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Eleições 2024 e as expectativas

Por Diana Câmara*

Estamos chegando em março, mês que se inicia a janela eleitoral para quem vai disputar o cargo de vereador (a) e pretende trocar de partido sem dor de cabeça (de o suplente ou até mesmo a sigla partidária pedir na Justiça Eleitoral o seu mandato). A janela durará um mês e vai de 7 de março a 5 de abril.

Por outro lado, estamos chegando na reta final do prazo para filiação partidária. Quem deseja concorrer nestas eleições precisa estar devidamente filiado (a) até 6 de abril. E, com isso, partidos e pré-candidatos (as) estão em polvorosa decidindo por qual partido irão concorrer, em quais campanhas irão apostar, montando as chapas de candidatos ao cargo de vereador (a) que vão estar na base e quais os partidos irão fazer parte do projeto político de cada município. É um grande xadrez com movimentos, muitas vezes, inusitados e inesperados.

Lembrando que, neste pleito, para as eleições de vereador cada partido tem que ser autossuficiente, porque não terá mais coligação e cada sigla individualmente terá que ter seus votos suficientes para conseguir cadeiras na Câmara de Vereadores, além de candidatas mulheres dispostas a enfrentar uma eleição e ser votada. Vale registrar que a Justiça Eleitoral promete tolerância zero para as candidaturas fraudulentas de mulheres, tendo por consequência a anulação da chapa inteira.

Passada esta fase, o jogo eleitoral ficará mais claro de quem disputará em outubro, por quais legendas e de quem o candidato terá o apoio político.

Ontem, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou as resoluções para esta eleição e, apesar de o Congresso não ter aprovado uma reforma eleitoral específica para esta eleição, podemos ter algumas novidades em termos de regras para o dia a dia das campanhas, em especial no que tange as campanhas virtuais, aquelas que se desenrolam na internet, nas redes sociais e nos aplicativos de mensageria, como o WhatsApp. Vamos abordar cada uma delas nos próximos artigos.

*Advogada especialista em Direito Eleitoral, ex-Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/PE, membro fundadora e ex-presidente do Instituto de Direito Eleitoral e Público de Pernambuco (IDEPPE), membro fundadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) e autora de livros.

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

Por Vianney Mesquita

​Depois de 2020, este ano é o primeiro bissexto, pois hoje, 29 de fevereiro – só ocorrente de quatro em quatro anos – significa o fato de que o exercício corrente possuirá 366 dias, ao passo que os três anteriores perfizeram somente 365 períodos de 24 horas.

Ocorreu de amigos e pessoas modestas a mim chegadas, nomeadamente não muito afeitos ao trato literário, me perguntarem, com recorrência, acerca dessa dicção, empregada a miúdo com relação aos poetas e escritores pouco produtivos ou de produção apenas singular, ou seja, “por que Fulano é considerado poeta bissexto?”

Lembro-me de que, em 2020, derradeiro bissexto sucedido, as indagações mais afluíram, de modo que passo a narrar o assunto, evidentemente, sem profundidade científica, louvado apenas no conhecimento do senso comum adquirido à extensão do tempo, na vida e na escola, o qual também se encontra à disposição de qualquer pessoa, em obras de referência de domínio público, facilmente acessíveis, como dicionários e enciclopédias.

Colhi, pois, a informação de que, no tempo do Império Romano, sob Caio Júlio César, consoante conta Caio Plínio Segundo, o Velho, o ano vulgar possuía 365 dias. Como o movimento de translação anual da Terra à volta do Sol somente se completa após 365 dias mais um quarto, as seis horas restantes ensejavam divergências entre o ano civil e o movimento dos corpos celestes – estrelas, planetas, nebulosas, cometas etc.

Júlio César, então, convocou o astrônomo Sosígenes, de Alexandria, e contratou com ele a solução do problema. O Sábio egípcio, então, decidiu estabelecer que, de quatro em quatro anos, seria acrescentado um dia ao mês de fevereiro, resultado da soma das horas sobrantes de 365 dias nos quatro anos. Tal significa dizer que, após um ano de 366 dias (bissexto = duas vezes sexto), se seguem três de 365 e um de 366 dias. De tal maneira, não parece correto se dizer que um ano perfaz 365 e seis horas, dada a decisão do astrônomo alexandrino de somar às 18 horas as seis do ano bissexto para completá-lo, porém, com 366 dias.

