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Fim das faixas salariais é aprovado na CCLJ

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

O parecer pela constitucionalidade do projeto de lei do Governo do Estado que põe fim as faixas salariais dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado e reajusta os vencimentos da categoria, feito pela relatora Débora Almeida (PSDB), foi aprovado, há pouco, pela CCLJ. Houve empate, com quatro deputados votando a favor e quatro contras.

O voto de minerva foi dado pelo presidente da Comissão, deputado Antônio Moraes (PP), que votou em sintonia com o relatório de Débora. Neste momento, a relatora faz a leitura das emendas e substitutivos feitos pelos deputados contrários ao projeto enviado pelo Executivo Estadual.

Toca Jabô

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

O presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Antônio Moraes (PP), tenta, apesar da relutância da maioria dos membros do colegiado, apressar a votação sobre a constitucionalidade do projeto de lei que extingue as faixas salariais. 

A pressa fez, inclusive, com que o parlamentar fechasse o microfone do vice-presidente da Comissão, deputado Romero Albuquerque (UB), que pediu requerimento para que houvesse mais tempo para analisar o parecer da relatora Débora Almeida (PSDB). 

Em uma postura contraditória, ao mesmo tempo em que disse que considera as faixas salariais inconstitucionais, a relatora em seu parecer, indicou pela constitucionalidade do projeto enviado pela governadora, de quem é aliada de primeira hora. Nem Romero Albuquerque nem os demais deputados tiveram acesso prévio ao documento.

“Que vote com sua consciência”, disse Antonio Moraes, sob protesto do vice-presidente da CCLJ.

O principal imbróglio se deu em razão da apresentação, por parte de Antônio Moraes, de uma tabela que até então não havia sido votada. Nela, o presidente do colegiado afirmou que o projeto enviado pela governadora vai ofertar mais ganho para toda a categoria. 

O documento, considerado apócrifo pelo deputado Alberto Feitosa (PL), por não conter qualquer assinatura, principalmente por parte da Secretaria de Administração do Estado, foi apresentado na abertura da sessão.

“Essa tabela não bate com o que a categoria tem em mãos e só mostra a total falta de diálogo do Governo do Estado com a categoria e com os parlamentares desta Casa Legislativa de um tema crucial que é a Segurança Pública de Pernambuco”, questionou Feitosa.

A sessão continua, neste momento, com Romero Albuquerque dando seu parecer sobre o projeto de lei.

Paulista - No ZAP

Por Cláudio Soares*

É precipitação julgar o rapaz. É necessário estabelecer uma análise das perícias. Outra, se ele não estava alcoolizado e pegando rachas em via pública, e não tinha a intenção de matar aquela vítima, a tipificação é crime culposo e não doloso.

Em relação ele ter se evadido do local, pode ter sido para evitar a chegada de parentes da vítima e evitar agressões. Nesses casos, o condutor do veículo que bate ou atropela não tem obrigação de ficar no local para oferecer socorros. Ele pode agir por socorros estando fora da localidade. Mais uma, a polícia já estava no local quando ele foi embora com sua mãe. Tem gente julgando o porsche e não as circunstâncias envolvidas.

Parece haver uma série de nuances e circunstâncias a considerar neste caso específico. A análise do acidente envolve múltiplos aspectos legais e éticos, incluindo a determinação da culpa, a presença ou ausência de álcool, a ação do condutor após o acidente e a presença da polícia.

É fundamental examinar todas as informações disponíveis e considerar os diferentes pontos de vista antes de tirar conclusões precipitadas. Cada detalhe pode ter um impacto significativo na interpretação do evento e na justiça a ser aplicada.

Como já havia polícia no local, eu entendo que não qualifica a omissão de socorro, é importante você ver as imagens do acidente para ter a certeza que a causa foi o absurdo excesso de velocidade da porsche. Como ele se evadiu do local, perdeu-se a oportunidade de verificar se estava ou não alcoolizado, o que seria o grande agravante desse caso.

Culpado ele é, mas com a saída do local do acidente ele não deve ser condenado da acusação de crime doloso, o que ocorreria se estivesse sido comprovado que estava alcoolizado.

É vital examinar todas as evidências, incluindo imagens do acidente, para entender completamente a situação. A presença da polícia no local pode influenciar a interpretação dos eventos.

A saída do condutor do local do acidente pode complicar a determinação da culpa, especialmente se não houver evidências claras de intenção de fugir. No entanto, a investigação sobre o possível envolvimento de álcool é fundamental para uma avaliação justa e precisa do caso.

