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Conselheiro da Vale renuncia e fala em “nefasta influência política”

Um dos conselheiros independentes da Vale, José Luciano Penido, renunciou ao cargo, ontem, em meio a fortes críticas contra o comando da empresa. Em carta ao presidente do Conselho de Administração da mineradora, Daniel Stieler, Penido afirma que o processo sucessório de escolha do CEO vem sendo “conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política”.

Penido foi um dos votos contrários à decisão de estender por seis meses o mandato do atual presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo. Ele também não concordou com que a escolha do novo CEO seja feita a partir de uma lista tríplice, apresentada por uma consultoria. As informações são do Metrópoles.

“No conselho se formou uma maioria cimentada por interesses específicos de alguns acionistas lá representados, por alguns com agendas bastante pessoais e por outros com evidentes conflitos de interesse”, acrescentou Penido no texto. “O processo tem sido operado por frequentes, detalhados e tendenciosos vazamentos à imprensa, em claro descompromisso com a confidencialidade.”

O conselheiro acrescentou: “Não acredito mais na honestidade de propósitos de acionistas relevantes da empresa no objetivo de elevar a governança corporativa da Vale a padrão internacional de uma corporation (empresa sem um controlador específico). Neste contexto, minha atuação como conselheiro independente se torna totalmente ineficaz, desagradável e frustrante”.

No documento, Penido observa que foi eleito para o Conselho de Administração da Vale em Assembleia Geral de Acionistas, com mandato de maio de 2023 a abril de 2025. Ele deixou o posto, portanto, mais de um ano antes do término do prazo.

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

O deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) recebeu, hoje, em seu gabinete, representantes da Associação de Cabos e Soldados (ACS-PE) e da Associação dos Praças dos Policiais e Bombeiros Militares (ASPRA-PE). Na pauta, a categoria externalizou ao deputado a preocupação com o Projeto de Lei da governadora Raquel Lyra que prevê a extinção das faixas salariais de PMs e Bombeiros até 2026, e com índices de reajuste menores que a inflação prevista para 2024, 2025 e 2026.

“Fiquei muito satisfeito ao ver a mobilização e iniciativa da categoria para se fazer cumprir uma promessa de campanha. Temo muito que se a Polícia Civil entrar de greve, a Polícia Militar e o Bombeiros também parem”, falou Feitosa, que promove, no próximo dia 20, às 11h, uma audiência pública sobre a temática, na Alepe.

“Nós vamos convocar os associados para participar da Audiência Pública, e também vamos procurar as Comissões da Alepe para reforçar a preocupação da categoria e pedir que aprovem as emendas dos parlamentares ao Projeto de Lei apresentado pelo Governo”, adiantou Luis Carlos Torres, presidente da Associação de Cabos e Soldados.

“O sentimento da categoria é de decepção.  Uma promessa de campanha de 2022 que gerou uma expectativa que agora se frustra com esse Projeto da governadora enviado à Assembleia Legislativa”, disse José Roberto, presidente da ASPRA-PE.

O Coronel Alberto Feitosa apresentou emendas ao Projeto de Lei apresentado pelo Governo pedindo a execução imediata para 30, 60 e 90 dias.

O parlamentar lembrou que a inflação de 2023 passou de 4,60% e a categoria não teve qualquer reajuste salarial e que a estimativa do IPCA para este ano é de 3,80% de inflação e de 3,51% em 2025. Enquanto isso, o Projeto de Lei que a governadora apresenta é de reajuste escalonado de: 3,50% em junho de 2024, 3,50% em junho de 2025 e 3% em junho de 2026.

Toca Jabô

A defesa do ex-assessor especial de Jair Bolsonaro (PL) e coronel da reserva do Exército, Marcelo Costa Câmara, afirmou que o militar avalia fechar delação premiada nas investigações em andamento na Polícia Federal (PF).

Câmara cumpre prisão preventiva desde a deflagração da operação Tempo da Verdade. Além da investigação pela tentativa de golpe de Estado, ele também é alvo da apuração que investiga o extravio de vendas de joias no exterior do acervo da Presidência da República, no governo Bolsonaro. As informações são da CNN Brasil.