Curioso é notar o fato de que todos os anos cuja expressão numérica é divisível por quatro são bissextos, com 366 dias, como nos casos de 1.600, 1.200, 800, 2.000 e 2024.

Os anos seculares, salvante esses do exemplo e outros cujos dois algarismos iniciais não se expressam como exatamente divisíveis por quatro, não resultam bissextos, razão por que o ano secular de 1.900 não o foi.

Em alusão a essa periodicidade do tricentésimo sexagésimo sexto dia, inventou-se, no Brasil, uma locução, desusada noutras nações lusófonas – poeta bissexto/escritor bissexto.

A palavra bissexto, bem como o termo bissêxtil, de há muito deixaram de ser neologismos, pois dicionarizados em 1946. Tencionam, então, conotar o estado daquele, particularmente do poeta, dedicado excepcionalmente à literatura, fazendo poucos versos, o que sugere se evocar, em razão dessa escassez de produção, o dia bissexto de fevereiro (29) e os anos bissêxteis.

Ocorre, exempli gratia, com EUCLIDES Rodrigues Pimenta DA CUNHA, celebrado autor nacional das letras, no terreno social, bem como nas áreas histórica e política. O Autor fluminense produziu extraordinárias obras nestas fertílimas searas, internacionalmente conhecidas e acatadas, como, nos exemplos, Peru versus Bolívia, Contrastes e Confrontos, À Margem da História e o admirável Os Sertões, além doutras de fecunda inspiração e lúcidas ilações.

Euclides da Cunha (*Cantagalo-RJ, 20.01.1866; + Rio de Janeiro, 15.08.1909) achou de escrever, em meio às produções do seu gênero, o soneto sequente, intitulado Dedicatória, que extraí de Os mais Belos Sonetos Brasileiros, livro de Edgard Resende (Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1945): 

Se acaso uma alma se fotografasse,

De sorte que nos mesmos negativos

A mesma luz pusesse em traços vivos

O nosso coração e a nossa face …

E os nossos ideais, e os mais cativos

De nossos sonhos … se a emoção que nasce

Em nós também nas chapas se gravasse

Mesmo em ligeiros traços fugitivos …

Amigo! Tu terias com certeza

A mais completa e insólita surpresa

Notando – deste grupo bem no meio

Que o mais belo, o mais forte e o mais ardente

Destes sujeitos é precisamente

O mais triste, o mais pálido e o mais feio.

Muitos dos literatos nacionais fizeram versos assim, bissextamente, conforme disse, certa vez, o intelectual-dentista Ivan César a respeito de meu amigo escritor cearense, Antônio Girão Barroso, “o único poeta dispensado de fazer poesia”. Há alguns livros, especialmente de sonetos (duas estrofes de quatro versos = quartetos; e duas de três = tercetos ou trísticos), enfeixando a produção de poetas bissextos, o mais importante dos quais, pela sua contemporaneidade, é a Antologia dos Poetas Bissextos Contemporâneos, organizada por MANUEL Carneiro de Sousa BANDEIRA Filho, celebrado poeta, crítico, professor e tradutor recifense (19.04.1886; Rio de Janeiro, 13.10.1968), conterrâneo do não menos ilustre e ilustrado jornalista e escritor afogadense Magno Martins.

A produtiva industriosidade neológica brasileira – nordestina, nomeadamente – já se serve de estender mais ainda o alcance de bissexto, de maneira que se diz, progressivamente, economista bissexto, administrador bissexto, articulista bissexto advogado, orador, comentarista e até bebedor bissexto; tudo isto sem remissão a fevereiro como o mês em que, por motivo óbvio – de acordo com a invencionice moleque do cearense – a mulher fala menos…

Toca Jabô

Presidente nacional do União Brasil, o deputado federal pernambucano Luciano Bivar está em guerra com o vice-presidente do partido e ex-aliado, Antônio de Rueda, pelo comando da legenda. Na manhã de hoje, inclusive, ele tentou, sem sucesso, cancelar a convenção partidária que deve eleger Rueda como seu sucessor.

