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Após alta da arrecadação em janeiro, Lula defende discutir ‘limite de gastos’ com Congresso

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, hoje, que, com o aumento da arrecadação federal, o governo pode discutir com deputados e senadores mudanças nos limites de gastos para viabilizar novos investimentos. Lula deu a declaração durante a apresentação de obras de saúde, educação e infraestrutura social do PAC Seleções. O presidente não explicou quais alterações podem ser discutidas no limite de gastos.

“Vocês estão percebendo que a arrecadação está aumentando além daquilo que muita gente esperava. Lógico que nós temos um limite de gastos, que, quando a gente tiver mais dinheiro, a gente vai ter que discutir com a Câmara e o Senado esse limite de gastos e vamos ver como é que a gente pode utilizar mais dinheiro para fazer mais benefício para o povo. O que é importante vocês terem clareza que ninguém ficará de fora”, disse o presidente.

A arrecadação subiu 6,7% e alcançou R$ 280 bilhões em janeiro, maior valor mensal em quase 30 anos. Assim, as contas do setor público consolidado registraram um superávit primário de R$ 102,14 bilhões em janeiro, o equivalente a 11,48% do Produto Interno Bruto (PIB).

O limite de gastos da atual legislação é previsto no arcabouço fiscal, aprovado no ano passado pelo Congresso Nacional. A regra limita o crescimento das despesas públicas, que poderão subir acima da inflação, desde que respeitando uma margem de 0,6% a 2,5% de crescimento real ao ano.

Se as contas do governo estiverem dentro da meta de gastos, o crescimento das despesas terá um limite de 70% do crescimento das receitas primárias. Caso o resultado primário fique abaixo da meta, o limite para os gastos cai para 50% do crescimento da receita.

Economistas avaliam que, mesmo com arrecadação recorde em janeiro, há um cenário de desaceleração da economia. Por isso, o governo terá dificuldade em promover um forte aumento da arrecadação federal para atingir o valor proposto no orçamento de 2024 – R$ 2,72 trilhões. O mercado prevê uma expansão de cerca de 1,75% no PIB neste ano, abaixo do 2,9%% registrado em 2023.

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

O deputado estadual Lula Cabral (Solidariedade) cumpriu, nesta semana, uma agenda intensa em Brasília. Durante três dias, o parlamentar dividiu em suas redes sociais visitas a colegas parlamentares, ministros e lideranças políticas. Na segunda-feira (4), Lula se reuniu com o ministro de Portos e Aeroportos do Brasil, Silvio Costa Filho, para dialogar sobre o fortalecimento portuário e aéreo de Pernambuco. Durante o dia, o deputado ainda conversou com a senadora Teresa Leitão (PT).

Já na terça (5), o parlamentar esteve com o ministro de Pesca e Aquicultura, André de Paula. Lula Cabral concluiu suas agendas ontem, em uma visita ao gabinete do deputado federal Pedro Campos (PSB), para debater sobre o cenário político atual do Estado. “Fizemos uma agenda rápida para tratar de demandas importantes para Pernambuco e aproveitamos para fortalecer a nossa relação política com quem realmente tem compromisso com o povo”, destacou Lula Cabral.

Toca Jabô

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, desde a última segunda-feira, após o ex-prefeito da cidade e atual pré-candidato pelo Podemos, Jorge Alexandre, afirmar que a Dr. Nadegi Queiroz “é a pior gestora da história de Camaragibe” e mandar que ela “pegue os seus panos de bunda e vá embora”, o clima ficou pesado.

Para a prefeita Nadegi, a fala de Jorge Alexandre foi machista. “É inadmissível que, em pleno século XXI, em um contexto democrático e de busca por equidade, sejamos testemunhas de atitudes tão deploráveis e desrespeitosas. O machismo não apenas diminui a dignidade da mulher atingida, mas também revela um profundo desrespeito pelos princípios fundamentais da igualdade e da dignidade de todas as mulheres”, afirmou a gestora em suas redes sociais, onde exigiu retratação do oponente.

