Sebrae - Nat

A crônica domingueira

Como o paraibano Vital Farias, que Deus chamou no último dia 5, as composições de João Silva, quarto personagem focado nesta série sobre os célebres e imortais parceiros de Luiz Gonzaga, eram muito mais conhecidas do que ele próprio. Uma obra maior do que o autor? Impossível! João Silva não teve a mesma sorte de ser apadrinhado pela mídia como Zé Dantas e Humberto Teixeira, cardeais do mundo gonzaguiano.

Em número de canções gravadas pelo Rei do Baião, o plural, inquieto e boêmio sertanejo de Arcoverde bateu de longe a dupla de ouro: enquanto Zé Dantas emplacou 49 músicas e Humberto Teixeira 31, João Silva chegou a 107, entre elas “Danado de bom”, gravada em 1984, num período já escasso de sucessos de Luiz Gonzaga.

Em apenas três meses, vendeu, pasmem, 1,6 milhão de cópias. Antes, porém, Luiz Gonzaga já vinha fazendo sucesso com outra canção muito conhecida: “Pagode russo”. A música foi composta originalmente por Luiz Gonzaga e gravada por ele (em 1947 e 1965) e por Dominguinhos (em 1973), apenas em versão instrumental, sem letra.

“Pagode russo” só estourou mesmo depois que João Silva tornou-se um dos maiores parceiros de Luiz Gonzaga (a partir dos anos 1960) e, juntos, colocaram letra na canção, que a regravou no álbum “Danado de bom”, de 1984. A letra traz um humor inteligente e faz uma brincadeira ao criar uma história para comparar um ritmo ou dança tradicional da Rússia, chamado Trepak.

Trata-se de um allegro rápido, em um compasso de 2/4, que possui como características a batida com os pés, passos de agachamento e saltos de equilíbrio ao Frevo, mais famoso ritmo pernambucano. Trepak era o ritmo russo da tradicional dança dos Cossacos, citados em “Pagode russo”: um povo nativo das estepes das regiões do sudeste europeu (principalmente da Ucrânia e do sul da Rússia), que se estabeleceram mais tarde nas regiões do interior da Rússia asiática.

Os Cossacos eram conhecidos por sua coragem, autossuficiência, força e capacidades militares (especialmente na cavalaria), mas – também – pela crueldade com que atacavam outros povos e aldeias. Só que João Silva e Luiz Gonzaga pegaram a palavra “Cossaco” e fizeram um trocadilho com a expressão em português “com o saco”. Aí é que vem a malícia e o humor de “Pagode russo”:

“Ontem eu sonhei que estava em Moscou/ Dançando pagode russo na boate Cossacou/ Parecia até um frevo, naquele cai e não cai/ Parecia até um frevo, naquele vai e não vai/ Entra cossaco, cossaco dança agora/ Na dança do cossaco, não fica cossaco fora”.

Mas se João Silva foi o recordista em gravações, entre os parceiros de Luiz Gonzaga se revelou o mais brigão. Luiz Gonzaga era temperamental, verdadeiro pavio curto. A primeira desavença ocorreu em 1961, quando Severino Januário gravou a canção “Desavença”, de autoria de Silva, com Miguel Lima, ex-letrista de Gonzagão, que sentiu-se traído por Januário, por ser parente do sanfoneiro.

A segunda contenda, mais grave, ocorreu em 1974, tudo porque Luiz Gonzaga, refratário a álcool, passou a reprimir a vida boêmia e o gosto exagerado de João Silva por água que passarinho não bebe. Ficaram quatro anos intrigados, só retomando a parceria em 1978. E a partir daí, viveram uma lua de mel que fez Gonzagão lançar no mercado grandes sucessos, como “Sanfoninha choradeira”, “Deixa a tanga voar” e, claro, “Pagode russo”.

Segundo Gustavo Alonso, do programa ABC do Forró, quem aproximou João Silva de Luiz Gonzaga foi a forrozeira Marinês, que já havia gravado vários sucessos do amigo, entre eles “A volta do baião”, “Chuvada do Norte”, “ABC do amor” e “Amigo velho tocador”. Tão logo conheceu João Silva, que era extremamente extrovertido, bem-humorado e brincalhão, mas de uma capacidade impressionante para fazer músicas, Luiz Gonzaga pediu para ele compor algo em homenagem a sua sanfona. De um fôlego só, saiu “Garota Todeschini”, a marca da primeira sanfona do Rei do Baião.

“Garota Todeschini, ouça bem essa homenagem/Que um caboclo de coragem, sanfoneiro e cantador/Que nunca cantou vantagem, nem na luta e nem no amor/Você, gauchinha, merece toda minha gratidão/Por fazer essa sanfona pra eu tocar o meu baião/Por fazer esta sanfona pra eu tocar o meu baião/Quando boto ela no peito, sinto o mundo em minha mão/Cada baixo representa um pedacinho do sertão/É dela que tiro o pão, com ela é que eu dou estudo/Garota Todeschini, prenda minha/Com essa gaita e você sou tudo/Com essa gaita e você sou tudo”.

Dois anos antes da morte de Luiz Gonzaga, João Silva compôs e o Rei gravou em 1987 um dos seus maiores sucessos: “Nem se despediu de mim”. Trata-se de uma história de amor vivido pelo autor, retratando a desatenção da sua amada que chegou, saiu e nem sequer deu atenção àquele que lhe dedicava tanto amor, durante o último encontro entre os dois.

Outro grande sucesso da parceria virou uma febre no Nordeste: “Tá danado de bom”. Virou também um festival em Arcoverde, promovido anualmente pela jornalista Amanda Oliveira, em homenagem ao filho ilustre. A letra da música descreve uma festa animada, onde todos estão se divertindo ao som de instrumentos tradicionais como a zabumba, o triângulo e a sanfona. Gonzaga, na parceria, captura a essência do forró, que é marcado pela dança, pela música e pela interação social calorosa.

João Silva morreu no Recife aos 78 anos, no dia 6 de dezembro de 2013. Seu corpo foi encontrado na casa dele por vizinhos depois de três dias sem que ninguém conseguisse contato com ele. O velório ocorreu na Câmara de Vereadores do Recife e o enterro no cemitério de Arcoverde, seu berço natal.

