Danilo Cabral defende diálogo como meio para construir unidade no campo político entre PT e PSB

Danilo Cabral

Por Betânia Santana*

Praticar à exaustão a capacidade de diálogo para construir a unidade no campo político. A proposta é do superintendente da Sudene, Danilo Cabral, como estratégia para preservar a democracia e para consolidar a relação entre o PSB e o PT, na reeleição do Recife.

Rememora que no pleito de 2022 as ações do ex-presidente Jair Bolsonaro evidenciaram o risco de liberdades cerceadas. Hoje, mesmo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter voltado ao poder, constata que o Brasil ainda é um país dividido.

“O movimento após a eleição do presidente Lula nos deixa em situação de alerta e vigilantes com o que pode acontecer. E temos um Congresso Nacional que reflete essa divisão da sociedade”, atesta o ex-deputado federal por três mandatos.

“É preocupante ver novamente uma tensão na relação entre os Poderes. Precisamos restabelecer a harmonia”, defendeu, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.  

Quando se refere a campo político, o superintendente envolve todos os nomes dispostos a consolidar a democracia, “um cristal que nunca deve ser quebrado”. Nesse processo, enfatiza o papel das eleições municipais. “Eleição de governador e presidente é uma eleição de dois turnos. O primeiro vai ser jogado agora”.

Enxerga PT e PSB, onde está há quase 30 anos, como condutores da unidade, em meio às discussões para vice do prefeito João Campos (PSB) no Recife.

“Não tenho dúvidas de que a gente vai chegar a um entendimento. O importante é que os dois partidos se sintam contemplados com a solução, com o vice sendo do PT ou não sendo, que o PT tenha protagonismo. É preciso ser bom para os dois”, enfatiza. E reforça que nessa decisão o ator importante é o presidente Lula.

*Colunista da Folha de Pernambuco

Toca Jabô

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou na tarde de sexta-feira (19) que o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais Alexandre Padilha está disposto a conversar com o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) quando ele quiser. Segundo Guimarães, não há “crise” no governo sobre a relação entre os dois.

“Padilha está disposto a conversar com o presidente Lira na hora que ele se dispuser. Não tem crise sobre isso”, declarou o deputado, que disse que há sintonia na relação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Congresso, mas que falta um “consertinho”. As informações são do Poder360.

O líder do governo na Câmara disse achar que Lula deveria conversar com Lira sobre os atritos recentes. De acordo com ele, o petista “vai resolver”.

Guimarães conversou com jornalistas na saída da reunião com Lula, ministros de Estado e líderes do governo do Congresso. O encontro foi convocado pelo chefe do Executivo no Palácio do Planalto.

Segundo o deputado, o desgaste do Executivo com o Legislativo não foi discutido na reunião. Guimarães afirmou que o intuito do encontro foi uma “ressocialização das informações” sobre pautas prioritárias do governo que estão tramitando no Congresso.

Eis a lista de autoridades que compareceram à reunião:

Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;

José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara;

Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso Nacional;

Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais;

Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social; e

Rui Costa, ministro da Casa Civil.

Lira x Governo

Na última semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira, fez duras críticas a Alexandre Padilha, responsável por chefiar a Secretaria de Relações Institucionais. Lira afirmou que o ministro era “incompetente” e responsável por plantar “notícias falsas” sobre o Congresso.

Depois dos ataques do deputado a Padilha, Lula disse que manteria o ministro no cargo “só de teimosia”.

O clima piorou ainda mais quando o governo demitiu na terça-feira (16) o superintendente regional do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Alagoas, Wilson César de Lira Santos. Ele é primo do presidente da Câmara dos Deputados.

Na quarta-feira (17), Lula não gostou do que foi considerado pelo Planalto um “recado” de Lira ao pautar um requerimento de urgência para um projeto para derrubar um decreto presidencial sobre a igualdade de salário entre homens e mulheres, segundo apurou o Poder360.

Paulista - No ZAP

Após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) postar um vídeo em suas redes sociais vestido com a camisa do Santa Cruz e convidando os seus seguidores para a manifestação bolsonarista que será realizada neste domingo (21), o senador Humberto Costa (PT) retrucou. 

