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Corte do Paraná reserva três sessões para julgamento de Moro

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná começou a julga nesta segunda-feira, 1º, as ações que atribuem abuso de poder econômico e caixa 2 ao senador Sérgio Moro (União-PR). Os processos foram movidos pelo PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e podem resultar na inelegibilidade do ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça.

A Corte Regional reservou três sessões para o julgamento, que pode tomar ainda os dias 3 e 8 de abril. A previsão é a que a decisão do TRE saia no dia 8. Além disso, a Corte estima que, em caso de eventual recurso ao Tribunal Superior Eleitoral, as ações lá aportem em maio. As informações são do Blog do Fausto Macedo, do Estadão.

O Tribunal Regional Eleitoral entendeu que é necessário quórum completo para analisar o caso, em razão de se tratar de um processo que pode resultar em perda de mandato. Assim, o presidente, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, também vai votar no julgamento, sendo que, normalmente, ele só se manifesta em caso de empate.

O julgamento teve início com as sustentações orais da parte: primeiro as manifestações dos autores das ações (PT e PL) e da Procuradoria Regional Eleitoral e depois da defesa de Moro. Em seguida, o relator do caso Luciano Carrasco Falavinha, vai ler seu voto sobre o caso, dando o parecer a favor ou contra a condenação de Moro. Terá início então o momento de debates e de votação dos demais desembargadores do TRE-PR.

PL fala em ‘precedente necessário’; PT diz que ‘pré-campanha não é terra sem lei

O advogado Bruno Cristaldi, que representa o PL na ação, apontou que o total de gastos da campanha de Moro, calculada pela legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, totalizou R$ 5,5 milhões – o correspondente a 300% do limite que seria permitido de 30% do que seria a despesa, em média, de um candidato. O advogado deu ênfase a valores não computados pelo Ministério Público quando do cálculo do valor de campanha do senador, citando por exemplo a contratação de uma pesquisa sobre o apoio de evangélicos ao ex-pré-candidato à Presidência.

Cristaldi rebateu a alegação de que o julgamento pode estabelecer um ‘precedente perigoso’. “Precedente perigoso é pra quem pensava em burlar a lei ou institucionalizar esse caminho de se lançar uma candidatura inicialmente com teto de gastos extremamente maior e depois registrar a candidatura num menor e usufruir de um limite de gastos 20 vezes maior de pré-campanha. Se esse é o precedente que está a lançar quando se está a tratar de downgrade de candidatura, ele é necessário não perigoso”, anotou.

Tanto Cristaldi como Luiz Eduardo Peccinin, que representa o PT na ação contra Moro, citaram o julgamento que culminou na cassação da senadora Selma Arruda. O advogado do PL destacou como tal caso contribui com ‘experiência’ e ‘parâmetros com segurança da jurisprudência’ para orientar a análise do caso de Moro. Peccinin ressaltou que o caso de Moro é similar ao de Selma e talvez seja ‘pior’, considerando o volume de dinheiro envolvido, ‘muito maior’.

Segundo o advogado do PT, Moro e seus suplentes ‘se não tinham intenção clara de abusar, assumiram totalmente os riscos’ de fazê-lo. Peccinin citou documentos que constam nos autos do processo, como um e-mail em que o União Brasil alertou sobre o excesso de gastos na pré-campanha, e deu ênfase a um ‘parecer suicida’, assinado pelo 1º suplente de Moro, sobre os limites da pré-campanha.

“Espero que a corte não legitime essa manobra contábil feita as claras e a luz do dia para propósitos claríssimos nos autos. Espero que não tenha que falar que pré-campanha é terra sem lei, porque não é. Temos uma lei muito clara sobre limite de gastos e jurisprudência bem solida sobre queimar a largada numa disputa eleitoral. Me preocupo se isso daqui for legitimado, porque já estamos em pré-campanha”, anotou.

‘Esquizofrenia absoluta’, alega defesa de Moro

O advogado Gustavo Guedes argumentou a ‘esquizofrenia absoluta’ das ações contra Moro, desde o dia 1 do processo. Sustentou que o PL e o PT apresentaram valores diferentes de suposto abuso do senador. Destacou que o ex-juiz ‘foi traído pelo Podemos’. “Não há lei que regule pré-campanha no Brasil, essa história de que o valor da pré-campanha é o valor que se pode ter antes é mentira. Não tem como prestar conta de pré-campanha. Nem o Moro e nem ninguém que prestar conta, nem o Janones, nem Eduardo Leite”, frisou.

Após as manifestações, se dará um dos principais momentos do julgamento, a leitura do voto do relator, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha. Os demais integrantes da Corte regional poderão então debater os tópicos sensíveis do caso e apresentarem seus votos. Segundo o TRE-PR, os desembargadores não tiveram acesso ao voto dos demais.

Segundo Guedes, Moro ‘definitivamente não’ se elegeu no Paraná por uma pré-campanha ‘mais robusta’. O advogado ainda defendeu que o caso Selma Arruda ‘não guarda nenhuma relação’ com o caso do ex-juiz da Lava Jato, considerando que o pivô da cassação da parlamentar era um recurso privado de seu primeiro suplente.

O advogado de Moro sustenta que, até este julgamento sobre o caso do senador ‘não há critério no Brasil sobre pré-campanha’. Guedes diz que, até agora, ‘não há parâmetro confiável’ sobre o tema. “Nada há de ilegal. Moro não se elegeu por conta de uma pré-campanha, se elegeu porque o paranaense assim queria elegê-lo por conta de todo o histórico do combate a corrupção e assim foi feito”, frisou.