João Silva foi um gigante. Teve seu primeiro contato com o mundo musical aos 7 anos, quando começou a tocar pandeiro. Aos 17 anos, apresentou-se no programa “Domingueira”, no Rio de Janeiro, e acabou se tornando um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga. A amizade começou nos anos 1960.

Duas décadas depois, João produziu “Danado de bom”, que vendeu em três meses 1,6 milhão de cópias. Em 71 anos de trajetória, compôs mais de duas mil músicas, gravadas não apenas por Luiz Gonzaga, mas por outras celebridades, como Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Dominguinhos, Marinês e até Vanderley Cardoso, dentre outros.

Antes da parceria com Gonzagão, João Silva compôs um clássico histórico no estilo dor de cotovelo, que ganhou fama e fez sucesso na voz de Ney Matogrosso: “Pra não morrer de tristeza”. “Mulher/ Deixaste tua moradia/ Pra viver de boemia/ E beber nos cabarés/ E eu/ Pra não morrer de tristeza/ Me sento na mesma mesa/ Mesmo sabendo quem és/ E eu/ Pra não morrer de tristeza/ Me sento na mesma mesa/ Mesmo sabendo quem és”.

O poeta José Maria Marques, biógrafo de João Silva, diz que a obra dele – personificada na figura de Luiz Gonzaga – é da mesma linhagem nobre de Humberto Teixeira e Zé Dantas. “Gonzaga, inclusive, atingiu um disco de ouro a partir de João, que conservou o legado”, contou. Lançado em 2009 pelas Edições Bagaço, o livro de Marques é intitulado “Mestre João Silva – Pra não morrer de tristeza – O maior parceiro de Luiz Gonzaga”.

Jaboatão dos Guararapes - UBS Pet Massangana

Quase 70% dos brasileiros desejam comprar ou trocar de carro em 2025

O ano passado foi marcado por demanda aquecida e crescimento de produção e vendas no setor automotivo. E 2025 também deve registrar bons números. Segundo levantamento realizado pela Webmotors, portal de negócios e soluções para o segmento, 68% dos brasileiros desejam comprar ou trocar de carro este ano — sendo 37% ainda no primeiro semestre. O dado faz parte da Pesquisa sobre Intenção de Compra realizada anualmente com usuários da plataforma para identificar motivos e preferências na compra de carros no Brasil. Para esta edição, foram ouvidas 2.499 pessoas entre 6 e 17 de janeiro de 2025. Quando perguntados sobre como pretendem pagar pelo novo carro, o financiamento parcial é a opção mais mencionada pelos respondentes (47%). Aliás, as vendas financiadas de veículos totalizaram 563 mil unidades em janeiro deste ano, entre novos e usados, de acordo com dados da B3.

O número, que inclui autos leves, pesados e motos em todo o país, representa uma alta de 0,2% na comparação com o mesmo período de 2024. Em seguida, vem a opção por pagamento à vista (32%), financiamento total (15%) e leasing/consórcio (6%). “Esses dados reforçam a importância de ações de bancos, montadoras e concessionárias que ofereçam vantagens na compra ou troca do automóvel, como bônus na troca pelo usado, pagamento do preço da tabela de mercado ou condições de financiamento favoráveis”, explica Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors.

“Essas iniciativas podem impulsionar a decisão do consumidor pela compra ou troca e fomentar um ambiente mais favorável para esse negócio no país”, ressalta. Entre os motivos apontados para compra ou troca de veículo em 2025, a atualização do modelo foi a mais mencionada (36%), seguida pelo costume de trocar o carro de tempos em tempos (30%), a situação do atual veículo (25%), a necessidade de um carro mais econômico (14%) ou mais potente (13%).

Seminovos e usados – A Pesquisa sobre Intenção de Compra da Webmotors também buscou entender a parcela de interessados em veículos 0km em comparação aos seminovos/usados. Do total de respondentes que pretendem trocar de carro nos próximos meses, 66% afirmaram que devem buscar por um seminovo/usado, enquanto 17% indicaram a preferência por um 0km. Outros 17% ainda não estão decididos. Os modelos SUV seguem na liderança como os mais desejados pelos brasileiros, com 38% das menções. Este número, no entanto, observou redução de 4 pontos percentuais com relação ao mesmo período de 2024, quando os SUVs foram mencionados como mais desejados por 42% dos respondentes. Por outro lado, aumentou em 3 pontos percentuais o desejo por hatches com relação à edição anterior da pesquisa (de 17% para 20%), enquanto a preferência por sedãs se manteve estável (26% nas duas edições). 

A combustão ou eletrificado? – Entre os respondentes da pesquisa interessados em comprar ou trocar de carro e que desejam um híbrido ou elétrico em 2025, 59% mencionaram a economia de combustível como principal motivo da escolha. Na sequência, custo-benefício (51%), design moderno e tecnologia avançada (27%), gosto por novas tecnologias (27%) e preocupação com o meio ambiente (21%) completam a lista. Quando perguntados sobre o valor que estariam dispostos a pagar por um híbrido/elétrico, a maior parte dos entrevistados mencionou entre 150 e 200 mil reais (30%), seguida por entre R$ 100 e R$ 150 mil (29%), entre R$ 200 e R$ 250 mil (13%), até R$ 100 mil (12%), entre R$ 250 mil e 300 mil (10%), e acima de R$ 300 mil (6%).

Spark EUV estreia em 2025 no Brasil – A Chevrolet acaba de revelar a identidade do seu mais novo veículo global: o Spark EUV, um SUV compacto urbano. O modelo vem para completar o portfólio da marca, destacando-se principalmente pelo design, tecnologia e performance. Tudo com zero emissão, já que o veículo é elétrico. “O Spark EUV chega ao Brasil em 2025”, prometeu Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul. Na região, o modelo será ofertado exclusivamente em uma configuração sofisticada, numa combinação específica para atender as novas preferências do mercado local. Mais detalhes serão compartilhados oportunamente. O Spark EUV é a primeira revelação dos cinco lançamentos anunciados pela marca para este ano no Brasil. Mas ele, na verdade, é um Baojun Yep Plus, carro chinês que apenas ganhará a logo Chevrolet.