Alheio ao pedido de retratação, Jorge Alexandre foi às redes justificar que, ao contrário do que Nadegi interpretou ao usar o termo “pegue os seus panos de bunda e vá embora”, estava se “referindo unicamente à sua qualidade como gestora, que nada fez ou faz pelos munícipes da cidade de Camaragibe”.

“Classificar minha fala como um ato machista contra todas as mulheres é uma completa inverdade. A expressão “pano de bunda” é um regionalismo e possui apenas um significado: “todas as coisas”, explicou o pré-candidato.

Oficialmente, a disputa para o pleito municipal deste ainda não começou, mas a julgar pelas polêmicas, elas já dão a tônica do que o eleitor poderá conferir até o dia 6 de outubro, quando acontece o primeiro turno das Eleições Municipais.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Por Diana Câmara*

Domicílio eleitoral é o local onde a pessoa tem seu título de eleitor. Este vínculo define onde o eleitor pode votar e ser votado. A Constituição Federal exige como condição de elegibilidade para ser candidato o domicílio eleitoral na circunscrição do pleito, ou seja, para as eleições municipais, a pessoa deve ter o título de eleitor atrelado ao município pelo qual pretende disputar.

Em outubro de 2024, as eleitoras e os eleitores terão mais um encontro com as urnas eletrônicas para eleger os futuros ocupantes de Prefeituras e das Câmaras de Vereadores. Aquelas pessoas que precisam transferir o título de eleitor para um novo domicílio eleitoral podem fazer a solicitação pela plataforma Título Net, acessando a página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim, atualmente, é possível alterar seu local de votação sem sequer sair de casa.

A legislação eleitoral exige que quem quer ser candidato esteja com o domicílio eleitoral definido pelo prazo de até 6 meses antes da eleição, assim, para o próximo pleito, os futuros candidatos a vereadores (as), vice-prefeitos (as) e prefeitos (as) têm que estar devidamente registrados na Justiça Eleitoral na zona eleitoral do município pelo qual deseja concorrer até o dia 6 de abril de 2024. Passado este prazo, para candidato, não há flexibilidade, pois domicílio eleitoral é condição de elegibilidade exigida pela Carta Magna.

Para requerer a transferência, pela legislação eleitoral em vigor, é necessário que o eleitor resida há pelo menos três meses no novo município e já tenha transcorrido, no mínimo, um ano da data do seu alistamento eleitoral ou da última transferência do título. Cabendo exceção apenas no caso de o eleitor ser servidor público civil, militar e autárquico, ou membro de sua família, que por motivo de remoção ou transferência tenha mudado de domicílio.

Já o eleitor que deseja apenas votar em determinado município pode alterar seu domicílio eleitoral até o dia 9 de maio de 2024, o último dia para que o eleitor possa requer sua inscrição eleitoral, alterar os dados cadastrais ou transferir seu domicílio. Depois disso o sistema da Justiça Eleitoral não faz mais qualquer atividade, exceto emitir segunda via de título de eleitor.

O domicílio eleitoral é o município ou localidade onde o eleitor tem um vínculo significativo. Não está relacionado apenas com o local onde é a residência propriamente dita da pessoa, ou seja, não é obrigado a morar no município. Este conceito pode se estender a uma relação familiar, profissional ou política. Assim, é um conceito mais amplo e diferente do domicílio civil, que é o local onde o cidadão constitui sua residência em caráter definitivo. Na ausência do comprovante de residência, cabe ao eleitor demonstrar o vínculo com o município através de outros meios de provas, como, por exemplo, título de cidadão, comprovante de vínculo profissional na cidade, atuação em ONGs com atuação no território, dentre outros que serão analisados de acordo com o caso concreto pelo juiz da zona eleitoral, cabendo recurso ao Tribunal Regional Eleitoral no caso de eventual indeferimento.

A lei prevê estes critérios temporais e documentais para evitar fraudes, abusos e excessos, que podem resultar inclusive em processos criminais por fraude ou de abuso de poder político, quando, por exemplo, um político arregimenta eleitores de outros municípios para mudar seu domicílio eleitoral a fim de se beneficiar com seus votos. 

