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PT assina acordo com Partido Comunista de Cuba e Gleisi diz buscar meios para Brasil ajudar o país

A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, esteve em Cuba na última quinta-feira (28), onde assinou um acordo de cooperação e intercâmbio com o Partido Comunista cubano. O tratado é similar ao que a legenda assinou em setembro do ano passado com o Partido Comunista da China. O pacto visa reforçar os laços entre as duas organizações e fortalecer a troca de experiências, segundo a legenda.

A visita de Gleisi à ilha caribenha ocorreu na mesma semana em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, pela primeira vez neste mandato, um governo autoritário de esquerda. Na última quinta-feira, Lula criticou abertamente o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de quem é aliado histórico, por causa do veto do seu governo à candidatura de María Corina Machado, que saiu vencedora das primárias organizadas pela oposição. O petista disse que é “grave que a candidata não possa ter sido registrada, porque ela não foi proibida pela Justiça”. As informações são do Estadão.

A passagem de Gleisi pelo país caribenho ainda contou com um encontro com o presidente Miguel Diáz-Canel. Também participou da reunião o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). A presidente do PT escreveu nas redes sociais que transmitiu ao líder cubano o interesse de dialogar “sobre o que mais o Brasil pode fazer para ajudar Cuba, em meio ao bloqueio que está sofrendo”.

De acordo com a parlamentar, Diáz-Canel destacou “os excelentes vínculos entre as duas organizações políticas e a importância de aprofundá-las”. O presidente cubano e primeiro secretário do Partido Comunista ainda teria agradecido, segundo Gleisi, o apoio de Lula aos cubanos por meio de parcerias para fazer frente ao embargo norte-americano.

Cuba enfrenta atualmente uma das piores crises econômicas de sua história. A situação na ilha tem se agravado a tal ponto que especialistas têm traçado paralelos com o chamado período especial, quando a economia cubana passou por severa recessão provocada pela dissolução do seu principal parceiro econômico e político, a União Soviética.

Há duas semanas, centenas de cubanos foram às ruas de Santiago, uma cidade no leste do país a 800 quilômetros da capital, Havana, para protestar contra os apagões de luz e a falta de comida. O governo de Cuba culpou os Estados Unidos pela situação econômica na ilha e convocou um representante da embaixada americana para consultas no dia 18 deste mês.

Lula esteve em Cuba em setembro do ano passado para participar da cúpula do G-77 + China, que reúne países em desenvolvimento. Na ocasião, o presidente brasileiro classificou como “ilegal” o bloqueio dos Estados Unidos ao país.

“Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, disse Lula.

Em novembro do ano passado, o governo Lula se posicionou contra embargo dos norte-americanos em votação na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Os cubanos sofrem sanções do país vizinho desde o primeiro ano da Revolução Socialista por, dentre outros motivos, ter expropriado empresas norte-americanas sem indenização.

Toca Jabô

Do Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o general Richard Fernandez Nunes para o posto de chefe do Estado Maior do Exército. O militar substitui Fernando José Sant’Ana Soares e Silva. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União na quinta-feira (28), e materializa um rodízio normal nas Forças Armadas. O Estado Maior do Exército é o órgão de direção geral da corporação.

Nunes foi responsável pela escolha do delegado Rivaldo Barbosa à chefia da Polícia Civil do Rio, em 2018, um dia antes da morte da vereadora Marielle Franco. Barbosa foi preso na semana passada sob suspeita de participação no assassinato de Marielle. Ao Estadão, Nunes se disse surpreso com o suposto envolvimento do ex-chefe da Polícia no crime e afirmou que Rivaldo Barbosa tinha “uma folha de serviço prestado bastante considerável”.

O general de quatro estrelas foi secretário da Segurança Pública do Rio durante a intervenção federal no Estado, em 2018. Naquele ano, Nunes disse em entrevista ao Estadão acreditar que Marielle tinha sido morta por contrariar interesses de milicianos em negócios de grilagem na zona oeste da cidade.

Militar foi chamado de ‘melancia’

Nos meses que antecederam os atos de 8 de Janeiro, o general Nunes foi um dos integrantes do Alto Comando do Exército contrário a um golpe de Estado. Na época, ele chefiava o Comando Militar do Nordeste. Esse posicionamento lhe rendeu o apelido de “melancia” em grupos radicais bolsonaristas. Nunes e outros militares opostos ao golpismo eram chamados assim por supostamente serem verdes por fora e “vermelhos” por dentro.

Além de Nunes, Tomás Miguel Ribeiro Paiva (comandante militar do Sudeste), atual comandante do Exército, Fernando Soares e Silva (comandante militar do Sul) e André Luiz Novaes Miranda (comandante militar do Leste) eram contra a ideia de golpe.

Antes de ser nomeado à chefia do Estado Maior, Nunes comandava o Departamento de Educação e Cultura do Exército (Decex). O colunista do Estadão Marcelo Godoy mostrou que o comandante buscou aprofundar o caráter científico e tecnológico da formação dos oficiais. O objetivo era afastar soldados de ambições políticas.

