FMO - Acesse Site

Gilmar Mendes vota para ampliar aplicação do foro privilegiado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou para que o foro por prerrogativa de função – popularmente chamado de foro privilegiado – seja aplicado nos julgamentos de crimes praticados no cargo e em razão de suas funções mesmo depois do término dos mandatos de políticos, seja por renúncia, não reeleição, cassação ou outros motivos.

Devido à regra estabelecida em 2018, advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, já alegaram que, casos como o da possível adulteração do cartão de vacina não deveriam estar no Supremo. As informações são do Metrópoles.

Já a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) alegou que, ao perseguir armada um homem pelas ruas de São Paulo, em 2022, não estaria possivelmente cometendo um crime atrelado a seu cargo.

Gilmar é o relator do caso no Supremo e apresentou seu voto em plenário virtual nesta sexta-feira (29). Esse formato de julgamento ocorre sem necessidade de votação presencial, com os ministros depositando seus votos no sistema eletrônico. A data prevista para o fim desse julgamento é 8 de abril, mas a análise pode ser interrompida por um pedido de vista ou de destaque, levando a discussão para o debate presencial.

Em seu voto, o relator defende a fixação da seguinte tese: a prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções subsiste mesmo após o afastamento do cargo, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados depois de cessado seu exercício.

A corte analisa um habeas corpus movido pela defesa do senador Zequinha Marinho, do Podemos do Pará. Marinho é réu em uma ação penal na Justiça Federal do Distrito Federal por, supostamente, enquanto foi deputado federal, ter ordenado que servidores de seu gabinete devolvessem 5% de seus salários para o PSC, então seu partido.

Marinho é réu no processo pelo crime de concussão, e seus advogados pediram ao STF que o caso seja julgado pela Corte, já que, desde 2007, Zequinha Marinho exerceu cargos com foro privilegiado: deputado federal (2007-2015), vice-governador (2015-2018) e senador (2019-2027).

Voto do relator

Gilmar sustenta que “poucos temas despertam tantas paixões quanto a instituição de foros especiais para titulares de cargos públicos”.

E escreve: “Estou convencido de que a competência dos Tribunais para julgamento de crimes funcionais prevalece mesmo após a cessação das funções públicas, por qualquer causa (renúncia, não reeleição, cassação etc.)”.

Como essa compreensão diverge da atual jurisprudência da Corte, ele propõe que o plenário revisite a matéria, a fim de definir que a saída do cargo — por quaisquer motivos — somente afasta o foro privativo em casos de crimes praticados antes da investidura no cargo ou, ainda, dos que não têm relação com o seu exercício. Quanto aos crimes funcionais, a prerrogativa de foro deve subsistir mesmo após o encerramento das funções.

Gilmar propôs a aplicação imediata da nova interpretação aos processos em curso, com a ressalva de todos os atos praticados pelo STF e pelos demais Juízos com base na jurisprudência anterior.

Decisão de 2018

Em 2018, com o argumento de reduzir o volume de processos na Corte, os ministros decidiram que deveriam tramitar no STF apenas processos de deputados, senadores, ministros de Estado e outras autoridades que, supostamente, tivessem cometido crimes no exercício do mandato e relacionados a ele. Até então, todo inquérito ou ação dessas autoridades tramitava na Suprema Corte.

O encerramento do mandato de deputados e senadores, por qualquer causa, como renúncia, cassação ou não reeleição – este último o caso do senador Zequinha Marinho, autor do habeas corpus – leva ao envio do caso à primeira instância.

Foro e questionamentos de aplicação

Devido à regra estabelecida em 2018, advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, já alegaram que, casos como o da possível adulteração do cartão de vacina não deveriam estar no Supremo.

Já a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) alegou que, ao perseguir armada um homem pelas ruas de São Paulo, em 2022, não estaria possivelmente cometendo um crime atrelado a seu cargo.

Agora, surge a discussão sobre o caso dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. A análise da ação pelo STF, de relatoria do ministro Alexandre de Moraes, está na Corte pela prerrogativa de foro do deputado federal Chiquinho Brazão. No entanto, ele era vereador à época do crime, em 2018. O que tem levantado questionamentos sobre a instância adequada de atuação.

Assim, a controvérsia deve ser analisada para que pontos sejam esclarecidos, com possibilidade de adequações, a depender de como votarem os ministros.