Para realizar a transferência do domicílio eleitoral, o eleitor pode fazer de forma virtual. Assim, a mudança de domicílio eleitoral pode ser solicitada gratuitamente pela plataforma Título Net.

Antes de iniciar o atendimento on-line, além de digitalizar ou tirar foto da documentação necessária (frente e verso, caso solicitado) para a transferência de domicílio eleitoral, é preciso anexar ao requerimento uma selfie segurando, ao lado do rosto, o documento oficial de identificação.

Para a mudança de domicílio eleitoral, é preciso apresentar também um comprovante de residência ou qualquer outro documento que ateste vínculo residencial, afetivo, familiar, profissional, comunitário ou de outra natureza com o local selecionado pela pessoa para exercer o direito ao voto.

Após preencher o formulário, a pessoa terá acesso a um número de protocolo para acompanhar o andamento do pedido. O sistema enviará os dados ao cartório eleitoral responsável. O requerimento levará alguns dias para ser processado.  Vale alertar que não será enviada via impressa do título de eleitor ou de qualquer outro documento para a residência do solicitante. Contudo, todos os dados estarão disponíveis para consulta no site da Justiça Eleitoral e no aplicativo e-Título.

*Advogada especialista em Direito Eleitoral, atual presidente da Comissão de Relações Institucionais da OAB/PE, membro fundadora e ex-presidente do Instituto de Direito Eleitoral e Público de Pernambuco (IDEPPE), membro fundadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) e autora de livros. 

Ipojuca - Minha rua top

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Com a antecipação da transferência de R$ 1,5 bilhão dos precatórios do Fundef da rede estadual de educação de Pernambuco, realizada na última segunda-feira, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para a conta da Caixa Econômica Federal, em Brasília, é provável que o pagamento dos beneficiados comece a ser feito pelo Estado em maio.

De acordo com o Sindicato dos Profissionais em Educação de Pernambuco (Sintepe), o Governo de Pernambuco já peticionou a Caixa Econômica (em Brasília) para que os valores cheguem na conta específica para o Fundef em Pernambuco. Caso essa petição siga o mesmo trâmite da segunda parcela, que levou duas semanas para o valor ser transferido para a conta do Executivo Estadual, até no máximo, dia 25, o saldo estará em conta do Estado.

Pela legislação estadual que regulamentou o pagamento dos precatórios do Fundef, ratificada pelo decreto 53.307/2022, que autorizou o pagamento extraordinário do passivo em Pernambuco, após os recursos caírem na conta do Governo do Estado, ele tem até 60 dias para efetuar o pagamento aos professores e herdeiros.

“Estamos monitorando todos os dias o processo. Não vamos admitir que o Governo cause transtornos para a categoria como ocorreu no ano passado, quando tivermos que fazer quatro protestos em frente a Secretaria de Educação para que esse dinheiro pudesse chegar aos beneficiários. O pagamento desse precatório é uma vitória inconteste da categoria e já houve pagamento de duas parcelas. Não há por que haver atraso. Chegou, pagou!”, afirma a presidente do Sintepe, Ivete Caetano.

Camaragibe Agora é Led

O Senado aprovou, ontem, o marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC). O SNC é um instrumento de fomento à cultura e existe desde 2012, mas ainda não estava regulamentado. Entre as diretrizes para a captação de recursos, o texto aprovado pelos senadores menciona que as atividades culturais não devem “afrontar a dignidade e a moralidade pública”, além de coibir atividades de “caráter político-partidário”.

A emenda que incluiu as expressões no texto foi apresentada pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) enquanto o projeto estava em debate na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Augusta Brito (PT-CE), relatora do texto naquele colegiado, acatou a sugestão do filho do ex-presidente. As informações são do portal Estadão.

Para a petista, a inclusão do termo “moralidade pública” no projeto de lei é “mero desdobramento da redação original, que prevê a proteção dos usos e costumes, da espiritualidade, dos lugares sagrados e dos cultos”. O texto também prevê que as atividades culturais devem zelar pelos “valores religiosos”.

