A possibilidade de uma trégua entre a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e o Palácio do Campo das Princesas parece cada vez mais distante. Os ânimos seguem acirrados diante do novo pedido de empréstimo feito pelo governo estadual, no valor de R$ 1,5 bilhão.
Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7 nesta segunda-feira (26), o deputado estadual Waldemar Borges (PSB) voltou a criticar a falta de transparência do Executivo em relação a destinação dos recursos provenientes de empréstimos já autorizados e, agora, sobre o novo pleito.
“Se por convocação, se por reunião, se por ofício, sinceramente, isso pra mim já não é mais revelante. O que eu quero é a informação”, dispara o parlamentar, alegando que só a partir disso poderá se posicionar para novos pedidos.
Waldemar também cobrou explicações sobre a aplicação dos recursos de empréstimos anteriores. Segundo ele, é preciso que o governo detalhe claramente onde o dinheiro foi investido ou, se não foi utilizado, os motivos para a inexecução.
“A gente agora quer saber: uma vez que os empréstimos foram autorizados, foram gastos com o quê? Ou, se não foram, por que não foram? É simples”, questionou.
As declarações foram dadas após questionamento sobre as afirmações do secretário de Planejamento, Fabrício Marques, de que os R$ 9,2 bilhões em empréstimos não deveriam ser integralmente contabilizados pela Assembleia, uma vez que parte do valor foi destinada ao refinanciamento de dívidas de gestões anteriores.
A conta vai ser paga
O parlamentar ainda ressaltou a importância de que o governo mantenha responsabilidade fiscal na contratação de novos empréstimos, lembrando que os valores obtidos hoje representam dívidas que precisarão ser quitadas no futuro.
Ele afirmou que não é contra a tomada de crédito, desde que os recursos sejam aplicados em obras que beneficiem a população e com transparência sobre sua destinação.
“Esse dinheiro não é um dinheiro dado não. É um dinheiro pra ser pago em algum momento”, expôs.
As contradições do governo Lula se acumulam à medida que os objetivos imediatos de recuperar a popularidade para garantir a reeleição se chocam com as promessas de campanha que não podem ser cumpridas sem criar obstáculos ao objetivo maior, que é manter o poder. Lula venceu a eleição de 2022 no pressuposto de que faria um governo de união nacional, reunindo em torno de si uma aliança suprapartidária. Na prática, temos o PT dominando as principais áreas do governo, e os representantes das demais forças políticas de centro-esquerda relegados a um segundo plano.
A barafunda criada pelo aumento do IOF é exemplar desse paradoxo. A necessidade de aumentar a arrecadação para tentar equilibrar as finanças nacionais, sem que os cortes necessários sejam feitos, faz com que o país contradiga sua intenção de entrar para a OCDE, a reunião dos países mais desenvolvidos do mundo. Ou revela que o governo Lula não tem como prioridade essa participação.
Uma das regras é a abolição gradativa do IOF, para aderir aos Códigos de Liberalização de Movimento de Capital e de Transações Invisíveis, os dois principais instrumentos da OCDE na área econômica para liberar o fluxo financeiro entre os países membros, inclusive prestação de serviços. Outra dificuldade do anúncio do aumento do IOF é a política de juros do Banco Central. O presidente Gabriel Galipolo havia anunciado que estava muito longe a análise de uma queda nos juros, mas a partir desse aumento do IOF pode ter que mudar a política, se não para uma queda, possivelmente uma estabilização. O governo que reclama dos juros é o mesmo que, aumentando o IOF, trava o consumo como se os juros tivessem aumentado em 0,5 pontos percentuais.
O aumento do IOF também afetará a classe média, que pretendia viajar para o exterior e terá seus custos aumentados. Uma classe que o governo petista precisa reconquistar para viabilizar sua reeleição.
A autorização para estudar a exploração de petróleo na foz do Amazonas, embora possa ser defendida pela melhoria econômica da região, veio em momento impróprio, quando o país organiza a COP 30 e reunirá autoridades de diversos países para tratar das mudanças climáticas numa região cuja preservação é fundamental para o mundo.
A ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, uma figura icônica mundialmente nessa luta, já se disse “de luto” com as mudanças na legislação ambiental que foram aprovadas no Senado, afrouxando as regras para licenciamento ambiental que, na visão dos ambientalistas brasileiros, representam o maior retrocesso já ocorrido no setor. Muitos senadores da suposta base parlamentar do governo apoiaram as medidas. Somando-se as duas medidas de flexibilização da fiscalização, o momento crítico dará muito tema para discussões e certamente protestos surgirão no caminho da COP30.
Um governo que se apresentou como a antítese do anterior, que fazia vista grossa para mineração ilegal em terras indígenas e desmatamento, trazendo de volta à cena a líder ambientalista Marina Silva, agora será criticado por não preservar o meio ambiente. A controvérsia é maior porque o trabalho do meio ambiente tem trazido bons resultados, com queda sensível do desmatamento. No ano da COP 30, Marina não pode ser demitida, e tem força política, especialmente no exterior, para criar obstáculos a esses avanços que colocam em risco o meio ambiente.