Toca Jabô

O jornalista Gladstone Vieira Belo morreu na noite da última quarta-feira (27), aos 77 anos de idade. O velório foi realizado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife. O jornalista era condômino dos Diários Associados. Ingressou no Diario de Pernambuco na década de 1960 e chegou a vice-presidente do jornal, onde atuou até o ano de 2014.

Gladstone sofreu uma queda na calçada da casa da cunhada no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife, no domingo retrasado, e estava internado no Hospital Real Português há 12 dias, mas não resistiu e morreu, deixando a esposa Ana Lúcia Tavares Vieira Belo. As informações são do Diario de Pernambuco.

Filho de Maria Giselda Nunes Vieira Belo, Gladstone era natural de Garanhuns, no Agreste, e tinha três irmãos: Laís, Romero e Tális. O jornalista estudou no Colégio Diocesano de  Garanhuns.

“Foi um dos grandes nomes do jornalismo pernambucano, com inteligência privilegiada e texto impecável. Dono de uma gentileza e hombridade invejáveis. Perde Pernambuco, o jornalismo brasileiro e eu um amigo querido”, lamentou Guilherme Machado, atual presidente do Correio Braziliense e ex-diretor executivo do Diario de Pernambuco.

“Gladstone era o grande intelectual do Diario enquanto esteve na redação. Dele, recebia livros, cópias de artigos e tantos outros documentos que fizeram eu produzir minha dissertação de mestrado e minha tese de Doutorado, essa última dedicada a ele. É um jornalista que ficou marcado pela erudição e gentileza”, disse o jornalista e historiador Tércio Amaral.

Paulista - No ZAP

Do UOL

Ao mostrar que 63% dos brasileiros são contra a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8/1, a pesquisa Datafolha revela que Jair Bolsonaro está começando a perder apoio dos seus próprios eleitores, comentou o colunista Tales Faria no UOL News desta sexta (29).

“Essa pesquisa é extremamente preocupante para Bolsonaro. Ele teve mais ou menos 49% dos votos na última eleição contra o Lula. A pesquisa mostra que 53% dos eleitores do Bolsonaro são contra a anistia proposta por ele”, disse Tales.

“Ou seja: se a Justiça vier a comprovar que realmente Bolsonaro teve participação no 8/1 e, portanto, for condenado, as pessoas não estão dispostas a anistiá-lo. Há um potencial de metade dos eleitores do Bolsonaro que começa a abandoná-lo. Como está ficando comprovada a participação dele, é extremamente preocupante. Bolsonaro está começando a perder o seu próprio eleitorado”, complementa o colunista do UOL

Tales ressaltou que, apesar do barulho feito pelos apoiadores de Bolsonaro, o grupo de brasileiros que prezam pela democracia prevaleceu.

“Para o país, é bom porque significa que o golpismo não está sendo aceito. Isso é muito importante para a democracia e para o Brasil. Há uma parcela dos eleitores do Bolsonaro que grita muito, faz balbúrdia, ameaça e promove quebra-quebra. Esta parcela gritante chegou a assustar o país e pensar que poderia haver um golpe de Estado. Mas a parcela silenciosa do Brasil é a maioria e ela se faz forte nos momentos decisivos, como contra o golpe de Estado”, pontua.

Jaboatão - Toca Jabô

A anistia aos responsáveis pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, é rejeitada por 63% dos brasileiros, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Datafolha nesta sexta-feira (29). Ainda conforme a pesquisa, 31% dos entrevistados são a favor do perdão, enquanto 2% se demonstram indiferentes. Outros 4% não souberam responder.

Foram ouvidas 2.002 pessoas de 16 anos ou mais, em 147 municípios pelo Brasil, nos dias 19 e 20 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. As informações são da CNN.

Veja o cenário levantado pelo Datafolha

  • A favor da anistia pelo 8 de janeiro: 31%
  • Contra a anistia pelo 8 de janeiro: 63%
  • Indiferente: 2%
  • Não sabem: 4%

Até o momento, 116 pessoas foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participarem da invasão e depredação dos prédios em Brasília. Foram instauradas 1.354 ações penais contra participantes dos atos criminosos.

Deste total, 1.113 ações foram suspensas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) avalie a possibilidade de firmar acordos com réus acusados dos crimes menos graves.