*Advogado e jornalista

Jaboatão - Toca Jabô

No próximo sábado, a Prefeitura do Paudalho, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Qualificação Profissional, realiza o evento ‘SEDEMAQ em Ação’. Com ações que envolvem tanto a sustentabilidade como o desenvolvimento econômico, a partir das 8h30, a Pasta efetua o Dia do Descarte Consciente e a Sala do Empreendedor Itinerante, na Praça Recreio Cambuim, em Chã de Cruz.

Apoiando os empreendedores do município, a Sala do Empreendedor irá oferecer atendimento de formalização, emissão de documentos, entre outros serviços. E com o objetivo de conscientizar a população, em parceria com a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Paudalho (Coopcapa), durante o evento acontecerá o recolhimento de resíduos sólidos recicláveis, onde a população poderá entregar materiais como plásticos, metais, papel e vidro.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Por Diana Câmara*

Primeira regra básica da desincompatibilização: os prazos variam de acordo com a função ocupada pela pessoa interessada e com a vaga para a qual ela deseja concorrer na eleição. Ou seja, nas Eleições 2024 se irá concorrer para vereador ou para prefeito. Esses prazos são baseados em leis e decisões anteriores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outra coisa, as datas são calculadas considerando o dia do primeiro turno do pleito, que, neste ano, será em 6 de outubro.

Se afastar do cargo seis meses antes do pleito é a regra para quem deseja disputar para vereador na próxima eleição e ocupa cargo de relevância na gestão pública, como, por exemplo, ministro (a) de Governo, secretário (a) de estado ou municipal, defensores públicos e membro dirigente de empresa pública (presidente, diretor, superintendente e dirigente). Vale registrar que o prazo de desincompatibilização para concorrer para prefeito é menor. Nestes casos, o pré-candidato ao cargo máximo do executivo municipal tem que se afastar com até quatro meses da eleição, ou seja, o dia 06 de junho.

É possível que o pré-candidato que hoje ocupe um desses cargos assuma um outro cargo de menor patente, e que entre na regra de comissionados em geral, ou até que volte a desempenhar suas funções originais de servidor efetivo, quando for o caso, e desta nova função só precisará desincompatibilizar três meses antes, podendo desta forma permanecer na gestão um pouco mais.

Registre-se ainda que magistrados (as), membros do Ministério Público e do Tribunal de Contas o afastamento tem que ser definitivo e, tanto para concorrer para prefeito (a) ou vereador (a), deverá ocorrer pelo menos seis meses antes.

Assim, pré-candidatas e pré-candidatos devem se afastar (de forma temporária ou definitiva) do posto que exercem para concorrer ao pleito de prefeito ou vereador nas Eleições 2024 e respeitar os prazos de desincompatibilização exigidos por lei.

O objetivo é garantir igualdade de oportunidades ao evitar que futuras candidatas ou candidatos utilizem a estrutura pública e recursos para obter vantagens eleitorais diante dos concorrentes. Caso a pessoa continue exercendo a função após o prazo estipulado, ela incorre na chamada “incompatibilidade”, que é uma das causas de inelegibilidade previstas na Lei Complementar n° 64/1990.

A jurisprudência da Justiça Eleitoral é no sentido de que as causas de inelegibilidades não podem ser interpretadas de forma extensiva, por serem limitativas de direito político.

*Advogada especialista em Direito Eleitoral, atual Presidente da Comissão de Relações Institucionais da OAB/PE, membro fundadora e ex-presidente do Instituto de Direito Eleitoral e Público de Pernambuco (IDEPPE), membro fundadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) e autora de livros.

Ipojuca - Minha rua top

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Começou, há pouco, na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa, a sessão que pode colocar um fim a um erro histórico do Governo socialista em Pernambuco, que criou, em 2017, as faixas salariais dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado.

Promessa de campanha da governadora Raquel Lyra para assim que assumisse, em 2023, o PL da extinção das faixas salariais chegou no começo de março deste ano à Alepe, mas com a proposta de ser feita de forma escalonada, com fim apenas em 2026. O mesmo escalonamento, por sinal, aplicado ao reajuste da categoria, que sequer foi ouvida para construção do projeto, e que, por isso, teria que engolir goela abaixo um reajuste de menos de 10% até 2026.

O texto não agradou a categoria, nem muito menos a ala mais ligada aos militares na Casa Joaquim Nabuco, como os deputados Alberto Feitosa e Joel da Harpa. Por isso, ambos fizeram emendas modificativas ao texto original, propondo vigência dessa extinção já a partir deste ano, assim como reajuste também para 2024. As modificações, contudo, que deveriam ser votadas na semana passada, foram tiradas de pauta, semana passada, pela aliada da governadora na Alepe, deputada Débora Almeida.