“Para fins desta Lei, o pleno exercício dos direitos culturais não deverá possuir caráter político-partidário ou personalista, tampouco afrontar a dignidade e a moralidade pública ou incitar a prática de crimes” – PL 5.206/2023, que regulamenta o SNC

Diretrizes de financiamento

A ministra da Cultura Margareth Menezes acompanhou a votação da matéria no plenário. O projeto já havia sido apreciado pela Câmara e, após a aprovação no Senado, segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No texto inicial, não havia menção à “moralidade pública” ou aos “valores religiosos”.

Entre as condições para a captação de recursos do SNC, estabelece-se que estados e municípios devem criar seus próprios planos, conselhos e fundos para o setor cultural. Além das diretrizes para o financiamento, o texto também prevê ampliação progressiva de recursos para o Fundo Nacional de Cultura (FNC), respeitados os limites fiscais de cada orçamento anual.

Na sanção presidencial, há a prerrogativa de veto total ou parcial. Ainda que haja veto a trechos do projeto de lei, a sanção é apreciada pelos parlamentares, que podem derrubar o veto do presidente.

Citi Hoteis

Em João Alfredo, o feriado foi agitado no tabuleiro político. O presidente do Diretório Municipal do PT, Tato Mendes, declarou apoio à reeleição do prefeito Zé Martins.

O gestor agradeceu o apoio recebido e acredita que chegará bastante fortalecido para as eleições em outubro.”É gratificante demais ter o companheiro Tato Mendes em nosso meio, junto com todos aqueles que fazem o partido do presidente Lula em nosso município. Vamos seguir unindo forças aos homens e mulheres de bem para continuar transformando João Alfredo em um grande lugar de se viver”, afirmou.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

Durante o encontro com senadores, na última terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse aos parlamentares que está na hora de virar a página com militares. As informações são do blog do Valdo Cruz.

A avaliação foi feita em uma rodada de conversas informais, quando um senador trouxe ao debate a posição de militares que se envolveram no planejamento de uma trama golpista durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Antes que a conversa seguisse, Lula sugeriu uma mudança de tom com os militares. O presidente perguntou aos senadores se todos sabiam que o atual comandante do Exército, Tomás Paiva, só tinha 4 anos de idade quando foi dado o golpe em 1964. Na verdade, ele tinha menos, 3 anos, porque nasceu em 20 de setembro de 1960.

Lula destacou que os militares hoje no comando das Forças Armadas eram crianças à época e querem virar a página. E acrescentou que o mundo da política deveria fazer o mesmo e ajudá-los.

Na avaliação feita pelo presidente aos parlamentares no Palácio da Alvorada, o mundo da política segue tendo uma posição crítica aos militares, dizendo que eles sempre querem dar um golpe, o que acaba gerando uma posição refratária das Forças Armadas, colocando-as na defensiva.

Lula disse que é hora de dar uma oportunidade a essa nova geração para mostrar que estão em outro momento. E que o que aconteceu no governo Bolsonaro foi uma velha guarda flertando com o golpe, mas que a geração mais nova não embarcou nesta aventura.

Caruaru - Geracao de emprego

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco 

A Mobilização Municipalista convocada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), ontem, em Brasília, foi encerrada com ato no Congresso Nacional. Acompanhado de prefeitos e gestores municipais, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, encerrou o movimento convocando um grande ato para o próximo dia 26.

Reunido na área de acesso ao Salão Verde da Câmara dos Deputados, o grupo dialogou com parlamentares e apresentou a nota do movimento municipalista sobre a desoneração da folha dos Municípios. O posicionamento é manter a defesa pela redução de 20% para 8% na alíquota do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aos Entes locais, medida conquistada sob a liderança da CNM com a união do movimento municipalista e promulgada pelo Congresso na Lei 14.784/2023.

“É o início de uma grande campanha que vamos fazer. Essa redução dá um aporte de R$ 11 bilhões ao ano para os Municípios e é uma verba que não vai para o prefeito, isso fica nos cofres das prefeituras para políticas sociais, saúde, educação, assistência social”, destacou Ziulkoski.