“O santinha nunca foi tão desonrado. Não merecia ser usado por essa série lixo”, escreveu o petista em sua conta no Instagram.

Jaboatão - Toca Jabô

Os senadores da Argentina, sem debate e em uma votação usando as mãos erguidas, aumentaram os seus salários em 170%, em uma decisão que gerou polêmica, devido à dura crise econômica que o país atravessa, com uma inflação anual de 288% e mais da metade da população na pobreza. 

Após a votação, que ocorreu no final de uma sessão ordinária de quinta-feira e durou menos de dois minutos, os 72 membros da Câmara alta ganharão cerca de 4 milhões de pesos (cerca de R$ 23,8 mil) líquidos por mês, enquanto que o salário mínimo local, hoje em mínimo histórico, gira em torno de 200 mil pesos (cerca de R$ 11,9 mil). As informações são do O GLOBO.

Os blocos de oposição votaram a favor, enquanto os senadores pró-governo e seus aliados não levantaram a mão, embora tenham proporcionado quórum para votação e não tenham pedido voto nominal, prática habitual quando não há consenso.

“É uma loucura porque não corresponde aos salários que temos”, disse Gabriela Quiroga, uma vendedora de roupas de 31 anos que disse à AFP que “os negócios não vendem nada” e “cada vez mais pessoas são vistas dormindo no rua”.

Desde que a notícia foi divulgada, o presidente Javier Milei compartilhou publicações nas quais os legisladores são descritos como “cínicos” e “hipócritas”, enquanto o ministro da Economia, Luis Caputo, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter): “Que vergonha para os outros sobre o Senado ontem”.

Luis Juez, presidente do bloco PRO, aliado do partido governista, também não levantou a mão e afirmou em suas redes que o aumento “é inapropriado e uma vergonha no momento que a sociedade vive”. Um dos senadores mais visados ​​pelo governo foi Martín Lousteau, presidente da oposição União Cívica Radical, que levantou a mão “de maneira discreta” para votar a favor. A captura do momento foi compartilhada mais de 20 vezes por Milei em sua conta no X.

Lousteau, por sua vez, disse em entrevista à rádio que a medida foi acordada por todos os senadores e defendeu o aumento: “Um senador ganhava menos que um “tweeteiro” do presidente; ganhava um terço do que [porta-voz presidencial] Manuel “Adorni””.

Esta semana, o porta-voz presidencial terá o cargo de Secretário de Estado, com um salário equivalente a cerca de 3.000 dólares (R$ 20,8 mil), e que Karina Milei, irmã de Javier e secretária-geral da presidência, terá o cargo ministerial, também ganhando cerca de 4.000 dólares (R$ 20,8 mil). O bloco governista no Senado, por sua vez, informou em comunicado que apresentará um projeto para reverter os aumentos.

A medida ocorreu ao mesmo tempo em que, na Câmara, começa a discussão sobre a nova “lei de bases”, também conhecida como “lei omnibus”, um grande pacote de reformas do Estado cuja aprovação poderá ser fundamental para o plano de governo de Milei.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

No próximo dia 26, o Grupo de Executivos do Recife (GERE) irá homenagear Antonio Cláudio Sá Barreto, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (SINDUSCON), com saudação de Jorge Corte Real.

A cerimônia será realizada no Spettus Premium, localizado na Avenida Domingos Ferreira, Boa Viagem, Zona Sul do Recife. As reservas podem ser feitas através do 81 99265-3664, ou através do e-mail: [email protected]

Serviço

Local: Spettus Premium

Data: 26 de abril

Hora: 12h às 14h

Ipojuca - Minha rua top

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, comunicou na manhã deste sábado (20) a morte do filho, Arthur Rodrigues, de 16 anos, em Joinville, região norte do estado de Santa Catarina.

O adolescente morava com a mãe e estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave, desde a semana passada. A causa da morte não foi divulgada. As informações são do G1.

Nas redes sociais, o prefeito manifestou o luto com uma foto do filho e uma homenagem. Veja um trecho abaixo:

“Ele era um jovem de 16 anos, cheio de luz e generosidade, e mesmo em seus últimos dias, nos deu lições de força e amorosidade. Sua jornada foi interrompida precocemente, mas seu espírito de solidariedade continuará vivo”, compartilhou Edmilson

A Prefeitura de Belém emitiu uma nota de pesar sobre a morte precoce do adolescente e informou que o corpo do de Arthur será velado em Joinville.