O ministro Alexandre de Moraes já validou dezenas de acordos que impedem a condenação dos acusados desde que eles cumpram regras como, por exemplo: participar de curso sobre democracia, pagar multa e prestar serviços à comunidade.

Em SP, Bolsonaro pediu anistia para presos

Durante ato organizado na Avenida Paulista no mês passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu aos deputados e senadores apoio para um projeto de anistia para os presos pelos ataques aos Três Poderes.

“É por parte do Parlamento brasileiro, é uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação, nós já anistiados no passado, quem fez barbaridade no Brasil”, disse Bolsonaro na ocasião.

“Agora, nós pedimos a todos 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia, para que seja feita justiça no nosso Brasil”, prosseguiu.

Bolsonaro ainda afirmou que não concorda com quem depredou o patrimônio público e que quem o fez, deve pagar.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, voltou a ser alvo da oposição no Congresso Nacional após postar um vídeo durante viagem de barco em Belém ao lado do presidente Lula e do presidente francês, Emmanuel Macron.

Janja publicou o vídeo na terça-feira (26), em seu Instagram. Na imagem, ela aparece no barco oficial que levou Lula e Macron até a Ilha do Combú, onde a comitiva visitou uma fábrica de chocolates orgânicos. As informações são da coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles.

Na postagem, Janja aparece tomando um suco de bacuri, fruto típico da região amazônica, durante o trajeto de barco. Ela ressalta a “preciosidade” da Amazônia brasileira e fala da realização da COP30 em 2025, que ocorrerá em Belém.

“Estou muito emocionada, porque essa foi uma ideia que nasceu de uma conversa, e eu estou muito feliz que deu certo. Estou aqui tomando um suco de bacuri, que eu amo, fruta da Amazônia. Isso aqui é uma preciosidade, uma joia para o mundo. E a gente tem que tomar muito cuidado com tudo isso aqui”, disse Janja.

Rapidamente, o vídeo foi explorado por deputados da oposição, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Rosângela Moro (União-SP), Carla Zambelli (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG), que criticaram a primeira-dama pela “ostentação”.

“Janja e seu universo paralelo atacam novamente”, escreveu Rosângela. Já Eduardo Bolsonaro chamou Janja de “deslumbrada” e ressaltou a epidemia de dengue e a morte de índios ianomâmi. Nikolas também citou a dengue.

“O Brasil supera a marca de 2 milhões de casos de dengue em 2024 e registra 682 mortes. Janja comenta”, escreveu Nikolas ao postar o vídeo em suas próprias redes sociais.

Ipojuca - Minha rua top

O prefeito do Paulista, Yves Ribeiro, antecipou para esta quinta-feira (28) o pagamento do salário de março do funcionalismo municipal. A medida beneficiou os cerca de cinco mil servidores da gestão, antes do feriado da Páscoa.

O contingente é formado por efetivos, comissionados, contratados e pensionistas que recebem pela Prefeitura.

Caruaru - Geracao de emprego

A pré-candidata a prefeita do município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, Lívia Álvaro (PDT), recebeu, na tarde desta quinta-feira (28), o presidente do Instituto Histórico, Geográfico, Arqueológico, Antropológico do Paulista (IHGAAP), o Historiador e Cientista Político Ricardo Andrade. 

Na ocasião, Lívia Álvaro foi a primeira pré-candidata a assinar a Carta Compromisso sobre a Política Pública do Patrimônio Cultural, contendo as propostas do IHGAAP sobre a agenda da preservação do patrimônio. Todos os demais pré-candidatos a prefeito serão convidados para analisar e assinar, ou não, o referido documento.

Camaragibe Agora é Led

Por Kakay*

“Sei ter o pasmo essencial que tem uma criança se, ao nascer, reparasse que nascera deveras. Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo.”, Fernando Pessoa, na pessoa de Alberto Caeiro

Eu, às vezes, tenho vontade de nunca ter ido a Paris só para ter, novamente, o impacto que senti quando vi a cidade pela 1ª vez. Aquele doce aconchego que me deu a sensação de voltar quase ao líquido que nos envolve na gestação. Uma mistura de espanto e ilusão de que já estive ali. Mais, até. De que sou dali, criado e ambientado naquela cidade que tem alma e luz.