O advogado Eduardo Kuntz afirmou à CNN que Câmara está “aberto a ouvir” propostas de colaboração. Ele só estaria no aguardo de uma nova oitiva “para que possam ser dados os esclarecimentos e falar sobre isso [delação], caso seja de interesse da autoridade policial, membros da Procuradoria [Geral da República], ou do próprio ministro [do Supremo Tribunal Federal] relator “.

Câmara foi convocado a prestar depoimento no dia 22 de fevereiro, junto com demais investigados. O advogado do militar também representa Tércio Arnaud Thomaz, também investigado.

Como estava com Tércio Arnaud, o advogado não acompanhou o cliente. A defesa já pediu no Supremo Tribunal Federal (STF) uma data para um novo depoimento, mas não houve decisão da Corte, segundo o advogado.

O argumento da defesa é que Câmara não teve direito à defesa assegurado, além de ter sido “coagido” a ficar em silêncio. Segundo a defesa, o militar tem “a intenção de colaborar com as investigações e com a correta elucidação dos fatos, respondendo a todas as perguntas possíveis”.

Na época, fontes da PF justificaram que todos foram avisados de que os depoimentos foram simultâneos e por isso, a defesa poderia ter levado um outro advogado, o que não foi feito. Logo depois desses depoimentos, a defesa chegou a dizer que a chance de delação de qualquer um dos dois investigados era “zero”.

Investigações

Coronel do Exército da reserva, segundo as investigações, Câmara tem formação nas Forças Especiais (FE) e atuou como Assessor Especial da Presidência da República de Jair Bolsonaro. Na representação policial, ele é apontado como um dos assessores mais próximos de Bolsonaro. Depois do fim do mandato, foi nomeado como assessor para acompanhar o ex-presidente aos Estados Unidos.

Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou a investigação sobre golpe de Estado, a PF apontou que o militar “era o responsável por um núcleo de inteligência não oficial do Presidente da República, atuando na coleta de informações sensíveis e estratégicas para a tomada de decisão de Jair Bolsonaro”.

Câmara também teve mensagens interceptadas com Mauro Cid que apontam que ambos trocavam informações sobre viagens do ministro Alexandre de Moraes.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Por Renato Riella*

Paulinho Pestana me demoliu por dentro. Partiu de repente neste domingo, vitimado por dengue galopante, relâmpago. Uma dengue fatal nunca vista.

Sou inabalável. Na prática, havia chorado pela última vez em 1984, quando cheguei ao local onde o famoso Mário Eugênio estava morto, com a cabeça estourada por bandidos da segurança do DF. Mas nesta segunda-feira, muito cedo, quando recebi alguns informes sobre a morte de Paulo Pestana, disse pra mim muitas vezes: “É fake! Claro que é fake!”.

Apenas quando falei com Welligton Moraes desabei…E chorei mais do que no dia de Mário Eugênio, quando tive de ficar forte para redigir a notícia na madrugada.

Sobre a morte de Paulo Pestana, não conseguia acreditar. Horas antes, passei três mensagens sobre política, que Paulinho abriu no What e leu. Já estava sentindo sintomas, mas permanecia ligado, trabalhando no domingo.

Prefiro não falar dos últimos cinco anos de trabalho, quando convivemos diariamente, apoiando o político Ibaneis Rocha na sua ascensão. Vou recuar à década de 80.

Naquela época, Paulinho foi editor do poderoso Caderno de Cultura do Correio Braziliense…e o jornal era um dos veículos mais expressivos do Brasil, maior do que a Globo em Brasília.

Paulo Pestana liderava uma equipe de missionários da Cultura, que tinha gente como Maria do Rosário Caetano (cinema) e Irlam Rocha Lima (música), entre muitos outros. Eles descobriram valores artísticos de diversas áreas, que explodiram no Brasil.

Só pra citar alguns, naquela época estavam buscando espaço em Brasília gênios como Renato Russo, Cássia Eller, Capital Inicial, etc.

A redação do Correio era chefiada irmamente por Fernando Lemos e Renato Riella. Foi a redação mais democrática do mundo.