Doação de órgãos

Nas redes sociais, Edmilson anunciou que os órgãos do filho serão doados como forma de ajudar outras pessoas que necessitam dar continuidade a vida.

“Através da doação de seus órgãos, queremos mostrar sua essência amorosa, seu desejo de ajudar o próximo e seu sonho de justiça social”, afirmou.

No dia 11 de abril o prefeito de Belém já havia anunciado o momento delicado que o filho enfrentava e compartilhou que precisaria sair da capital para acompanhar o estado de saúde do adolescente.

“Estou viajando agora para dar todo carinho e apoios necessários! Desde já agradeço a corrente de orações e energias positivas pela recuperação total do meu amado menino”, escreveu nas redes sociais.

Caruaru - Geracao de emprego

Nessa última sexta-feira (19), em Caruaru, foi aberto oficialmente o Maior e Melhor São do Mundo, com o São João na Roça. O prefeito Rodrigo Pinheiro cortou a fita ao lado de secretários municipais e da população da comunidade de Gonçalves Ferreira, na zona rural da cidade. 

A abertura do São João na Roça contou com shows do Trio Fole de Ouro, Cheiro de Sanfona e Assisão, além de apresentações artísticas do Ballet Cia Marcos Mercury, Grupo de Dança Flor e Barro e do Batalhão de Bacamarteiros 17, que animaram a multidão de forrozeiros.

“Preparamos um São João lindo, que começa com o pé direito em Gonçalves Ferreira. Ver o espaço lotado mostra o quanto a programação foi aceita por todos e todas. Este é apenas o primeiro dia. Teremos mais 71 pela frente. Esperamos que aproveitem com responsabilidade e segurança”, ressaltou Rodrigo Pinheiro.

A festa continua neste sábado (20), com shows em Malhada de Barreira Queimada. Vão se apresentar o Ballet Cia Marcos Mercury, Banda de Pífanos Alvorada, Quadrilha Molecodrilha, Trio Tabajara, Elifas Junior e Petrúcio Amorim. O São João na Roça será realizado até o dia 31 de maio. Em 1° de junho, começará o São João na zona urbana.

Toda a programação do São João na Roça é composta por artistas de forró, sendo 80% deles de Caruaru.

Camaragibe Agora é Led

A Direita se mostra cada vez mais unida e mobilizada. Para confirmar isso, está programado para amanhã, em Copacabana, no Rio de Janeiro, um ato com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL)  diz que,  motivados  pelo espírito de luta pela democracia, deputados estaduais, deputados federais, governadores e presidentes do Partido Liberal nos estados confirmaram presença na mobilização de amanhã.

A comitiva pernambucana inclui o ex ministro do Turismo e Cultura e pré-candidato a prefeito do Recife, Gilson Machado, o presidente do PL em Pernambuco, Anderson Ferreira, os deputados federais Coronel Meira, Fernando Rodolfo, André Ferreira, Pastor Eurico; os deputados estaduais Coronel Alberto Feitosa, Joel da Harpa e Abimael Santos.

“Isso mostra a nossa união nos propósitos do presidente Bolsonaro e nossa integral solidariedade a toda injustiça pela qual ele está passando”, reforçou Feitosa.

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Por Henrique Rosa*

As duas cidades, Juazeiro e Petrolina, esperam da direção do Colégio Auxiliadora que ela peça desculpas pelos abusos cometidos no caso da menina Beatriz.

O colégio, porém, nunca achou bem visto o pedido de desculpas, ainda mais agora que o caso aconteceu há mais de cinco anos. O certo é que a família de Beatriz sofreu um massacre e opressão.

Os EUA pediram desculpas e expressaram pesar aos afro-americanos  pelos erros cometidos contra eles e seus antepassados durante a escravidão.

A Inglaterra pediu desculpas pela atuação britânica na fome intensa irlandesa há 150 anos que matou um milhão de pessoas. O Primeiro Ministro Tony Blair disse: “Aqueles que governavam em Londres na época falharam com seu povo”.