Paulista - No ZAP

No dia em que o golpe militar de 1964 completa 60 anos, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino chamou a ditadura de “período abominável” e a função militar de “subalterna”.

As afirmações ocorreram em voto apresentado em plenário virtual do STF neste domingo (31). O Supremo julga uma ação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) que pede esclarecimentos sobre os limites para a atuação das Forças Armadas. As informações são da CNN.

“Este voto na ADI 6457, ora em julgamento, é proferido em data que remete a um período abominável da nossa História Constitucional: há 60 anos, à revelia das normas consagradas pela Constituição de 1946, o Estado de Direito foi destroçado pelo uso ilegítimo da força”, escreveu Dino.

O ministro afirmou que um dos “impressionantes resquícios” da ditadura está na necessidade do Supremo se pronunciar sobre os limites das Forças Armadas.

Dino comentou sobre “eventos recentes” em que pessoas chegaram a propor um poder moderador “na delirante construção teórica seria encarnado pelas Forças Armadas”.

Além de chamar os militares de subalternos, o ministro também escreveu que não existe um poder militar.

“O PODER é apenas civil, constituído por TRÊS ramos ungidos pela soberania popular, direta ou indiretamente. A tais poderes constitucionais, a função militar é subalterna, como, aliás, consta do artigo 142 da Carta Magna”, completou.

Entenda o julgamento

O julgamento que pede esclarecimentos sobre os limites para a atuação das Forças Armadas tem três votos para determinar que a Constituição não permite intervenção militar e não encoraja ruptura democrática.

Até o momento, o relator do caso, ministro Luiz Fux, foi seguido integralmente pelo presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso.

O ministro Flávio Dino acompanhou Fux com apenas uma ressalva. Ele pede que o Ministério da Defesa seja notificado para difundir a informação correta sobre os limites das Forças Armadas para os militares.

“A notificação visa expungir desinformações que alcançaram alguns membros das Forças Armadas – com efeitos práticos escassos, mas merecedores de máxima atenção pelo elevado potencial deletério à Pátria”, escreveu.

O julgamento vai até o dia 8 de abril e ocorre no plenário virtual, em que os ministros incluem o voto e não há discussão. Em caso de pedido de destaque, a análise do caso vai ao plenário físico.

Na ação, o PDT contesta três pontos de uma lei de 1999 que trata da atuação das Forças Armadas. São eles: hierarquia sob autoridade suprema do presidente da República; definição de ações para destinação das Forças conforme a Constituição; e atribuições do presidente para decidir a respeito do pedido dos demais poderes sobre o emprego das Forças Armadas.

Para o relator, a Constituição não permite uma intervenção militar constitucional e nem encoraja uma ruptura democrática.

“A Constituição proclama, logo em seu artigo 1º, que o Brasil é um Estado Democrático de Direito, no âmbito do qual todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição”, escreveu Fux.

De acordo com ministro, são esses os canais de legitimação do poder do povo. “Qualquer instituição que pretenda tomar o poder, seja qual for a intenção declarada, fora da democracia representativa ou mediante seu gradual desfazimento interno, age contra o texto e o espírito da Constituição”, completou.

Fux reforçou que a legislação não autoriza o presidente da República recorrer às Forças Armadas contra o Congresso e o STF, e que também não concede aos militares a atribuição de moderadores de eventuais conflitos entre os três poderes.

Jaboatão - Toca Jabô

O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse que, em 31 de março de 1964, a “nação salvou a si mesma”. Na data, deu-se início à ditadura no Brasil com o golpe militar, que completa 60 anos neste domingo (31).

“A história não se apaga e nem se reescreve, em 31 de março de 1964, a Nação se salvou a si mesma!”, declarou em seu perfil no X (antigo Twitter). As informações são do Poder360.

O congressista não considera o evento histórico um golpe. No ano passado, ele se referiu à data como “revolução de 31 de março” e elogiou a ditadura.

Diferentemente do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que decidiu ignorar o aniversário da ruptura democrática, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Mourão era vice, costumava comemorar a efeméride.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, durante mensagem de Páscoa, que irá pressionar a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para reduzir a fila de espera por cirurgias de quadril no SUS (Sistema Único de Saúde). Lula destacou que mais de 40 mil pessoas aguardam pelo mesmo procedimento e ressaltou a importância de agilizar o atendimento. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o presidente expressou sua preocupação com a situação e afirmou que é inaceitável que as pessoas sofram com dores enquanto aguardam na fila. 

Além da questão das cirurgias de quadril, o petista aproveitou a oportunidade para abordar outros desafios enfrentados pelo Ministério da Saúde. A ministra Nísia Trindade tem sido alvo de críticas devido a falhas no combate à dengue e na gestão da crise dos Yanomami. A pressão sobre a titular da pasta aumentou após a divulgação de imagens que mostram a precariedade de alguns hospitais federais no Rio de Janeiro, onde pacientes chegam a esperar até uma década por cirurgias. As informações são da Jovem Pan.