Venda de elétricos e híbridos – E por falar no segmento, vale lembrar: o comércio desses modelos chegou em janeiro a 12.556 unidades (agora representam 8% do mercado nacional). E olhe que estão fora da lista os híbridos-leves, aqueles que têm sistema elétrico alimentado por uma bateria de 48V que funciona como gerador de arranque para o motor de combustão. Com eles, o total de eletrificados vendidos no mês chegaria a 16.502 unidades, correspondendo a 10% do mercado. Nesse contexto, há uma novidade importante, por sinal: os recém lançados Fiat Pulse e Fastback Bio Hybrid não são veículos eletrificados, segundo novo critério adotado pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico, a ABVE. O ajuste de critério de classificação serve para “apresentar números mais fiéis à realidade da eletromobilidade no Brasil”. Eletrificado, agora, somente, além dos elétricos puros, híbridos plug-in e os híbridos fechados com tração elétrica independente em algum grau. Tecnologias que não disponham de motorização elétrica acima de 60V e não tenham tração elétrica capaz de movimentar sozinho o veículo por algum período estarão fora das estatísticas de híbridos. A Fenabrave, a federação dos revendedores, os considera híbridos. 

Picapes começam o ano com força – As picapes médias, segmento no qual se destacam Toyota Hilux, Chevrolet S10, Ford Ranger e outras, largaram 2025 com boas vendas. Vale lembrar: média é aquela montada sobre chassi e com capacidade de carga em torno de 1 tonelada, o que reduz o universo para 7 no país. No mês passado, foram emplacadas quase 12 mil unidades – uma elevação de 37% sobre o mesmo mês de 2024. Aliás, no ano passado a categoria somou 143 mil emplacamentos, com crescimento de 18%. 

Commander também ganha motor a diesel – O SUV grande Jeep Commander chegou à linha 2025 com uma novidade também adotada na Toro e na Ram: o 2.2 turbodiesel. Ele equipa a versão Overland – que, com a motorização anterior, entregava 170 cv de potência e fazia de 0 a 100 km/h em 11,6 segundos. Com o novo motor 2.2, a potência chega a 200cv, 45,9kgfm de torque, com 0 a 100 km/h de 9,7 segundos – uma melhora de 2 segundos graças à melhor relação de peso-potência. Por falar nisso, as retomadas ganharam melhor performance, ultrapassagens mais seguras: de 60 a 100 km/h e 80 a 120 km/h agora são feitas em 6,2 e 7,8 segundos, respectivamente. Preço da versão: R$ 310 mil. 

Fiat Toro: 500 mil unidades vendidas no Brasil – Picape consagrada no mercado brasileiro, a Fiat Toro alcançou o marco de 500 mil unidades vendidas no país. Produzida no Polo Automotivo Stellantis de Goiana, em Pernambuco, a Toro inovou, unindo o conforto de um SUV com a versatilidade de uma picape. Com isso, o modelo sustentou a liderança da categoria desde que foi lançada, em 2016. Recentemente, o modelo ficou ainda mais potente com a nova motorização 2.2 turbodiesel, que entrega 200cv de potência e 450 Nm de torque, com mais agilidade e menor consumo de combustível. 

Produção de motos é recorde – O segmento de motocicletas também continua em alta. A fabricação no Polo Industrial de Manaus (PIM), por exemplo, alcançou 166 mil unidades em janeiro – o melhor resultado em 13 anos. Comparando com janeiro do ano passado, o aumento foi de 17,6%. Já em relação a dezembro de 2024, a alta foi 34%. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) projeta uma produção total de 1,88 milhão de motocicletas para 2025, um crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior.

Nova Yamaha elétrica custa R$ 34 mil – A Neo’s Connected, primeiro modelo elétrico da Yamaha no Brasil já tem preço definido: R$ 34 mil, além de frete. A nova moto tem um visual minimalista, com acabamento com molduras emborrachadas – que protegem de pequenos arranhões. É alimentada por baterias de lítio e tem um motor elétrico montado no cubo da roda traseira. A chave de presença com Sistema Smart Key garante maior praticidade. E oferece algumas funcionalidades interessantes, como espaço para capacete e aberto porta-objetos dianteiro. O motor elétrico do modelo da Yamaha tem potência máxima de 2,4 kW. São duas baterias de lítio, que entregam um torque máximo de 13,7kgfm.

Nova Tiger Sport 800 – A marca inglesa Triumph confirmou a nova Tiger Sport 800 no Brasil. Ela tem motor tricilíndrico de 798cm³ a gasolina, capaz de entregar 115cv e 8,6kgfm de torque. A transmissão é mecânica de 6 velocidades, com troca rápida bidirecional, chamada de Triumph Shift Assist. A data e o preço, porém, permanecem um mistério. O modelo tem freios com discos duplos flutuantes de 310 mm de diâmetro na dianteira e disco traseiro de 255 mm, ambos equipados com ABS otimizado para curvas. São três modos de pilotagem (sport, road e rain), controle de tração ajustável, acelerador eletrônico, painel multifuncional TFT com conectividade Bluetooth e sistema de navegação curva a curva. O modelo também vem equipado com luzes full LED e para-brisa ajustável manualmente.

Multa herdada – A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou um  projeto de lei que isenta compradores de veículos usados do pagamento de multas cometidas pelo antigo proprietário e lançadas no sistema após a transferência. Na prática, em caso de transferência de propriedade do veículo, a proposta deixa claro que infrações praticadas pelo vendedor e lançadas com atraso no Sistema Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf) serão desvinculadas do veículo e do novo proprietário. A medida, segundo a Agência Câmara de Notícias, também se aplica a veículos registrados em nomes de empresas. O relator do Projeto de Lei 3509/24, deputado Gilberto Abramo (Republicanos-MG), defendeu a aprovação. “O comprador, que cumpriu todas as determinações legais, não deve ser surpreendido com débitos anteriores à compra, principalmente considerando que a quitação de todas as dívidas relacionadas ao veículo é uma exigência para a transferência de propriedade”, observou.