O advogado Cassio Prudente, que também representa Moro, tomou a tribuna para tratar das diferenças entre o caso Selma Arruda, de caixa 2, e o de Moro, de suposto abuso de poder econômico. Segundo ele, no caso da ex-senadora lhe foi imputado uma ‘circunstância específica de gastos típicos de pré-campanha’.

“Aqui tudo foi feito as claras. Prestado contas à justiça eleitoral. Não há alegação da ilicitude da destinação de gastos”, indicou. Não há argumento sólido sobre caixa 2. Não há nada comprovado sobre ‘triangularização’ de recursos. A tese de antecipação de gastos (nesse caso) é frágil”, seguiu.

Prudente reforçou a tese de que não há critério para avaliar pré-candidatura e defendeu que, ao analisar se a pré-candidatura de Moro foi exorbitante ou não, estabelecerá novos critérios, que o ‘legislador falhou em regulamentar’. Nessa linha, segundo o advogado, a Corte até pode estabelecer balizas sobre o tema, mas para candidaturas futuras.

Procuradoria reforça pedido de cassação

A Procuradoria Regional Eleitoral já havia defendido a condenação de Moro. Para o órgão, os gastos na pré-campanha de Moro excederam o limite razoável. O parecer lista despesas com viagens, coletivas de imprensa, assessoria de comunicação, serviços de advocacia e locação de veículos, entre outros.

Em manifestação no julgamento desta segunda, 1, o procurador regional eleitoral Marcelo Godoy reforçou que a autorização para despesas de pré-campanha ‘não pode implicar em carta branca para o emprego irrestrito de recursos financeiro para a promoção pessoal e de eventual pré-candidatura. Segundo ele, não faltam indicações do TSE quanto a necessidade de ‘modicidade’ das despesas de pré-campanha.

O procurador também lembrou que o Ministério Público não acolhe fundamentos do PT e do PL quanto a outros pedidos, referentes a supostos gastos ilícitos, corrupção e uso indevido dos meios de comunicação, ‘por não ter encontrado respaldo na prova dos autos’.

Segundo Godoy, não é necessário que as despesas sejam ilícitas, ‘mas fala-se da aplicação de recursos que podem levar a um de nível do pleito, com impulsionamento da imagem do pré-candidato’.

Tramitação

Caso haja algum pedido de vista, o processo será incluído na pauta da sessão seguinte. O processo ainda poderá ser debatido pelo Tribunal Superior Eleitoral, em grau de recurso.

As ações em pauta no TRE do Paraná também têm como alvo os suplentes de Moro, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra. A defesa da chapa nega todas as imputações.

Em dezembro, o senador prestou depoimento sobre as acusações de abuso econômico e caixa 2 nas eleições 2022. Na ocasião, negou irregularidades e se recusou a responder às perguntas formuladas pelas partes, entre elas o PT.

Moro também está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, investiga se Moro usou a magistratura com fins político-partidários e cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Operação Lava Jato.

O que o PL imputa ao ex-ministro de Bolsonaro?

Na ação em tramitação no TRE, o PL sustenta que a pré-campanha de Moro foi ‘irregular’ e causou ‘desequilíbrio eleitoral’, desde o momento em que o senador divulgou sua filiação ao Podemos e a pré-candidatura ao cargo de presidente da República, até ele ser eleito pelo União Brasil ao Senado pelo Paraná.

“Os investigados orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paraná”, argumentou o partido.

O que o PT imputa ao algoz de Lula na Lava Jato?

Já o partido de Lula aponta indícios de que Moro usou ‘recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, além de outras movimentações financeiras suspeitas, para construção e projeção de sua imagem enquanto pré-candidato de um cargo eletivo no pleito de 2022, independentemente do cargo em disputa’.

“Há diversos indicativos de que em conluio, os investigados realizaram triangulação de valores do fundo partidário e do fundo eleitoral também entre os dois partidos políticos pelo qual o ex-juiz foi pré-candidato, praticando inúmeras ilicitudes que afrontam expressamente as normas eleitorais, além de poderem configurar ilícitos comuns, a serem apurados pelos órgãos competentes”, sustentou o PT.

O processo movido pelo PT imputa a Moro captação ilícita de recursos, abuso de poder econômico, apropriação de recursos ou valores destinados ao financiamento eleitoral e possíveis crimes de caixa 2 e lavagem de recursos públicos.

Toca Jabô

A procuradoria de Justiça da Alepe não acatou a solicitação do líder da bancada do União Brasil, deputado Romero Sales Filho, para que Socorro Pimentel substitua Romero Albuquerque na vice-presidência da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ).

No entendimento da procuradoria da Alepe, a troca é impossível, uma vez que de acordo com as regras da CCLJ, Romero Albuquerque foi eleito para cumprir um mandato de dois anos como vice-presidente, portanto, não pode ser substituído.

A tentativa de troca foi uma manobra da base aliada ao Governo do Estado para garantir mais um voto favorável ao projeto do Executivo Estadual que extingue as faixas salariais dos policiais militares e bombeiros de forma escalonada, até o ano de 2026. A votação das emendas feitas ao projeto volta à pauta da Comissão amanhã, após ter sido retirado de pauta, pela deputada Débora Almeida (PSDB), semana passada.

Paulista - No ZAP

Movimento Econômico 

Mais um negócio em torno da economia verde está prestes a se concretizar em dois estados do Nordeste. O Grupo EQM e a ZEG Biogás, o braço empresarial de biogás e biometano da Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) se unem para produzir biometano de alta pureza em Alagoas e Pernambuco. O Memorando de Entendimento (MOU) já está assinado e nos próximos dias o contrato será celebrado entre as partes.