Essas contradições do governo fazem com que ele se divida em grupos, que não trabalham em conjunto. Há diversas tendências e um só objetivo, continuar no poder. Essa atitude do presidente Lula, de buscar a reeleição às custas do equilíbrio fiscal, repete sua sucessão para a presidente Dilma Rousseff, que foi ajudada de imediato com uma política econômica agressiva que fez o PIB crescer 7,5% naquele ano eleitoral, mas levou a um caos econômico que foi impossível evitar, especialmente porque a presidente eleita em 2010 acreditava, como Lula acredita, que “gasto é vida”.
Uma comitiva do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional iniciou uma série de vistorias e visitas técnicas a obras da Transposição do Rio São Francisco, em municípios de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte. A obra, concluída em 2015, passará por melhorias, incluindo a duplicação da capacidade de bombeamento, com ordem de serviço a ser assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ontem, o ministro Waldez Góes esteve na Estação de Bombeamento 1, em Cabrobó, ponto onde começa a captação das águas do rio para a transposição no eixo norte. A obra foi finalizada em 2015 e deve passar por melhorias. Durante a visita, a comitiva também conheceu a Barragem da Serra do Livramento, que tem capacidade máxima de quase 19 milhões de metros cúbicos. As informações são do portal O Poder.
Atualmente, o local conta com dois conjuntos de motobombas, com capacidade de quase 25 metros cúbicos por segundo, e passará por duplicação. A ordem de serviço para o início das obras será assinada na próxima quarta-feira (28) pelo presidente Lula, que estará no município de Salgueiro, em Pernambuco.
A comitiva viaja, hoje, para o município de Mauriti (CE), onde será inaugurado o sistema de abastecimento de água do município. O projeto de transposição do Rio São Francisco foi iniciado em 2007. Atualmente é composto por 477 quilômetros de extensão, organizados em dois eixos de transferência de água: Norte, com 260 quilômetros, e Leste, com 217. A obra já recebeu investimentos de R$ 12 bilhões quando se incluem seus sistemas complementares de distribuição dos recursos hídricos.
Só defende a inexistência de um hospital militar quem não faz ideia do que significa viver na linha de frente da guerra urbana que assola Pernambuco. Quem enxerga como “privilégio” a assistência médico-hospitalar exclusiva a policiais e bombeiros militares desconhece o risco permanente a que esses profissionais – e suas famílias – estão expostos. Falta sensibilidade. Falta visão de Estado.
Há uma perigosa banalização do sofrimento do agente de segurança pública, tratado como descartável pelo próprio governo que deveria protegê-lo. A ausência de um hospital estruturado e exclusivo é mais que uma negligência: é uma aposta na sorte. Jogar um policial ferido numa emergência comum, ao lado de criminosos que combateu horas antes, é mais que imprudente – é desumano. Já houve retaliações. Já houve mortes. E mais virão, se nada for feito.
Em Pernambuco, o Hospital da Polícia Militar (HPM) foi idealizado na década de 1930 e inaugurado em 1940, para atender a um efetivo pequeno. Tornou-se, por décadas, uma referência em saúde no estado. Mas, hoje, vive à míngua: sem recursos humanos, sem equipamentos e com parte de suas clínicas fechadas por absoluta falta de pessoal. Médicos, psicólogos, dentistas, enfermeiros e técnicos se aposentaram, e o Estado não repõe os quadros há anos. O resultado é o sucateamento progressivo da estrutura que deveria cuidar de quase 20 mil policiais e bombeiros ativos, além dos inativos e pensionistas.
Para sua manutenção o Estado de Pernambuco envia do orçamento em torno de R$ 3,5 milhões mensais. Outros R$ 4,2 milhões vêm de descontos diretos nos contracheques dos próprios militares. É com esse orçamento apertado que o HPM tenta sobreviver. Chega a ser cruel.
E mais grave ainda é ver autoridades – inclusive militares de alta patente e políticos que posam como defensores da segurança – não destinarem sequer os 6% do seu imposto de renda devido para o HPM, como permite a legislação. Se os próprios agentes e a sociedade civil organizada não mobilizarem essa destinação, continuaremos assistindo à degradação de um equipamento vital.
Faço aqui um apelo aos policiais e bombeiros de Pernambuco: destinem parte do seu imposto de renda devido, até 6% ao HPM é muito simples e não sai do seu bolso. Pode salvar vidas.
E faço também um chamado aos deputados estaduais, federais e senadores: destinem emendas parlamentares para a revitalização do hospital. No caso das federais a emenda parlamentar federal não entra direto no Hospital, porém pode ir para uma Fundação ou para o próprio Governo Estadual e o mesmo desloca uma verba que iria ser gasta em um local para outro. Parte de 1% dos empréstimos consignados dos Militares Estaduais eram para retornar ao Sistema de saúde da PM/ BM desde 2015, e nada foi repassado. Isso é política pública real. Isso é compromisso com quem protege a população.
Outro ponto inadiável é a realização de concurso público para recompor os quadros do hospital. O ciclo de aposentadorias está matando, lentamente, a capacidade operacional da unidade.
É inaceitável que um agente da lei tenha que se submeter ao SUS, nos mesmos corredores que criminosos, sem garantia de segurança nem de atendimento especializado por profissionais que compreendam a dinâmica da tropa. É por isso que existem hospitais militares no mundo inteiro. Eles não são regalias. São escudos institucionais. Governos vêm e vão. O problema permanece. A estrutura é a mesma desde 1941. A população cresceu. A criminalidade explodiu. O efetivo aumentou. E o hospital? Parado no tempo. Faltam recursos. Faltam equipamentos. Falta gestão. Falta visão estratégica.