Financiamento de carros – A compra financiada de carro é sempre uma saída quando o consumidor não pode pagar o valor total à vista. No entanto, o valor final a ser pago depende de diversos fatores, como a taxa de juros aplicada, o valor da entrada, o prazo de pagamento e o perfil do comprador. “Com uma análise cuidadosa e uma escolha bem planejada, é possível financiar o carro dos sonhos sem sobrecarregar o orçamento. O segredo está em compreender as condições do financiamento e ajustar as parcelas de acordo com a sua realidade financeira”, comenta Leonardo Furtado, superintendente do Auto Shopping Internacional Guarulhos.

Fatores – O valor final de financiamento de um veículo depende de vários elementos. Um dos principais fatores é a marca e modelo do carro. “Carros de marcas premium ou modelos com mais tecnologia tendem a ter preços mais altos, o que aumenta o montante financiado”, explica.

Tipo de veículo – A motorização e o tipo de tração também têm impacto significativo. “Modelos híbridos, elétricos ou com tração integral podem custar mais e refletir em um financiamento mais alto”, ressalta.

Ano de fabricação – Outros aspectos, como o ano de fabricação do veículo e os itens de série (como central multimídia, sensores e piloto automático), também podem elevar o custo total. 

Condições de mercado – A taxa de juros praticada pelas instituições financeiras é um fator que influencia diretamente o valor final das parcelas. “A taxa de juros pode variar conforme o perfil de crédito do comprador e as condições do mercado, por isso é importante fazer uma pesquisa detalhada antes de fechar negócio”, aconselha.

Comprovação de renda – Para obter um financiamento de um veículo, o comprador precisa atender a algumas exigências das instituições financeiras. Entre os principais requisitos estão a comprovação de renda, a qual pode ser feita por meio de holerites, extratos bancários ou declarações de Imposto de Renda, e a análise de crédito, que avalia o histórico financeiro do cliente.

Valor da entrada – Além disso, muitas financeiras exigem um valor de entrada, que pode variar entre 10% e 50% do valor do veículo. “Quanto maior a entrada, menores serão as parcelas e os juros pagos durante o financiamento. O comprador também deve ter no mínimo 18 anos e ter sua documentação regularizada”, pontua. Embora a maioria das instituições financeiras exijam um pagamento inicial, algumas oferecem a possibilidade de financiar até 100% do valor do carro. Contudo, vale lembrar que, nesse caso, as taxas de juros tendem a ser mais altas, o que pode resultar em um custo total maior. “Apesar de não ser obrigatória, a entrada pode ser uma estratégia para reduzir os prazos, taxas e o valor financiado e facilitar o pagamento das parcelas”, destaca.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico 

Conheça Petrolina

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

O Partido Progressistas (PP), aliado da governadora Raquel Lyra (PSDB), tentou intermediar a situação entre a gestora e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no episódio da eleição dos presidentes das comissões temáticas da Casa.

O Diretório Estadual da legenda enviou um documento ao presidente em exercício da Alepe, deputado Rodrigo Farias (PSB), na última sexta-feira (14). No texto, o PP fez quatro pedidos a Farias. (veja em anexo abaixo)

O primeiro foi a revogação dos atos 122/2025 e 123/2025, assinados pelo presidente em exercício. O segundo foi a distribuição das Comissões da Alepe entre os partidos e blocos parlamentares de acordo com as indicações realizadas até as 18h do dia 13/02/2025.

O partido solicitou ainda o cancelamento da sessão extraordinária convocada para a manhã deste sábado (15), na qual foram eleitos os novos presidentes das comissões temáticas. Por fim, o PP pediu que houvesse a garantia de que o processo de escolha das comissões ocorresse “em estrita observância às normas regimentais”.

Alerta de erro jurídico

De acordo com o presidente estadual do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte, o documento enviado a Rodrigo Farias teve o objetivo de alertar à Casa para a possibilidade de um erro jurídico, algo já feito anteriormente.

“Do mesmo jeito que o PP disse que a Assembleia não deveria ter realizado a eleição antecipada da Mesa Diretora, porque estava errado e poderia ser anulada, como aconteceu, o PP também disse, desta vez, que a Assembleia não agisse da forma como agiu para eleger os presidentes das comissões”, destacou Eduardo da Fonte.

Argumentos enviados a Rodrigo Farias

O PP argumentou que o ato 119/2025, assinado pelo deputado Rodrigo Farias na última quarta-feira (12), determinava que o prazo final para indicação dos representantes das bancadas e blocos para compor as comissões encerrava-se na quinta-feira (13), às 18h, horário no qual o expediente na Casa é finalizado.

No entanto, o presidente em exercício acatou um ofício sem numeração, assinado eletronicamente às 19h10 do mesmo dia 13. O Partido Progressistas refere-se ao ofício do União Brasil que tornou o deputado Antônio Coelho (UB) novamente líder de bancada e fez com que o União Brasil continuasse fora do blocão governista.

“Especificamente, sem amparo regimental, o vice-presidente (Farias) acatou um ofício sem numeração, assinado eletronicamente às 19h10 do dia 13/02/2025, ou seja, o ato do vice-presidente atesta um contrassenso e está alicerçado em um documento regimentalmente INTEMPESTIVO, em consequência alterando-se a formação fora do prazo estabelecido no Ofício Circular 119/2025”, afirma o texto enviado pelo PP a Rodrigo Farias.

“Só há derrotados”, enfatizou Eduardo da Fonte

O deputado Eduardo da Fonte acredita que Pernambuco será prejudicado se a oposição boicotar o Governo Raquel Lyra, a partir de hoje, nas comissões, colocando em votação “pautas-bomba”, por exemplo. A instabilidade política pode afastar investidores do Estado. Para o deputado federal, não houve vitória de ninguém nesse episódio.

“Não tem vencedores no dia de hoje, só derrotados. Estão sendo derrotados a economia e o desenvolvimento do Estado de Pernambuco. À história, caberá responsabilizar os culpados. Essas comissões não têm legitimidade para deliberar, na minha opinião. Precisa que o presidente (Álvaro Porto) volte, chame o feito à ordem e reorganize, porque essas decisões foram tomadas pelo interino. Imagino eu que o presidente Álvaro Porto (PSDB) não tem conhecimento disso”, afirmou Eduardo da Fonte. Ainda segundo ele, o setor jurídico do PP está analisando a questão.