As duas novas unidades produtoras de biometano ficarão localizadas nas propriedades do Grupo EQM: Usina Utinga, em Alagoas, e na Usina Cucau, em Pernambuco – onde o projeto é pioneiro. Os investimentos são superiores a R$ 90 milhões. A capacidade somada de produção, apenas nesta primeira fase de implantação, é superior a 5,6 milhões de metros cúbicos de biometano anualmente.

Enquanto o Grupo EQM disponibilizará áreas para as instalações físicas das unidades e será o fornecedor toda matéria-prima necessária para a produção do biogás, a ZEG será responsável por toda a solução tecnológica para geração do biogás e pela purificação do biocombustível padrão ANP.

A ZEG também será responsável por comercializar com exclusividade todo o biometano produzido nas duas unidades aos seus clientes, sejam eles industriais ou frotistas, que busquem substituir o óleo diesel em seus veículos. A integralização do investimento será feita no curso da implantação com participação igualitária.

Sustentabilidade

Com as novas operações, o grupo pernambucano, liderado pelo empresário Eduardo de Queiroz Monteiro avança em sua política de sustentabilidade, na medida em que utilizará o combustível verde, o que reduzirá significativamente suas emissões de gases do efeito estufa por sua frota, gerando valor em sua cadeia de produção.

“Vamos usar o biometano produzido para reduzir significativamente as emissões de gases do efeito estufa no nosso negócio, tornando assim as nossas atividades ainda mais sustentáveis e alinhadas a agenda ESG global, gerando valor para toda a cadeia de produção”, disse Eduardo Monteiro.

Segundo ele, o MOU objetivou viabilizar a realização dos estudos finais, elaboração do projeto executivo e obtenção de licenças de instalação para cada uma das unidades de produção a serem construídas.

“Este é mais um importante passo para a ZEG Biogás, pois permite a expansão da produção do biometano em mais dois estados do Nordeste”, comenta Eduardo Acquaviva, CEO da ZEG Biogás. “Em pouco menos de seis meses pudemos idealizar e colocar em prática a criação de um “hub” local de geração deste biocombustível, e já no próximo semestre daremos início às obras”, completa.

De acordo com Acquaviva, a tecnologia a ser aplicada neste projeto é modular, e permitirá futuras expansões, conforme consolidação do mercado de biometano no Brasil. Os equipamentos utilizados são desenvolvidos pela ZEG Biogás e as respectivas parcerias estratégicas para tropicalização de equipamentos no Brasil, possibilitando rápida instalação e operação de unidades mesmo em locais onde a empresa não tenha atuação direta.

O que é biometano?

Biometano é um produto derivado da purificação do biogás. Este, por sua vez, é o gás retirado do processo de decomposição anaeróbica (na ausência de oxigênio) de resíduos orgânicos como lixo, esgoto urbano, agricultura, pecuária, suinocultura e gado leiteiro. No caso das usinas virá da cana-de-açúcar.

O biogás tem em sua composição a presença principal do metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), variando entre 50% e 70% do total, e, em menores quantidades, aparecem o gás sulfídrico (H2S), a umidade (H2O) e outros gases, como o nitrogênio (N2).

É por via de um processo de upgrading do biogás, com a purificação e separação do metano e do dióxido de carbono que é produzido o biometano.  O metano é um substituto direto do gás natural, e além de poder ser usado como um combustível para transporte (GNV), ainda tem aplicabilidade na indústria, residências e na produção de fertilizantes nitrogenados.

Grupo EQM

O Grupo EQM está inserido no setor sucroenergético, com larga tradição através de suas unidades a Usina Utinga, em Alagoas, e a Usina Cucau, em Pernambuco, focados na produção de açúcar, de etanol e de energia elétrica, além de diversos subprodutos da cana-de-açúcar, inclusive a vinhaça que será utilizada como matéria prima primordial para a produção de biometano, mantendo-se posteriormente suas características como fertilizante de excelente qualidade, dentro de seu programa de avançar na sustentabilidade.

A ZEG Biogás, por sua vez, oferece soluções inovadoras e exclusivas para geração de biogás e a purificação do biometano para indústrias, agronegócios, frotas e municípios, que desejam reduzir os impactos negativos causados pelo uso de combustíveis fósseis, sem perder a competitividade. Seu plano estratégico prevê R$2 bilhões em investimentos num período de até cinco anos para produção e distribuição do biometano a seus clientes.

A ZEG Biogás é uma empresa que integra a plataforma de soluções de descarbonização da Vibra Energia e é listada n B3 (VBR3). A empresa detém 50% de seu capital social, junto com as empresas FSL (25%) e Capital Energia (25%).

Jaboatão - Toca Jabô

Devido ao sucesso do “Curso de utilização e personalização do ChatGPT e sistemas de IA por profissionais do Direito”, o Instituto dos Magistrados do Nordeste decidiu abrir uma nova turma. O curso, realizado em parceria com o instituto Projurista, tem início hoje e vai até o dia 13.

O curso é projetado para profissionais do Direito que desejam aprimorar suas habilidades em escrita jurídica e personalização de ferramentas de inteligência artificial, com foco no uso do ChatGPT. O programa abrange desde a introdução ao ChatGPT e suas funcionalidades até técnicas avançadas de personalização e aplicação prática no contexto jurídico. As inscrições para a 2ª. turma ainda estão abertas

Mais informações pelo tel. (81) 3877-6523, (81) 9.9211-0602 (WhatsApp), no site www.imn.org.br ou pelo e-mail: [email protected]

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Hoje, o prefeito de Petrolândia, Fabiano Marques, ao lado do vice-prefeito, Rogério Novaes, divulgou um vídeo em sua conta oficial do Instagram, destacando o progresso das obras de asfaltamento da estrada do Cinturão Verde, localizada na Zona Rural do município. Na legenda, Fabiano ressalta. “O trabalho não para. É a força do desenvolvimento para nossa cidade e mais qualidade de vida para quem mais precisa. E vem muito mais por aí!”, afirmou o gestor.