A Alemanha Ocidental pediu desculpas ao mundo pelas ações de seu Estado predecessor. A Alemanha nazista ainda pagou indenizações para Israel e para os sobreviventes do Holocausto.

O Papa Francisco foi à Bolívia e pediu desculpas  pelos pecados da Igreja Católica na opressão da América Latina.

O colégio praticou corrupção quando contratou o perito do Estado que foi designado para trabalhar na perícia do caso Beatriz.

O Colégio Católico Nossa Senhora Auxiliadora ensina a perdoar, mas não pede perdão pelos graves erros cometidos no desenrolar daquele inquérito policial que apurava o assassinato da menina Beatriz. 

Faltou uma indenização para a família e também cadeia para parte da cúpula do colégio e de alguns empregados que, agindo de modo livre, consciente e voluntário, em unidade de desígnios e conjugação de esforços, maquiaram provas desse crime que repercutiu internacionalmente. 

O advogado do colégio, no programa Linha Direta, da Rede Globo, afrontou o Brasil quando disse que a família deveria pedir desculpas ao colégio.

As Freiras nunca foram mães, logo, não tem noção que do outro lado existe uma mãe sofrida e cansada de tanto suplicar por justiça e sem saber onde esconder as lágrimas e sem o gosto de mimar a sua filha, de encher o coração de prazer e entusiasmo. 

A mãe é o único ente que nos ama, que compreende as nossas dores, que sofre quando sofremos, que se desespera quando choramos e que morre quando uma filha deixa o mundo.  

A família não deve desculpas.  O colégio continua falhando.

*Advogado

Vitória Reconstrução da Praça

A chuva forte que atinge o Grande Recife causou diversos transtornos neste sábado (20). Ruas ficaram alagadas e até uma “cascata” caiu dentro da plataforma da estação central do metrô.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um aviso meteorológico de chuva moderada e “localmente forte”, com estado de observação, para o Grande Recife, toda a Zona da Mata e para o arquipélago de Fernando de Noronha. O alerta é válido até domingo (21). As informações são do G1.

Entre os locais afetados, estão ruas de Camaragibe, incluindo o Centro da cidade e o Bairro Novo do Carmelo. No Recife, há registros de inundações na Cidade Universitária e nos bairros da Mustardinha e Bongi, na Zona Oeste.

No Centro da capital, uma “cascata” se formou na Estação Recife, atingindo a plataforma que fica entre os trilhos dos trens, onde os passageiros aguardam para embarcar.

De acordo com a prefeitura do Recife, a cidade está em estado de “atenção”, com equipes de prontidão.

Da Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira (19) que a soberania brasileira está sob um ataque promovido de forma articulada entre mercantilistas estrangeiros ligados às redes sociais e políticos brasileiros extremistas. Alvo de uma série de acusações do empresário norte-americano Elon Musk, proprietário da rede social X, o ministro disse que a Justiça brasileira não irá se abalar.

“A Justiça Eleitoral continuará a defender a vontade do eleitor contra a manipulação no poder econômico nas redes sociais, algumas das quais só pretendem o lucro e a exploração sem qualquer responsabilidade. O Poder Judiciário está acostumado a combater mercantilistas estrangeiros que tratam o Brasil como colônia e políticos extremistas e antidemocráticos, que preferem se subjugar a interesses internacionais do que defender o desenvolvimento do Brasil”, afirmou Moraes, sem citar nomes.

As declarações foram dadas durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental do Museu da Democracia. Resultado de um acordo entre o TSE e a Prefeitura do Rio de Janeiro, a sede do espaço será no prédio do Centro Cultural da Justiça Eleitoral (CCJE), no centro da cidade. O edifício ainda passará por intervenções e não há data estipulada para a inauguração.

“Democracia não combina com abuso de poder político e de poder econômico. E nós também vamos contar aqui no Museu da Democracia o combate histórico da Justiça Eleitoral contra o abuso do poder político e do poder econômico que reiteradas vezes vieram ameaçar a democracia brasileira”, disse Moraes.