Dulino Sistema de ensino

Por Osório Borba Neto*

Acordei hoje, sábado, e depois de me certificar que estava vivo, fui às notícias. Tempos confusos, para dizer o mínimo. Esbarrei em Trump, que segue propalando um nacionalismo radical em nome de uma democracia de uma mão só, onde ele manda e os outros obedecem.

Dei uma golada no café, acendi meu cigarro e li que o deputado Nikolas Ferreira convoca o povo para as ruas pelo impeachment de Lula, e que os bolsonaristas estão gestando uma historinha de que a USAID americana financiou a eleição que derrotou Bolsonaro.

Desanimado com a burrice campeando, parti para as notícias locais, e li a eleição das comissões da assembleia estadual e a derrota acachapante dos governistas e de Raquel.

Confesso que a incompetência política da governadora me impressionou pouco. A mim, não me parece que o resultado poderia ser outro, dada a postura autoritária. Sim, é preciso dar o nome certo às coisas, postura autoritária de Raquel, que tenta governar sozinha, sem dialogar.

É fácil perceber que as regras para a governadora somente valem quando lhe beneficiam. Quando não, esbraveja e se diz perseguida, invocando até o falecido tio Fernando Lyra, para sugerir a subversão da democracia.

Minha cabeça deu outra volta. Muito me espanta que Raquel, toda vez que perde, invoque o sagrado respeito à democracia, para atacar seus adversários políticos. Ontem as interferências do governo dentro da Assembleia Legislativa subverteram, diria eu, a independência e autonomia dos poderes.

Raquel, através dos emissários da Casa Civil, sussurrava nos ouvidos dos deputados, insuflando e tangendo para o embate, tudo na base da ameaça. Depois ainda teve uma ação judicial tentando anular o resultado do jogo democrático.

Raquel, assim como Nikolas e Trump, só se lembram da democracia quando essa os favorecem. Quando o jogo democrático dá outro resultado, tentam virar a mesa, ganhar no tapetão, usam a estrutura do Estado em benefício pessoal.

Sim, pessoal, a briga com a Alepe não aproveita em nada o Estado de Pernambuco e compromete a governabilidade. Raquel precisa entender que Pernambuco é dos Pernambucanos.

*Jornalista do Vedomosti

Ipojuca No Grau

O cantor Alcymar Monteiro, o Rei do Forró, será uma das grandes atrações da programação do Carnaval de rua de Arcoverde, promoção da Prefeitura Municipal. Na agenda da semana que a cidade vai tremer de tanto frevo, ele vai prestar uma belíssima homenagem ao cantor e compositor arcoverdense João Silva cantando Pagode Russo em ritmo de frevo.

Já vi. Ficou uma maravilha! Alcymar é múltiplo, um gigante da MPB.

Caruaru - IPTU 2025

Raquel Lyra fez uma postagem no Instagram, ao lado do tio Fernando Lyra, dizendo que ‘aprendeu com ele sobre uma democracia de verdade’. O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa , eleito presidente da Comissão de Justiça da Alepe, fez o seguinte comentário na postagem:

“Perfeito, principalmente no princípio constitucional da harmonia e independência entre os poderes”. Um comentário ou um recado direto do legislativo de Pernambuco para a governadora Raquel Lyra?

Camaragibe Cidade do Trabalho

Do blog do Luis Tôrres

O governo Lula III baseou toda sua sustentação na defesa da democracia. E veio se segurando nela até então. Deu-lhe verniz. E proximidade com o Supremo Tribunal Federal. Mas o piso do palco desabou. Porque a estrutura não se sustenta somente com isso. O governo precisava entender que a defesa da democracia é o início, mas não um fim único e exclusivo de uma gestão. A finalidade é resultado positivo de governo.

Aliás, defende-se a democracia para que a maioria, de forma livre, escolha manter os bons governos com base em suas aprovações. A democracia, mãe da liberdade de escolha, no entanto, não sustenta governos ruins. E Lula não fez o dever de casa para que, numa democracia, ele seja a preferência da maioria. A democracia, neste sentido, bota para fora no momento certo, gestões que não dão resultados positivos. Especialmente na economia.

Uma inflação que esmaga o poder de compra do brasileiro, juros que não baixam por causa disso e um bate cabeça sem medidas para conter o desequilíbrio fiscal que o Brasil se encontra, gerando desconfiança de investidores e populares, são reflexos de um desestímulo quanto à expectativa da atual gestão.

O governo do PT chega, portanto, neste terceiro ano com índices de aprovação que são a antessala da substituição “democrática”, de acordo os números recentes da pesquisa Datafolha. É possível que nem na época mais dura das Lava Jato, que resultou na prisão do atual presidente à época, a aprovação de Lula estava tão em baixa na avaliação popular.

E não se trata de debates ideológicos, de vídeos de Nicolas Ferreira e nem da capenga comunicação do governo ao longo dos dois primeiros anos. É que sem dinheiro – ou com dinheiro sem valor – não tem povo que fique feliz com seu presidente.

O pior e mais perigoso de tudo isso é que para o cenário que Lula está levando o Brasil é possível que não apenas a economia seja prejudicada e, com isso, a vida da maioria do brasileiro. Num país de arroubos antidemocráticos, é a própria democracia.

Ou seja, aquilo que era o maior e único bem que Lula se vangloriava preservar, ele mesmo coloca em risco ao manter um governo ruim e desaprovado. Porque se o nível de enfraquecimento baixar para níveis ainda mais insustentáveis, se houver um recrudescimento ainda maior na economia, aí os fantasmas de 2016 começarão a sair dos armários e voltarão a assombrar o atual governo antes mesmo das eleições de 2026. Ou alguém ainda tem alguma dúvida que o nebuloso cenário econômico da época foi uma das principais facilidades para que a tese de impeachment de Dilma Rousseff se alastrasse?

Não é (ainda) o que mostram os números da Datafolha no caso de Lula, visto que a aprovação de apenas 24% é a menor da história dos seus governos, mas a desaprovação ainda briga com os eleitores que estão no campo da avaliação “regular”. O problema é se esses 32% que ainda avaliam como regular penderam para reprovação.