Ronaldo Junqueira, o diretor do jornal, focado em resultados (publicidade e venda de jornal), tratava Paulinho Pestana e seu grupo com ironia.

Dizia que era a turma do “pau-e-corda”, material que compunha uma guitarra.

Mas a nossa liberdade era total. Resolvemos tirar o pessoal da Cultura do espaço comum de todas as editorias. Levamos o “pau-e-corda” para uma ampla sala fora do prédio central, onde todas as maluquices podiam ser feitas livremente.

Demos profundo apoio a todas as formas de Cultura, arrastados por Paulo Pestana, que transformou o Caderno de Cultura num jornal à parte, muito forte.

Recentemente, encontrei o poeta Nicholas Behr numa recepção de embaixada. Fomos apresentados. Ele disse: “Sei bem quem é você”.

Contou, então, que muito antes fazia poesias impressas em mimeógrafo, para vender em bares. Foi descoberto por nós, do Correio Braziliense. Nicolas me agradeceu por esse apoio no início de carreira. Pensei: “Foi coisa de Paulinho Pestana, o pau-e-corda”.

Festival de Cinema também era dominado pelo Caderno de Cultura do Correio.

Lembro da Cristina Roberto, hoje famosa dona de buffet em Brasília. Novinha, lindinha, ela nos pediu licença para vender pizza natural à noite, na redação, concorrendo com a cantina do Osmar (hoje dono também de grande buffet).

Um dia, o pessoal da Cultura nos informou que Cristina estava abrindo na Asa Norte um bar chamado Bom Demais. Autorizamos que ela tivesse amplo apoio no jornal.

E o Bom Demais virou uma extensão do Caderno de Cultura do Correio. Cássia Eller cansou de cantar por lá.

Este texto ficou grande demais. Mas fico feliz de mostrar essa fase histórica de Paulo Pestana, o “pau-e-corda” que não tocava uma nota, mas fazia harmonia.

*Jornalista

Ipojuca - Minha rua top

O partido Podemos ajuizou ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra medida provisória que revoga benefícios fiscais previstos no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).

A norma também retira a alíquota reduzida da contribuição previdenciária destinada a determinados municípios e limita a compensação de créditos decorrentes de decisões judiciais definitivas.

Na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7609, distribuída ao ministro Cristiano Zanin, o partido argumenta que a Medida Provisória (MP) 1.202/2023 não preenche os requisitos constitucionais de relevância e de urgência, necessários para a edição desse tipo de norma.

Narra que o programa foi criado em maio de 2021 para socorrer o setor cultural e de eventos prejudicado pela pandemia de covid-19, e os benefícios nele previstos deveriam atender às empresas ou atividades econômicas do setor pelo período de 60 meses.

Segundo o Podemos, as isenções tinham um prazo certo para vigorar, e as regras não poderiam ser revogadas de forma abrupta, pois impactam diretamente nos setores de cultura, entretenimento e turismo, que planejaram suas despesas com base no prazo previsto de vigência do programa.

Camaragibe Agora é Led

Em sua caminhada na busca de um terceiro mandato de prefeita na cidade de Arcoverde, a pré-candidata do Partido Socialista Brasileiro, Madalena Britto, teve nos últimos dias um encontro com jovens desportistas e de outros segmentos. Empregos, oportunidades, lazer e esportes foram os temas que marcaram a conversa articulada pelo pré-candidato a vereador Warley Amaral.

“É hora de focarmos em oportunidades, empregos, segurança, esportes e lazer para nossa cidade! Acreditamos firmemente na construção de um Ginásio Municipal que incentive os esportes e proporcione oportunidades de qualificação para os jovens, preparando-os para as demandas do mercado de trabalho”, declarou, Madalena, em suas redes sociais.

Citi Hoteis

A governadora Raquel Lyra (PSDB) sancionou, hoje, a Lei 18.497. Proposta pelas deputadas Rosa Amorim (PT) e Socorro Pimentel (UB), a legislação, que entrou em vigor imediatamente após sua publicação no DOE, institui a Política Estadual de Apoio e Incentivo às Mulheres no Esporte em Pernambuco.