Diante da situação crítica nos hospitais federais, Lula demonstrou preocupação publicamente — o que chegou a chatear a ministra — e anunciou medidas para tentar solucionar o problema. Após a exibição de uma reportagem no “Fantástico”, que mostrou a situação de abandono das unidades de saúde no Rio, Nísia realizou mudanças na equipe responsável pela Atenção Especializada à Saúde. O presidente cogita decretar estado de emergência nos hospitais fluminenses para garantir uma resposta rápida e eficaz à crise.

No vídeo, Lula compartilhou sua experiência pessoal com a cirurgia de quadril que realizou no ano passado e encorajou outras pessoas que enfrentam problemas semelhantes a buscar tratamento. O presidente destacou a importância de não adiar procedimentos médicos necessários e ressaltou que, em média, 20 mil cirurgias de quadril são realizadas pelo SUS anualmente. A expectativa é de que a pressão do presidente resulte em melhorias significativas no atendimento e na redução das filas de espera por cirurgias.

Ipojuca - Minha rua top

A 367ª Festa de Nossa Senhora dos Prazeres, popularmente conhecida como Festa da Pitomba, começa neste domingo (31), e se estenderá até o dia 8 de abril, com uma extensa programação religiosa e mais de 30 atrações musicais no Monte dos Guararapes, em Jaboatão.

A abertura oficial será marcada pela Procissão da Bandeira, a partir das 16h, saindo da Igreja Matriz de Santo Antônio dos Guararapes, em Prazeres, e seguindo pela Rua Almirante Dias Fernandes, Avenida Emiliano Ribeiro, Estrada da Batalha, Rua Maria do Carmo Cruz até chegar ao Santuário de Nossa Senhora dos Prazeres, onde será realizada a Missa Campal, celebrada por Dom Paulo Jackson.

Logo após a Missa Campal, terá o show do Padre Joãozinho. Na próxima sexta-feira (5), Joanna se apresentará; no sábado (6), será a vez do Padre Damião Silva; e no domingo (7), o público poderá assistir à apresentação do Padre João Carlos.

O prefeito Mano Medeiros ressaltou a importância da Procissão da Bandeira como um momento de fé e tradição que marca o início da tão esperada Festa da Pitomba. “Essa celebração não só reforça os laços religiosos da comunidade, mas também fortalece a identidade cultural da região, reunindo pessoas de diversas origens em um momento de devoção e celebração.”

Caruaru - Geracao de emprego

Por Inácio França e Giovanna Carneiro*

As fotografias produzidas por satélites são fundamentais para que os cientistas coletem dados precisos de qualquer ponto do planeta, para reduzir os danos de tragédias naturais e são fundamentais para entender os impactos globais das mudanças climáticas. O que não aparece nas imagens feitas do espaço, contudo, é o cotidiano das pessoas e comunidades que vivem nas regiões mais atingidas pelo clima extremo.

Distantes 71 quilômetros uma da outra, uma ponte que se tornou inútil no sertão de Pernambuco e uma lagoa seca transformada em descampado de terra vermelha no norte da Bahia passam batido nas fotos dos satélites. Esses dois locais ilustram como a vida das famílias de agricultores está ficando difícil em uma das regiões mais ameaçadas pela desertificação e pelo avanço da aridez no semiárido brasileiro.

Não que a vida no distrito de Brejo do Burgo, zona rural do município baiano de Glória, tenha sido fácil um dia. No entanto, até meados da década de 2010, a Lagoa do Brejo era um manancial praticamente perene, com água suficiente para o gado. Hoje, as carcaças dos bois e vacas que morrem de sede e fome nas redondezas estão espalhadas no terreno plano, de solo rachado.

Em alguns pontos do terreno plano da lagoa desaparecida, cresce uma erva de folhas de um verde intenso, evidência de que ainda há umidade e que existe água no subsolo. A planta rasteira que nasce ali é chamada pelos moradores como “fumo bravo”. E a presença dela indica que a Lagoa do Brejo é imprestável para a agricultura.

“Esse fumo dá em solo com muita salinidade. Fora isso, não nasce mais nada aí”. Quem dá a explicação é Jorge de Melo, de 65 anos, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Glória, que mora há algumas centenas de metros da lagoa, numa das agrovilas do projeto Jusante, um reassentamento de famílias que tiveram suas terras alagadas pelo lago artificial da Usina Hidroelétrica de Itaparica. Foi ele quem acompanhou a nossa equipe no norte da Bahia.