Aí não tem Hugo Motta, Davi Alcolumbre ou Supremo Tribunal Federal que confronte a insanidade que ainda impera no Brasil para segurar um cenário de desastre completo.

Em outras palavras, se Lula quer realmente ajudar a preservar a democracia neste país dos extremos é bom começar logo a reagir para recuperar a imagem apresentando resultados com reflexos diretos à população.

Pela democracia, tem até outubro de 2026 pra isso. Fora dela, o prazo é imprevisível…

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

A Prefeitura de Paulista obteve um financiamento de R$ 13 milhões junto à Caixa Econômica Federal para investimentos em infraestrutura e modernização de espaços públicos. O anúncio foi feito na última quinta-feira (13), durante o Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília. Os recursos serão destinados à revitalização de praças, ampliação de áreas de lazer e reformas em escolas e creches.

O secretário de Educação, Gilberto Sabino, destacou a importância do financiamento para a melhoria dos equipamentos públicos: “Essa conquista em Brasília é um passo fundamental para garantir infraestrutura de qualidade para a população. Com esses recursos, vamos revitalizar espaços essenciais, proporcionando um ambiente mais adequado para a comunidade em geral.”

O evento em Brasília reuniu gestores de diversas cidades do país para debater estratégias de financiamento e desenvolvimento urbano, o que inclui investimentos destinados a melhorar a qualidade de vida da população e fortalecer a estrutura dos serviços públicos no município.

Toritama - Prefeitura que faz

Do Brasil247

A Justiça do Distrito Federal autorizou a progressão de regime para George Washington de Oliveira Sousa, bolsonarista condenado por planejar um atentado à bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, em 2022, após a vitória do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial.

Segundo o Metrópoles, ele passará do regime semiaberto para o regime aberto como parte de uma medida para minimizar a superlotação carcerária no Centro de Internamento e Reeducação (CIR). A decisão foi tomada pelo juiz Bruno Aielo Macacari, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

George Washington foi condenado a 9 anos e 8 meses de prisão por tentativa de atentado. O magistrado entendeu que ele preenche os requisitos para o regime aberto, considerando que, no prazo de 180 dias a partir de 7 de janeiro de 2025, terá cumprido o tempo necessário. O juiz também destacou que não há faltas graves pendentes de apuração, o que reforçou a decisão pela progressão de regime.

O atentado foi planejado para ocorrer em 24 de dezembro de 2022, véspera de Natal. A bomba foi colocada em um caminhão-tanque que entraria no Aeroporto Internacional de Brasília, mas não explodiu devido a um erro técnico. O explosivo tinha força equivalente à de uma dinamite e poderia ter causado grande destruição.

George Washington foi um dos mentores do plano e providenciou a obtenção das emulsões explosivas vindas do Pará. Após pesquisas na internet sobre como montar um artefato explosivo, recebeu os materiais de pessoas ainda não identificadas, montou a bomba e a entregou a Alan Diego dos Santos, que ficou responsável por colocá-la no caminhão-tanque.

A progressão do regime de George Washington para o semiaberto ocorreu em 2024, após ele ter cumprido um sexto da pena, uma vez que foi condenado em 11 de maio de 2023. Ele foi preso em 24 de dezembro de 2022, no dia da tentativa do atentado. Durante a prisão, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou um arsenal de armas e explosivos em um apartamento alugado por ele no Sudoeste, em Brasília.

Palmares - Outlet

Uma paciente que deu entrada no Hospital Dr. Paulo da Veiga Pessoa, em Gravatá, para uma cirurgia de histerectomia enfrenta complicações após o procedimento ser interrompido. Segundo familiares, os médicos iniciaram a cirurgia, mas decidiram suspendê-la e fechar a incisão, alegando falta de estrutura adequada para a realização completa do procedimento. As informações são do programa do Jota Silva.

A mulher agora aguarda transferência para outra unidade de saúde, enquanto seu estado de saúde é considerado delicado. O caso levanta questionamentos sobre a capacidade do hospital em realizar cirurgias e reforça preocupações sobre a infraestrutura da rede pública de saúde no município.

A situação gerou mobilização da família e de autoridades locais, que buscam garantir o atendimento adequado à paciente. O caso segue em acompanhamento.

Você sabia que o maior parceiro de Luiz Gonzaga em recorde de composições gravadas foi João Silva? De músicas compostas por ele, o Rei do Baião gravou o triplo em relação a Zé Dantas e Humberto Teixeira.

E canções que se imortalizaram, como “Tá danado de bom”, “Pagode Russo” e “Sanfoninha choradeira”. Na crônica domingueira de amanhã, os leitores deste blog vão mergulhar na belíssima história deste matuto de Arcoverde, celebrizado no mundo inteiro na voz de Gonzagão.

Do g1 Pernambuco

A cantora Alcione precisou interromper um show em Olinda, no sábado (15), após passar mal enquanto se apresentava na prévia “Enquanto Isso na Sala da Justiça”, no Centro de Convenções. A artista de 77 anos se sentiu mal por conta do calor, de acordo com sua assessoria.

A irmã dela subiu ao palco e pediu desculpas. Posteriormente, a cantora tranquilizou os fãs e disse ter tido um “ligeiro mal-estar”.

Segundo a equipe de Alcione, ela se incomodou com a temperatura do espaço pouco depois que começou o show, e retirou o casaco que estava usando na apresentação. Após isso, a cantora se abanou para se refrescar e tentou seguir o show, mas não conseguiu e decidiu trocar de roupa no camarim.

Alcione retornou ao palco um vestido longo de tecido mas leve, sendo acolhida pelo público. Após alguns minutos, ela encerrou o show definitivamente, para receber atendimento médico. Segundo a assessoria de imprensa da prévia carnavalesca, “a cantora foi atendida no camarim, e saiu andando para o hotel”.

A Marrom utilizou sua conta pessoal no Instagram para tranquilizar o público e informar que já se encontra bem.

“Oi, gente. Eu estou aqui para dizer a vocês que o que eu tive ontem foi só um ligeiro mal-estar e tiveram que me levar para o hospital, claro, para ver se não era nada demais. Mas hoje eu já estou aqui, inteira, a caminho da luta. Obrigada pelo carinho de vocês”, comentou a artista.