O rio Sena desliza como se fosse uma veia a fluir silenciosamente e parece nos acompanhar por onde andamos. Não sei como, mas, esporadicamente, eu vejo o Sena, noite alta, sair do seu leito e se esgueirar pelas vielas da L’île Saint-Louis, ou me acompanhar em Saint-Germain-des-Prés. Nessas horas, a gente nunca pergunta como é possível. Na verdade, o ideal mesmo é nunca questionar nada. Só sentir aquele pasmo essencial referido por Pessoa.

Tivesse o mágico Fernando Pessoa estado a vida toda ao lado do Sena, e não do Tejo, seus poemas seriam outros? Penso que não, pois, afinal, ele nos contou que o Tejo não era mais bonito que o rio da aldeia dele, porque o Tejo não era o rio da aldeia dele. Assim seria com o Sena. Talvez, no máximo, ele faria o Sena desaguar no Tejo e, assim mesmo, juntos e misturados, as águas dos 2 rios nos levariam a um mundo mágico no qual só a poesia existiria.

Como que por uma questão de sobrevivência, não de fuga, vejo-me falando de Paris no dia em que respondem à pergunta que ecoou mundo afora por 6 anos:

“Quem mandou matar Marielle?”.

E eu, acompanhando atento o desenrolar das investigações, lendo o relatório, o parecer da PGR e o decreto de prisão, quedo-me perplexo a perguntar:

“Quem fez isso com o Rio de Janeiro?”.

Observar a mudança nos rostos da irmã, da mãe e do Freixo, no momento em que anunciaram o envolvimento do ex-chefe de polícia do Rio e, à época, chefe da delegacia de homicídio, demonstra o nível de perplexidade que o Rio de Janeiro sempre nos reserva. O que deveria ser um alívio vem acompanhado de um susto e uma indignação sem fim. A investigação aponta que Lessa, um dos executores, só aceitou a incumbência de matar uma vereadora por ter tido a promessa de que o crime seria acobertado por quem teria a obrigação de investigá-lo.

O relatório indica que o delegado Rivaldo orientou a ação covarde e criminosa desde o início, inclusive dizendo sobre o melhor local para o crime. E ele, representando o Estado, era quem acolhia a família, prometia investigar e lhes assegurava que tudo seria resolvido. É o Estado que mata, que mente, que protege o crime e que, com a crença na impunidade, age no fio da navalha, como que a brincar com a vida. Sentem-se donos da vida no Estado do Rio de Janeiro. Dados indicam que grande parte do seu território é dominado pela milícia. É o Estado a serviço do crime.

Lembro-me da 1ª vez que fui ao Rio de Janeiro. Como bom mineiro, não pude conter a emoção. Assim como não me esqueço quando, na Câmara, da tribuna que já havia sido ocupada por Marielle, discursei ao receber o título de cidadão honorário da cidade e do Estado, com a Medalha Tiradentes. Ali, da tribuna com a placa homenageando-a, falei que me sentia como um rio que vinha se esgueirando pelas montanhas de Minas para desaguar no mar.

E é com o peito cheio de indignação que ainda acredito no Rio de Janeiro. Todos nós sabemos o tanto que a milícia bolsonarista sufoca e estrangula, mas quem, como eu, permite-se banhar no mar, encontra forças para enfrentar esse câncer que matou Marielle, Anderson e tantos outros, porém não matou a esperança em um Rio mais justo e mais igual para todos. Está na hora de enfrentar quem matou o Rio de Janeiro.

“Por que existem uns felizes e outros que sofrem tanto? Nascemos do mesmo jeito, moramos no mesmo canto. Quem foi temperar o choro e acabou salgando o pranto?” – Ariano Suassuna, recitando Leandro Gomes de Barros

*Advogado criminal

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Por Cláudio Soares*

O ex-jogador de futebol Robinho vai enfrentar desafios legais após sua condenação por agressão sexual na Itália. Com a progressão de regime no cumprimento de sua pena, calculada em 2/5 de 9 anos, ele deve passar aproximadamente 3,6 anos no regime fechado antes de progredir para o regime semiaberto.  

No entanto, há possibilidade de redução da pena através da remição, concedida por atividades como a leitura de livros, a participação em cursos e o trabalho dentro do sistema carcerário.