A medida estabelece uma série de diretrizes e metas a serem alcançadas com o objetivo de promover a igualdade de gênero no esporte. Entre os principais objetivos da política, estão o fomento ao acesso igualitário à prática esportiva por mulheres de todas as idades e condições; o incentivo à profissionalização no esporte; a ampliação do acesso a cargos de gestão e direção técnica; e o combate à discriminação e o estímulo ao esporte feminino nas escolas.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

A Secretaria Municipal de Infraestrutura da Prefeitura de Paulista iniciou, hoje, pelo bairro de Nossa Senhora da Conceição, as ações para pavimentação das ruas Ursa Maior e Papa João Paulo I.

O serviço de pavimentação integra o Programa Acelera Paulista (PAP), idealizado pela gestão do prefeito Yves Ribeiro, e contempla também a construção de calçadas, implantação de rota de acessibilidade; plantação de grama em alguns trechos e sinalização de trânsito.

Caruaru - Geracao de emprego

O deputado Waldemar Oliveira (Avante-PE) foi eleito, hoje, por unanimidade, para presidir a Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, para um mandato de um ano. Ele assume o posto antes ocupado pelo correligionário Bruno Farias.

“Vamos tentar discutir todas as pautas importantes com responsabilidade, porque o governo, obviamente, não tem disponibilidade infinita de recursos. Não adianta aprovar um direito e vê-lo virar pó por falta de recursos”, destacou o deputado.

Belo Jardim - Patrulha noturna

O prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, acompanhou, hoje, junto com a deputada estadual Socorro Pimentel, no Palácio do Planalto, a cerimônia de anúncio da construção de mais 100 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia em todo o país, um deles em Araripina. Segundo o chefe do Executivo Municipal, a criação IF de Araripina vai gerar centenas de vagas, a maioria em cursos técnicos integrados ao ensino médio, um dos seus maiores sonhos.

“Após a cerimônia, no Palácio do Planalto, agradeci ao presidente Lula por realizar esse grande sonho meu, da deputada Socorro Pimentel e de todos os jovens que buscam um futuro melhor. Agora, mais do que nunca, podemos dizer: O IF é nosso!”, disse o prefeito Raimundo Pimentel em suas redes sociais.

Vitória Reconstrução da Praça

Por Rudolfo Lago – Correio da Manhã

As três pesquisas divulgadas na semana passada, todas apontando para uma queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de seu governo, acenderam um sinal laranja no Palácio do Planalto. Certamente, a queda registrada não é somente implicância dos institutos de pesquisa. Poderia haver um problema de viés do levantamento se fosse somente um instituto. Em três, a hipótese é mais difícil.

No governo, os diagnósticos parecem apontar o dedo para a área de comunicação. E, de fato, são identificados ali problemas. Mas seria injusto considerar que tudo se deva somente a uma eventual incapacidade do governo em fazer chegar à sociedade o que está fazendo. Há outros problemas no Lula 3 que não haviam antes.

Centro de Poder

E boa parte está relacionada ao que se batizou agora de “Centro de Poder”, que é o apelido novo para o que nos governos anteriores era chamado de “Núcleo Duro”. A comunicação está inserida. Mas aí está todo a parte do governo que está no entorno mais direto.

Curitiba

Quem acompanha o governo de perto afirma que nesse terceiro governo Lula trocou o que se chama de “Turma de São Bernardo” pelo que se chama de “Turma de Curitiba”. Nenhuma delas é exatamente oriunda das duas cidades, mas da situação de Lula em dois períodos.

Em vez de petistas históricos, entorno mais ligado à prisão

A “Turma de São Bernardo” seria aquela formada pelos petistas históricos, que acompanham Lula desde o início da história do partido, quando o atual presidente avança a partir do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. São nomes que eram fortes em governos anteriores, como José Dirceu, Antonio Palocci, Luiz Dulci ou outros que faleceram, como Luiz Gushiken. A “Turma de Curitiba” é aquela que mais fortemente deu suporte a Lula quando ele estava na prisão, na sede da Polícia Federal na capital do Paraná. E, nessa turma, há um nome que emerge mais do que os outros, porque Lula se casou com ela: a primeira-dama Janja da Silva.