De um lado, o Governo do Estado alega que extinguir as faixas já neste ano terá um impacto de R$1,8 bilhão e que, por isso, propôs escalonar até 2026. Do outro lado, os parlamentares ressaltam que no PLDO aprovado pela Alepe há orçamento para o Governo por um fim ainda neste ano com esse erro histórico.

Em suas redes sociais, na noite de ontem, a governadora reafirmou o compromisso com a extinção das faixas, mas conforme proposto no projeto original. “Se a extinção das faixas salariais fosse uma coisa simples, ela já teria sido feita por quem as criou. Portanto, tenho condições de olhar olho no olho do policial e bombeiro militar para defender essa proposta e tenho certeza de que vamos contar com a maioria da Assembleia Legislativa, com o voto dos deputados estaduais, para poder garantir essa vitória”, afirmou a governadora.

Caruaru - Geracao de emprego

As redes sociais deste blog, especialmente o Instagram, continuam de vento em popa, numa velocidade de crescimento impressionante. O mês passado, das águas de março fechando o verão, como diz a canção de Tom Jobim, também foi em linha ascendente: 272.665 contas alcançadas pelo Instagram, com quase 75 mil seguidores. 

Tudo isso é resultado de um trabalho sério, dedicado e incansável de toda uma equipe que faz jornalismo com credibilidade. Aos leitores e seguidores, um grande abraço e a certeza de que continuaremos juntos.

Camaragibe Agora é Led

Marília Dantas a um passo da vice

Da mesma forma que Eduardo Campos recorreu a um técnico nas eleições de 2012, no Recife, convocando Geraldo Júlio, egresso do Tribunal de Contas do Estado, para disputar a Prefeitura, e em 2014, na sucessão estadual, escolhendo Paulo Câmara, também servidor concursado do TCE, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), herdeiro político do pai, está, em silêncio, maturando também o nome de uma técnica para fechar a sua chapa como vice.

Cotadíssima, Marília Dantas é uma jovem engenheira, que toca um orçamento anual de R$ 1 bilhão na Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura do Recife. Não é recifense, mas vem de um berço histórico de lutas, da localidade de Tejucupapo, em Goiana, na Zona da Mata, onde ocorreu uma batalha histórica envolvendo quatro mulheres, que resistiram à invasão holandesa com paus, pedras e outros instrumentos rudimentares.

As quatro Marias (Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Maria Joaquina), se transformaram nas heroínas de Tejucupapo. A batalha se deu em 24 de abril de 1646, quando poucos homens estavam no local. Se tiver o sangue de luta e resistência dessas heroínas conterrâneas, Marília Dantas com certeza tende a levar vantagem nessa briga surda pela vice de João, desencadeada pelo PT, que a todo custo quer a vaga.

João Campos conheceu Dantas por uma indicação do engenheiro Roberto Gusmão, ex-secretário de Infraestrutura na gestão Geraldo Julio, que começou na vida pública pelas mãos do ex-governador Miguel Arraes. À frente da mesma pasta, a afilhada de Gusmão é a executora das principais obras da gestão municipal. Antes de passar pelo teste das urnas na reeleição em outubro, o prefeito deve entregar duas obras simbólicas que vêm sendo tocadas por ela – as pontes da Iputinga ao bairro de Monteiro, ao custo de R$ 48 milhões, e a ponte ligando a Avenida Recife ao bairro da Lagoa do Araçá, orçada em R$ 90 milhões.

A alternativa Marília Dantas na vice vai gerar uma tensão natural do prefeito com o PT, mas resolve, definitivamente, o que ele imagina para um cenário confortável, caso em 2026 venha a disputar o Governo do Estado: passar a Prefeitura, caso reeleito, para uma pessoa da sua extrema confiança, que possa dar continuidade ao seu projeto para o Recife.

Marília Dantas ainda não é filiada a nenhum partido político, mas deve assinar a ficha do PSB até a próxima sexta-feira, quando vence o prazo para filiações e troca de partido. Isso se dará, entretanto, na surdina, sem atos ou comemorações, para não dar o indicativo de que ela será de fato a ungida para fechar a chapa.

Resistência petista – Caso Marília Dantas venha a ser vice, João fechará uma chapa puro sangue socialista para disputar a reeleição. Resta saber, no entanto, como resolverá a resistência da parte do PT, que, de forma inadvertida, chegou a colocar a questão da composição da chapa como algo imprescindível para continuar na aliança com o PSB, inclusive provocando uma disputa interna entre filiados ao partido, a exemplo do deputado federal Carlos Veras e o ex-vereador recifense Mozart Sales, hoje atuando no Ministério da Saúde.