Ipojuca - Minha rua top

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná julga, neste momento, duas ações que pedem a cassação do senador Sergio Moro, do União Brasil. Moro, que ficou famoso como juiz da Lava Jato e depois foi ministro de Bolsonaro, é acusado de abuso de poder econômico na eleição de 2022.

Segundo as ações, protocoladas pelo PL de Bolsonaro e pelo PT, o senador fez gastos excessivos ainda no período da pré-campanha, quando as candidaturas não estavam oficializadas. O senador foi eleito com 1,9 milhão de votos e nega ter cometido irregularidades. O Ministério Público Eleitoral defende a cassação. Se for condenado, Moro pode recorrer ao TSE. Caso perca mesmo o mandato, ele ficará inelegível até 2030 e uma nova eleição será realizada para definir o substituto no Senado.

Caruaru - Geracao de emprego

Na noite de ontem, a cidade de Santa Cruz do Capibaribe foi surpreendida por chuvas intensas que provocaram transtornos e registros impressionantes. Em um período de apenas 40 minutos, a quantidade de chuva que caiu em alguns trechos do município foi equivalente ao esperado para dois meses inteiros. As informações são do blog do Bruno Muniz.

Segundo dados fornecidos pelos órgãos meteorológicos locais, foram registrados 130 milímetros de água na região de Poço Fundo, enquanto áreas como o Parque Florestal, situado na área central da cidade, acumularam aproximadamente 106 milímetros de chuva nesse curto intervalo de tempo.

As precipitações registradas em Santa Cruz do Capibaribe superam em muito os padrões considerados normais para esta época do ano, sendo classificadas como extremamente acima da média histórica. Esses volumes de chuva tão elevados em um curto período causaram impactos significativos em várias áreas da cidade, incluindo alagamentos, deslizamentos de terra e interrupções no tráfego.

Moradores relataram cenas de ruas transformadas em verdadeiros rios e destruição de propriedades devido à força das águas. Equipes de resgate e defesa civil foram mobilizadas para prestar assistência às famílias afetadas e para realizar os trabalhos de desobstrução e limpeza das vias públicas. Diante da magnitude das chuvas e dos danos causados, autoridades locais recomendam que a população permaneça atenta aos comunicados oficiais e siga as orientações de segurança, evitando áreas de risco e tomando precauções adicionais durante o período chuvoso.

Camaragibe Agora é Led

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um recurso da defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) contra uma multa de R$ 30 mil por propagação de desinformação sobre urnas nas eleições de 2022. A decisão, do dia 26 de março, foi publicada hoje.

Ao rejeitar o pedido, Fachin afirma que “não há Estado de Direito nem sociedade livre numa democracia representativa que não preserve, mesmo com remédios amargos e limítrofes, a própria normalidade das eleições”.

“A liberdade de expressão não pode ser a expressão do fim da liberdade. Não se trata de proteger interesses de um Estado, organização ou indivíduos, e sim de resguardar o pacto fundante da sociedade brasileira: a democracia por meio de eleições livres, verdadeiramente livres. Não se trata de juízo de conveniência em critérios morais ou políticos, e sim do dever de agir para obstar a aniquilação existencial da verdade e dos fatos”, declarou o ministro.

Advogados da parlamentar recorreram ao Supremo contra a multa aplicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em maio do ano passado. Durante a campanha eleitoral de 2022, a deputada gravou um vídeo divulgado nas redes sociais sugerindo que urnas eletrônicas estariam sendo manipuladas em sindicato que teria relação com o PT e com o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, induzindo o eleitor a crer na ocorrência de fraude no processo eleitoral.

Na ocasião, a defesa de Zambelli negou que ela tenha compartilhado fake news – segundo seu advogado, ela disse no vídeo que iria pedir explicações sobre uma suposta manipulação das urnas.

No recurso contra a decisão do TSE, a defesa de Zambelli voltou a afirmar que não se tratava de propagação de desinformação, mas divulgação de um questionamento legal e cabível, protegido pela liberdade de expressão. Fachin negou o seguimento do pedido por questões processuais – ou seja, entendeu que o recurso não atende aos requisitos formais previstos em lei.

O relator afirmou que, quando o TSE analisou o caso, considerou que houve violação à norma eleitoral. Segundo ele, a Corte Eleitoral chegou ao entendimento por meio interpretação da Lei de Eleições e de resoluções do tribunal. E que não cabe ao Supremo rever as conclusões do TSE, nem voltar a analisar fatos e provas por meio do recurso extraordinário.

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Do PL ao PT, parlamentares e lideranças de partidos políticos avaliam que a eventual cassação de Sergio Moro pela Justiça Eleitoral vai abrir caminho para outros casos que possam, em último caso, levar até a prisão do ex-juiz da Lava Jato. As informações são do blog da Andréia Sadi.

O processo de cassação de Moro começa a ser julgado nesta segunda-feira (1º) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Pelo sim ou pelo não, caberá recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde políticos acreditam que Moro não terá escapatória e será cassado.