Elon Musk, que nos últimos meses tem realizado encontros com lideranças da extrema-direita internacional e se alinhado no Brasil a teses propagadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, vem afirmando que o ministro age de forma autoritária ao ordenar a censura de diversos perfis. Ele chegou a ameaçar uma desobediência de decisões judiciais.

Além das acusações de Musk, Moraes também se tornou alvo nos últimos dias de um relatório do Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, produzido por influência de congressistas do Partido Republicano próximos do ex-presidente americano Donald Trump. O documento, intitulado O ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil, sugere que houve censura com a suspensão de quase 150 contas na rede social X. A circulação do relatório pela internet foi impulsionada por perfis de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em seu discurso, Moraes não fez comentários específicos sobre essas alegações. Ele elogiou a definição de democracia citada em vídeo institucional produzido pela Prefeitura do Rio de Janeiro e veiculado na cerimônia. “Democracia é liberdade com responsabilidade. Todo mundo tem que conhecer e respeitar as regras. Pode discordar, pode divergir, mas não pode descumprir, não pode afrontar”, diz um trecho do vídeo.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu arquivar um pedido do Ministério Público junto ao TCU para suspender o salário do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) enquanto ele estiver preso. A decisão foi tomada na sessão da última quarta-feira (17).

Chiquinho e o irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, foram presos em março pela Polícia Federal sob a suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. As informações são da Carta Capital.

Segundo o ministro Aroldo Cedraz, relator do caso, o arquivamento é necessário porque o pedido não preencheu “os requisitos de admissibilidade”.

De acordo com a Secretaria-Geral de Controle Externo do TCU, não há elementos suficientes para “inferir prática de qualquer ilicitude cometida pelos gestores da Câmara dos Deputados”.

“Considerando existir até então curto prazo de tempo entre a prisão do parlamentar e eventuais e futuros cálculos referentes a acertos financeiros e/ou suspensão de pagamento, cuja responsabilidade é da área de pessoal daquela Casa parlamentar”, conclui.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão monitorar o ato que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) irá promover neste domingo (21), em Copacabana, no Rio de Janeiro. Mas, diferentemente da expectativa que havia sido criada para o primeiro desses eventos, realizado na Avenida Paulista em fevereiro, os ministros não acreditam que ele se deterá em atacar a Corte ou em reprisar com muita insistência os episódios do 8 de janeiro do ano passado.

Como da outra vez, porém, deve assinalar a ameaça de que o País “está próximo de se tornar uma ditadura” e que os brasileiros de bem necessitam tomar as ruas em defesa da democracia. Também como fez no comício da Avenida Paulista, Bolsonaro está pedindo aos seus seguidores que não levem faixas e cartazes com ataques aos ministros do Supremo. As informações são do Estadão.

O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores da manifestação, postou no X (antigo twitter) um vídeo de Bolsonaro em que o ex-presidente reafirma que será um ato pacífico em defesa da democracia, sem cartazes e sem faixas. “Vamos lá, fazer essa manifestação que, novamente, servirá para uma fotografia para o mundo e para nós discutirmos aí, realmente, o nosso Estado Democrático de Direito”, afirmou na gravação.

Desde o governo do ex-capitão, a orla de Copacabana se tornou território bolsonarista. Ali, Bolsonaro fez praticamente todos os seus atos públicos e chegou a tentar transferir a parada militar de 7 de Setembro da Avenida Getúlio Vargas – onde acontece tradicionalmente todos os anos – para a praia. No fim não deu certo e o Rio ficou sem o desfile.

Embora não vá deixar de lado a defesa em causa própria sobre a suposta tentativa de golpe frustrada e nem os pedidos de anistia para os vândalos que invadiram as sedes dos Três Poderes, Bolsonaro vai destacar as críticas do empresário Elon Musk ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Musk acusa Moraes de censurar publicações e defendeu o impeachment do ministro, prometendo que publicaria em breve ordens de Moraes que, segundo ele, violam as leis brasileiras. Em outra bravata disse que descumpriria as ordens judiciais brasileiras.

Por fim, Musk conseguiu um relatório produzido por uma comissão parlamentar nos Estados Unidos, intitulado “O ataque contra a liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil”. A comissão é presidida pelo republicano Jim Jordan, muito ligado ao ex-presidente Donald Trump.