O ex-jogador foi condenado a 9 anos de prisão em regime fechado por estupro. Ele pode ter a pena diminuída considerando os benefícios de progressão de regime e remição de pena.

Essa medida pode contribuir para uma diminuição significativa de sua sentença, caso ele se envolva em atividades que se qualifiquem para a remição. Assim, Robinho tem a oportunidade de buscar a reabilitação e a reinserção social durante o cumprimento de sua pena, enquanto cumpre os requisitos estabelecidos pelas autoridades judiciais.

Progressão de regime

Para sair do regime fechado para o semiaberto, a lei de Execução Penal prevê que, em casos de crimes hediondos – como é o estupro -, o condenado precisa ter cumprido ao menos dois quintos da pena. Isso significa que no final de 2027 Robinho poderia ir para o semiaberto. Neste regime, ele apenas dormiria na prisão.

Remição de pena

Já a remição de pena consiste na diminuição dos anos da pena considerando o tempo trabalhado ou estudado pelo condenado. A cada três dias trabalhados, o preso tem a redução de um dia de pena. Essas atividades ele pode exercer dentro do próprio sistema prisional. 

*Advogado criminalista e jornalista

Vitória Reconstrução da Praça

Lideranças petistas como a senadora Teresa Leitão e o ex-deputado federal Fernando Ferro assinam uma nota em solidariedade à pré-candidata a prefeita de Itambé, Manuela Mattos, que pode acabar não disputando a prefeitura do município por decisão da Executiva Estadual da legenda. Confira abaixo a nota na íntegra.

Expressamos, através desta nota, nossa solidariedade ao PT de Itambé e a pré-candidata a prefeita na cidade, Manuela Mattos, após a absurda decisão da maioria da Executiva Estadual que tenta tirar do partido o direito de disputar a eleição municipal este ano. 

O PT de Itambé simboliza a luta de décadas pela dignidade do povo do campo e da cidade, oprimidos pela falta de direitos e pela violência. Ao longo da última década, após a trágica morte de Manoel Mattos, assassinado por ser um militante do PT em defesa dos trabalhadores do campo, o  diretório da cidade conseguiu renovar-se e manter-se organizado, contrariando o que desejavam seus algozes. Essa renovação se deu sob a liderança de uma jovem militante qualificada, respeitada no partido e com muita disposição de luta: Manuela Mattos. 

O fato de ser Manuella, filha daquele que os poderosos tentaram calar, a liderança que levantou, reorganizou e conduziu o PT de Itambé a uma corajosa candidatura municipal carrega uma força que somente uma enorme pobreza política pode ignorar. 

A decisão da Executiva Estadual, conduzida pelos que possuem maioria no PT de Pernambuco, ocorreu sob forte protesto e voto contrário de várias lideranças e correntes internas. Suas consequências vão além da candidatura de Manuela, já que tal ato prejudica a chapa proporcional e destrói o Diretório da cidade, um dos mais mobilizados e aguerridos do estado. 

Trata-se de uma decisão de grupo, fruto de retaliação pessoal a Manuela Mattos e que sobrepôs ao cuidado com o PT a tentativa de prejudicar uma liderança jovem, que mesmo ameaçada pelo trágico assassinato de seu pai, segue fazendo política com extrema coragem e determinação. Aos que decidiram por isso, faltou zelo pelo partido, faltou grandeza política, faltou respeito à história de uma das militâncias mais históricas e lutadoras do PT. 

Repudiamos veementemente a decisão da Executiva Estadual e nos solidarizamos com a militância do PT de Itambé, composta por gente lutadora e simples, que se mantém de pé frente aos poderosos da região com muita coragem e não merece ser perseguida, atropelada e deixada de mãos vazias por parte da direção estadual. Nos solidarizamos também com Manuella Mattos, uma das principais lideranças jovens do PT em Pernambuco, que sofre absurda e inexplicável perseguição política de membros da direção estadual do PT. 

A luta de Manoel Mattos vive! A luta de uma alternativa petista, compromissada com o presidente Lula e com a trajetória histórica da classe trabalhadora da região resiste e seguirá viva, queiram ou não queiram os juízes. 