Melo aponta que as manchas brancas pontuam o solo vermelho, quase marrom, denunciando a grande concentração de sal, e conta que, durante o inverno, a Lagoa do Brejo recebia água de dois riachos, também completamente secos há anos. “Antes, tinha os meses de chuva, hoje quando chove é pouca coisa, quase nada. Só quem produz são os agricultores que receberam da Chesf lotes irrigados ou quem tem água dos poços”, explica o sindicalista. Ele conta que, depois de ser removido da terra que seria inundada em 1988, ficou 31 anos a espera do seu lote. Só em 2019 recebeu 20 hectares, mas o projeto de irrigação nunca saiu do papel, então teve de abrir um poço para poder produzir

O distrito de Brejo do Burgo está na borda da faixa de 5,7 mil Km² que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) identificam como a primeira porção do território brasileiro com clima árido. O meteorologista Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), explica que “os estudos mais recentes constataram que áreas degradadas como essas em torno dos projetos de irrigação já contribuem para reduzir as nuvens de chuva na região”.

A ponte da BR-110

Na sala da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolândia, o entra e sai de associados é constante. Essa é a rotina na sede da entidade que representa 7 mil agricultores e agricultoras, a maioria reassentados. Enquanto o presidente Natanael Caetano da Silva, de 43 anos, atende o público, seu antecessor José Maurício Filho, de 73, vai explicando o que mudou na região desde 1999, quando Pernambuco sediou a COP-3 da Desertificação. “Só piorou”, resume Maurício.

Quando a Organização das Nações Unidas (ONU) ocupou os auditórios do Centro de Convenções de Olinda por mais de uma semana, a paisagem do riacho Barreiras, onde a Chesf implantara um projeto de irrigação, já tinha sido transformada pela erosão, com voçorocas e crateras ferindo a terra nua, sem vegetação, de cor alaranjada. Era um cenário parecido com Gilbués, no Piauí, só que em menor escala.

As voçorocas desapareceram. E, ao contrário do que parece, esse é um indicador de que o processo de desertificação se tornou mais intenso.

“Como o desmatamento aumentou, a terra ficou exposta, sem proteção. Aí, como de uns tempos pra cá só chove forte, temporal, a enxurrada vai arrastando a terra e acabou cobrindo os buracos que a erosão abriu no início. O leito do riacho quase não existe mais”, detalhou Maurício, um dos raros agricultores que continuam produzindo em meio a vários outros lotes abandonados pelos reassentados ao longo do século XXI.

É aqui que entra a ponte da BR-110, rodovia que, em Petrolândia, não é asfaltada e é mais conhecida como “Retão”, pois tem o traçado em linha reta que só acaba em Ibimirim, distante 77 quilômetros na direção nordeste.

Logo no início, o “Retão” passa sobre o riacho Barreiras. Quando ele estava cheio, era comum ver crianças e adultos dando mergulhos para tomar banho na água que corria cinco metros abaixo do vão da ponte. De tão assoreado que o riacho está, isso não existe mais. Hoje, a distância do solo para o vão é de, no máximo, 80 centímetros, mas em alguns pontos não passa de um palmo. Fomos até lá para entender melhor.

“A areia está solta, não tem raízes para segurar, então quando chove rio acima, a água das chuvas sai arrastando tudo. O riacho foi assoreando até chegar a essa situação que não tem mais leito, sem o caminho natural para a água passar. Então a água se espalha pelo solo raso, inundando e aterrando”, explica o agricultor. Os poucos agricultores do Riacho Barreiras sabem que há o risco da própria ponte e a estrada serem soterradas em poucos anos.

E isso tudo, a exemplo do que está acontecendo no reassentamento de Icó-Mandantes, no mesmo município, começou em razão do desmatamento e das técnicas inadequadas estabelecidas pela Chesf nos anos 1990.

*Jornalistas do Marco Zero

Camaragibe Agora é Led

O Papa Francisco pediu um cessar-fogo imediato em Gaza e a libertação de todos os reféns israelenses em um discurso no domingo de Páscoa que marcou o dia mais importante do calendário cristão, lamentando o sofrimento causado pelas guerras.

O pontífice presidiu a missa em uma Praça de São Pedro lotada e enfeitada com flores e, em seguida, proferiu a bênção e a mensagem “Urbi et Orbi” (para a cidade e para o mundo) do balcão central da Basílica de São Pedro. As informações são da agência Reuters

Francisco, de 87 anos, tem estado com a saúde debilitada nas últimas semanas, o que o obrigou a limitar suas falas em público em várias ocasiões e a cancelar compromissos, como fez na Sexta-Feira Santa, faltando em cima da hora a uma procissão no Coliseu de Roma.

No entanto, ele participou de outros eventos da Semana Santa que antecederam a Páscoa e apareceu relativamente bem disposto neste domingo. A Páscoa celebra o dia em que os fiéis acreditam que Jesus ressuscitou dos mortos.

Após a missa, Francisco subiu em seu papamóvel aberto para saudar a multidão na praça e na avenida que liga a Basílica de São Pedro ao Rio Tibre. O Vaticano disse que cerca de 60.000 pessoas compareceram.

“Por que toda essa morte?”

Francisco tem lamentado repetidamente a morte e a destruição na guerra de Gaza e renovou seu apelo por um cessar-fogo no domingo.

“Apelo mais uma vez para que o acesso à ajuda humanitária seja assegurado em Gaza, e peço mais uma vez a pronta libertação dos reféns capturados no último dia 7 de outubro e um cessar-fogo imediato na Faixa”, disse ele em seu discurso Urbi et Orbi.