Rifada, Isabella faz mistério – Atual vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, presidente municipal do PDT, deu, ontem, uma entrevista à Folha de Pernambuco, mas ainda num tom de mistério em relação à posição que tomará – ela e o seu partido – nas eleições na capital. “Toda essa construção será feita pelo diretório do Recife com autonomia, diálogo e em consonância com a executiva nacional”, disse. Em tempo: Isabela e seu partido até o momento não engoliram a decisão do prefeito de entregar a vice, na disputa pela reeleição, a um outro quadro político. E por isso, tanto ela como o PDT podem se aliar a Daniel Coelho, candidato da governadora Raquel Lyra.

Daniel a caminho do PSD – Até a próxima sexta-feira, prazo final para o troca-troca partidário, o pré-candidato chapa branca estadual à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho, atualmente filiado ao Cidadania, deve bater o martelo em relação ao seu futuro partidário, ingressando, provavelmente, no PSD, partido no Estado liderado pelo ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula. Daniel chegou a cogitar o MDB, mas com a queda de braço perdida pela governadora pelo controle da legenda, frente ao prefeito João Campos, ficou sem essa alternativa.

União joga a tolha… – Lideranças do União Brasil estão descrentes com a possibilidade de Sergio Moro (União-PR), alvo de duas ações pedindo a cassação de seu mandato de senador, escapar de uma punição severa da Justiça Eleitoral. Nas apostas de caciques do partido, Moro está diante de uma situação “irreversível”. A previsão é de que ele não apenas perderá seu mandato, como ainda deverá ficar inelegível pelos próximos oito anos, até 2032. No julgamento, há algumas possibilidades para o futuro de Moro. Ele pode, por exemplo, ter o mandato cassado e não ficar inelegível. Algo que lideranças do União não acreditam que aconteça.

Mas relator surpreende – Ao contrário do que se esperava, o relator das ações contra Sérgio Moro (União-PR) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Luciano Carrasco Falavinha, votou contra a cassação e inelegibilidade do senador, ontem, no primeiro dia de julgamento de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) contra Moro por abuso de poder econômico, uso indevido de meios de comunicação ao longo da campanha eleitoral de 2022 e caixa dois. Considerou que não ficaram comprovadas irregularidades praticadas por Moro na pré-campanha ou na campanha para as Eleições 2022.

CURTAS

DIVISÃO EM SÃO JOSÉ – Em São José do Egito, o ex-prefeito Romério Guimarães (PT) reafirmou, ontem, que manterá sua pré-candidatura a prefeito, um dia após o ex-deputado José Marcos aceitar ser o vice na chapa do empresário Fredson Brito (PV) Ao dividir a oposição, Guimarães beneficia o candidato oficial, ainda não anunciado pelo prefeito Evandro Valadares (PSB).

EM BREJÃO – Em Brejão, o vice-prefeito Saulo Maruim, do PP, rompeu com a prefeita Beta Cadengue (PSB) e vai disputar a Prefeitura em faixa própria, com chances reais de ser eleito, segundo anunciou, ontem, o presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte.

BETÂNIA E IGUARACY – Já em Betânia, no Sertão, o PT aposta na candidatura a prefeito do empresário Heron Lima, recentemente filiado ao partido por influência do deputado federal Carlos Veras. Em Iguaracy, no Sertão do Pajeú, o ex-prefeito Albérico Rocha será o principal candidato da oposição.

Perguntar não ofende: Se Moro perder na justiça eleitoral do Paraná, reverte a decisão no TSE?

Belo Jardim - Vivenciando Histórias

Cada vez mais próxima do ambiente de inovação e empreendedorismo proposto pelo Governo Federal, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) marcou presença no Finep Day, evento ocorrido hoje, em Recife, na sede da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe). Promovido pelo Departamento Regional da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o evento reuniu instituições, empreendedores e outros parceiros para promover intercâmbio de conhecimento e oportunidades de negócio. A Sudene foi representada pelo superintendente Danilo Cabral.

O encontro contou com a presença da Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que defendeu enfaticamente a atuação do governo federal neste campo, considerado um dos maiores pilares da soberania nacional pela titular da pasta. “Um dos grandes pilares da geopolítica é o domínio tecnológico. Se nós não tivermos a verdadeira dimensão desses desafios, nós vamos ficar para trás. E se a desigualdade é real, ela se acentuará ainda mais, porque ela vai ter o fosso não só entre o hemisfério sul-global e o norte, mas entre as regiões, entre os países e entre classes sociais. Por isso mesmo, o presidente Lula tomou a decisão política desde o início do nosso governo de recompor integralmente o Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, que é o principal recurso de fomento deste campo”, comentou a ministra.