Em nota divulgada nesta quinta, a assessoria de imprensa do STF afirmou que os documentos reproduzidos no relatório da comissão parlamentar norte-americana não se tratam “das decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas sim dos ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão”.

Portanto, se imagina que Bolsonaro usará o tema e o confronto entre Musk e Moraes para animar seus apoiadores e repetir o questionamento de por que o ministro defende a censura, tentando tirar do ar publicações que considera inapropriadas.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), confirmou nesta sexta-feira (19) sua presença no ato marcado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na praia de Copacabana. Ele indicou que usará o evento para criticar a ação da Procuradoria Regional Eleitoral que pede a cassação de seu mandato.

Os dois processos contra Castro e mais 12 aliados estão na fase final de tramitação no Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A Procuradoria o acusa de abuso de poder político e econômico em sua campanha de reeleição ao governo do estado, em 2022.

Já no Rio de Janeiro, onde será realizado um grande ato bolsonarista em Copacabana, o ex-presidente Jair Bolsonaro, vestido com a camisa do Santa Cruz, gravou um vídeo na manhã de hoje para convidar a população para participar do movimento que será realizado amanhã, a partir das 10h.

Rodeado de jovens da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), que realizavam um luau na Barra da Tijuca, o ex-presidente demonstrou bom humor e aproveitou a ocasião para o convite, registrado em vídeo. “Amanhã, todo mundo em Copacabana”, disse Bolsonaro.

Confira

Por Ana Gabriela Oliveira Lima*

“Tocar em um líder religioso não é uma coisa fácil. A religião que eu sou representa 35% do povo brasileiro. Isso é um negócio muito gigante.”

A mensagem dada pelo pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, em entrevista à youtuber Antonia Fontenelle no fim de fevereiro, revela uma das estratégias do aliado de Jair Bolsonaro (PL) para intimidar o STF (Supremo Tribunal Federal) nas investigações que envolvem o ex-presidente: fazer pressão blindado por seu status de líder religioso.

Depois de financiar manifestação na Paulista que admitiu ter sido planejada com essa finalidade, o pastor volta a protagonizar a organização de mais um ato a favor de Bolsonaro, desta vez em Copacabana, no Rio, neste domingo (21), e com a ameaça de subir o tom.

Para especialistas, a utilização da religião para pressionar a Justiça é sinal preocupante que testa a democracia. A estratégia anda lado a lado com a deslegitimação do STF sob o argumento de que “Supremo é o povo”, pensamento expresso recorrentemente por Malafaia.

“Se você botar o povo na rua, eles vão pensar umas três vezes [antes de prendê-lo]. E, se isso acontecer, o negócio vai ser feio”, disse Malafaia a Bolsonaro para convencer o político a promover a manifestação na Paulista, segundo relato feito pelo pastor em fevereiro.

A ideia, admitiu, era pressionar o STF em meio ao contexto em que Bolsonaro havia sido intimado a falar sobre uma possível trama golpista para impedir a posse do presidente Lula (PT).

Na mesma entrevista, Malafaia creditou o fato de ser líder religioso a chance de poder ter uma postura mais combativa junto ao Supremo.

Ataques ao ministro Alexandre de Moraes, que chama de ditador de toga, e a ideia de que o Judiciário deve observar a vontade do povo também estão presentes em seu discurso.

“O povo é o Supremo poder de uma nação. Nada é superior a nível de poder em uma nação do que o povo. Quando um povo se manifesta, se submete ao poder Judiciário, o Legislativo e o Executivo”, afirmou.

Em outra entrevista no fim de março, desta vez para o canal Rádio+Brasil, Malafaia disse não ter medo de ser preso e ameaçou divulgar vídeos dele e de Bolsonaro em caso de prisão. “Tem um vídeo meu gravado na mão de algumas pessoas. Se me prenderem, amigo, a coisa vai ficar bonita ao contrário”, afirmou. “Até Bolsonaro tem vídeos gravados. Se for preso, vai ser solto. Aí os caras vão ver o problema que eles vão arrumar.”

Depois da repercussão, o pastor justificou que os vídeos aos quais fazia referência tinham a ver com sua autodefesa e não eram incentivo à “quebra-quebra, perseguição política ou golpe”.