Do Poder360

Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizaram o resultado da pesquisa DataFolha divulgada na sexta-feira (14), que mostra que 41% dos brasileiros avaliam o governo como “ruim” ou “péssimo”. Do outro lado, só 24% afirmaram que consideram o trabalho do governo como “bom” ou “ótimo”, enquanto 32% avaliaram a administração petista como “regular” e 2% não souberam responder.

O ministro da SRI (Secretaria das Relações Institucionais), Alexandre Padilha, afirmou que o chefe do Executivo tem “humildade e experiência para ler” e a “força e vigor adequados para reagir e mexer no que tem que ser mexido no segundo tempo do jogo”.

O chefe do órgão responsável pela articulação com o Congresso Nacional não citou a queda da aprovação. Em vez disso, destacou o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro, que foi o menor desde 2012. Falou também da queda do dólar – a moeda norte-americana fechou em R$ 5,696 na sexta-feira (14).

“O presidente Lula tem a humildade e a experiência necessárias para ler e a força e vigor adequados para reagir e mexer no que tem que ser mexido no segundo tempo do jogo. O IPCA de janeiro já foi o menor desde 2012, o dólar já tem trajetória de queda, com trabalho, sem truques ou malabarismos”, disse o ministro.

Os resultados divulgados pelo Datafolha são praticamente idênticos aos da pesquisa PoderData realizada no final de janeiro. No levantamento, 40% dos brasileiros tinham uma avaliação negativa do governo Lula, e 24%, uma positiva, enquanto 33% disseram que o trabalho do Executivo era “regular”.

Eis a avaliação do governo, segundo o Datafolha:

ruim/péssimo – 41% (eram 34% em dez.2024);

regular – 32% (eram 29% em dez.2024);

ótimo/bom – 24% (eram 35% em dez.2024);

não sabem – 2% (era 1% em dez.2024).

Alvo de controvérsia na última semana por suposto aumento do valor do Bolsa Família, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, também minimizou a avaliação negativa do governo Lula. Afirmou que existe um “ataque cerrado aos políticos em geral”.

Comparou a pesquisa a AtlasIntel, que mostra que Lula lidera contra todos os adversários para a eleição de 2026, exceto contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Veja que em pesquisa recentemente divulgada, em cenário semelhante, o presidente Lula venceria, segundo a mesma pesquisa, a todos os adversários que se apresentaram até agora, incluindo o ex presidente Jair Bolsonaro”, declarou.

Nos bastidores, entretanto, a avaliação é que o Pixgate foi o principal motivo que puxou a queda da aprovação. Integrantes do governo afirmam que as controvérsias envolvendo a instrução normativa que ampliava a fiscalização sobre transferências acima de R$ 5.000 feitas via Pix.

A questão do Pix começou em 14 de fevereiro, quando o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que trabalhadores teriam suas contas “vigiadas” como se fossem “sonegadores” com a instrução normativa. A repercussão foi um dos fatores que ocasionou a decisão do governo de derrubar a medida.

Outra questão foi a inflação dos alimentos, que atingiu 8,23% em 2024. A taxa desacelerou em dezembro no acumulado de 12 meses depois de ter uma longa sequência de alta ao longo do ano passado. Como mostrou o Poder360, a equipe econômica levou ao Planalto a avaliação de que a culpa da inflação dos alimentos se deve a fatores externos, como a alta do dólar – também influenciado pela insegurança fiscal do país.

O time, porém, não tem conclusões de como atacar esses efeitos diretamente. Aliados do governo afirmam que a recente declaração de Lula, em que orienta as pessoas a não comprarem o que está caro, foi mal recebida e pode ter contribuído para a queda na avaliação da gestão petista.

No mesmo dia em que a oposição assumiu a liderança das principais comissões da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a governadora Raquel Lyra (PSDB) compartilhou uma foto ao lado do tio, o ex-deputado constituinte Fernando Lyra. Na legenda, ela afirmou que aprendeu com o familiar que, em uma democracia verdadeira, “as regras sempre são respeitadas”.

A condução das votações nos colegiados foi contestada na Justiça por parlamentares do governo.

“Ontem completaram 12 anos do falecimento do meu tio Fernando Lyra. Com ele, aprendi que em uma democracia de verdade as regras são sempre respeitadas.”

Não bastasse a retumbante derrota nas eleições das principais comissões da Assembleia Legislativa de Pernambuco, a governadora Raquel Lyra acabou de ser derrotada na justiça. O pedido de liminar impetrado pelos deputados de sua base, Antônio Morais, Débora Almeida e Joaquim Lira, contra o processo que resultou na maior derrota de um chefe do Poder Executivo na história, foi negado.

Ainda cabe recurso, mas, na política e na Justiça, as derrotas já são emblemáticas e simbolizam bem a incapacidade de Raquel e do seu governo de dialogar e de fazer política.

Assim, o governo fica sem jogo na Alepe e o discurso de golpe que aliados da governadoras tentaram, sem sucesso, emplacar perde completamente qualquer sustentação. Raquel se mostra perdida na gestão e na política, colecionando derrotas e situações vexatórias.

Algo nunca antes visto em Pernambuco e raramente observado no Brasil.

Confira, em anexo, a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Do jornal O Globo

O homem mais rico do mundo e atual chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos compartilhou na plataforma X, uma de suas empresas, uma publicação que pede o impeachment do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos principais aliados de Donald Trump no retorno à Casa Branca, o magnata retuitou, em seu perfil pessoal, uma postagem com fotos dos protestos pela queda de Dilma Rousseff em 2016.

O post do bilionário somava mais de 16,7 milhões de visualizações na manhã deste sábado. “Wow”, escreveu ele, ao compartilhar a publicação.

A postagem original, do autor identificado como Mario Nawfal, também foi compartilhada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, num momento em que a oposição tenta mobilizar parte do público e inflar uma “onda nacional de protestos”.

O senador Flávio Bolsonaro reproduziu em seu perfil o compartilhamento de Musk e escreveu que “o resgate do Brasil já começou”. O deputado federal Eduardo Bolsonaro também replicou a reação do bilionário em suas redes sociais.