Luciana Santos também destacou a execução de R$ 10 bilhões no exercício 2023 para projetos estratégicos de ciência e tecnologia. Esta ação, segundo a ministra, foi alinhada ao programa de governo proposto pelo Executivo Federal, direcionado a áreas como saneamento básico, agenda climática, combate à fome, entre outras.

O superintendente Danilo Cabral ressaltou a importância da ação integrada das instituições que atuam no setor de pesquisa e desenvolvimento. Para o gestor, esta é uma condição fundamental para viabilizar projetos que, de fato, dialoguem com as necessidades da região. “A Sudene veio aqui para que a gente pudesse dialogar com o setor produtivo. Quem participou de governo sabe que às vezes todo mundo pensa uma solução, mas às vezes cada um caminha no caminho próprio. E o que a gente está aqui mostrando é que é fundamental a gente agir de forma articulada, de forma integrada, em que o poder público, junto com a iniciativa privada e aqueles que fazem a pesquisa e a ciência, possa formular um pensamento e a partir desse pensamento a gente integra as soluções que são necessárias”, disse o gestor.

Destacando o protagonismo da Sudene no financiamento de projetos inovadores para o desenvolvimento regional, Danilo Cabral citou algumas iniciativas da autarquia neste cenário. Na oferta de crédito, o superintendente citou o montante recorde de R$ 44 bilhões em operações com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste em 2023. Considerando o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), operado pela Sudene, o valor chegou a R$ 1,2 bilhão, empregado em projetos de energia renovável.

Cabral também citou a aproximação da Sudene com as universidades e parques tecnológicos para o desenvolvimento de novos projetos na área de inovação. Uma as iniciativas mencionadas pelo gestor neste contexto foi o Impacta Bioeconomia, que vai identificar bioativos e bioinsumos que possam ser extraídos de forma sustentável dos biomas presentes na área da Sudene para viabilizar a produção de itens que englobam desde suplementos alimentares até medicamentos. “É isso que nós queremos: um Nordeste que seja inovador, justo, que todos tenham direitos às mesmas oportunidades, que seja respeitoso em relação à sua diversidade cultural e à sua biodiversidade” complementou.

Vale lembrar que um dos lançamentos mais recentes da Sudene para estímulo à inovação e empreendedorismo foi o Inova Mulher. O edital, que recebe inscrições até o dia 22 deste mês, vai selecionar projetos que apresentem soluções inovadoras para o desenvolvimento social, econômico e cultural da área de atuação da Sudene. As linhas prioritárias contemplam as áreas de economia criativa, bioeconomia e educação.

Vitória Reconstrução da Praça

O prefeito do Paulista, Yves Ribeiro, participou, hoje, de uma reunião com o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Ricardo Paes Barreto. Entre outros assuntos, o gestor tratou acerca do Programa Morada do Povo. A iniciativa, que tem parceria com o TJPE, trata a respeito da regularização fundiária de imóveis no município. Também participaram do encontro, o procurador geral e o sub-procurador da Prefeitura, Geraldo Lima e Renato Beviláqua, respectivamente, e o controlador geral da Prefeitura, Gustavo Albuquerque.

O grave acidente de trânsito ocorrido em Jaboatão dos Guararapes, ontem, que vitimou diversas pessoas que acompanhavam a Procissão de Nossa Senhora de Perpétuo Socorro, no bairro de Marcos Freire, poderia ter sido evitado. A Prefeitura, como gestora do trânsito do município, deveria ter cumprido com eficiência alguns protocolos de segurança, que diminuiriam as chances de o incidente ocorrer.

Entre os protocolos recomendados, estariam a interdição de mais trechos para a circulação de veículos; uma melhor sinalização de advertência; maior mobilização da guardas de trânsito para o evento; melhor comunicação com as empresas de transporte urbano das linhas do bairro; e a publicação de aviso geral às empresas e à população sobre a área do evento.

Obviamente que as autoridades ainda vão apurar os detalhes de tudo o que ocorreu. Esperamos que as responsabilidades sejam apontadas e não haja conivência, pois foram pelo menos cinco mortes e diversos feridos, com muitos idosos que acompanhavam a procissão entre as vítimas. Que não haja impunidade. A população tem feito manifestações revoltadas com a casualidade que o prefeito trata do assunto, como se não estivesse falando de gente.

Um dia após os 41 anos do levante democrático, que partiu da cidade de Abreu e Lima e tomou o Brasil nos anos 80, a Prefeitura realizou, hoje, a inauguração da “Praça da Democracia”. O equipamento confere nova estrutura completa e homenageia o mesmo espaço onde, em 1983, parlamentares abreulimenses promoveram a primeira manifestação registrada no país em favor do movimento das “Diretas Já”. 