Assinam esta nota: 

Teresa Leitão – Senadora da República 

Fernando Ferro – ex-deputado federal 

Bruno Ribeiro – Advogado e ex-presidente do PT-PE 

Oscar Barreto – Dirigente Estadual do PT 

Osmar Ricardo – Vereador de Recife 

Flávia Hellen – Vereadora de Paulista

Vinicius Castelo – Vereador de Olinda 

Múcio Magalhães – ex-presidente da Câmara de Vereadores de Recife 

Patrick Campos – Direção Nacional do PT 

Manoel Moraes – Advogado e Cientista Político 

Paula Menezes – Secretária de Mulheres do PT-PE 

Adriano Costa – Secretário de Finanças do PT-PE 

Raisa Rabelo – Secretária de Formação do PT-PE

Cleyton Manoel – Secretário da JPT-PE 

Jeferson Maciel – Secretário de Meio Ambiente PT-PE

Bruna Mirelly- Executiva Estadual PT-PE 

Pedro Alcântara – Executiva Estadual PT-PE 

Dori Edson Lopes – Executiva Estadual do PT-PE 

Walter Lins – Executiva Estadual PT-PE

Paulo Vieira – Executiva Estadual PT-PE

Dalva Maria – Executiva Estadual 

Eleonora Pereira – Secretária de Direitos Humanos PT-PE 

Luiz Antônio Lulinha – presidente do PT de Olinda e dirigente estadual 

Ivete Caetano – presidente do Sintepe e Diretório Estadual do PT 

Felipe Cury – Diretório Estadual do PT-PE 

Léo Bulhoes – Diretório Estadual do PT

José Carlos – Executiva Municipal de Olinda

Messias Melo – Diretório Municipal de Recife

Brenno Almeida – Direção estadual da CUT-PE e diretório de Olinda

Vice-presidente nacional do PT, o senador Humberto Costa confirmou, nesta quinta-feira (28), a vinda do presidente Lula a Pernambuco na próxima semana. A previsão é de que o presidente chegue ao estado no próximo dia 4, quinta-feira, e participe de atividades em Arcoverde, no sertão, e em Goiana, na Mata Norte.

De acordo com Humberto, a agenda marca um novo momento para o desenvolvimento do interior de Pernambuco. Em Goiana, Lula vai inaugurar a nova fábrica para a produção de medicamentos recombinantes da Hemobrás, a partir da biotecnologia, fortalecendo a distribuição de hemoderivados aos pacientes do SUS e dando um passo importante para a autossuficiência do Brasil na fabricação deste tipo de produto. As informações são da Folha de Pernambuco.

“É um projeto que tenho muito orgulho de ter colaborado para se tornar realidade, já que foi na época em que eu era ministro da Saúde do primeiro governo Lula que trouxemos a fábrica para Pernambuco”, disse Humberto.

Recentemente, a Hemobrás reforçou os seus quadros e nomeou a médica Ana Paula Menezes para a presidência da instituição. Esta é a primeira vez que uma mulher é eleita para comandar a Hemobrás. Ana Paula, que já ocupou diversos cargos públicos, foi secretária-executiva do Ministério da Saúde, entre 2014 e 2015, durante o governo Dilma Rousseff.

Já em Arcoverde, Lula vai inaugurar a Unidade Elevatória da Adutora do Agreste, que vai beneficiar 44 municípios daquela região do estado.

“O presidente Lula, pernambucano que é, sabe a importância da água para o nosso interior, e essa agenda é uma prova disso. Foi ele que garantiu a Transposição do Rio São Francisco, que assegurou o maior programa de cisternas do nosso país e que vai agora inaugurar essa importante etapa da Adutora do Agreste. Água chegando à população é qualidade de vida e desenvolvimento para Pernambuco e para o Brasil”, afirmou o senador. 

Segundo Humberto, essa agenda é uma das promessas de campanha do governo Lula: assegurar o desenvolvimento para as mais diversas regiões do país.

“A gente viveu um tempo em que o Nordeste era discriminado, que era alvo de preconceito de quem governava o Brasil. Agora, a gente vê esse quadro mudar. Lula sabe a importância de levar investimento para todas as regiões, para o Nordeste, especialmente, e nos conduzir a um grande ciclo de crescimento sustentável”, pontuou.