Se você não gosta de polícia, o problema é seu. Mas o Estado tem a obrigação legal, moral e constitucional de garantir condições mínimas para seus agentes.
A Polícia Civil, inclusive, também deveria ter acesso ao hospital, com a estrutura necessária para esse atendimento – não com a esmola institucional que hoje é repassada.
A governadora Raquel Lyra conhece bem essa realidade. Antes de ser chefe do Executivo, foi delegada da Polícia Federal, procuradora e deputada. Sabe que a tropa precisa de estrutura. Sabe que o hospital precisa de vida. E sabe, principalmente, que ignorar esse problema é assinar embaixo de uma política de abandono institucional dos que arriscam a própria vida para proteger a sociedade.
É hora de agir. A tropa está sangrando. O hospital também.
*Publicitário, Cientista Político e Social, Especialista em Gestão Pública, Turismo, Comércio Exterior, Inteligência Competitiva, Marketing e Comunicação Pública.
A pouco mais de um ano do início do período eleitoral, alas importantes de partidos do Centrão, que compõem a base do governo no Congresso, dão sinais de distanciamento, indicando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá dificuldades para alargar o arco de alianças além dos limites do pleito passado.
A confirmação da federação entre União Brasil e Progressistas, o flerte do PSD com uma candidatura própria à Presidência e o movimento do ex-presidente Michel Temer para criar uma aliança de governadores de oposição para 2026 ilustram os percalços que Lula terá para forjar, até o próximo ano, um grupo mais parrudo de partidos aliados.
A cúpula do União Progressista já fala abertamente em apoiar um candidato de centro-direita. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro e presidente da federação, diz que defenderá a saída do governo dos quatro ministros do bloco até o fim deste ano. Para ele, é preciso que haja clareza sobre o lado em que os dois partidos estarão na próxima corrida presidencial e não será o do PT.
“Impossível o União Progressista caminhar com Lula em 2026. Nem com mágica. Nas nossas bases, 90% dos prefeitos, vereadores e deputados não têm identificação com o PT”, afirmou o senador.
Presidente do União Brasil, Antônio Rueda concorda com o colega e, em entrevista na semana passada, criticou o governo Lula. O dirigente disse que, por uma estratégia própria, a gestão atual se fechou no PT. “Hoje, a maioria (do União) pende para um projeto de centro-direita”, disse. Clique aqui e confira a matéria completa.
A PEC que coloca um fim na reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República pode entrar em votação ainda esta semana, segundo sinalização do presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre (União-AP). A informação foi dada pelo chefe da mesa-diretora na última semana, mas ele pontua a necessidade de ouvir também os líderes partidários sobre a proposta.
“Tenho todo desejo e interesse para que, na semana que vem, essa proposta [PEC do Fim da Reeleição] esteja em deliberação no Senado. Mas quero ouvir os líderes partidários e tenho certeza de que todos vão concordar”, afirmou Alcolumbre na última quarta-feira (21/5). As informações são do Correio Braziliense.
De acordo com o texto da PEC, o fim da reeleição ocorre por meio de duas fases: uma a partir de 2028 para os prefeitos e a outra em 2030 para os cargos de presidente e governador.
A matéria também propõe a unificação dos pleitos municipais, estaduais e nacionais em uma única data. A mudança aconteceria a partir de 2034 juntamente com a padronização de mandatos políticos para o período de 5 anos, incluindo os senadores, que passam a ter uma redução de mais de um terço nos mandatos (8 para 5 anos) nas eleições do mesmo ano.
Apesar de Alcolumbre sinalizar apoio à proposta, líderes partidários afirmam que a modificação no tempo de mandato dos senadores estaria causando certo descontentamento nele, apesar do parlamentar concordar em extinguir a reeleição no Executivo. A informação foi dada por meio de aliados do político à imprensa, sob sigilo da fonte, e afirmam que, por conta das divergências, o presidente do Congresso poderá empurrar a análise da proposta para junho ou ainda para o segundo semestre.
Na última sexta-feira, Taquaritinga do Norte celebrou um importante avanço na área da saúde com a entrega de duas vans para o serviço de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) e uma ambulância. As duas vans, adquiridas com recursos próprios do município, têm capacidade para 20 passageiros cada. Equipadas para garantir conforto, segurança e dignidade, elas atenderão pacientes que necessitam de deslocamento para tratamentos médicos em outros municípios.
A nova ambulância adquirida por meio de emenda parlamentar, por sua vez, amplia a capacidade de atendimento emergencial, fortalecendo o sistema de saúde local. “Estamos orgulhosos dessa conquista, que reflete nosso compromisso com a saúde e o bem-estar da população. Com as novas vans e a ambulância, garantimos um serviço mais eficiente e humanizado”, afirmou o prefeito de Taquaritinga do Norte, Gena Lins, durante a cerimônia de entrega.
Desde a campanha eleitoral para a Presidência em 2022, uma parcela dos críticos do presidente Lula concentrou esforços para incluir Rosângela Lula da Silva, a Janja, nos ataques digitais. Com a vitória nas eleições, Janja assumiu o posto de primeira-dama e, com isso, o aumento da exposição trouxe também o rigoroso escrutínio dos opositores acerca de suas ações e falas.