O presidente da CNM explicou ainda que os deputados federais e senadores apoiaram a causa em prol dos Municípios, aprovando o Projeto de Lei 334/2023, que resultou na Lei 14.784/2023. No entanto, o governo federal vetou a proposta e, após derrubada dos vetos, revogou o benefício por meio da Medida Provisória (MP) 1.202/2023.

Após pressão de 17 setores produtivos, que também eram beneficiados na Lei, a União editou a MP 1.208/2024, mas restabeleceu o benefício apenas para eles, ignorando o pleito e tratativas anteriores com os Municípios. Ziulkoski criticou a atitude do governo federal de revogar a conquista por meio de uma MP, esvaziando a decisão dos parlamentares que votaram e aprovaram o benefício.  “Há a tentativa do governo de nos tirar essa conquista. Vamos lutar, faremos uma mobilização] muito maior”, afirmou.

Belo Jardim - Patrulha noturna

Minha corridinha diária de 8 km, hoje, foi na Via Parque, em Caruaru, vitrine da ex-prefeita e hoje governadora Raquel Lyra (PSDB). Cidadão emérito de Caruaru, vim matar a saudade da cidade e participei, ontem, de uma importante reunião com meus amigos Robinho Pacheco, o maestro da Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, e Ivan Feitosa, diretor da Rádio Liberdade.

Vitória Reconstrução da Praça

Na primeira pesquisa do instituto Opinião, com exclusividade para este blog, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, o cenário é amplamente favorável à reeleição do prefeito Vinícius Labanca (PSB). Ele aparece com impressionantes 72% das intenções de voto, enquanto o ex-prefeito Jairo Pereira (PSDB) tem apenas 6,3%, quase o mesmo percentual de Milton Micuíba (União Brasil), que tem 6%.

Brancos e nulos somam 8,8% e indecisos chegam a 6,9%. No cenário pelo qual o nome de Jairo é trocado pelo de Bruno Pereira, seu filho, também ex-prefeito, Vinicius sobe um ponto, chega a 73%, Micuíba vem em segundo, com 7% e Bruno é o último, com 6%. Brancos e nulos somam 8,3% e indecisos chegam a 5,7%.

Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do candidato preferencial sem as alternativas em disquete, Vinicius aparece com 52%, Jairo 1,8%, Bruno 1% e Micuíba 0,8%. Neste cenário, brancos e nulos sobem 10,5% e indecisos alcançam 33,9%. No embate direto de Vinicius contra Jairo, o prefeito teria 76,3% dos votos contra 8,8% do adversário. Já se o opositor fosse Bruno, Vinicius venceria com uma vantagem maior ainda – 78% contra 8%.

No cenário em que o candidato viesse a ser Milton Micuíba, o prefeito teria 77,8% dos votos e Micuíba 8,8%. No quesito rejeição, Jairo Pereira aparece na dianteira, disparado. Entre os que declararam seu voto, 29,5% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, seguido de Bruno Pereira, com 22,5% e Milton Micuíba, que aparece com 20,8% das indicações dos eleitores que não votariam nele de jeito nenhum.

O menos rejeitado é o prefeito Vinicius Labanca. Dos eleitores que se manifestaram, apenas 5% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. O levantamento foi a campo entre os dias 1 e 2 de março, sendo aplicados 400 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 4,4 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. A pesquisa está registrada na justiça eleitoral sob o protocolo de número PE-00993/2024.

Estratificando a pesquisa, Vinicius tem seus maiores percentuais de intenção de voto entre os eleitores com grau de instrução superior (81,4%), entre os eleitores com renda familiar acima de cinco salários-mínimos (80%) e entre os eleitores na faixa etária de 16 a 24 anos (81,8%). Por sexo, 72,7% dos seus eleitores são mulheres e 71,2% são homens.

Já Bruno Pereira tem suas maiores taxas de intenção de voto entre os eleitores com renda acima de cinco salários (8,6%), entre os eleitores com grau de instrução até a 9ª série (8,1%) e entre os eleitores na faixa etária de 35 a 44 anos (7,8%). Por sexo, 6,9% dos seus eleitores são mulheres e 5,4% são homens.