Sem mandato, avaliam esses políticos e integrantes do Judiciário, a vida de Moro na Justiça vai se complicar. Isso porque, segundo o blog apurou, Moro terá problemas com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com ajuda da Polícia Federal, o CNJ apura se houve crimes na gestão de recursos na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, onde Moro atuou.

Caso a Justiça Eleitoral casse o mandato do senador, essa apuração, que já está em andamento, deverá ganhar força. A previsão é que o caso seja levado para o plenário do CNJ em abril. Moro é, hoje, um personagem que reúne a rejeição de PT e do PL, que estão em lados opostos – os dois partidos pediram a cassação do mandato parlamentar do ex-juiz da Lava jato.

Além de o terem como alvo, as legendas querem a cadeira de Moro no Senado, pois pode haver necessidade de uma nova eleição para a vaga. Nesse caso, o PL vai lançar Paulo Martins, suplente de Moro, e o PT discute os nomes de Gleisi Hoffmann e Zeca Dirceu.

Vitória Reconstrução da Praça

Os preços dos medicamentos em todo o Brasil poderão ser reajustados, em até 4,5%, a partir de hoje. O aumento anual, que funciona como um teto, foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que analisou fatores como a inflação e a produtividade das indústrias de remédios.

Além do reajuste anual, os remédios já tiveram o preço reajustado em parte do país por causa do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com isso, em alguns estados, como Pernambuco, Paraíba, Rondônia e Tocantins, o reajuste é duplo, já que também conta com o impacto das novas alíquotas do tributo.

“O Brasil adota uma política de regulação de preços focada na proteção ao cidadão, estabelecendo sempre um teto para proteger as pessoas e evitar aumentos abusivos de preço”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. Segundo ele, o reajuste definido é o menor desde 2020.

Apesar de ser feito anualmente, o reajuste não é automático ou imediato. Isso porque as farmácias podem escolher entre aplicar o aumento de uma vez ou gradualmente ao longo do ano. A mudança, contudo, deve ser feita até março de 2025, quando a CMED deve divulgar uma nova definição de teto para o reajuste dos valores.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

A Comissão de Segurança Pública e Defesa Social da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco promove, nesta quarta-feira (3), a partir das 9h, uma audiência pública para debater o aumento dos índices de criminalidade no Estado.

Intitulada de “Como Enfrentar a Crise na Segurança Pública em Pernambuco”, a audiência vai reunir, além dos membros da Comissão, representantes de órgãos responsáveis especialistas no tema e sociedade civil organizada. O objetivo é, de forma conjunta, identificar as fragilidades e vulnerabilidade nas atuais políticas públicas de segurança, assim como apontar soluções eficazes para enfrentamento da situação.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, no final de fevereiro, 12 resoluções que estabelecem as regras que serão aplicadas no processo eleitoral deste ano. O Tribunal incluiu diversas novidades que envolvem a inteligência artificial, como a proibição das deepfakes, obrigação de aviso sobre o uso de IA na propaganda eleitoral, restrição do emprego de robôs para intermediar contato com o eleitor e responsabilização das empresas que não retirarem do ar, imediatamente, conteúdos com desinformação, discurso de ódio, ideologia nazista e fascista, além de discursos antidemocráticos, racistas e homofóbicos.

Para preparar profissionais que vão trabalhar no pleito eleitoral deste ano, o IMN – Instituto dos Magistrados do Nordeste lançou o curso “ELEIÇÕES de 2024 – As novas regras do TSE”, onde o aluno aprenderá todas as nuances das recentes regulamentações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde as últimas atualizações normativas até estratégias eficazes de campanha. O curso tem conteúdo programático abrangente, não se limitando à propaganda eleitoral, pois engloba todo o processo eleitoral, oferecendo noções essenciais sobre o cadastro eleitoral, pesquisas, financiamento de campanha e prestação de contas eleitorais.

O curso terá uma carga horária de 15 horas/aula e será oferecido entre os dias 16 e 20 de abril. Para ministrar o curso, o IMN reuniu uma equipe de especialistas no assunto e profissionais que possuem larga experiência em eleições. As inscrições já estão abertas e as vagas são limitadas. Mais informações pelo telefone (81) 3877-6523, (81) 9.9211-0602 (WhatsApp), no site www.imn.org.br ou pelo e-mail: [email protected].

Por Maurício Rands*

​Em 1889, um marechal adoecido foi arrancado do leito para encenar o primeiro golpe militar. Nossa república nasceu de um golpe. Mais que uma manifestação legítima da sociedade, a Proclamação da República foi uma pantomina encenada por alguns oficiais positivistas que se sentiam acima da sociedade patrimonialista que se formou à sombra do império. Desde então e até hoje os militares (e muitos civis) imaginam que as FFAA estão acima da sociedade.

Imaginam que lhes cumpre um papel de poder moderador que remonta ao autoritarismo de Dom Pedro I. Ditadura de Floriano, Tenentismo dos anos 20, Coluna Prestes, Estado Novo em 37. Em 1954, outro golpe em gestação. Adiado pelo suicídio de Getúlio em agosto de 1954. Em novembro de 1955, uma onda de conspirações políticas e militares culminou em dois golpes de Estado fracassados e dois contragolpes bem-sucedidos.

No Rio, tanques nas ruas e tiros de canhão na praia. No Palácio do Catete, uma dança de cadeiras. Numa única semana, o país teve três presidentes – Café Filho, Carlos Luz e Nereu Ramos. Os militares acharam-se no direito de tentar impedir a posse do presidente eleito Juscelino Kubstchek.

Pouco depois, em 1964, impuseram-nos outra ditadura que, em 20 anos, censurou, cassou mandatos, prendeu, torturou, exilou e interveio nos demais poderes. Sempre com apoio de algumas lideranças civis, as vivandeiras de quartéis da UDN e assemelhados. Que ainda hoje estão por aí, ansiosas por novas intervenções.