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) convocou nesta quarta-feira (27) Christiano Lacerda Ghuerren como conselheiro substituto para atuar no lugar de Domingos Brazão por tempo indeterminado. Brazão está preso preventivamente pela suspeita de ter mandado assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

O conselheiro substituto tomou posse em 2018 e atua quando algum conselheiro precisa se ausentar, normalmente em caso de férias ou licença. É a segunda vez que Domingos Brazão será substituído no cargo. Em 2017, na Operação Quinto do Ouro, desdobramento da Operação Lava Jato, ele foi detido por suspeita de corrupção e fraude. Na época, mais quatro conselheiros do TCE-RJ também foram presos após delações de acusados de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. As informações são do Estadão.

Solto após uma semana, o conselheiro ficou afastado de suas funções por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas continuou recebendo salário. Ele apenas retornou ao cargo em maio de 2023, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques alegou que não havia mais motivos para o afastamento.

No último domingo (24), a Operação Murder Inc., deflagrada por Polícia Federal (PF), Procuradoria-Geral da República (PGR) e Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), prendeu Domingos, o irmão dele, deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, que era o chefe da Polícia Civil do Rio no dia em que Marielle foi executada. Os três são acusados de serem os “autores intelectuais” do assassinato.

A operação foi deflagrada dias depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o executor do crime. Também são apurados supostos crimes de organização criminosa e obstrução de justiça. Os três suspeitos negam participação.

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais 14 pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro pela prática dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O julgamento foi realizado na sessão virtual concluída em 22/3, e as penas foram fixadas em 14 anos de prisão, para 9 pessoas, em 17 anos de prisão para três, em 13 anos e 6 meses para um réu e em 14 anos e 2 meses para outro.

Até o momento, as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) resultaram em 159 condenações.

Intenção de derrubar governo

A maioria do Plenário acompanhou o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, no sentido de que, ao pedir intervenção militar, o grupo do qual eles faziam parte tinha intenção de derrubar o governo democraticamente eleito em 2022. Ele observou que, conforme argumentado pela PGR, trata-se de um crime de autoria coletiva (execução multitudinária) em que, a partir de uma ação conjunta, todos contribuíram para o resultado.

Defesas

As defesas alegaram, entre outros pontos, que as condutas dos réus não foram individualizadas, que os atos não teriam eficácia para concretizar o crime de golpe de Estado, que eles pretendiam participar de um ato pacífico e que não teria havido o contexto de crimes de autoria coletiva. 

Provas explícitas

O relator constatou que, entre as muitas provas apresentadas pela PGR, algumas são explícitas, produzidas pelos próprios envolvidos, como mensagens, fotos e vídeos publicados nas redes sociais. Há também registros internos de câmeras do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF e provas com base em vestígios de DNA encontrados nesses locais, além de depoimentos de testemunhas. Esse entendimento foi seguido pela maioria do colegiado.

Indenização

A condenação também abrange o pagamento de indenização, a título de danos morais coletivos, no valor mínimo de R$ 30 milhões. Esse valor será quitado de forma solidária por todos os condenados, independentemente do tamanho da pena.

O incêndio que atingiu um prédio em construção no bairro da Torre, na Zona Oeste do Recife, na noite de quinta-feira (28), não deixou vítimas. O Corpo de Bombeiros confirmou, já na madrugada desta sexta-feira (29), que a ocorrência não teve feridos.

No momento em que o incêndio começou, por volta das 20h05, apenas um vigilante estava no local. Ele conseguiu sair assim que percebeu as chamas.  As informações são da Folha de Pernambuco.

Moradores de seis edifícios vizinhos ao prédio atingido, que fica no cruzamento da rua Real da Torre com a rua Padre Anchieta, tiveram que ser evacuados pela Defesa Civil.

Segundo a construtora Carrilho, responsável pela construção, o edifício não corre risco de colapsar. 

A forte chuva que caiu no local ajudou os bombeiros a combater o fogo. A situação foi controlada por cerca de 50 profissionais do Corpo de Bombeiros, com o apoio de 13 viaturas.  

“Se fez a contenção, o combate foi feito. O material que tinha para ser consumido era muito pouco, madeira. Não havia possibilidade de pessoas no local de origem, no penúltimo andar”, disse o coronel Luciano Fonseca, comandante do Corpo de Bombeiros. 

Uma vistoria deve ser feita no prédio, que ficaria pronto em 2026, nesta sexta-feira. Os bombeiros também atuam para conter eventuais focos de incêndio que possam surgir.  