Já com os ânimos acirrados, Bivar expediu, na terça-feira, uma notificação em nome da Comissão Executiva Nacional da legenda para tomar um carro blindado (uma Toyota Hilux modelo 2023) cedida pelo partido para uso de Rueda. As informações são do portal Veja Online.

O cacique do União Brasil também notificou o “encerramento das cessões de uso de bens móveis da Nacional” aos diretórios estaduais do partido no Rio de Janeiro, comandado por Rueda, e em Pernambuco, presidido por Marcos Aurelio Vidal Amaral. Tratam-se, respectivamente, de um Toyota Corolla modelo 2021 e de um Chevrolet Trailblazer modelo 2022.

Segundo o documento, datado desta terça-feira e assinado por Bivar, os veículos devem ser encaminhados à sede do partido em Brasília, no prazo de até dez dias. “A Nacional também coloca à disposição de Vossas Senhorias funcionário para recolher o veículo onde se encontra, de forma a facilitar a devolução. Nos colocamos à disposição para sanar qualquer dúvida”, conclui a notificação.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Ao convocar o deputado Diogo Moraes para o seu primeiro escalão, assumindo a pasta de Saneamento, abrindo vaga na Assembleia Legislativa para o primeiro suplente do PSB, vereador Davi Muniz, o prefeito João Campos (PSB) deu uma jogada de mestre, mais uma rasteira na governadora Raquel Lyra (PSDB).

Travou a chegada do deputado estadual Jarbas Filho, único do MDB, mas eleito pelo PSB, ao secretariado da tucana. Como assim? O segundo suplente de deputado é o ex-prefeito de Paulista, Júnior Matuto, aliado de João e da família Campos. 

Jamais a governadora iria dar uma chance a Matuto!

Ipojuca - Minha rua top

Criticada há décadas por dar espaço em rede nacional apenas para profissionais com sotaque neutralizado, a Globo está disposta a mostrar ao público que decidiu valorizar a pluralidade brasileira. Clarissa Góes, que é uma das principais âncoras da emissora em Recife há quase duas décadas, ganhará a sua primeira chance em rede nacional neste final de semana. Ela passará a integrar a equipe de apresentadores da GloboNews aos finais de semana e feriados já a partir deste sábado (2).

Clarissa estará a frente dos telejornais do canal de notícias entre 7h e meio-dia de sábado e domingo (3). Se a jornalista for bem avaliada pelos executivos da rede, será chamada mais vezes para dar expediente no Rio de Janeiro, em horários mais nobres e também cobrindo férias e folgas dos apresentadores titulares dos principais noticiários da emissora, como o Jornal das 10. Até então, a escala de reservas da GloboNews era montada exclusivamente com profissionais de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília – justamente as três cidades em que há produção de telejornais diários.

A escolha da apresentadora do Bom dia Pernambuco é parte de uma movimentação de Vinícius Menezes, que assumiu a direção-geral da GloboNews no início deste ano, para dar uma nova cara ao canal de notícias mais assistido do país. O executivo avalia que a emissora tinha pouca diversidade e, apesar de ter a maior quantidade de reportagens fora do eixo Rio/SP/Brasília em seus telejornais no comparativo com as concorrentes, não conseguia refletir isso em seus estúdios. Para ele, é importante que a rede seja cada vez mais plural e diversificada. Além disso, ele é um dos maiores defensores de que a sinergia entre a TV Globo, GloboNews e G1 deve ser cada vez maior, com colaboradores dos três veículos transitando entre as três marcas com mais habitualidade do que hoje.

Na Globo há 16 anos, Clarissa Góes é uma das âncoras mais experientes da emissora em Recife. Contratada pela rede em 2008, a jornalista foi apresentadora do NE1 ao lado de Márcio Bomfim – que faz parte dos plantonistas do Jornal Nacional – durante quase uma década.

Foi repórter especial dos telejornais de rede por três anos, entre 2017 e 2020, quando voltou para a bancada de um noticioso, desta vez no matinal Bom dia Pernambuco. Antes de trabalhar no maior canal de televisão do país, foi repórter da TV Tribuna, TV Jornal e TV Guararapes, afiliadas da Band, SBT e Record, respectivamente.

Camaragibe Agora é Led

Em viagem à capital federal, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, intensificou as tratativas para a instalação do campus do Instituto Federal de Educação (IF) no município. Pimentel se reuniu com os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, ambos do PT, para discutir o andamento do projeto.