A solenidade de inauguração foi marcada, sobretudo, pela reafirmação do pioneirismo e da importância do município na gênese democrática no país, bem como da relevância do centro de lazer e convivência para a população como lembrança de que a defesa da democracia deve ser perene e é responsabilidade de todos. 

Presentes no ato marcante de 1983, e também no evento de entrega da nova Praça, os ex-vereadores Severino Farias e Reginaldo Silva, bem como o ex-suplente de vereador, e ex-procurador Geral do MPPE, Aguinaldo Fenelon, discursaram sobre a experiência de verem que a luta em defesa da democracia segue gerando frutos, e mantém-se extremamente em pauta, mesmo quatro décadas após o regime militar.

Os familiares dos ex-vereadores José da Silva Brito e Antônio Amaro Cavalcanti, que também encabeçavam a manifestação, receberam as homenagens e falaram em nome dos parlamentares que deixaram seus nomes escritos na história do município. 

A nova Praça da Democracia recebeu um investimento aproximado de R$ 1 milhão da Prefeitura e entrega à população um espaço que conta com área de lazer para crianças e adultos, pista de cooper, área de convivência, palco para apresentações culturais, além de um monumento – uma escultura do artista Demétrio Albuquerque – destacando os feitos de Abreu e Lima na história do país, desde o protagonismo nos principais episódios da Revolução Praieira ao pioneirismo no movimento em prol das eleições diretas no Brasil.  

Para além da participação das autoridades e integrantes das instituições civis organizadas do município – o prefeito Flávio Gadelha, vice Murilo do Povo, secretários do Executivo, vereadores, líderes das comunidades religiosas, magistrados, agentes culturais e mais – o público também contou com uma expressiva presença da população e de representantes das diversas instituições do Estado, a exemplo do procurador Geral de Justiça do MPPE, Marcos Antônio Matos de Carvalho, o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Governo de PE, Jayme Asfora, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Adalberto de Oliveira, além de representantes da ALEPE, Tribunal de Contas do Estado, Universidade Católica, dentre outros órgãos. Todos, em uníssono, ratificaram a importância do novo espaço e a contínua defesa da democracia. 

Em sua fala, o prefeito Flávio Gadelha também relembrou os feitos históricos do município e aproveitou para destacar que a Praça, totalmente renovada, não só surge para servir de memória, mas igualmente para dar vida a novas histórias, que terão o equipamento de lazer recém-chegado como palco.

O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo que pede a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil), votou pela improcedência da ação. Isso significa que ele entendeu que as acusações não procedem e que o cargo conquistado por Moro no senado deve ser mantido.

O segundo desembargador a votar, José Rodrigo Sade, pediu vista. Com isso, a continuidade da sessão ficou marcada para a quarta-feira (3). As duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que pedem a cassação do mandato de Sergio Moro começaram a ser julgadas às 14h de hoje, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), em Curitiba.

Moro responde por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022. Ele foi eleito com 1,9 milhão de votos. As ações contra ele possuem teor similar e serão julgadas em conjunto pela corte. Além do relator, outros seis desembargadores irão votar.

Todos os membros da Corte votam, inclusive o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, porque os processos envolvem possível perda de mandato. Em ações sem esse tipo de especificidade, o presidente só votaria em caso de empate.

Coluna do Estadão

Pressionada de todos os lados, a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, quer ganhar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a promessa de que seu partido, o PCdoB, continuará à frente da pasta caso ela deixe o cargo para ser candidata a prefeita de Olinda (PE). Nos bastidores, auxiliares palacianos, no entanto, avaliam ser difícil firmar um compromisso desse com uma sigla (embora fiel) de apenas sete deputados.

O PCdoB está rachado sobre a ideia. Em Pernambuco, os comunistas entendem que a candidatura da ministra é competitiva e fundamental para a sobrevivência política da sigla no Estado. Já a direção nacional vê risco real de a aventura eleitoral custar o único ministério do partido. Procurada, Luciana Santos não quis se manifestar. Aliados dizem que ela resiste à ideia de ser candidata.

O Palácio do Planalto, neste momento, prefere não trabalhar com a hipótese de troca ministerial para não despertar um ataque especulativo. Luciana Santos não comunicou oficialmente que deixará o cargo. Nenhum outro ministro é cotado para disputar as eleições municipais. Pela legislação eleitoral, os ministros de Estado precisam deixar o posto até 6 de junho para se candidatar.