De acordo com Sérgio Feldman, professor de história da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), a ideia de que o Judiciário deve observar a vontade do povo é antiga e foi marcadamente usada pelo fascismo e nazismo na Europa do século 20.

“Esse discurso já existia, mas foi retomado entre as tendências totalitárias do século 20 que surgiram no pós-Primeira Guerra”, afirma. “Tendências autoritárias trabalhavam com propagandas para justificar os regimes. Nessas propagandas, elas assumiam estar no lugar do povo, representar o povo contra inimigos externos.”

Para Luis Gustavo Teixeira, doutor em ciência política com foco em laicidade estatal e professor da Unipampa (Universidade Federal do Pampa), as falas de Malafaia sobre o Supremo e a pressão que pode exercer como líder religioso exemplificam um pensamento que representa “clara violação da democracia”.

“Grupos extremistas desconsideram o papel do Judiciário enquanto entidade cuja atribuição é impedir a violação dos direitos”, diz.

“O que Malafaia pondera é: somos [evangélicos] muito em termos de densidade populacional e também temos um capital político enorme.”

Entretanto, afirma Teixeira, é papel do Judiciário apreciar assuntos polêmicos que podem ir de encontro a valores consensuais no debate público.

De acordo com Henderson Fürst, professor de direito constitucional da PUC-Campinas, o uso da concepção de povo como poder supremo é recorrente em democracias em crise.

“É uma afirmação falaciosa, mas de fácil assimilação por quem não está familiarizado com a estrutura jurídica complexa de uma democracia. Todo poder emana do povo, isso é verdade, mas esse poder se concretiza na forma de uma Constituição”, diz.

Ele afirma que a função do Supremo é ser contramajoritária. “Ainda que todo o povo queira algo, o Supremo precisará ir contra essa vontade porque sua função não é ouvir a voz da rua, é ouvir as vozes da Constituição.”

Segundo Pedro Serrano, professor de direito constitucional da PUC-SP, se o STF leva em consideração a pressão religiosa na hora de tomar suas decisões, o impacto é negativo para a democracia.

“A ideia de que o Supremo deve observar o povo parte do pressuposto de que o poder político deve ser superior aos direitos. É a essência da tirania”, diz.

O especialista completa que a intensidade de uma democracia se mede, entre outros aspectos, pelo grau de autonomia do direito. “Ou seja, o quanto que no plano real, na prática social, as decisões do Judiciário e da corte constitucional se dão por razões de Justiça e não por estratégias de disputa de poder.”

Questionado pela Folha, Malafaia afirmou que “o povo ter consciência de que é o supremo poder” não é prejudicial à democracia, mas sim àqueles que querem calar a população. O pastor também afirmou desconhecer pressão de líderes religiosos sobre o STF e disse que ele, como pastor, tem “certa influência”, mas não “toda a influência”.

Sobre os vídeos que ameaçou divulgar em caso de sua prisão ou de Bolsonaro, reafirmou que são uma precaução, uma vez que tem visto Moraes prender pessoas “sem nenhum motivo”. “E eu garanto para você que não é para incentivar a perseguição a autoridades, para quebrar o país. Eu sou democrata. Quem gosta de quebrar é a esquerda”, afirmou.

Malafaia disse também que se posiciona como cidadão e que há 40 anos conscientiza o povo evangélico. Afirmou que suas críticas a Moraes são embasadas na Constituição e que pretende trazer, na manifestação de domingo em Copacabana, novas denúncias envolvendo investigações contra Bolsonaro.

*Jornalista da Folha de São Paulo

Pelo menos 25 deputados e senadores conseguiram juntar R$ 125 mil numa vaquinha para ajudar a custear a manifestação a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro, que acontecerá no domingo (21). O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) foi o responsável pela arrecadação do valor, sendo ele o primeiro parlamentar a doar o valor de R$ 5 mil.

Diferente do ato em São Paulo, realizado em fevereiro deste ano e financiado por Silas Malafaia, os parlamentares são quem agora ajudam a concretizar o evento. As informações são do Estadão.

“Eu fui o primeiro para dar exemplo”, comenta Sóstenes. Além dele, outros 15 colegas deputados e nove senadores desembolsaram R$ 5 mil.