“Quanto sofrimento vemos nos olhos das crianças, as crianças se esqueceram de sorrir nessas zonas de guerra. Com seus olhos, as crianças nos perguntam: Por quê? Por que toda essa morte? Por que toda essa destruição? A guerra é sempre um absurdo e uma derrota”, acrescentou.

A mensagem de Páscoa do papa tradicionalmente se concentra em assuntos mundiais, e ele mencionou outros pontos de conflito, incluindo Ucrânia, Síria, Líbano, Armênia e Azerbaijão, Haiti, Mianmar, Sudão, as regiões do Sahel e do Chifre da África, Congo e Moçambique.

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Um caminhão tombou no quilômetro 6, da BR-232, no Curado, Zona Oeste do Recife, às 22h deste sábado (30). Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), até o início da tarde deste domingo (31), uma faixa estava fechada e a equipe policial seguia acompanhando o destombamento do caminhão. 

A PRF aponta que o motorista que conduzia o caminhão estava sentindo dores no peito e precisou ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros para uma unidade de Saúde.

Por conta do acidente, um engarrafamento quilométrico está sendo registrado na BR-232.

Vitória Reconstrução da Praça

Em um grande ato político, sob a coordenação da deputada estadual Débora Almeida, o ex-prefeito de Sanharó, Heraldo Oliveira, se filiou ao PSDB. O evento aconteceu neste sábado (30), em São Bento do Una, e contou com as presenças do presidente estadual da legenda, Fred Loyo, e de diversas lideranças políticas do Agreste, que também foram prestar apoio ao pré-candidato a prefeito de São Bento do Una, Zé de Almeida, pai de Débora. 

Heraldo Oliveira destacou que o PSDB se apresenta como a melhor opção para os municípios, para Pernambuco e para o Brasil. “Tenho recebido vários pedidos, como o da governadora Raquel Lyra, e o apoio desse grupo que aqui está para ser candidato a prefeito de Sanharó, mas essa decisão depende do povo de Sanharó e será tomada em um momento oportuno”, acrescentou Heraldo Oliveira, que deixou o PSB.

Os moradores da Rua Ouro Verde, no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife, não aguentam mais o descaso vivido na localidade. Sem pavimentação, a realidade enfrentada por eles, todos os dias, é de buracos na rua, mato alto, amontoado de lixo e encanações quebradas.

Em dia de chuva, a situação piora ainda mais, já que a água fica sem ter para onde escoar. Silvio Romero, 64 anos, procurou o blog para denunciar a situação. Segundo o morador, faz tempo que os populares procuram a Prefeitura do Recife e a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para sanar os problemas.

No entanto, Silvio destaca que os moradores ficaram sabendo que a Rua do Ouro consta no sistema da PCR como calçada. “Eu moro aqui há dois anos, mas os moradores mais antigos, que solicitaram o calçamento da rua, afirmam que não foi possível porque na Prefeitura consta como calçada”, diz.

Além da falta de calçamento, Silvio Romero aponta que há vários canos da Compesa quebrados, ocasionando vazamentos de água na rua. 

O blog está buscando os posicionamentos da Prefeitura do Recife e da Compesa. A matéria será atualizada assim que tivermos as respostas.

O índice de eleitores que não veem chance da volta da ditadura ao Brasil é de 53%, o maior da série histórica iniciada há dez anos pelo Datafolha. Acreditam nessa possibilidade 20%, enquanto 22% acham que há um pouco de risco de retrocesso democrático.

Os achados estão na mais recente pesquisa do instituto, que ouviu 2.022 pessoas, em 147 cidades brasileiras, entre 19 e 20 de março. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. As informações são da Folha de São Paulo.

O golpe militar que ensejou pouco mais de duas décadas da mais recente ditadura brasileira completa 60 anos neste domingo (31).

O Datafolha fez a questão em sete pesquisas até aqui. Na anterior à atual, de agosto de 2022, 49% acreditavam na impossibilidade de uma nova ditadura, com 25% vendo pouco risco e os mesmos 20%, risco definitivo.

Naquele momento, ocorria a campanha eleitoral entre o então presidente Jair Bolsonaro (PL), um capitão reformado do Exército apologista do regime militar de 1964, e Lula (PT), que acabou vencendo no segundo turno. A eleição foi marcada pelos ataques bolsonaristas ao sistema eleitoral.

Agora, investigações da Polícia Federal apontam para a existência de uma trama para manter Bolsonaro no poder após a derrota, que seria consumada durante os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. O cerco sobre o ex-presidente vem se fechando a cada revelação, no que ele afirma ser uma perseguição política.

O momento na série em que os brasileiros foram mais assertivos acerca do risco da volta da ditadura foi em outubro de 2018, quando Bolsonaro foi eleito presidente. Naquele momento, 31% disseram sim à questão, enquanto 42% descartavam a possibilidade e 19% viam pouco risco.