Série governadores: Nilo Coelho

Capítulo 3

Gordo, como a maioria dos Coelho, verdadeira enciclopédia de histórias que varreram o País pelo apetite voraz ao redor de uma boa mesa, o governador Nilo Coelho (Arena) era leve como uma pluma no trato com as pessoas. Chegou ao Governo do Estado nomeado pelo presidente Castelo Branco em 1966, auge dos anos de chumbo imposto pelo golpe de 1964.

Sua era foi de 1967 a 1971. Seu maior feito foi reverter a forma histórica de governar Pernambuco, de costas para o Sertão, política adotada pelos seus antecessores. No poder, como a profecia do beato Antônio Conselheiro, pelas suas mãos poderosas o Sertão virou mar. Mar traduzido numa grande estrada, a verdadeira via do desenvolvimento, que marcou uma nova era.

Marcou mais do que isso, o fim do isolamento com a capital: como num passe de mágica, Nilo pavimentou 700 km de Petrolina, sua terra natal, até Recife. Obra de estadista? Não, de um homem que governou com o coração e a mente voltados para o Sertão, provavelmente inspirado na saga da sua família.

Patriarca do Clã, o coronel Clementino de Souza Coelho, pai de Nilo, puro sangue batizado nas águas do Velho Chico, fez brotar prosperidade no chão de vidas secas. De grande proprietário de terras, comerciante e industrial, virou o maior acionista da Companhia Hidroelétrica do São Francisco.

Conhecido como Coronel Quelê, se transformou numa figura lendária do sertão nordestino. Por muito tempo, foi o chefe político mais importante de Petrolina, criou 17 filhos, ergueu um império econômico de fazendas, indústrias e meios de comunicação pelo Nordeste. 

Considerado um dos responsáveis pela industrialização de Petrolina, inspirou livros, entre os quais Coronel Quelê, Adversidade e Bonança, de José Américo de Lima, e Quelê, o Gigante do São Francisco, de José Nivaldo Júnior.

Virou até tese de doutorado, como “As práticas do coronelismo: estudo de caso sobre o domínio político dos Coelho em Petrolina”, de José Morais de Souza, da Universidade Federal de Pernambuco. Nilo Coelho nasceu em Petrolina no dia 2 de novembro de 1920. Ingressou na vida pública como deputado estadual, eleito em 1947 pelo PSD. Em seguida, foi eleito deputado federal.

Antes de virar governador, sina que estava escrita nas estrelas, foi secretário da Fazenda no Governo Etelvino Lins, entre os anos de 52 e 54. Como governador, além de levar o desenvolvimento ao Sertão, a marca da sua gestão, pôs em prática uma política de eletrificação rural, implantou o Lafepe, a Fiam e ampliou a rede rodoviária estadual.

Apoio ao golpe – Nilo Coelho era médico, formado pela Faculdade de Medicina de Salvador. Em 1947, já atuando na profissão, voltou para Petrolina, onde, como o pai, foi seduzido pela política. Em 1954, casou-se com Maria Tereza Coimbra de Almeida Brennand, com quem teve seis filhos. Como deputado federal, estava em Brasília quando eclodiu o movimento militar de 1964, que teve seu apoio. Participou do Bloco Parlamentar Revolucionário, que deu origem à ARENA, após a promulgação do Ato Institucional nº11, em 27 de outubro de 1965.

Irrigação e o Detran – Em 1966, escolhido governador, Nilo sucedeu a Paulo Guerra. Durante seu governo, intensificou a política de irrigação, diversificando a produção irrigada, que se baseava no cultivo da cebola, para o plantio de alho, algodão, uva, frutas e verduras. Desenvolveu uma política de eletrificação rural. Levou energia a mais de 200 distritos da zona da Mata, Agreste e Sertão. Implantou a Comissão Estadual de Controle e Poluição das Águas, o Instituto de Pesos e Medidas e o Departamento de Trânsito de Pernambuco.