No monitoramento em tempo real da Palver em mais de 100 mil grupos públicos de WhatsApp e Telegram, o número de menções a Janja obteve o recorde do ano na quarta-feira (14), após a primeira-dama pedir a palavra em um encontro com o presidente chinês, Xi Jinping, para falar sobre os efeitos sociais do TikTok no Brasil. A repercussão se deu de maneira negativa para Janja, que foi acusada de quebrar o protocolo e causar constrangimento na reunião. Lula negou que tenha havido quebra de protocolo e defendeu a postura da esposa.
Nas redes sociais, contudo, o caso foi utilizado pela oposição para aumentar as críticas à primeira-dama. Nos grupos de direita no WhatsApp, circularam vídeos questionando o papel dela, argumentando que não teria sido eleita e, portanto, não tem nenhum poder de representação junto a autoridades estrangeiras. Outras postagens focaram em atacar a primeira-dama ao acusá-la de deixar que ego e vaidade se sobrepusessem aos interesses nacionais.
A fala de Lula, defendendo Janja, também foi explorada pela oposição. O presidente argumentou que a primeira-dama não é uma “cidadã de segunda classe”. A fala foi cortada e explorada em montagens junto com outro pronunciamento sobre a ida de Janja à França após viagem oficial ao Japão. Na ocasião, ele disse que “a mulher do presidente Lula não nasceu para ser dona de casa”. Nas redes sociais, o presidente foi acusado de ofender as mulheres brasileiras que são donas de casa.
Na busca por reconhecimento facial na plataforma da Palver, as imagens compartilhadas sem necessariamente fazer menção ao nome da primeira-dama, mas utilizando seu rosto, são de tom ofensivo, seja pelos ataques à honra e dignidade, seja pelas acusações de desvio de dinheiro público. Outro tema que domina as narrativas em torno de Janja é o gasto com as viagens realizadas.
Por ter viajado seis dias antes da viagem oficial à Rússia, foi amplamente criticada pela oposição, inclusive com informações falsas, como a que a acusa de levar um carregamento com 200 malas contendo dinheiro desviado do INSS. Uma variação dessa narrativa falsa já havia sido utilizada na viagem da comitiva brasileira ao funeral do papa Francisco. Ao fazer associações desse tipo, opositores reforçam a imagem de corrupção e mantêm em evidência o tema da fraude do INSS, facilitando o processo de assimilação das informações por se tratar de um tema de cobertura nacional.
Na última sexta-feira (23), em entrevista ao podcast da Folha ‘Se ela não sabe, quem sabe?’, a primeira-dama fez uma leve crítica a Michelle Bolsonaro ao ser questionada se leva um maquiador na comitiva em suas viagens. No entanto, nas redes, a repercussão se deu por conta de declaração que Janja fez sobre o modelo de regulamentação de redes sociais na China. Nos grupos de direita, a primeira-dama foi acusada de querer promover censura nas redes.
A oposição possui estratégia digital e faz uso das próprias falas e ações de Janja para espalhar ódio, misoginia e desinformação nas redes sociais. Para exercer protagonismo e conseguir colocar sua própria identidade na função de primeira-dama, Janja precisará recorrer à institucionalidade, ou seja, por vias legais buscar reparo acerca da desinformação contra si, e também de uma estratégia de redes sociais para converter o negativismo em torno de seu nome em menções positivas e favoráveis.
A série documental Natureza Forte, exibida às sextas-feiras, às 22h, no Canal Futura e com todos os episódios abertos no Globoplay, ganhou vida extra nos colégios graças a um guia pedagógico produzido pela Fundação Roberto Marinho. O material, já adotado por redes públicas e particulares, mostra passo a passo como aproveitar a segunda temporada para discutir o Semiárido em disciplinas como Ciências, Geografia, Filosofia e Língua Portuguesa.
O documento traz planos de aula completos: no episódio “Umbu é uma festa”, estudantes descobrem frutas nativas, pesquisam em bibliotecas universitárias e terminam semeando mudas em praças ou vasos da escola. Em “Pescadoras”, turmas de 7.º ano calculam a diversidade de peixes nas bacias hidrográficas, produzem gráficos e refletem sobre o papel da mulher na pesca artesanal.
Já em “Sustentabilidade Jovem”, alunos do 6.º ano filmam áreas naturais da própria cidade e publicam curtas-metragens para incentivar o cuidado com o ambiente local. Em cada caso, o guia indica objetivos alinhados à BNCC, recursos necessários, atividades práticas, formas de avaliação e bibliografia de apoio, facilitando a aplicação imediata em sala de aula.
Cada plano de aula indica recursos (episódio, sala de vídeo, celular, datashow), estratégias de mediação e bibliografia de apoio, facilitando a adoção imediata pelos professores.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o valor do ressarcimento dos descontos indevidos aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve ser de R$ 1 bilhão a 2 bilhões. Em uma entrevista, o ministro afirmou que vai aguardar a apuração final sobre o total de descontos indevidos – prevista para as próximas semanas – para discutir o tema com a área jurídica do governo e definir as fontes de recursos para o ressarcimento.