Reclamações

Mas estão aí o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o secretário-geral, Marcio Macedo, e o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta. Na verdade, se há reclamações quanto à comunicação, o setor social e o político reclama dos demais ministros.

Celso Amorim

Ainda está nesse núcleo o assessor de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim. Alguém considerado com mais capacidade de incisão e influência. Isso faria Lula dar mais atenção a temas internacionais que, na prática, pouco influem internamente.

VDM

O que estaria acontecendo é que, ao contrário, do “Núcleo Duro” anterior, agora não haveria ninguém capaz de alertar Lula que entrar em determinado tema é delicado. Tais decisões estariam sendo somente dele. Falta o famoso “VDM”, o “Assessor de Vai dar M…”

Central

As ações, assim, estariam ficando mais centralizadas no próprio Lula do que o recomendável. O governo não tem um porta-voz. Então, o próprio Lula fala e assume os riscos. Tem problemas de articulação política. Então, o próprio Lula reúne-se com os políticos.

O Prefeito do Recife, João Campos (PSB), inaugurou, hoje, a Biblioteca Digital Dr. Joaquim Suassuna, no mesmo espaço onde funcionava a antiga passarela do Pina, na Av. Herculano Bandeira. A intervenção foi inspirada em uma experiência de sucesso desenvolvida no México, e recebeu investimentos de mais de R$2 milhões. O equipamento, com área de 290 metros quadrados, fará parte da Rede Compaz e oferecerá atividades com foco em cultura digital e formação de leitores. 

Por Cláudio Soares*

A saga política no grupo do prefeito em São José do Egito parece estar envolta em uma nuvem de incertezas e intrigas. O primeiro episódio desse enredo foi a recusa do vice-prefeito em ser candidato do grupo, apresentando uma justificativa que não convenceu ninguém.

Logo em seguida, Augusto Valadares, possivelmente o plano B, demonstrou uma pressa inusitada em fugir da responsabilidade, talvez assustado com possíveis traições dentro do próprio grupo político. Mesmo após sua recusa, sugeriram outros nomes como possíveis candidatos, mas estes também hesitaram em assumir o papel de liderança.

A ausência de voluntários para assumir a candidatura do prefeito levanta sérias questões sobre o estado atual da política local. Parece que algo está profundamente errado nos bastidores desse cenário político, e os motivos por trás dessa relutância em liderar merecem uma investigação mais profunda.

Na verdade, a situação política no grupo governista em São José do Egito parece estar se assemelhando a um cenário de crise, onde a falta de liderança e o desinteresse dos membros do grupo em assumir responsabilidades essenciais estão criando um ambiente de incerteza e instabilidade. 

Faço uma analogia com o Titanic afundando, já que denota uma situação em que a falta de ação pode levar a consequências desastrosas. Assim como no caso do navio, é importante que medidas urgentes sejam tomadas para evitar um desfecho catastrófico na base política do prefeito. 

O RADAR24H apurou que surgiu mais um nome para ser avaliado, o médico Hugo Rabelo. Sua trajetória profissional na medicina é um sucesso. Um jovem promissor, honesto, e que poderia ser um fato novo. Mas será que Hugo percebendo todo mundo escapando do Titanic vai aceitar esse desafio?

A possibilidade de Hugo Rabelo assumir a candidatura parece promissora, dada sua reputação de sucesso, integridade e sua conexão com o prefeito. No entanto, é compreensível que ele hesite diante da situação caótica que a cidade se encontra. Afinal, assumir uma liderança em um momento de crise pode ser desafiador e arriscado, especialmente se outros membros do grupo estão evitando a responsabilidade.

*Jornalista

O presidente do TCE, Valdecir Pascoal, marcou para a próxima terça-feira, encontro online com os prefeitos dos 184 municípios pernambucanos. Na ocasião, vai apresentar os resultados do Índice de Compromisso com a Alfabetização (ICA/TCE) e formalizar um convênio entre o TCE, Amupe, Secretaria Estadual de Educação e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

O objetivo do convênio, de acordo com Valdecir Pascoal, é enfrentar as falhas identificadas no indicador criado pelo TCE que mede o nível de alfabetização das escolas de Pernambuco, que identificou problemas de baixo desempenho na política pública de alfabetização em 85% dos municípios pernambucanos.