Um liberal empreendedor – Sempre de bom humor, Nilo costumava visitar obras em fins de semana e convidava jornalistas para acompanhá-lo. Bom de mesa e de conversas muito agradáveis, ganhou a simpatia da opinião pública e teve um suporte importante de seu irmão Oswaldo Coelho que, nomeado secretário da Fazenda, foi responsável pela modernização modelar no País do sistema fiscal em Pernambuco. Nilo era um liberal que protegeu muita gente perseguida pela ditadura militar.

Patrono de Nova Jerusalém – Como governador, Nilo surpreendeu muita gente ao aparecer de repente sozinho, altas horas da madrugada, nas residências de famílias para avisar de riscos que alguém estaria correndo por causa de questões ideológicas e políticas. Certa vez, chegou sem avisar nas terras do saudoso jornalista Plínio Pacheco, em Brejo da Madre de Deus, para comunicar a ele que iria bancar o projeto da Nova Jerusalém, o maior teatro ao ar livre do mundo, onde se realiza há 55 anos o drama da morte e ressurreição de Cristo. “Ele chegou na região perguntando onde morava meu pai, depois de ler no Diário de Pernambuco que meu pai queria construir o teatro. Foi determinado e obrigou papai a inaugurar a Nova Jerusalém com menos de ano depois de iniciadas as obras bancadas pelo seu governo”, recorda Robinho Pacheco, filho de Plínio.

Presidente do Congresso do Brasil – Nilo Coelho morreu de um infarto fulminante aos 66 anos, em 9 de novembro de 1983, dias depois de um pronunciamento como presidente do Senado, quando, contrariando o Governo, defendeu a necessidade de investigação da explosão da bomba do Rio Centro. Da tribuna, de improviso, entrou para a história com a frase antológica: “Não sou presidente do Congresso do PDS. Sou presidente do Congresso do Brasil”.

CURTAS

O “NÃO DIZER” – Em outro discurso memorável, em 1 de março de 1983, Nilo Coelho arrancou aplausos do plenário pela sua coragem e compromisso com o povo brasileiro. “Não pretendo passar à história como parlamentar do “não dizer”, quando minha missão é a de falar, de traduzir o pensamento daqueles que represento e expressar a vontade nacional”, disse.

ÁGUA, O MOTOR – Para o ex-senador Fernando Bezerra Coelho, sobrinho de Nilo, o ex-governador foi incansável no esforço de criar as condições para o desenvolvimento sustentável do sertão. “O acesso à água foi o motor do desenvolvimento que Nilo levou para o Sertão ao implantar os perímetros irrigados do Vale do São Francisco”, disse FBC.  

AMANHÃ TEM PAULO GUERRA – Hoje, o São Francisco produz riquezas por causa da obsessão empreendedora de Nilo Coelho. Morreu com a missão cumprida: Petrolina e Juazeiro (BA) produzem hoje 90% das exportações de uva e manga do Brasil, um negócio pujante, que gera mais de 400 mil empregos diretos. Amanhã, tem Paulo Guerra, que chegou ao poder com a cassação de Miguel Arraes, de quem era vice.  

Perguntar não ofende: Por que Lula não consegue patamares de aprovações como nas duas gestões passadas?

Logo mais, exatamente à meia-noite e um, este blog traz a pesquisa do Instituto Opinião, de Campina Grande, sobre a corrida municipal em São Lourenço da Mata, onde o prefeito Vinícius Labanca (PSB) vai à reeleição. A cidade, na Região Metropolitana do Recife, tem motivos para dormir um pouquinho mais tarde.

Em pronunciamento nesta quarta-feira, a senadora Teresa Leitão (PT-PE) ressaltou, em plenário, que no dia 6 de março é celebrada a Data Magna de Pernambuco. A parlamentar lembrou que a data foi escolhida em alusão ao início da Revolução Pernambucana de 1817, movimento histórico, de inspiração iluminista, em que a então capitania rompeu laços com Portugal e se declarou uma república independente.

“Os ideais daquele movimento já eram, em si, ideais liberais, democráticos e republicanos. Ao assumir o poder local, a junta de governo organizada pelos rebeldes decretou a liberdade de pensamento, os direitos de cidadania e uma imprensa livre em Pernambuco. A causa abolicionista também era uma bandeira”, destacou a senadora. 