Questionados agora, aqueles 30% dos entrevistados que se dizem muito ou um pouco bolsonaristas acreditam mais numa volta da ditadura. Para 32%, o risco existe, enquanto 45% dizem que não. Outros 22% acham que há poucas chances.

Já os 41% de autodeclarados petistas ou simpatizantes são mais céticos: 59% não acreditam na volta do totalitarismo, 24% veem alguma chance e 13%, totais condições para tal.

Aqueles 21% de neutros da amostra vão na mesma linha, com 55% de descrentes no risco, 24% vendo alguma chance e 15%, nenhuma possibilidade.

Por Sérgio Fausto*

A nota em que o PT felicita Vladimir Putin pela sua vitoriosa reeleição à presidência da Rússia é uma das mais infames da história do partido. O texto é efusivo. Mostra contentamento com o “feito histórico”, ressalta o “expressivo resultado” e termina com “calorosas saudações”. Desconheceriam os dirigentes do PT as condições de coerção em que se realizaram as eleições russas, a brutalidade repressiva sobre a oposição, os assassinatos e prisões de opositores e jornalistas independentes? Esqueceram-se de que o partido nasceu na luta contra a ditadura militar no Brasil, quando muitos dos que viriam a criá-lo sofreram arbitrariedades semelhantes?

Infame do ponto de vista moral, a nota é politicamente inepta. O PT colhe simpatia e votos entre setores da sociedade civil engajados em causas que a Rússia criminaliza. A lei russa prevê pena de prisão para quem exibir símbolos do movimento LGBTQIA+. Para Putin, a igualdade de gêneros destrói os valores da família tradicional. A aliança entre o Kremlin e a Igreja Ortodoxa russa lembra os tempos do czarismo.

Além de afrontar parte significativa do eleitorado simpático ao partido, a infame nota afasta eleitores de centro que votaram em Lula nas eleições presidenciais passadas. Desconheceriam os dirigentes do PT que esses eleitores foram decisivos para que o atual presidente derrotasse Bolsonaro numa eleição decidida por margem ínfima de votos? Suporiam que o conjunto da obra do partido no apoio a ditaduras amigas não terá peso em eleições futuras? Não se dariam conta de que o apoio a Putin reforça a paranoia, fomentada pela extrema direita, de que o PT na verdade quer implantar o comunismo no País? Não importa que Putin seja hoje um ídolo da direita reacionária. No mundo da pós-verdade e das fake news, a Rússia continua a ser vermelha como a União Soviética.

A nota infame é mais um sintoma de um partido com a bússola moral e política avariada, incapaz de autocrítica, intelectualmente esterilizado, pronto a seguir e ecoar o que seu líder máximo disser. Vista dessa perspectiva, a nota não discrepa da linha dominante da política externa do atual governo, em especial quando o presidente Lula a manifesta de forma espontânea, à margem do cuidado profissional do Itamaraty.

Nem sempre foi assim. Para comprová-lo, basta visitar o site da Fundação Perseu Abramo, ligada ao partido, que guarda uma longa série da revista Teoria e Debate. Entre os anos finais da década de 1980 e o início da década seguinte, intelectuais e dirigentes partidários discutiram as causas e possíveis consequências do fim do socialismo real com honestidade intelectual, sem medo do dissenso. Nas páginas da revista, não faltam críticas à “experiência socialista” na União Soviética e na China.

Ao nascer, em 1980, o PT introduziu uma nota dissonante e promissora no campo da esquerda brasileira. Tomou distância das pátrias-mães do socialismo real e ganhou maior autonomia de pensamento. Partiu em busca de um socialismo novo, que incorporasse a democracia e desse lugar a cooperativas e pequenas e médias propriedades privadas. A procura pelo novo tropeçou em muitos obstáculos. O partido não queria abdicar do socialismo e rejeitava assumir uma identidade social-democrata, por não aceitar reformas liberais que a social-democracia europeia passava a incorporar em sua agenda. Dilema difícil para um partido de esquerda, ainda em construção: como atualizar-se sem perder a identidade? O PT o resolveu apenas parcialmente. De todo modo, apesar do inconcluso debate sobre o socialismo, o partido abraçou a democracia representativa e ajudou a reerguê-la no Brasil em bases sociais e políticas mais inclusivas.

O dilema mal resolvido, porém, não desapareceu. Ressurgiu com uma visível atração pelo capitalismo de Estado na China e simpática ambivalência pela Rússia de Putin, países onde a democracia e os direitos humanos não têm vez. Detalhe menor diante do que realmente importaria: a contraposição ao imperialismo americano, a mesma justificativa para apoiar ditaduras amigas na América Latina.

Salta aos olhos a esquizofrenia entre o que o partido prega e pratica no Brasil e as posições que defende no âmbito internacional. Aqui, a força das instituições democráticas, em geral, e a lógica eleitoral, em particular, levaram o PT a moderar sua agenda. O partido abandonou na prática qualquer aspiração socialista, como ocorreu com todos os partidos social-democratas europeus, mas sem levar às últimas consequências a incorporação da democracia como valor universal. Interrompido o debate interno, velhas ideias autoritárias encontraram seu lugar na face externa do partido.