A publicação à qual reagiu Musk diz que as manifestações contra Lula vão ocorrer em 120 cidades do país. O autor original do post aponta que “o movimento está ganhando atração pelo Brasil graças aos crescentes sinais de oposição ao governo [Lula]”.

Postagens como a de Mario Nawfal passaram a circular mais ativamente no X desde a divulgação dos resultados da mais recente pesquisa Datafolha, que expressou um tombo na popularidade de Lula. A atual gestão atingiu o menor índice de avaliação positiva de todos os mandatos do petista na série histórica do levantamento, num movimento puxado por segmentos que formam a base de sustentação do presidente.

De acordo com nova pesquisa do instituto divulgada na sexta-feira, o percentual do eleitorado que considera que Lula 3 é ótimo ou bom caiu 11 pontos percentuais em apenas dois meses, de 35% para 24%. No grupo que declara ter votado em Lula no segundo turno das eleições de 2022, a queda é ainda maior, de 20 pontos. No quadro geral da população, a avaliação negativa do governo (ruim ou péssima) também é recorde.

O Datafolha ouviu 2.007 eleitores entre 10 e 11 de fevereiro para a nova pesquisa, que tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

A publicação compartilhada por Elon Musk marca um novo passo no atrito entre o bilionário e as autoridades brasileiras. No ano passado, o X chegou a ficar suspenso durante meses no país, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que cobrava de Musk o respeito a decisões judiciais e o pagamento de multas pelo descumprimento delas. Após semanas de ataques ao que considerou ser uma atuação autocrática do ministro, Musk cedeu, e o acesso dos usuários brasileiros foi restabelecido.

Lula defende a regulação universal das plataformas digitais e acusa Musk de não respeitar as constituições dos países. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também se envolveu em um episódio polêmico ao xingar Elon Musk durante um evento sobre combate à desinformação, em novembro do ano passado.

Mais recentemente, como reportou a coluna de Malu Gaspar no GLOBO, o bilionário disse no X, em tom conspiracionista e sem apresentar quaisquer provas, que o governo Joe Biden financiou a vitória de Lula contra Jair Bolsonaro em 2022. A declaração foi feita em resposta ao senador republicano Mike Lee (Utah), que se reunira nesta quarta-feira com o deputado federal brasileiro Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O posicionamento de Elon Musk ocorre dias após Eduardo Bolsonaro aterrissar em Washington para se reunir com congressistas aliados de Trump, incluindo Lee, em busca de informações que corroborem a narrativa bolsonarista de que os EUA agiram em favor de Lula em 2022.

A viagem de Eduardo também faz parte de uma estratégia para criar um clima favorável para pautar a anistia aos golpistas do 8 de janeiro no Congresso, projeto que em última instância pode favorecer Jair Bolsonaro e reabilitá-lo eleitoralmente para 2026.

Do Blog Dantas Barreto

Encerradas as eleições dos novos presidentes da CCLJ, das comissões Finanças e de Administração, os deputados de oposição pregaram a união da Assembleia Legislativa e o diálogo com o Governo do Estado. Nas votações deste sábado, não houve presença de um só governista, apesar de Débora Almeida (PSDB) ter se candidatado à presidência da CCLJ. Os oposicionistas consideram que houve acusações virulentas e fora do tom.

Primeiro a se pronunciar na entrevista coletiva, o novo presidente da Comissão de Finanças, Antônio Coelho (UB), deixou claro seu posicionamento contrário ao mandado de segurança apresentado pelos aliados do Governo, visando anular a instalação das comissões ocorrida na sexta-feira. Ele se baseou nos artigos 124 do Regimento Interno da Alepe no 118 da Câmara Federal.

Coelho criticou a postura dos governistas, diante do cenário de derrota já prevista, já que a oposição conseguiu ocupar a maioria dos cargos nas principais comissões. “O debate político foi rebaixado, mas tem que ser superado”, afirmou o deputado. Ele enfatizou que o assunto é para ser tratado internamente, sem interferências externas. “Faço um apelo aos colegas que se unam, que esta Casa esteja unida novamente”, ressaltou.

Alberto Feitosa (PL), que agora é o presidente da CCLJ, disse ser normal e faz parte do processo político o debate mais acalorado. No entanto, considerou que a deputada Débora Almeida “foi infeliz”, quando acusou a oposição e o presidente interino da Alepe, Rodrigo Farias (PSB), de terem dado um golpe por descumprirem os prazos regimentais.

“Harmonia e independência. Vamos primar por esses dois princípios”, disse Feitosa. Ele lembrou que, há dois anos, a eleição de Antônio Moraes (PP) para presidente da CCLJ “foi definida na sala da governadora e o PL mudou a liderança de última hora”. “Nós respeitamos a maioria”, acrescentou.

Solidariedade

Os deputados prestaram solidariedade ao presidente Rodrigo Farias, que foi duramente criticado numa Carta Aberta assinada por 26 deputados. “Tivemos uma surpresa com o tom da carta, que fugiu da relação que temos nesta Casa”, disse Waldemar Borges (PSB), novo presidente da Comissão de Administração. Na sua opinião, “o tom virulento” teve participação ativa da Secretaria da Casa Civil e do Poder Executivo. Antônio Coelho chegou a afirmar que Rodrigo “foi vítima de fake news”

Presidente estadual do PSB, o deputado Sileno Guedes também se solidarizou com Rodrigo, garantindo que o correligionário agiu “com firmeza e diálogo com todos os deputados”, nesse período que substitui Álvaro Porto (PSDB) na presidência da Assembleia Legislativa. “Foi um documento assinado por deputados, mas alguns nem sabiam da presença dos seus nomes na lista. As comissões estão instaladas. Esse é um fato que encerra neste momento”, enfatizou.

Governabilidade

Quanto ao apelo feito por Raquel Lyra nesta semana, de que os deputados sejam co-responsáveis pela governabilidade do Estado, Waldemar Borges assegurou que essa é a intenção do Legislativo. “Somos co-responsáveis, mas precisamos garantir a independência e o diálogo entre os poderes e um comportamento verdadeiramente democrático. A gente não se sente atingido com a declaração da governadora”, cravou o socialista.