Na ocasião, Pimentel apresentou aos senadores uma sugestão de terreno que pertence ao município e que poderá ser doado para a construção do IF. O terreno, localizado em uma área estratégica da cidade, possui infraestrutura adequada para receber o campus.

O senador Humberto Costa, que já havia comunicado a Pimentel a viabilidade da instalação do IF em Araripina, se mostrou animado com a iniciativa do prefeito e se comprometeu em dar andamento ao processo junto ao Ministério da Educação. A senadora Teresa Leitão também manifestou seu apoio ao projeto e destacou a importância do IF para a qualificação profissional da juventude de Araripina e região.

O prefeito Raimundo Pimentel celebrou o avanço nas tratativas e destacou a importância do IF para o desenvolvimento de Araripina. “Estamos trabalhando incansavelmente para que o IF se torne uma realidade em nosso município o mais rápido possível. Isso representará um grande avanço para a educação de Araripina, democratizando o acesso ao ensino superior e qualificando a mão de obra local”, finalizou.

Citi Hoteis

Mesmo com a tentativa de impedimento do atual presidente do União Brasil, Luciano Bivar, em realizar convenção do partido, a reunião já foi iniciada e vota, neste momento, a substituição de Bivar pelo vice-presidente, Antonio Rueda. O resultado da votação será divulgado às 16h.

Desde o ano passado, a presidência de Bivar é marcada por disputas internas, mas um acordo deu sobrevida ao deputado federal na cúpula do partido. Pela costura, o atual vice-presidente, Antônio Rueda, assume o partido. ACM Neto deve ficar com a vice-presidência.

Logo no início da manhã de hoje, Bivar soltou um edital de cancelamento da convenção. A manobra acabou evidenciando ainda mais o isolamento do cacique na sigla, que já que sem receber apoio mínimo necessário a convenção foi mantida.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

Em meio a uma escalada da crise que envolve a sucessão do União Brasil, membros do partido se reúnem a portas fechadas para definir o novo presidente da sigla hoje.

O partido vive um racha na disputa entre o atual presidente, Luciano Bivar, e o vice-presidente, advogado Antônio Rueda. As informações são do portal O Globo.

Ontem, o presidente do União recebeu a imprensa com um envelope escrito “denúncias”, mas, durante a entrevista, não apresentou provas do que teria contra o adversário. Ao seu lado estavam poucos aliados, o que reforça o cenário de isolamento no partido.

Bivar e Rueda encabeçam chapas adversárias para comandar a legenda, em votação marcada para hoje às 9h. O presidente do partido afirmou que os advogados da sigla estão analisando a formação das chapas para saber se a eleição seria realizada.

“As chapas ainda não foram examinadas em suas minúcias. Então, a gente não pode dizer ainda dessa situação, com relação a posicionamento do partido a respeito da legalidade das chapas”, disse Bivar.

A convenção nacional da sigla ocorre na sede do partido em Brasília, no Brasil 21, prédio empresarial no centro da capital. Já pela manhã começa a circular nos grupos da sigla um aviso de cancelamento da eleição.

Às 9h da manhã, horário marcado para início do evento, o saguão de recepção do edifício estava lotado de filiados que viajaram de todo o país para eleger o novo presidente do partido. Os elevadores de acesso também estavam abarrotados de membros da sigla.

Na porta da sede, no 9º andar, estava pendurado um comunicado de cancelamento da convenção nacional. Apenas deputados federais, senadores, ministros e pessoas autorizadas pelo comando do partido têm a entrada autorizada. Ao lado, agentes da Polícia Federal observam o movimento.

Caruaru - Geracao de emprego

Ontem, a prefeita do Ipojuca, Célia Sales, esteve no canteiro de obras do novo Mercado Público de Camela, que está sendo totalmente requalificado pela gestão municipal. Ao lado dos secretários Albérico Lopes (Agricultura), Giuliana Cavalcanti (Infraestrutura) e Puran Medeiros (Desenvolvimento Econômico e de Comunicação), a gestora verificou o andamento dos serviços do espaço, localizado no centro comercial do distrito de Camela. 