Fosse o PT irrelevante, a esquizofrenia seria um assunto interno do partido. Não sendo, o tema é de interesse nacional, sobretudo quando o partido tem a Presidência da República e influência na política externa do País. Esta deve ser realista, mas não pode ser antagônica aos princípios e valores que defendemos como nação democrática.

*Diretor-geral da Fundação FHC e membro do Gacint-USP

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) está prestes a julgar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por abuso de poder econômico, uso de caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social durante a pré-campanha eleitoral de 2022. A decisão pode resultar na cassação do mandato do senador, que enfrenta duas ações que questionam sua conduta durante a campanha. 

As ações em questão pedem não apenas a cassação do mandato de Moro, mas também a sua inelegibilidade por oito anos. Caso seja condenado, o senador ainda terá a possibilidade de recorrer da decisão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O julgamento começa nesta segunda-feira (1º). As informações são da Jovem Pan.

A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu um parecer favorável à cassação do senador em dezembro do ano passado, alegando que o uso excessivo de recursos financeiros comprometeu a lisura e a legitimidade do pleito eleitoral. O julgamento, que sofreu adiamentos, foi remarcado após a escolha de um novo jurista para a vaga deixada por Thiago Paiva. 

A defesa de Sergio Moro refuta as alegações, argumentando que não houve gastos excessivos e que as despesas realizadas em determinado período não deveriam ser consideradas, uma vez que o pré-candidato tinha aspirações políticas diferentes na época. A expectativa é de que o resultado do julgamento seja conhecido até o dia 8 de abril.

A construtora Carrilho, responsável pelo edifício Botanik Torre Flora, que está em construção no bairro da Torre, na Zona Oeste do Recife, atingido por um forte incêndio na noite de quinta-feira (28), buscou, no dia seguinte ao ocorrido, tranquilizar moradores do entorno e também os seus clientes, em especial aqueles que já compraram imóveis do empreendimento, quanto a volta da normalidade e afirmou que a obra não tem risco de desabamento.

O incêndio chamou a atenção da população e ainda não teve a possível causa informada pelos responsáveis pela análise. Ninguém ficou ferido por conta dele. As informações são da Folha de Pernambuco.

Em nota divulgada na sexta-feira (29), a construtora destacou que uma de suas equipes técnicas, conjuntamente com especialistas em obras e segurança na construção civil – a cargo das empresas Tecomat e  Engest -, além da Defesa Civil do Recife, realizaram uma vistoria no empreendimento e “patentearam a integridade da obra e a não existência de risco de desabamento ou alguma complicação na estrutura”.

Segundo a empresa, o prédio em construção segue com a previsão de entrega mantida para janeiro de 2026. 

Medidas

“A empresa informa ainda que honrará com os prazos contratuais de entrega da obra e reforça o seu compromisso com a excelência dos seus serviços”, salientou a Carrilho.

Além disso, a construtora pontuou que, por recomendação dos órgãos responsáveis, está retirando as bandejas de proteção dos andares superiores para que a normalidade do entorno seja estabelecida.

“Registra, por oportuno, haver preservado o estado de coisas visando propiciar vistoria pelo Instituto de Criminalística (IC), com a brevidade que o caso reclama, de modo a que restem identificadas as causas do incêndio”, acrescentou a construtora. A Carrilho também reforçou que está mantendo contato direto com os seus clientes para sanar dúvidas sobre o incidente.

Vistoria técnica

Como explicado na nota, uma comitiva com membros da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e engenheiros da Carrilho realizou uma vistoria técnica no prédio na manhã de sexta-feira. O trabalho dos órgãos responsáveis começou por volta das 8h e analisou as questões relativas a possíveis riscos que tenham surgido por causa do forte incêndio.

“A gente está verificando a parte estrutural com o pessoal da empresa responsável pela construção do prédio. Depois da avaliação, vamos sentar com todos os responsáveis para dar seu olhar clínico para tentar restabelecer a normalidade o mais rápido possível”, disse o secretário executivo de Defesa Civil do Recife, coronel Cássio Sinomar.

No final da tarde de sexta, a Carrilho emitiu uma nota afirmando que em menos de 24 horas após o incidente, todo o entorno do empreendimento tinha sido liberado pela Defesa Civil. “A construtora atendeu a todas as orientações das autoridades competentes visando restabelecer a normalidade no entorno do edifício”, reiterou.

Energia elétrica

Ainda no final da manhã da sexta-feira também, a Neoenergia Pernambuco restabeleceu o fornecimento de energia elétrica no entorno do prédio atingido pelo incêndio. Apenas o empreendimento Botanik Torre Flora permaneceu com a rede desligada.

“A Neoenergia Pernambuco informa que, após liberação do Corpo de Bombeiros, promoveu a normalização do fornecimento de energia elétrica nas imediações do edifício em construção que sofreu um incêndio, na quinta-feira à noite, no bairro da Torre, no Recife. Apenas o próprio prédio onde ocorreu o acidente permanece desligado”, disse a empresa em nota.