O presidente eleito em 2018 passou quatro anos promovendo a “solução”. Tanto que a nova tentativa de golpe, estimulada em vários dos seus atos, acabou culminando nos acampamentos em frente aos quartéis e na invasão dos poderes de 8/1. Sempre reivindicando que os militares praticassem novo golpe para impedir a posse do presidente eleito em outubro.

​O país precisa passar a limpo o papel das Forças Armadas. Lá atrás, em 1910, Rui Barbosa já denunciava o despropósito da ingerência militar. Sua campanha presidencial contra o marechal Hermes da Fonseca batizou-a de “campanha civilista”. Com a eleição e morte de Tancredo, os militares foram decisivos para a solução Sarney ao vetarem a outra possibilidade constitucional – a posse de Ulysses, o presidente da Câmara e da Assembleia Constituinte, o Senhor das Diretas. E, finalmente, em 2018, muitos desses militares golpistas apoiaram a eleição de Bolsonaro. Viram a oportunidade no capitão que havia sido expulso do Exército e declarado um militar indigno pelo general Ernesto Geisel.

Há militares que pensam ser tutores da nação. Mas esse golpismo atávico, felizmente, sempre foi combatido também internamente pelos setores militares legalistas. Aqueles fiéis à Constituição que lhes subordina à autoridade suprema do presidente da república e lhes destina à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

​O intervencionismo golpista das FFAA tem sobrevivido como um fogo de monturo. Diferentemente de vizinhos como Chile e Argentina, os nossos militares não foram responsabilizados pelos crimes que cometeram na ditadura de 1964. Ao contrário, acostumaram-se a editar ordens do dia a cada 1º de abril louvando o golpe que instaurou a ditadura.

​O indiciamento do capitão ex-presidente e de altos oficiais da ativa e da reserva pelo inquérito da polícia federal deve resultar numa ação penal a ser proposta pela procuradoria geral da república. O provável é que o STF acolha a denúncia penal da PGR. E que, depois de garantida a ampla defesa a que todos eles têm direito, que eles sejam condenados a penas de reclusão. Pela primeira vez em nossa história, serão punidos militares golpistas.

Isso deve dissuadir futuras tentações golpistas. Tivessem os militares de 64 sido punidos como seus colegas vizinhos, talvez não tivessem tentado novo golpe com Bolsonaro. Por isso, Lula não deveria ter desestimulado as iniciativas que visavam a relembrar os 60 anos do golpe de 64. Ao contrário, deveria acelerar a reinstalação da Comissão da Verdade para continuar investigando os crimes cometidos pelos ditadores de 1964. Afinal, a verdadeira pacificação de que o país necessita passa pelo acerto de contas com os erros do passado.

*Advogado, professor de Direito Constitucional da Unicap, PhD pela Universidade Oxford

Aos 60 anos do golpe militar de 1964, o ministro da Defesa, José Múcio, afirma que, desta vez, foi a cúpula das Forças Armadas que evitou uma nova ruptura democrática no país.

“A nova geração das Forças Armadas não é golpista. Graças a ela, não tivemos um novo golpe no Brasil”, afirmou o ministro ao blog do Valdo Cruz.

Múcio diz não ser contra esclarecer tudo que ocorreu nas duas décadas da ditadura militar, mas defende que não haja “revanchismo” ou clima de conflito com a atuação geração de militares – que, segundo ele, não tem mais relação com o que aconteceu no golpe de 1964.

Em depoimentos à Polícia Federal, os ex-comandantes do Exército Freire Gomes e da Aeronáutica brigadeiro Baptista Junior relataram que, em reunião com o então presidente Bolsonaro, deixaram claro que não apoiariam qualquer aventura golpista. Freire Gomes chegou a dizer que seria obrigado a prender Bolsonaro.

Os depoimentos revelam, ao mesmo tempo, que o comandante da Marinha, Almir Garnier, teria colocado suas tropas à disposição de um eventual golpe.

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

Dedico este artigo ao meu colega o artista americano Bill Finger, criador do super-herói Batman para combater os delinquentes de Gotham City da Guanabara

MONTANHAS DA JAQUEIRA  No reino de Gotham City existe um território chamado de Baía da Guanabara do Rio das Pedras de Janeiro. Batman, o homem morcego, mandou prender todos os donatários que praticavam descuidos nas sesmarias do poder. O mais graúdo deles roubou até as pilastras da ponte Rio Gotham-City-Niterói e foi condenado a 400 anos de cadeia em homenagem a Padrálvares. Mas, foi anistiado por bom comportamento democrático porque praticava apenas pequenos furtos na cadeia produtiva dos roubos.

Com suas mãos bobas os fariseus da Baia de Ghotam City da Guanabara furtavam os cofres públicos, cofres particulares, relógios Rolex, Relógios Roskopf, merendas das crianças, remédios dos velhinhos, automóveis, asfalto das estradas, aviões, celulares. Um dia um iate pousou no jardim do donatário da sesmaria da Guanabara.  Subitamente, não mais que subitamente, o iate voou para o bolso do fariseu. Milagre! O cara falou que o iate voou por conta própria, assim feito os passarinhos. Se os bois voam, engenhocas também voam, disse ele.

Depois de cumprir uma temporada de luxo atrás das grades e de ser anistiado por bom comportamento democrático, o cara hoje é um cidadão recuperado. Só rouba celulares no calçadão da praia de Gotham City. Será homenageado pelos bicheiros como a alma mais honesta da Baía de Gotham City. Com seu gingado de malandro, vai desfilar como porta bandeira da ala dos lobisomens.