“Mais uma vez, fiz uma vistoria no Mercado Público de Camela para conferir o andamento das obras. O equipamento vai contar com 45 boxes novinhos e vai gerar mais de 100 empregos. Será um espaço de comércio, serviços e lazer, feito com muito carinho para todos os camelenses”, afirmou a prefeita Célia Sales, reforçando que a obra é muito significativa para todo o município. “Foi um momento onde pude conversar com os engenheiros para garantir a qualidade e o ritmo acelerado dos trabalhos”, reforçou a gestora.

Belo Jardim - Patrulha noturna

A Executiva Nacional do União Brasil acabou de derrubar a resolução do atual presidente, Luciano Bivar, e vai realizar a eleição da Executiva e do Diretório nacional do partido ainda hoje. A votação deve começar em instantes.

Vitória Reconstrução da Praça

O presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, usou das suas prerrogativas, no último dia do seu mandato de dirigente partidário, e cancelou a eleição para renovação da executiva e do diretório do partido, prevista para hoje, quando seria derrotado pelo atual vice-presidente e agora ex-aliado Antônio Rueda.

O motivo foi um vício no edital de convocação, uma vez que o estatuto que estava em vigor era o registrado perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano de 2020 quando da sua fundação, e a alteração no estatuto que antecipava a eleição, efetivamente só foi julgada no último dia 27 de fevereiro, o que colocaria em risco a legalidade, validade e eficácia das deliberações tomadas na convenção então convocada.

Desse modo, como não existia tempo hábil para promover nova convocação sob a égide das modificações promovidas na redação original do Artigo 133, III, do estatuto do partido, e aprovadas pelo TSE, foi mais prudente promover o cancelamento. Na mesma ocasião, o presidente nacional Luciano Bivar já convocou a Executiva Nacional para uma reunião no dia 27 de março 2024 para decidir a nova data da Convenção.

Na noite de ontem, através de uma postagem no seu Instagram, Julio Lóssio Filho, coordenador da Adepe no Sertão, informou que seu pai, o ex-prefeito de Petrolina Julio Lóssio, foi diagnosticado com um tumor. Ele e os irmãos, Júlia e João, estão com o pai em São Paulo para iniciar tratamento. “Fomos surpreendidos com essa notícia no final da noite de ontem”, declarou Julinho.

Lossio havia passado por um procedimento recente sem problemas. Numa volta ao médico, para passar por outra cirurgia, foi detectado o tumor.

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

O governo federal publicou, ontem, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), a Medida Provisória 1.208/2024, que mantém a desoneração de 17 setores da economia, mas o texto que tratava da redução de alíquota de 20% para 8% na alíquota do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aos municípios não foi revogado. Com isso, a folha de pagamento das prefeituras de todo País será reonerada a partir do dia 1º de abril.

Para a Confederação Nacional dos Municípios, a medida representa um cenário de total desrespeito aos Municípios e descrédito às decisões do Congresso. Diante da situação, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, passou a convocar os prefeitos para estarem em Brasília na próxima quarta-feira.

Na ocasião, será discutida para uma nova mobilização municipalista. A Confederação reforça que a Lei 14.784/2023 foi importante conquista para os Municípios e representaria uma economia de R$ 11 bilhões ao ano se valesse de forma integral. Em mensagem encaminhada a todos os gestores municipais, Ziulkoski alertou para a situação.

“Quero nesse momento conclamar a todos para nos manter unidos. Vamos ao Congresso. A maioria dos deputados e senadores já nos ajudaram quando nós derrubamos o veto. Temos que trabalhar junto ao Congresso que tem sido nosso aliado nessa questão. O que o Executivo está fazendo é exatamente mudar uma decisão soberana do Congresso. Para tanto, vamos mobilizar e vamos ficar nessa posição de manter nossa conquista”, disse o líder.

Histórico

Com dificuldades para fechar as contas em 2023, gestões acionaram a CNM em busca de soluções. Em agosto, a entidade passou a reunir milhares de gestores em Brasília para discutir o tema junto às esferas nacionais. Entre as pautas, estava a redução de alíquota no RGPS – medida que já tramitava no Congresso e que foi incluída por emenda no Projeto de Lei (PL) 334/2023, como uma das medidas para o enfrentamento do cenário de dívida crescente dos Municípios com o RGPS, que chega a R$ 190 bilhões.

