alguns detalhes e episódios que lhe rendem seguidores leais e críticos fervorosos.

Foi o quarto dos cinco filhos de Fred Trump, construtor civil de sucesso, cuja empresa respondeu na justiça por abusar do programa de garantia de empréstimo, superestimando os custos de seus projetos de construção. Trump foi co-proprietário de três grandes concursos de beleza de 1996 a 2015: Miss Universo, Miss EUA e Miss Teen USA.

Dorme apenas quatro horas por noite. Foi para a escola militar aos 13 anos, quando o seu pai decidiu enviá-lo, porque sentiu que o jovem Donald precisava de mais disciplina e foco em sua vida. Quando se trata de jantar, as principais escolhas de Donald Trump são bifes e massas. Tem amor por fast food.

Ele evitou o alistamento para o serviço militar no Vietnã cinco vezes, sendo quatro vezes na faculdade e uma vez alegou que sofria de esporas ósseas nos pés.

Trump acredita em lema de vida bastante existencial. Diz que “ por mais triste que pareça, a vida é o que você faz enquanto espera a morte, então é melhor se divertir”.

Já foi processado mais de 3.000 vezes pelos seus parceiros de negócios, funcionários, empreiteiros e bancos. Desde a década de 70, mais de 20 mulheres acusaram-no de má conduta sexual.

Teve três afiliações políticas. Foi democrata de 1987 a 2009, independente em 2011-2012 e atualmente republicano.

Fabricado na China, o papel higiênico Donald Trump é comercializado como um “presente político único”, macio e ultra absorvente.

Ele tem uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, em reconhecimento às suas contribuições para a indústria do entretenimento. Trump sempre demonstrou estilo pessoal incomum. É intensamente preocupado em demonstrar seu sucesso e realizações para os outros.

Mostra temperamento exaltado com tendência a retaliar duramente aqueles que, em sua opinião, o traíram ou o trataram injustamente. Trouxe esse perfil para a política.

Ultimamente, como pré-candidato, tem deixado de acusar o democrata Biden de senilidade, pelo fato de ele próprio demonstrar falhas na percepção de nitidez mental.

A rival Nikki Haley observou que ele “ficou confuso” ao confundi-la com a deputada Pelosi várias vezes durante um discurso, acusando que ela era “responsável pela segurança” no Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021.

Trump pretende voltar à presidência americana trazendo consigo a memória de ter comandado ataque armado ao Congresso do seu país e com a dúvida de que poderá aproximar-se da Rússia, pela sua amizade com Putin.

Realmente, é uma sombra, não apenas para o seu país, mas para o mundo.