O ministro da Fazenda baseou os cálculos no volume de reclamações feitas por beneficiários por meio do aplicativo “Meu INSS” e do telefone 135 depois da revelação das fraudes. Em 13 de maio, o governo notificou, por esses canais, os segurados que sofreram cobranças associativas não autorizadas de março de 2020 a março de 2025, solicitando que informassem se havia ou não autorizado as deduções. As informações são do portal Poder360.
Com base nas respostas dos segurados, o governo passou a solicitar às associações documentos que comprovem a autorização dos aposentados e pensionistas para os descontos, com prazo de 15 dias úteis. Se não houver comprovação, as entidades terão outros 15 dias para devolver os valores à União.
Segundo Haddad, não é possível afirmar se o bloqueio de bens dos envolvidos na fraude será suficiente para garantir o ressarcimento aos beneficiários afetados. “Não temos ainda uma estimativa, mas são muitas centenas de milhões de reais bloqueados dessas associações. Ninguém será prejudicado, mas essa turma vai ter que pagar, inclusive com os seus bens pessoais”, declarou o ministro.
A medida foi tomada após a PF (Polícia Federal) deflagrar, no fim de abril, a operação Sem Desconto, com o objetivo de investigar um suposto esquema nacional de descontos indevidos. Segundo as apurações, empresários e integrantes de sindicatos e associações teriam se beneficiado dos valores desviados. Haddad elogiou o ministro da CGU (Controladoria Geral da União), Vinicius Carvalho, por ter envolvido a PF na investigação.
“O ministro Vinícius fez um trabalho, na minha opinião, extraordinário. Extraordinário. Porque, em 2023, ele já envolveu a Polícia Federal no assunto. Com dados. Quem recebeu lá em 2019, 2020, a denúncia, não fez nada”, declarou Haddad. “Em 2023, ele já envolveu a Polícia Federal e aí não teve mais freio a investigação, a punição dos responsáveis e a recuperação do dinheiro”, disse.
A Advocacia Geral da União (AGU) pediu à Justiça o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens de 12 entidades, mas ainda há incertezas sobre a localização dos valores desviados nas contas dos investigados e sobre o prazo necessário para a devolução dos recursos. Segundo dados do governo, o total de recursos estimado por Haddad corresponde a aproximadamente um terço dos R$ 5,9 bilhões em descontos efetuados desde março de 2020.
DEVOLUÇÃO
O INSS iniciará, hoje, a devolução dos R$ 292 milhões em descontos indevidos de mensalidades associativas realizados em benefícios de aposentados e pensionistas no mês de abril. A data para a restituição de cada beneficiário dependerá do valor do benefício e do último algarismo do número do segurado. Todos os que tiveram mensalidades associativas descontadas em abril receberão reembolso integral.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, se reunirá, hoje, com empresários pernambucanos durante encontro promovido pelo LIDE Pernambuco. O evento, que tem como tema “Diálogo sobre o Brasil, Nordeste e Pernambuco”, visa discutir os avanços e desafios da infraestrutura brasileira. Na ocasião, Costa Filho apresentará o raio-x dos setores portuário, aeroportuário viário e hidroviário, com foco nas oportunidades de desenvolvimento para Pernambuco.
Costa Filho irá apresentar os projetos e investimentos em infraestrutura logística que têm sido realizados no estado, incluindo melhorias nos portos de Suape e Recife, a modernização de aeroportos e a criação de novas hidrovias. Além disso, o ministro falará sobre a retomada de importantes obras como a Ferrovia Transnordestina e o Arco Metropolitano, que contam com recursos federais.
O deputado estadual Antonio Coelho se somou à voz da comunidade acadêmica de Petrolina para assegurar a recuperação do campus da Universidade de Pernambuco (UPE) em Petrolina, que se encontra totalmente abandonado pelo Governo de Pernambuco. O estado é responsável pela instituição.
O parlamentar, que é presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Tributação da Assembleia Legislativa, fez uma visita à Diretoria e às instalações da instituição recentemente. Acompanhado do prefeito de Petrolina, Simão Durando, constatou a dura realidade enfrentada por estudantes, professores e demais funcionários da Universidade, que é pioneira no município.
Durante a sua passagem pelos espaços do campus, o deputado Antonio Coelho constatou a situação penosa em que se encontra a estrutura da universidade. “São mais de 80 espaços comprometidos. São oito mil metros quadrados condenados e mais de três mil alunos afetados. O cenário é doloroso. Corredores vazios, laboratórios interditados, salas de aula silenciosas, risco de desabamento. O teto pode cair, literalmente”, lamentou o parlamentar. Na sequência, ressaltou “ser triste ver um prédio histórico, onde nasceu a primeira universidade pública de Petrolina, encontrar-se na atual situação”.
No rol desse imenso prejuízo também se encontram os estudantes do Colégio de Aplicação, que funciona no mesmo local. Inclusive, ainda enfrentam dificuldades com a questão da merenda.
Presente à vistoria, o prefeito Simão Durando ressaltou a falta de apoio e aproveitou para fazer um apelo ao Governo de Pernambuco. “São necessários quatro milhões de reais para solucionar os problemas de forma definitiva, arrumar o teto que está condenado. Um pedido não só de Petrolina, mas do Vale do São Francisco, pois, estudantes de vários municípios vêm para a UPE e para a Escola de Aplicação atrás de realizar um sonho”, destacou o gestor petrolinense.