A partir de hoje, o jornalista Gabriel Garcia, ex-site do jornalista Cláudio Humberto, do blog do Noblat e do UOl, volta a colaborar com a Rede Nordeste de Rádio, no programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro, direto de Brasília. Hoje, Garcia é diretor de relações governamentais da União Química Farmacêutica Nacional.

A Segunda Comissão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou, hoje, a punição ao Sport Club do Recife pelo atentado ao ônibus da delegação do Fortaleza Esporte Clube. O clube foi condenado a jogar oito partidas sem torcida como mandante em competições organizadas pela CBF, além de receber uma multa no valor de R$ 80 mil.

Durante o período da punição, o Sport também não poderá contar com torcedores em jogos disputados fora de casa. Cabe recurso ao Pleno, última instância do tribunal. As informações são do O Antagonista.

Ataque ao ônibus

O incidente ocorreu em 22 de fevereiro, após o empate por 1 a 1 entre as equipes pela Copa do Nordeste. Membros de uma torcida organizada do Sport atacaram o ônibus do Fortaleza com bombas e pedras, deixando seis jogadores feridos.

Gonzalo Escobar, lateral-esquerdo do time cearense, foi atingido no rosto por um estilhaço e chegou a ficar desacordado. O jogador ainda não retornou aos gramados desde então.

Os auditores responsáveis pelo julgamento entenderam que o clube pernambucano não providenciou a segurança necessária para a realização da partida e também falhou ao não identificar e punir administrativamente os envolvidos no ataque. Além disso, consideraram que o Sport possui histórico de reincidência em casos de violência.

A denúncia feita pela procuradoria teve como base o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata sobre a responsabilidade dos clubes em garantir a segurança em suas partidas.

O que diz o Sport?

Em sua defesa, o Sport alega não ter responsabilidade sobre o ocorrido, já que o ataque ao ônibus aconteceu a cerca de 8 quilômetros da Arena Pernambuco, local do jogo. Uma bomba e pedras foram arremessadas contra o veículo, atingindo o jogador Gonzalo Escobar.

No último domingo, 10, os jogadores do Fortaleza entraram em campo pela primeira semifinal do Campeonato Cearense usando uma camisa estampada com marcas de sangue, como forma de protesto e para relembrar o atentado sofrido pela equipe.

Documentos sigilosos do inquérito da Polícia Federal sobre a suposta arapongagem ilegal no governo Jair Bolsonaro (PL) mostram que o atual diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa, foi objeto de ao menos quatro relatórios, sendo que um deles o classifica como “investigado”.

Folha de S. Paulo teve acesso a esses documentos, que estão inseridos na investigação sob relatoria do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. As decisões de Moraes tornadas públicas até agora listam apenas manifestações da PF no sentido de que a atual gestão da Abin tomou atitudes que, na visão dos investigadores, atrapalharam as apurações, mas não havia uma menção direta a Corrêa como investigado.

Moraes também não faz nenhuma citação direta ao atual diretor-geral da agência em suas decisões, se limitando a reproduzir, em alguns pontos, as afirmações da PF. A investigação tem como foco o uso do software espião FirstMile durante a gestão de Bolsonaro na Presidência da República e de Alexandre Ramagem (hoje deputado federal) na Abin.

Corrêa assumiu o comando da agência em maio de 2023 e é um antigo auxiliar de Lula, tendo sido diretor-geral da PF no primeiro mandato do petista. Em entrevista recente, o presidente da República reafirmou manter a confiança no chefe da agência de inteligência. “O companheiro que indiquei para ser diretor-geral da Abin é companheiro que foi meu diretor-geral da PF entre 2007 e 2010, é pessoa que tenho muita confiança.”

Um dos documentos a que a Folha teve acesso é um relatório da Divisão de Contrainteligência Policial datado de 3 de novembro de 2023, 14 dias depois da deflagração da primeira operação da PF no caso, que incluiu busca e apreensão na sede da Abin em Brasília.