Aliados da ministra de Ciência e Tecnologia lembram que, nas tratativas para a reforma ministerial de setembro, Lula considerou remanejá-la para acomodar o Centrão no governo. O PSB, que se sente desprestigiado pelo presidente, também tem interesse em voltar à pasta que historicamente foi comandada pelo partido. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em 2014, foi ministro entre 2004 e 2005, no primeiro governo Lula.

Se realmente decidir disputar as eleições municipais, Luciana gostaria de indicar a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) para o ministério. Outra opção seria o deputado federal Renildo Calheiros (PCdoB-PE). Mas interlocutores palacianos temem novas críticas da opinião pública se a representação feminina no governo federal diminuir ainda mais.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu, hoje, um alerta de chuvas para duas regiões do Estado. De acordo com a Apac, o alerta é de estado de observação, principalmente nos períodos da tarde e noite.

São esperadas chuvas com intensidade moderada, mas algumas áreas podem ocorrer pancadas maiores num curto intervalo de tempo. As áreas onde há previsão de chuvas, de acordo com a Apac, são Agreste Central e Setentrional e Sertão de Pernambuco.

“Estamos com atuação do Sistema Meteorológico conhecido como l Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), sistema comum neste período que provoca chuvas no Sertão e Agreste, principalmente nos períodos da tarde e noite, em todas as regiões mais ao norte”, informou a Apac em nota.

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná começou a julga nesta segunda-feira, 1º, as ações que atribuem abuso de poder econômico e caixa 2 ao senador Sérgio Moro (União-PR). Os processos foram movidos pelo PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e podem resultar na inelegibilidade do ex-juiz da Operação Lava Jato e ex-ministro da Justiça.

A Corte Regional reservou três sessões para o julgamento, que pode tomar ainda os dias 3 e 8 de abril. A previsão é a que a decisão do TRE saia no dia 8. Além disso, a Corte estima que, em caso de eventual recurso ao Tribunal Superior Eleitoral, as ações lá aportem em maio. As informações são do Blog do Fausto Macedo, do Estadão.

O Tribunal Regional Eleitoral entendeu que é necessário quórum completo para analisar o caso, em razão de se tratar de um processo que pode resultar em perda de mandato. Assim, o presidente, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, também vai votar no julgamento, sendo que, normalmente, ele só se manifesta em caso de empate.

O julgamento teve início com as sustentações orais da parte: primeiro as manifestações dos autores das ações (PT e PL) e da Procuradoria Regional Eleitoral e depois da defesa de Moro. Em seguida, o relator do caso Luciano Carrasco Falavinha, vai ler seu voto sobre o caso, dando o parecer a favor ou contra a condenação de Moro. Terá início então o momento de debates e de votação dos demais desembargadores do TRE-PR.

PL fala em ‘precedente necessário’; PT diz que ‘pré-campanha não é terra sem lei

O advogado Bruno Cristaldi, que representa o PL na ação, apontou que o total de gastos da campanha de Moro, calculada pela legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, totalizou R$ 5,5 milhões – o correspondente a 300% do limite que seria permitido de 30% do que seria a despesa, em média, de um candidato. O advogado deu ênfase a valores não computados pelo Ministério Público quando do cálculo do valor de campanha do senador, citando por exemplo a contratação de uma pesquisa sobre o apoio de evangélicos ao ex-pré-candidato à Presidência.

Cristaldi rebateu a alegação de que o julgamento pode estabelecer um ‘precedente perigoso’. “Precedente perigoso é pra quem pensava em burlar a lei ou institucionalizar esse caminho de se lançar uma candidatura inicialmente com teto de gastos extremamente maior e depois registrar a candidatura num menor e usufruir de um limite de gastos 20 vezes maior de pré-campanha. Se esse é o precedente que está a lançar quando se está a tratar de downgrade de candidatura, ele é necessário não perigoso”, anotou.

Tanto Cristaldi como Luiz Eduardo Peccinin, que representa o PT na ação contra Moro, citaram o julgamento que culminou na cassação da senadora Selma Arruda. O advogado do PL destacou como tal caso contribui com ‘experiência’ e ‘parâmetros com segurança da jurisprudência’ para orientar a análise do caso de Moro. Peccinin ressaltou que o caso de Moro é similar ao de Selma e talvez seja ‘pior’, considerando o volume de dinheiro envolvido, ‘muito maior’.

Segundo o advogado do PT, Moro e seus suplentes ‘se não tinham intenção clara de abusar, assumiram totalmente os riscos’ de fazê-lo. Peccinin citou documentos que constam nos autos do processo, como um e-mail em que o União Brasil alertou sobre o excesso de gastos na pré-campanha, e deu ênfase a um ‘parecer suicida’, assinado pelo 1º suplente de Moro, sobre os limites da pré-campanha.