O deputado Antonio Coelho reforçou a letargia e a falta de vontade do governo do estado, neste primeiro momento, a respeito da questão orçamentária para que se possa revitalizar a UPE. “Quero colocar o meu mandato à disposição, as nossas emendas parlamentares, a nossa articulação na Comissão de Finanças para viabilizar o orçamento que for necessário a fim de que a gente possa resgatar e ajudar a recuperar a UPE em Petrolina”, finalizou o parlamentar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que institui a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental. A nova legislação garante que famílias que enfrentam a perda de um filho – durante a gestação, no parto ou nos primeiros dias de vida – passem a receber tratamento psicológico e acolhimento estruturado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A medida representa um avanço inédito na forma como o Brasil trata uma das dores mais silenciosas e profundas que uma família pode experimentar. Além da assistência médica e psicológica, a lei também altera a legislação de Registros Públicos (Lei nº 6.015/1973) para permitir que os natimortos sejam oficialmente registrados com o nome escolhido pelos pais.
“Essa política define o que as maternidades precisam ter para cuidar daquelas mães e pais que perdem os filhos antes ou após o parto”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, um dos autores do projeto de lei quando ainda atuava como deputado federal.
O que muda na prática?
Com a nova lei, o SUS deverá oferecer:
Apoio psicológico especializado para mães, pais e familiares;
Exames para investigar causas da morte fetal ou neonatal;
Acompanhamento nas gestações futuras;
Espaços reservados nas maternidades para acolher pessoas enlutadas;
Treinamento de equipes de saúde e criação de protocolos de cuidado.
A proposta também visa estabelecer um padrão nacional de acolhimento para hospitais e maternidades, como já ocorre em iniciativas pioneiras no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), no Hospital Mater de Ribeirão Preto (SP) e na Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão.
Entre 2020 e 2023, o Brasil registrou mais de 172 mil óbitos fetais. Somente em 2024, foram 22.919 mortes fetais e quase 20 mil óbitos neonatais. O Ministério da Saúde já articula diretrizes nacionais para humanizar o atendimento às famílias afetadas, em parceria com universidades e instituições da área.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – A seita do cordão encarnado possui manadas e mais manadas de gafanhotos vermelhos treinados para missões especiais. São gafanhotos girantes tamanho GG, com barbas vermelhas e cabeças de vento. Os gafanhotos vieram das pragas do Egito e foram enviados por Zeus para castigar o Faraó que manteve o povo na escravidão.
Calma, ainda vai piorar bastante. Haverá mais um ano e meio de golpes antidemocráticos contra o patrimônio público. Depois eles dirão que a culpa é dos radicais da direita. Faz parte da natureza dos insetos políticos vermelhos.
Os Correios já encontraram a solução para os golpes bilionários. Haverá demissão em massa e redução de salários das formiguinhas. As restarem pagarão a conta dos prejuízos.
Algumas migalhas estão sendo recuperadas. Cinco ou seis automóveis de luxo receberam voz de prisão. Quando se trata de golpes de Estado na casa dos 8 a 10 bilhões, prender esses carrinhos de brinquedo de ricos, é o equivalente a gorjetas.
Previdência e Correios são úberes desta imensa vaca leiteira chamada Pindorama. Vacas e bovinos em geral são animais maravilhosos que se sacrificam pela humanidade. Somente os hereges profanam a vaquinha Mococa.
Até agora os bandoleiros que aplicaram bilionários golpes de Estado contra a Previdência Social e contra os Correios não foram acusados de atentar contra as instituições democráticas. Os baderneiros que invadiram o Congresso Nacional não tinham poderes para abalar as instituições. Se a Previdência entrar em colapso por conta de sucessivos golpes, a sociedade brasileira ficará em ponto de desagregação e decadência moral.
Nos tempos de amor febril, os Correios somaram prejuízos de R$ 3,5 bilhões até 2016. Nesse tempo cuidaram também de falir o fundo Postalis.
Depois que o amor esmaeceu, quando Michel Temer era chamado de traíra golpista e o pobrezinho de Bolsonaro esculachado todos os dias, os Correios deram um cavalo de pau e emendaram cinco anos de lucros a partir de 2017 somando R$ 4 bilhões no período. Na volta do amor vermelho, no ano passado, o prejuízo escalou para R$ 3,81 bilhões. Estes são dados de realidade. Guenta, mundiça da seita vermelha!
As roubalheiras na Previdência e nos Correios atualmente são as mais expostas nas vitrines da mídia. Outros escândalos estão silentes, feito fogo no monturo, no reino milionário das estatais.
Lá vai ela, ministra plenipotenciária ad-hoc, cuidadora do Véio do Pastoril Encarnado, interpelar o mandarim do Império Continental da China para pedir que mande um interventor implantar um modelo de censura na big tech Tic-Tok.
Antes, ele havia desafiado o homem mais rico de Marte, o fogueteiro Elon Musk, para uma briga de foice.
Musk é o cara mais rico de Marte. Xi Jinping é o homem brabo entre 1 bilhão 400 milhões de chineses. O Véio do Pastoril encarnado é a alma mais honesta de Pindorama. A madame é uma Evita Peron mal-ajambrada. A musa maravilhosa Madonna vai cantar a cantiga: “Não chore por mim, Pindorama!”.