A malandragem da Guanabara de Gotham City tem raízes históricas. O tempo é uma árvore, um pé de coentro, um baobá, deita raízes, gera flores, folhas, frutos e espinhos. A suntuosa “Gaiola de Ouro” de RJ, inaugurada em 1923 para abrigar os conselheiros da antiga Capital da República, consumiu 23 mil contos de reis. Uma exorbitância, pois o Teatro Municipal, muito mais luxuoso, custou na época 10 mil contos de reis. É a casa dos vereadores. Com móveis banhados a ouro, vem daí o apelido.

O apelido ufanista “Cidade Maravilhosa” vem do cancioneiro popular. A opinião pública é um papagaio falante, repete tudo que a mídia divulga. Paisagem são apenas geografia. A poetisa americana Elizabeth Bishop bem disse: “The Rio de Janeiro não é uma city maravilhosa, é uma paisagem maravilhosa para se construir uma city”. O donatário Duarte Coelho cantou em Olinda: “Olinda situação para se construir uma vila!” Os maconheiros hoje dizem, ao contemplar o pôr-do-sol no Alto da Sé: “Ó linda situação para dar uma tapa na pantera!” Geografia vale para a fauna e a flora. Cidades são convivências, humanidades, civilidade, habitação, segurança, saúde, qualidade de vida.

Aquela é uma cidade maravilhosa para os milicianos, bicheiros, bandoleiros e seus parceiros. Assim feito na Faixa de Gaza, milhões de criaturas são feitas de escudos humanos na mira de guerrilheiros urbanos e cada esquina é uma cruzeta.

*Periodista, escritor e quase poeta

A influência americana no golpe

Seis décadas marcaram, ontem, o golpe militar no Brasil, um dos períodos mais sombrios da história recente do País. O ano de 1964 representou uma interrupção na democracia, desde que o Brasil adotou o presidencialismo, quando se proclamou a República em 1889. O regime militar durou 21 anos, marcado pela tortura e morte aos opositores, censura à imprensa e aos artistas contestadores e restrição de direitos políticos.

Não há o que comemorar, só lamentar. A ditadura militar, encerrada em 1985, nos arrebatou diversos direitos que compõem aquilo que chamamos de Estado Democrático de Direito. A interrupção brusca da democracia e da liberdade no Brasil teve apoio dos Estados Unidos, que, no contexto da Guerra Fria, buscavam conter o avanço do comunismo e manter os países alinhados ao capitalismo.

Em 2014, o jornal El País publicou uma matéria sobre as gravações entre o ex-presidente norte americano, John F. Kennedy, e o embaixador norte americano no Brasil, Lincoln Gordon. Na gravação, cogita-se intervir militarmente e retirar João Goulart do governo brasileiro. No áudio, John F. Kennedy questiona: “Você vê a situação indo para onde deveria? Acha aconselhável que façamos uma intervenção militar?”

John Dinges, que atuou como jornalista correspondente na América Latina na década de 70, declarou em entrevista à Agência Brasil que havia um temor por parte dos Estados Unidos de uma nova revolução cubana, motivação que levou o governo americano a conspirar e incentivar os militares brasileiros a retirar João Goulart do poder. 

A Operação Brother Sam foi um movimento de apoio aos golpistas promovido pelas Forças Armadas Americanas. Segundo André Voigt, “havia uma possibilidade muito concreta de que, caso houvesse algum tipo de resistência no momento do golpe, por parte do governo, haveria um apoio logístico ou militar ligado ao litoral brasileiro”.

No entanto, a operação não foi posta em prática, pois não houve resistência. Em uma notícia sobre a morte de Gordon (2009), a Folha de São Paulo declara que João Goulart foi deposto antes que o apoio norte americano chegasse no litoral. Além disso, Gordon continuaria negando seu envolvimento com o golpe, mesmo com evidências históricas apontando o contrário.  

Jango temeu derramamento de sangue – Na madrugada entre os dias 31 de março e 1º de abril de 1964, os militares se mobilizaram no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, e destituíram o então presidente João Goulart. Este foi ao Rio Grande do Sul conversar com Brizola, que se reuniu com alguns generais para estabelecer uma possível resistência. “Brizola pergunta [a Jango]: ‘Cabe a você saber se nós vamos fazer uma resistência a esse golpe ou não’. Jango reagiu: “Não. Eu quero evitar derramamento de sangue. Prefiro me retirar, prefiro me exilar a causar mais derramamento de sangue’”, conta Voigt. Assim, Jango se exilou no Uruguai e a junta militar assumiu o governo. O general Castello Branco tomou posse no dia 15 de abril de 1964, tornando-se o primeiro governante desse período.

O dog e o abandono das escolas – Enquanto a governadora Raquel Lyra (PSDB) tenta passar pelas redes sociais a imagem de uma boazinha cuidadora de animais, fazendo carinho num dog que batizou de Frederico Magno, a educação continua em segundo plano, sem a mínima atenção da parte dela. Alunos surdos de uma escola estadual em Santa Maria da Boa Vista, no Sertão do São Francisco, enviaram ao blog um vídeo denunciando que estão com dificuldades de levarem os estudos à frente por causa da falta de intérpretes de Libras, a língua brasileira de sinais. Vergonha!