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná começa na próxima segunda-feira (1º) a julgar duas ações que pedem a cassação do senador Sergio Moro, ex-juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, palco principal da Operação Lava Jato.

Moro é acusado de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação em ações de investigação judicial eleitoral (AIJEs) movidas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB). As informações são do site GGN.

O julgamento da cassação de Moro deve começar às 14 horas do dia 1º de abril, atravessar a sessão do dia 3 de abril e acabar na terceira rodada, em 8 de abril. O TRE-PR decidiu abrir o sinal da transmissão do julgamento para o Youtube.

Em entrevista à CartaCapital, o advogado eleitoral Luiz Eduardo Peccinin, da Federação Brasil da Esperança, disse que a expectativa é que a primeira sessão seja dedicada à leitura do voto do relator do caso e da manifestação das partes. Nos segundo e terceiro encontros, o tribunal deve colher o voto dos demais magistrados.

Para Peccinin, o fato de o TRE-PR já ter agendado três sessões para julgar Moro, sinaliza que a corte pretende encerrar o caso. “Esse processo já se estendeu mais do que deveria. É uma sinalização boa do tribunal. Esperamos que até 8 de abril, aqui no TRE, a análise de mérito já tenha terminado.”

Por sugestão de leitores e manifestações dos mais amplos segmentos da sociedade pernambucana, a série que escrevi sobre os 22 governadores de Pernambuco vai se transformar em livro. E já tem até título: “Os Leões do Norte”. 

Destina-se especialmente às novas gerações, que provavelmente nunca ouviram falar que no século passado, quando Pernambuco se revelou num Estado pujante, economicamente e politicamente, passou a ser conhecido como O Leão do Norte.

A contribuição para estudo e conhecimento da nova geração, assim como de outras gerações ainda na ativa, com destaque para a banca acadêmica, chega por meio de um grande esforço de minha parte em apresentar uma micro biografia de 22 personalidades que contribuíram para o desenvolvimento do Estado. 

Pela ordem, Carlos de Lima Cavalcanti, Agamenon Magalhães, Etelvino Lins, Barbosa Lima Sobrinho, Cordeiro de Farias, Cid Sampaio, Miguel Arraes, Paulo Guerra, Nilo Coelho, Eraldo Gueiros, Moura Cavalcanti, Marco Maciel, José Ramos, Roberto Magalhães, Gustavo Krause, Carlos Wilson, Joaquim Francisco, Jarbas Vasconcelos, Mendonça Filho, Eduardo Campos, João Lyra Neto e Paulo Câmara. 

Vou acelerar a edição, através do selo da Editora Bagaço, que editou oito livros meus, entre eles Reféns da Seca e Histórias de Repórter, para lançar já na festa de aniversário dos 18 anos do blog, marcada para o final de abril.

Por Cláudio Soares 

Desde os dias de Geraldo Júlio [ex-prefeito do Recife], promessas vazias foram feitas, placas foram erguidas com datas fictícias de início de obras, mas nada se concretizou. Agora, sob a administração de João Campos, a situação persiste, deixando uma comunidade inteira à mercê dos problemas causados por esse canal abandonado.

Localizado estrategicamente na saída do Túnel da Abolição, o canal é uma ferida aberta na paisagem urbana, conectando áreas vitais da cidade. A falta de atenção a esse ponto fundamental resulta em uma localidade deteriorada, tomada pelo lixo e sujeira, além de ser um ímã para alagamentos e consequentes transtornos para os moradores locais.

É imperativo que o prefeito João Campos tome conhecimento e aja com urgência para resolver essa situação. A população da zona norte clama por socorro, esperando que a liderança municipal finalmente assuma a responsabilidade de transformar essa promessa negligenciada em ação concreta, trazendo alívio e renovação para uma comunidade que há muito tempo sofre com a falta de cuidado e atenção.

Entrou João Campos (PSB), e o canal segue abandonado. Um desprezo e um panorama que cabe questionar. Esse canal fica situado logo na saída do Túnel da Abolição, que passa por baixo da Avenida Caxangá, um dos principais corredores viários da cidade, e liga a Rua Real da Torre à Rua João Ivo da Silva. O local conecta as zonas Norte e Oeste da capital pernambucana. 

A população da Zona Norte e Leste aguarda uma atitude do melhor prefeito do Brasil, João Campos. 

*Advogado e jornalista