A reeleição de Raul Henry na presidência do MDB já era dada como certa e não surpreendeu. Aliado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), provável adversário de Raquel Lyra (PSD) em 2026, Henry vai continuar mandando no partido, mas não terá o poder, de forma isolada, de decidir se a legenda estará aliada ao projeto majoritário do PSB no Estado nas eleições do ano que vem.
Não é que não tenha força nem desejo. Henry vai depender do rumo que o MDB tomar no plano nacional. O partido tem, hoje, 44 deputados federais, 11 senadores e três governadores. Nas eleições municipais de 2024, o partido elegeu 864 prefeitos, dos quais cinco de capitais: São Paulo, Porto Alegre, Belém, Boa Vista e Macapá. No ranking nacional, só perdeu para o PSD, que emplacou 891 prefeitos.
Por tudo isso, o MDB é uma noiva bastante disputada no plano nacional e no momento discute uma federação partidária com o PSD e o Republicanos, estando as tratativas mais avançadas com o último, partido que integra o Centrão no Congresso, ocupa ministérios no Governo Lula, mas é uma incógnita em relação ao candidato que apoiará para presidente da República.
Se o MDB fechar a federação com o Republicanos, teoricamente Henry terá mais chances de consolidar o seu projeto de apoiar João, até porque o ministro Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), que tem sido uma voz nacional ativa em favor do apoio do seu partido à reeleição de Lula, sonha 24 horas em disputar uma das vagas ao Senado na chapa de João.
Se, no entanto, o MDB fechar uma federação com o PSD, partido em nível nacional comandado a mão de ferro pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a governadora Raquel Lyra, que trabalhou pela vitória de Jarbas Filho na disputa contra Henry e saiu derrotada, pode voltar a ter chances de contar com o MDB em seu palanque. O fato é que os arranjos nacionais complicam os entendimentos nos Estados. Este jogo, portanto, ainda está em aberto, dependendo do que for decidido pelos caciques nacionais, que jogam e definem seus times de olho na Presidência da República e não a reboque dos interesses regionais.
O JOGO DE BOLSONARO – Líderes graúdos do Centrão que se reuniram com Jair Bolsonaro recentemente saíram da conversa com uma certeza: se Lula chegar no início de 2026 fraco, magro nas pesquisas, ele apoiará Michelle ou Eduardo Bolsonaro à presidência. Se a situação for oposta, tende a ir de Tarcísio de Freitas, segundo informou, ontem, em sua coluna, o jornalista Lauro Jardim, de O Globo. Por este raciocínio, evidentemente que Tarcísio não trocará uma reeleição em São Paulo quase certa por uma aventura.
Paulo Roberto, liderança em ascensão – As forças que apoiaram Jarbas Filho na disputa malsucedida contra Raul Henry pelo comando do MDB subestimaram o poderio de uma liderança emergente no Estado: o prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto. Nas eleições de 2022, elegeu a filha Iza Arruda deputada federal, abriu um canal direto com a cúpula nacional do MDB e arregimentou votos decisivos para a reeleição de Henry. Saiu consagrado e tende a ter papel importante em 2026 na oposição ao projeto de reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD).
Subiu o tom – O presidente Lula tem dado sinais de que fará o impossível pela regulação das redes sociais. “Não se pode permitir que a ‘canalhice’ e as ‘fake news’ tomem conta do Brasil. No mês que vem, vou fazer política nesse País. Mês que vem vou começar a andar este país porque acho que chegou a hora de a gente assumir a responsabilidade e não permitir que a mentira, a canalhice e as fake news ganhem espaços, e que a verdade seja soterrada nesse país”, afirmou, sábado passado, durante um evento no Mato Grosso.
Regulação imediata das redes – O presidente afirmou ainda que fazer com que a verdade se sobreponha à mentira no Brasil é sua “obrigação moral” e defendeu a regulamentação das redes sociais. “É preciso que a gente discuta com o Congresso Nacional a responsabilidade de regular o uso das empresas. Não é possível que tudo tenha controle, menos as empresas de aplicativos”, afirmou.
A razão do descontrole emocional – A ira de Lula é consequência de uma medida econômica do governo que se tornou alvo mais uma vez de críticas pelas redes sociais. Na quinta-feira passada, o governo anunciou o aumento do IOF para empresas, operações de câmbio e planos de seguros usados como investimento. O mercado reagiu mal à medida, que demonstrou desconfiança em relação ao decreto. Agentes do setor financeiro acusaram a medida de funcionar como um mecanismo indireto de controle cambial. Oposição e críticos nas redes sociais fizeram pressão no governo, que horas depois recuou e revogou parte do decreto.
CURTAS
DOG 1 – Um avião da TAP Air Portugal foi impedido de decolar no Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), por não permitir o embarque de um cachorro de serviço. O voo tinha como destino a capital Lisboa, em Portugal, e partiria na tarde de sábado passado. Um mandado judicial da 5ª Vara Cível da Comarca de Niterói (RJ) autorizou o cão de serviço Teddy a entrar na aeronave com a passageira Hayanne Porto.
DOG 2 –A irmã dela foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, por isso, precisava de suporte constante do animal. Como a TAP não atendeu à determinação da Justiça, a família acionou a Polícia Federal. Em seguida, agentes da corporação impediram a aeronave de decolar sem que Teddy viajasse em local apropriado.