Teresa Leitão lembrou ainda que a Revolução Pernambucana, como movimento libertário, antecedeu em cinco anos a independência do Brasil. E que o movimento que tornava Pernambuco independente durou apenas 75 dias, sendo sufocado por tropas leais à coroa portuguesa.

A senadora recordou ainda, em seu pronunciamento, que a Data Magna pernambucana foi definida em 2007, sendo escolhida por iniciativa da então deputada estadual Terezinha Nunes, por meio de uma ampla consulta popular realizada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco e pela Associação das Empresas de Radiodifusão de Pernambuco (Asserpe). E ressaltou a relevância de, em 2017, a data passar a ser feriado estadual. “A instituição do feriado foi importante para que todos os pernambucanos percebessem, com maior clareza, a representatividade que reveste essa data, como elemento fundamental e característico de nossa pernambucanidade”.

A PF já marcou o novo depoimento de Mauro Cid, o ex-faz-tudo de Jair Bolsonaro. Será na semana que vem, mais precisamente na segunda-feira. 

Cid será questionado sobre alguns dos depoimentos já dados até aqui, mas sobretudo a respeito do que o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes revelou em sua oitiva de oito horas na sexta-feira passada. As informações são da coluna de Lauro Jardim, do O GLOBO.

Vai ser pedido a ele que confirme o que o general narrou e, claro, dar mais detalhes desses episódios. Cezar Bitencourt, advogado de Cid, gosta de repetir que o seu cliente nunca omitiu qualquer fato em sua delação: “Esquecer, ele pode ter esquecido, afinal são cinco anos passados a limpo. Mas omitir, nunca. Se perguntar, ele fala”.

Da CNN

Enquanto milhares de pessoas passam fome e sofrem com a falta de medicamentos na Faixa de Gaza, parte da carga de ajuda humanitária enviada pelo Brasil ao território palestino encontra-se bloqueada por Israel na fronteira com o Egito.

A denúncia foi feita pelo deputado italiano Ângelo Bonelli, do partido Europa Verde, e confirmada à CNN por fontes do Itamaraty. O parlamentar está na região em uma comitiva de 14 representantes do parlamento da Itália.

Em suas redes sociais, Bonelli fez uma publicação denunciando que 400 pacotes de ajuda estão retidos a 20 quilômetros da passagem de Rafah, entre eles 30 que foram enviados pelo governo brasileiro.

Na carga estão purificadores portáteis, enviados desde outubro do ano passado, cada um com capacidade de tratar até 5.760 litros de água por dia.

Para funcionar, o purificador não depende de energia elétrica convencional. Uma placa solar está acoplada ao equipamento.

É justamente isso que, conforme apurou a CNN, tem impedido a entrega do material na Faixa de Gaza.

Forças de Israel teriam bloqueado a doação porque as placas solares podem ser desviadas de função e serem usadas pelo grupo Hamas para geração de energia.

A CNN entrou em contato com a embaixada de Israel no Brasil, mas, até o momento, não obteve retorno sobre o assunto.

Ajuda humanitária

Na terça-feira (5), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que “não há desculpa” para que a ajuda não chegue a Gaza.

No sábado (2), aviões americanos lançaram pela primeira vez kits com comida e água no território palestino.

Segundo o governo dos EUA, foram fornecidas cerca de 40 mil refeições, enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que meio milhão de palestinos estão à beira da fome.

O que Israel alega?

O analista sênior da CNN Américo Martins apurou junto ao Ministério das Relações Exteriores de Israel que o país alega não ser responsável pelas operações de entrada de ajuda humanitária via Rafah.

O argumento israelense é que as operações são realizadas pelos egípcios, e as Forças de Defesa de Israel apenas fazem a checagem dos caminhões, que são autorizados a levar “apenas água, comida, medicamentos e combustível”.

O Ministério afirma que os purificadores de água com painéis de energia solar, como os enviados pelo Brasil, não estão liberados para entrar em Gaza, e que outros purificadores já estão operando no território.