Um deles é o deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP). “Contribui porque acredito em manifestações pacíficas e que não é justo apenas uma pessoa arcar com os gastos”, afirma.

A reportagem mapeou 14 desses congressistas que participaram da vaquinha. O nome dos senadores foi confirmado por Sóstenes, que diz ter feito um compromisso de não identificar todos os deputados, já que alguns deles pediram sigilo. O pastor Silas Malafaia, que também estará presente, confirmou outros dois nomes.

Até a tarde desta sexta-feira (19), mais de 70 deputados confirmaram que irão para o ato de Bolsonaro, nove senadores e quatro governadores ou vice-governadores.

“Acredito que será grande”, diz José Medeiros (PL-MT). “No domingo, mais uma vez os patriotas estarão juntos numa manifestação pacífica em prol da democracia, com Deus, pela pátria, pela família e pela liberdade, chamando a atenção do mundo, num mar de verde e amarelo”, completa Feliciano.

Como mostrou o Estadão, três dos quatro filhos políticos do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ) estarão presentes. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) também irá.

A expectativa é que o evento sirva de palanque para o governador do Rio, Cláudio Castro (PL) e para o pré-candidato da capital fluminense, Alexandre Ramagem (PL-RJ). A manifestação começará a partir das 10h, quando bolsonaristas farão a concentração no cruzamento da Avenida Atlântica com a Rua Bolívar, na praia de Copacabana.

A reportagem procurou os 14 parlamentares identificados como doadores, sendo que 11 não responderam.

Veja deputados e senadores que participam da vaquinha de R$ 125 mil:

1.Bia Kicis (PL-DF)

2.Carlos Portinho (PL-RJ)

3.Dr. Hiran (PP-RR)

4.Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

5.Izalci Lucas (PL-DF)

6.Jorge Seif (PL-SC)

7.José Medeiros (PL-MT)

8.Magno Malta (PL-ES)

9.Marcos Rogério (PL-RO)

10.Nikolas Ferreira (PL-MG)

11.Pr. Marco Feliciano (PL-SP)

12.Rogério Marinho (PL-RN)

13.Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

14.Wilder Morais (PL-GO)

A DPU (Defensoria Pública da União) ingressou na Justiça Federal da 1ª Região com um pedido para que a rede social X, antigo Twitter, seja condenada a pagar uma indenização de R$ 1 bilhão por dano moral coletivo e danos sociais.

A ação coletiva estrutural sustenta que Elon Musk, dono da plataforma, teria cometido violações graves contra o Estado democrático de Direito brasileiro ao incitar o descumprimento de decisões judiciais. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

O órgão justifica o valor bilionário para a indenização afirmando que a quantia leva em conta “a imensa gravidade da ilicitude”, as consequências causadas por ela e também a riqueza dos réus.

“As declarações do proprietário da rede social X surgem em um momento delicado para o Brasil, que tenta apaziguar as tensões provocadas por setores da extrema direita envolvidos na tentativa de golpe de Estado”, afirma a ação.

“Essas palavras, portanto, representam uma afronta grave, não apenas ofendendo o país e o Estado Democrático de Direito estabelecido, mas também tentando desacreditar as instituições democráticas brasileiras”, continua.

A ação ainda defende que as declarações feitas pelo bilionário devem ser avaliadas como um ato de extremo descompromisso para com as liberdades democráticas, capazes de inflamar tensões sociais e de minar o que o órgão chama de “processo de cura nacional”.

Além da indenização bilionária, a DPU demanda que uma série de medidas sejam determinadas à rede social, como a adoção de uma moderação em conformidade com os direitos à liberdade de expressão e informação, a implementação de um sistema eficaz de cooperação com as autoridades judiciais e o estabelecimento de parcerias com organizações de checagem de fatos.

O órgão também sugere a aplicação de uma multa no valor de R$ 500 mil a cada episódio de desobediência de decisões judiciais praticadas pela rede social.

A ação é encabeçada pela defensora Nacional de Direitos Humanos da DPU, Carolina Soares Castelliano Lucena de Castro, e endossada pela ONG Educafro e pelo Instituto de Fiscalização e Controle.