NO PODCAST – O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, estará amanhã no meu podcast “Direto de Brasília”, parceria com a Folha de Pernambuco. Na pauta, o fechamento de um ciclo de dez anos à frente do partido, a eleição de João Campos como sucessor e o quadro nacional em geral.
Perguntar não ofende: para onde caminha o MDB em 2026 — com Lula ou com um candidato da oposição?
Faleceu hoje, no Recife, o Capitão do Exército Brasileiro Jackson do Carmo Silva, aos 53 anos, vítima de câncer. Ele enfrentava a doença há mais de um ano. O velório será realizado às 8h de amanhã, com sepultamento previsto para as 14h, no Cemitério Morada da Paz.
Capitão Jackson foi Chefe de Instrução do Tiro de Guerra 07-017, em Nazaré da Mata, entre os anos de 2000 e 2005. Em nota de pesar, o TG 07-017 lamentou a perda e destacou o legado de “profissionalismo, disciplina, civismo e cidadania” deixado pelo capitão, homenageado como “nosso eterno Comandante”.
A quatro meses para a mudança de comando no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin iniciou o processo de transição com a equipe do atual presidente, Luís Roberto Barroso. Embora considerado um ministro de perfil técnico, menos afeito a declarações públicas, a expectativa de integrantes da Corte é que Fachin mantenha uma postura de defesa institucional diante de ataques ao Judiciário, sobretudo no contexto eleitoral, uma vez que ele estará à frente do STF durante as próximas eleições, em 2026.
Interlocutores do ministro lembram que ele presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022 e capitaneou a frente contra a pauta bolsonarista do voto impresso. Foi Fachin também quem iniciou os trabalhos, no tribunal, de combate às notícias falsas. Ele deve repetir no STF a dobradinha com Alexandre de Moraes, que foi seu vice-presidente na Corte Eleitoral e ocupará o mesmo posto no Supremo a partir de setembro.
Dez anos após ser indicado ao Supremo pela ex-presidente Dilma Rousseff, Fachin deverá ser eleito para o comando da Corte seguindo a tradição de que o posto é ocupado sempre pelo ministro mais antigo que ainda não o tenha exercido. A eleição para o mais alto cargo do STF, assim como para a vaga de vice, é feita de forma simbólica pelos membros do tribunal por meio de voto secreto, como prevê o regimento interno.
Fachin tem feito reuniões periódicas com a equipe de transição, o que inclui também o gabinete de Barroso, e já selecionou os dois principais nomes de sua gestão: Desdêmona Arruda será a diretora-geral, posto hoje ocupado por Aline Osório, e Roberto Dalledone será o secretário-geral, função que atualmente cabe a Eduardo Toledo.
Ao assumir o comando da Corte, Fachin deverá deixar de ser o relator da Lava-Jato, função que será herdada por Barroso. Como os ministros têm um histórico de alinhamento em matérias penais — estão na ala mais “legalista” do STF, em oposição aos ministros mais “garantistas”, favoráveis aos réus — e também posicionamentos parecidos com relação à própria Lava-Jato, a troca de relatores não deve representar uma guinada na condução dos processos envolvendo a operação.
Embora hoje os casos envolvendo a Lava-Jato sejam menos volumosos, ainda restam alguns nos escaninhos da Segunda Turma. Um deles diz respeito a delações de executivos da Odebrecht e da J&F. Esse processo também foi impactado por decisões que anularam atos do Ministério Público. Em 2024, o ministro Dias Toffoli anulou todos os atos praticados pela Lava-Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht, o que levou a uma avalanche de pedidos de extensão.
Na dança das cadeiras no STF, outra mudança também dará uma nova configuração à Corte: a ida de Barroso para a Segunda Turma. O ministro passará a ocupar a cadeira de Fachin no colegiado responsável por julgar os casos remanescentes da Lava-Jato. Entre os integrantes da Segunda Turma está Gilmar Mendes, com quem Barroso já protagonizou desavenças públicas.
Antes de ser presidente, Barroso fazia parte da Primeira Turma, que hoje é a responsável por julgar a trama golpista. Sua volta para o colegiado só seria possível caso algum ministro que faz parte da Primeira Turma — Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux — quisesse trocar de grupo. Na avaliação de um magistrado que compõe o colegiado, essa hipótese é “praticamente inexistente”.
Embora Fachin deva deixar a relatoria da Lava-Jato, o ministro ainda avalia se abrirá mão de todos os processos que estão sob a sua responsabilidade. Isso porque, de acordo com as regras internas do tribunal, quando um ministro vira presidente do STF, ele tem a prerrogativa de se manter à frente de processos que estejam prontos para julgamento.
Uberização
Uma das apostas nos bastidores do Supremo é que entre as ações que seguirão com Fachin estão a que debate o vínculo de emprego entre motoristas de aplicativos e as plataformas digitais, a chamada “uberização”. O caso está praticamente pronto para ser julgado após uma série de audiências públicas no fim de 2024.
O principal processo que trata do assunto foi protocolado pela plataforma Uber. A empresa considera inconstitucionais as decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que reconheceram a relação de emprego de motoristas com a plataforma. A decisão que for tomada pela Corte terá a chamada repercussão geral, mecanismo que obriga todo o Judiciário a seguir o entendimento do STF após o julgamento de uma causa.