Ele trata especificamente de Corrêa e de seu então número 2, Alessandro Moretti. Há, nos dois casos, uma “qualificação dos investigados” com fotos de ambos, a data de nomeação de cada um na Abin e informações pessoais como número de documentos e dos respectivos telefones celulares. O relatório é endereçado ao delegado da PF Daniel Carvalho Brasil Nascimento, responsável pelo inquérito.

Moretti acabou exonerado do cargo após a segunda operação da PF, de janeiro. A polícia afirma que ele teria dito, em uma reunião com servidores da Abin, que haveria fundo político nas investigações e que tudo iria passar.

O segundo documento, da Divisão de Operações de Inteligência Cibernética da PF, é datado de 11 de janeiro e trata do depoimento de Corrêa na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, ocorrida em 25 de outubro do ano passado.

“Foi identificada a apresentação realizada por Luiz Fernando Corrêa na reunião”, diz o documento da PF, que reproduz, em seguida, os slides que o chefe da Abin mostrou na reunião com os congressistas, que foi sigilosa.

O relatório, que também é direcionado ao delegado responsável pelo inquérito, lista uma nota divulgada pela Intelis (União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin) em que ela faz críticas ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Além de dizer repudiar declarações do chefe da PF no sentido de uma ação institucionalizada de arapongagem ilegal da Abin na gestão Bolsonaro, a associação afirma que maus profissionais existem em qualquer corporação, inclusive na PF, e que “o desvio de poucos não pode ser atribuído à totalidade dos servidores”.

A associação diz também que é preciso separar o que classifica como uso correto do software FirstMile, cuja contratação ocorreu com chancela da Advocacia-Geral da União, de eventual mau uso.

A Abin está no foco de investigação da PF desde março do ano passado, quando veio à tona a informação de que a gestão Bolsonaro usou o FirstMile para investigar ilegalmente adversários políticos por meio da localização geográfica de telefones celulares. O inquérito já resultou em duas operações com prisões e buscas e apreensões, uma em outubro e a mais recente em janeiro.

O terceiro documento do inquérito cujo foco é Corrêa trata de análise de material apreendido na primeira operação de busca, em outubro de 2023, entre eles agenda de anotações e um grupo de WhatsApp que mostram reuniões e diálogos entre ele e outros integrantes da agência.

Bloco de anotações apreendido com um então diretor da Abin registra reuniões de Corrêa do final de março à primeira quinzena de maio de 2023, e conclui: “Verifica-se que Luiz Fernando Corrêa participou de reuniões da diretoria da Abin antes de ser nomeado para o cargo de diretor-geral.

Lula indicou formalmente Corrêa para o cargo em 2 de março de 2023, por meio da publicação de mensagem presidencial no Diário Oficial da União. A sabatina e aprovação do nome pelo Senado, porém, só ocorreram em maio. O decreto de nomeação foi publicado pelo governo em 29 de maio.

O quarto documento é análise de um material apreendido na operação de outubro, nesse caso um telefone celular de Paulo Maurício Fortunato, então número 3 da agência. Ele lista mensagens de grupo de WhatsApp de integrantes da nova gestão da Abin, desde janeiro de 2023, época em que a decisão política para a escolha de Corrêa já havia sido tomada.

Em uma das mensagens, por exemplo, datada de 8 de fevereiro, Corrêa diz ao restante do grupo que Lula provavelmente não formalizaria ainda a indicação naquele dia. “Vamos respeitar o tempo deles. Enquanto isso, vamos adiantando a preparação das ações de início de gestão. O preço disso será, com certeza, a continuidade das nomeações. Vamos ter que suportar o desgaste de desfazer aquelas que não estiverem alinhadas com nosso modelo.”

Assim como no documento anterior, a conclusão repassada ao delegado responsável pelo inquérito é a de que Corrêa participou de reuniões da diretoria da Abin antes de ser nomeado.

Procurados, Corrêa e a PF afirmaram que não se manifestam sobre investigações em andamento. A Abin afirmou que “continua contribuindo com as investigações”. A Folha não conseguiu falar com Moretti.