Chaparral ainda indeciso – O deputado Cléber Chaparral disse, ontem, ao blog, que não tem a menor procedência os rumores de que estaria trocando o União Brasil pelo PSDB para disputar a Prefeitura de Surubim com o apoio da governadora Raquel Lyra. Confirmou, entretanto, que se for candidato, o que ainda não decidiu, será alinhado ao Palácio das Princesas, embora integre o grupo Coelho, de Petrolina. “No segundo turno, apoiei Raquel, não há novidade nenhuma nisso”, ironizou, adiantando que sua relação com a família Coelho, que também esteve com Raquel no segundo turno, mas hoje participa da gestão de João Campos, no Recife, não será abalada.

O mandacaru – Na política, muitas vezes os gestos valem mais do que as palavras. Exatos dez dias após bancar o lançamento da reeleição do prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), a governadora Raquel Lyra apareceu nas redes sociais ao lado de Toninho Rodrigues e do seu pai, o ex-prefeito Tony Gel, ambos do MDB, dando “uma forcinha” para o projeto do herdeiro de Tony de disputar a Prefeitura do município. Por ironia do destino, a foto foi postada no mesmo dia que o MDB anunciou apoio à reeleição do prefeito João Campos (PSB), no Recife. Aliados desapontados com a governadora dizem que ela é feito o mandacaru: não dá sombra nem encosto para ninguém”.

A largada de Armandinho – Alternativa da chamada terceira via em Caruaru, o empresário, músico e cantor Armandinho, da banda Fulô de Mandacaru, dá o start na sua pré-candidatura a prefeito da capital do Agreste, pelo Solidariedade, na próxima quarta-feira (3). O ato será realizado no teatro do Shopping Difusora, a partir das 19 horas, com a presença de Marília Arraes, vice-presidente nacional da legenda, e da deputada federal Maria Arraes. O evento promete arrastar representantes do mundo artístico e cultural do município. Cara nova na política de Caruaru, o desafio que se coloca pela frente para Armandinho é quebrar a polarização já existente hoje, faltando ainda sete meses para as eleições, entre o prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) e o ex-prefeito José Queiroz (PDT).

CURTAS

BELO GESTO – O prefeito de Belo Jardim, Gilvandro Estrela (União Brasil) levou 1,5 mil alunos da rede municipal de ensino para conhecerem a encenação da Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém. Para não ser acusado de proselitismo político em ano eleitoral, os ingressos foram doados pelo diretor-geral do espetáculo, Robinho Pacheco.

CAIU FORA – Em Arcoverde, o prefeito Wellington Maciel (MDB) perdeu mais um aliado para a ex-prefeita Madalena Britto, pré-candidata do PSB à sucessão municipal: o secretário de Administração, Tullyo Cavalcanti, entregou o cargo para tentar uma vaga na Câmara, mas na coligação de Madalena.

NOVOS PROMOTORES – A partir de maio, dez municípios ganham promotores. São eles: Jéssica Maria Xavier de Sá (São José do Belmonte), Joana Turton Lopes (Buíque), Carolina Gurgel( Afogados da Ingazeira), Higor Alexandre de Araújo (Belém de São Francisco), Bruno Santacatharina Carvalho de Lima( Cabrobó), André Jacinto de Almeida Neto (Mirandiba), Nycole Sofia Teixeira (Petrolândia), Pamela Guimarães Rocha(Bodocó), Ana Roberta Ferreira Favaro (Salgueiro) e Sofia Mendes Bezerra de Carvalho( Floresta).

Perguntar não ofende: A popularidade do Governo Lula cresce feito rabo de cavalo – para baixo?

A alta no preço dos alimentos no começo de 2024 levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a cobrar de auxiliares medidas preventivas. Cresceu a preocupação depois que pesquisas mostraram queda na avaliação do petista.

A inflação sob controle é vital para qualquer governo manter sua popularidade equilibrada. A elevação nos preços dos alimentos mexe diretamente com a percepção que a população mais pobre tem do governo e o Planalto tem ciência disso. As informações são do Poder360.

Por essa razão, há algumas ações em estudo para antever a quebra de safra de produtos como arroz e feijão, essenciais para os brasileiros. Os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura e Pecuária foram acionados para pensar em medidas nessa direção.

Eis o que está em estudo:

  • Plano Safra – medidas de crédito para aliviar a situação de produtores que obtiveram financiamento com juros elevados;
  • estoque regulador – formação de estoques públicos via Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para ajudar a conter a volatilidade dos preços; e
  • sistema de monitoramento – banco de informações para prevenir a quebra de safra e, assim, evitar um impacto dos produtos na inflação. Envolve a Conab e o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Lula também busca mudanças na comunicação. Avalia que esse é um dos principais motivos para a queda na popularidade.

Reunião com ministros

Em 14 de março, Lula conversou com Carlos Fávaro (Agricultura), Fernando Haddad (Fazenda) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) pedindo medidas para conter a alta de preços dos alimentos. A percepção na Fazenda, contudo, é de que o pior já passou.

Os preços em geral estão cedendo. Por isso, os alimentos sozinhos não devem pressionar a inflação no curto prazo.

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, participou da reunião. Em 21 de março, ao falar a jornalistas sobre o preço dos alimentos, avaliou que a queda de produtividade no começo deste ano está “atrelada a fatores climáticos”. Também disse não ver “crise no setor” agropecuário para mudanças profundas.

Na ocasião, a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal, afirmou que “os riscos de aceleração nos preços dos alimentos são muito baixos” por ora.

IPCA-15: alimentos destoam

A prévia da inflação de março foi de 0,36%, o que representa uma desaceleração sobre fevereiro (+0,78%). O setor de alimentação e bebidas, contudo, puxou o índice: teve alta de 0,91% no mês.

No geral, a taxa anualizada passou de 4,49% para 4,14%.