O fornecimento de energia foi suspenso logo após o início do incêndio pela própria distribuidora para evitar que os destroços que caíram do prédio e as faíscas geradas pelo fogo não causassem maiores prejuízos à rede elétrica e aos moradores das proximidades.

Por Gonzaga Patriota*

O golpe militar de 31 de março de 1964 completa, hoje, 60 anos. Muitos políticos aproveitam a data para relembrar a época. Um desses políticos sou eu que, na época, mesmo antes da maior idade, 18 anos, já funcionário público federal, telegrafista da Rede Ferroviária Federal e, depois, como contador, advogado e parlamentar, ajudei no combate ao golpe e no retorno da democracia.

Hoje, 60 anos depois desse terrível golpe, é preciso que todos os Patriotas relembrem os fatos do passado, como uma forma de evitar que eles voltem a acontecer no futuro, como poderia ter ocorrido no dia 08 de janeiro de 2023, se não fosse o “não querer” das Forças Armadas e as ações dos Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Um dos fatores positivos do Golpe de 64 foi a marca na história do país para que ninguém esqueça e isso nunca mais aconteça. Não estamos comemorando, mas relembrando o que fizeram, por exemplo, com o histórico político e amigo, Miguel Arraes de Alencar e tantos outros que lutaram e lutam por um Brasil democrático.

Outras coisas ruins para o Brasil e para os brasileiros foram: a censura à imprensa, a intervenção nos sindicatos e organizações estudantis e, principalmente, a corrupção. Naquela época, os corruptos agiam livremente, já que ninguém podia denunciar. 

Defendi, na ditadura, como cidadão, servidor público, sindicalista e parlamentar, juntamente com Lula, Marcos Freire, Jarbas Vasconcelos e tantos outros patriotas, os valores da democracia, destacando a importância de uma nova Constituição Federal, que ajudei a instituí-la, como Constituinte, em 1988.

O grande pacto político contra a ditadura culminou com a Constituição de 1988. Este pacto estava cravado sobre duas prioridades: a democracia e a diminuição das desigualdades sociais. A Constituição Federal de 1988 é a mais democrática que o Brasil já teve, tanto pela participação popular, quanto por seu conteúdo. A participação direta do povo, na elaboração desta Carta Magna, marcou seu caráter cidadão.

*Advogado e ex-deputado federal

Do Diário do Nordeste

O irlandês Richard Morgan tem 93 anos, mas seu organismo se assemelha a um homem de 30 anos. Com 80% de músculos e apenas 15% de gordura corporal, o idoso passou a ser estudado por pesquisadores na tentativa de desvendar os segredos da longevidade.

O regime de treino, a dieta e os hábitos gerais de saúde de Morgan foram descritos no Journal of Applied Physiology. Um fato chama atenção: ele nunca praticou exercícios físicos quando jovem, um dos requisitos para manter a boa forma.

Na verdade, a rotina fitness do ex-fabricante de baterias e padeiro só começou aos 73 anos. O primeiro hábito adotado por ele é o treino contínuo. São pelo menos 40 minutos de exercícios todos os dias. Em 20 anos, ele já remou o equivalente a quase 10 voltas completas ao redor do mundo e venceu quatro campeonatos mundiais de remo.

Richard começa o dia com uma remada de 30 quilômetros, segue para a musculação para melhorar a força e combina outros treinos de alta e baixa intensidade.

Treinos e dieta

O segundo hábito para se manter jovem é essa alternância de treinos, compostos por diferentes intensidades, que ajudam a melhorar a resistência. Segundo o New York Post, cerca de 70% dos treinos realizados por Morgan são fáceis, 20% são descritos como “difíceis, mas toleráveis”, e apenas 10% exigem esforço máximo.

O terceiro hábito é a musculação, incluindo o uso de halteres e flexões duas ou três vezes por semana. O quarto e último ponto para permanecer saudável nessa fase da vida, segundo Morgan, é seguir uma dieta rica em proteínas, nutriente essencial para quem busca construir massa muscular.

As atividades cardíaca, pulmonar e muscular de Richard foram avaliadas por pesquisadores da Universidade de Limerick, enquanto ele remava. Os detalhes publicados no Journal of Applied Physiology mostram que seu pulso atingiu pico de 153 batimentos por minuto, ultrapassando a frequência cardíaca máxima prevista para sua idade e ficando entre os mais altos registros para indivíduos na faixa dos 90 anos, “indicando um coração muito forte”.

O caso de Richard reitera outros estudos sobre a importância da atividade física para uma boa qualidade de vida. Um estudo de 2022, publicado na revista Circulation, concluiu que indivíduos que participaram de atividades físicas entre 75 e 149 minutos por semana tinham um risco 19% menor de morte por qualquer causa. Pessoas que treinaram entre 150 e 299 minutos por semana apresentaram risco até 23% menor.