Após aprovação, a CNM reforçou ao presidente da República, por ofício, a importância da sanção da medida. No fim de novembro, no entanto, a União vetou integralmente o projeto. A Confederação atuou pela derrubada do veto, conquistada em 14 de dezembro. Como o Planalto não sancionou no prazo, o Senado promulgou, em 28 de dezembro, a Lei 14.784/2023.

Na mesma data, o governo editou Medida Provisória 1.202/2023, revogando a Lei 14.784/2023 a partir de 1º de abril de 2024, sem apresentar qualquer contraproposta. A CNM participou de duas reuniões com o governo federal, onde ficou acertado que seria apresentada pelo Executivo uma proposta de desoneração para os Municípios após o Carnaval, mas isso não se efetivou.

Bivar prova do veneno de afilhado

A política é, verdadeiramente, diabólica, como certa vez definiu o ex-governador Roberto Magalhães. Mas é, sobretudo, um território sem limites para os traidores. Leonel Brizola, que era um frasista sensacional, disse que a política ama a traição, mas abomina os traidores.

O União Brasil, legenda que surgiu da fusão do PSL ao DEM, terá sua executiva nacional e diretórios renovados hoje, num ambiente de tensão e conflito, marcado pelo sentimento da traição. Presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar, que comandou lá atrás o seu PSL com mãos de ferro e a primeira fase do UB também, acusa Antônio Rueda, favorito na eleição, de ter lhe golpeado pelas costas.

Rueda, vice-presidente da legenda, é a criatura e Bivar o criador. Na relação histórica, de mais de 30 anos, pareciam pai e filho. Mas como a política ama a traição, como disse Brizola, Bivar está provando do veneno da criatura, que se aliou ao grupo majoritário do União Brasil, notadamente os remanescentes do DEM, para arrebatar o partido de quem lhe deu régua e compasso.

Numa coletiva, ontem, Bivar passou recibo e revelou toda mágoa com o ex-afilhado político. Admitiu que falou que ia “foder” Rueda em uma conversa por telefone que ocorreu na última segunda-feira. “Ele também me falou isso”, alegou. De acordo com relatos, Bivar teria dito que sabia o endereço da filha de Rueda.

Indagado sobre isso, ele repetiu” que sabe o endereço da filha de Rueda”, mas negou ter feito ameaças. Disse que os dois trocaram ofensas na conversa e que se considera um homem pacífico. Bivar, na verdade, foi isolado por outros integrantes da legenda. Rueda se elege hoje presidente do União Brasil com o apoio da esmagadora maioria dos filiados com direito a voto, inclusive dos líderes da legenda na Câmara, Elmar Nascimento (BA), e no Senado, Efraim Filho (PB).

Já li, em algum lugar que não me recordo: “Quem põe seus esforços a serviço dos ingratos age como quem lança a semente à terra estéril, ou dá conselhos a um morto, ou fala em voz baixa a um surdo”.

Faixa de Gaza – Bivar descreveu a parlamentares o clima com Rueda como “pior que Israel e Hamas na Faixa de Gaza”, em referência à guerra no Oriente Médio. Ao falar do antigo aliado, Bivar mostra mágoa com o que chama de “ingratidão” de Rueda e diz que foi ele quem cedeu o primeiro espaço para o advogado iniciar a carreira, em seu escritório. Em tom de provocação, também tem listado a aquisição de carros e artigos de luxo por Rueda, como uma coleção de relógios.

Envelope ficou lacrado – Sentado na sala de reunião da legenda, Bivar recebeu a imprensa, ontem, com um envelope escrito “denúncias”, mas, durante o encontro, não apresentou provas do que teria contra o adversário. Pressionado, falou que os advogados do partido estavam analisando a formação das chapas para saber se a eleição seria realizada. As chapas ainda não foram examinadas em suas minúcias. Então, a gente não pode dizer ainda dessa situação, com relação ao posicionamento do partido a respeito da legalidade das chapas”, disse.

Sinecura petista – O filho do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, foi nomeado para um cargo no gabinete do deputado petista João Daniel. Rafael Almeida Stedile vai exercer as funções de secretário parlamentar, com salário mensal de R$ 10,8 mil. Rafael Stedile é fotógrafo, com formação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Tem vários trabalhos publicados, inclusive relacionados ao MST. Suas fotos de João Pedro Stédile são usadas com frequência para divulgar atividades do movimento

Exames de rotina – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado na manhã de ontem no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para realizar uma bateria de exames de rotina. Ele recebeu alta no início da tarde. O assessor Fabio Wajngarten afirmou que Bolsonaro precisou passar por exames para acompanhar a evolução da cirurgia no abdômen após a facada sofrida por ele em setembro de 2018 durante comício de campanha em Juiz de Fora (MG).

Avante com João – Depois do Republicanos, o Avante anuncia, hoje, o apoio formal à reeleição do prefeito do Recife, João Campos (PSB). O ato está marcado para as 17 horas no hotel Villa d’Oro, na Avenida João de Barros, 886. “O time Avante está totalmente alinhado ao projeto da Frente Popular do Recife, encabeçado por João, cujo êxito da gestão tem sido reconhecido nacional e internacionalmente”, disse o presidente estadual da legenda, Sebastião Oliveira, o Sebá.

CURTAS

TRANSTORNOS – Os motoristas que trafegarem pelo quilômetro 8 da Rodovia BR-232, no bairro do Curado, estão reclamando das mudanças no tráfego da rodovia. É que a passarela de pedestres construída durante as obras de triplicação da rodovia será demolida para que a rodovia fique em “conformidade com as especificações técnicas do trânsito”.

IBIRAJUBA – O presidente estadual do PSDB, Fred Loyo, anunciou, ontem, mais uma filiação de lideranças municipais partido: a prefeita de Ibirajuba, Maria Izalta, que está dando adeus ao Republicanos, do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Filho.

PSB COM QUEIROZ – Acabou o mistério em Caruaru: no próximo dia 8, o prefeito do Recife, João Campos, vai a Caruaru prestigiar o ato de apoio do PSB à candidatura de José Queiroz (PDT) à Prefeitura. O estranho é que o partido de Queiroz acabou de ganhar uma secretaria na gestão de Raquel Lyra.

Perguntar não ofende: O PDT vai devolver a Secretaria a Raquel?

Num gesto inusitado, ainda empolgado com o mega ato bolsonarista na Avenida Paulista, domingo passado, o deputado Coronel Meira, da bancada do PL na Câmara, subiu, há pouco, à tribuna, para anunciar que Bolsonaro merece o Nobel da Paz. Confira!

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), disse, hoje, que o governo estudará possíveis providências contra deputados de partidos que integram a base do governo e que assinaram pedidos de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ontem, o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães, afirmou que os líderes da base do governo trataram sobre o assunto e que “formou-se um consenso” de que “é incompatível o parlamentar ser da base do governo, ter relação com o governo e assinar pedido de impeachment”.

O líder disse ainda que essa posição não é razoável e que encaminharia a lista desses parlamentares ao governo para “providências”. Alexandre Padilha afirmou que as providências que o governo pode tomar não significam necessariamente uma punição ao parlamentar que assinou o pedido.

Segundo Padilha, não é papel do governo punir deputados, mas que acredita que esses parlamentares que assinaram a lista não desejam integrar o governo, e que, provavelmente, já não participam do governo com indicações de cargos, por exemplo.

“Ele [Guimarães] não encaminhou nenhuma lista, não tratamos deste tema ainda. Quando encaminhar a gente vai discutir quais providências, mas isso não significa punição”, afirmou Padilha. “Acho muito estranho, muito inesperado, que alguém que assina uma lista como essa queira participar do governo”, complementou o ministro.

Padilha disse que existe uma minoria dentro dos partidos que nunca quis participar do governo, mas questionado se o fato desses parlamentares assinarem o pedido de impeachment levaria à diminuição do pagamento de emendas, por exemplo, o ministro negou.

“Não vai ter qualquer tipo de postura discriminatória em relação a execução de emendas. A outra coisa tem a ver com cargos e indicações, a ocupação dos cargos não tem a ver só com indicação política, tem a ver com capacidade técnica, desempenho. Não vamos misturar uma coisa com a outra em nenhum momento. E acho, inclusive, que parlamentar que assinou pedido de impeachment não deve ter indicado cargo para o governo federal”, afirmou.