“Espero que a corte não legitime essa manobra contábil feita as claras e a luz do dia para propósitos claríssimos nos autos. Espero que não tenha que falar que pré-campanha é terra sem lei, porque não é. Temos uma lei muito clara sobre limite de gastos e jurisprudência bem solida sobre queimar a largada numa disputa eleitoral. Me preocupo se isso daqui for legitimado, porque já estamos em pré-campanha”, anotou.

‘Esquizofrenia absoluta’, alega defesa de Moro

O advogado Gustavo Guedes argumentou a ‘esquizofrenia absoluta’ das ações contra Moro, desde o dia 1 do processo. Sustentou que o PL e o PT apresentaram valores diferentes de suposto abuso do senador. Destacou que o ex-juiz ‘foi traído pelo Podemos’. “Não há lei que regule pré-campanha no Brasil, essa história de que o valor da pré-campanha é o valor que se pode ter antes é mentira. Não tem como prestar conta de pré-campanha. Nem o Moro e nem ninguém que prestar conta, nem o Janones, nem Eduardo Leite”, frisou.

Após as manifestações, se dará um dos principais momentos do julgamento, a leitura do voto do relator, o desembargador Luciano Carrasco Falavinha. Os demais integrantes da Corte regional poderão então debater os tópicos sensíveis do caso e apresentarem seus votos. Segundo o TRE-PR, os desembargadores não tiveram acesso ao voto dos demais.

Segundo Guedes, Moro ‘definitivamente não’ se elegeu no Paraná por uma pré-campanha ‘mais robusta’. O advogado ainda defendeu que o caso Selma Arruda ‘não guarda nenhuma relação’ com o caso do ex-juiz da Lava Jato, considerando que o pivô da cassação da parlamentar era um recurso privado de seu primeiro suplente.

O advogado de Moro sustenta que, até este julgamento sobre o caso do senador ‘não há critério no Brasil sobre pré-campanha’. Guedes diz que, até agora, ‘não há parâmetro confiável’ sobre o tema. “Nada há de ilegal. Moro não se elegeu por conta de uma pré-campanha, se elegeu porque o paranaense assim queria elegê-lo por conta de todo o histórico do combate a corrupção e assim foi feito”, frisou.

O advogado Cassio Prudente, que também representa Moro, tomou a tribuna para tratar das diferenças entre o caso Selma Arruda, de caixa 2, e o de Moro, de suposto abuso de poder econômico. Segundo ele, no caso da ex-senadora lhe foi imputado uma ‘circunstância específica de gastos típicos de pré-campanha’.

“Aqui tudo foi feito as claras. Prestado contas à justiça eleitoral. Não há alegação da ilicitude da destinação de gastos”, indicou. Não há argumento sólido sobre caixa 2. Não há nada comprovado sobre ‘triangularização’ de recursos. A tese de antecipação de gastos (nesse caso) é frágil”, seguiu.

Prudente reforçou a tese de que não há critério para avaliar pré-candidatura e defendeu que, ao analisar se a pré-candidatura de Moro foi exorbitante ou não, estabelecerá novos critérios, que o ‘legislador falhou em regulamentar’. Nessa linha, segundo o advogado, a Corte até pode estabelecer balizas sobre o tema, mas para candidaturas futuras.

Procuradoria reforça pedido de cassação

A Procuradoria Regional Eleitoral já havia defendido a condenação de Moro. Para o órgão, os gastos na pré-campanha de Moro excederam o limite razoável. O parecer lista despesas com viagens, coletivas de imprensa, assessoria de comunicação, serviços de advocacia e locação de veículos, entre outros.

Em manifestação no julgamento desta segunda, 1, o procurador regional eleitoral Marcelo Godoy reforçou que a autorização para despesas de pré-campanha ‘não pode implicar em carta branca para o emprego irrestrito de recursos financeiro para a promoção pessoal e de eventual pré-candidatura. Segundo ele, não faltam indicações do TSE quanto a necessidade de ‘modicidade’ das despesas de pré-campanha.

O procurador também lembrou que o Ministério Público não acolhe fundamentos do PT e do PL quanto a outros pedidos, referentes a supostos gastos ilícitos, corrupção e uso indevido dos meios de comunicação, ‘por não ter encontrado respaldo na prova dos autos’.

Segundo Godoy, não é necessário que as despesas sejam ilícitas, ‘mas fala-se da aplicação de recursos que podem levar a um de nível do pleito, com impulsionamento da imagem do pré-candidato’.

Tramitação

Caso haja algum pedido de vista, o processo será incluído na pauta da sessão seguinte. O processo ainda poderá ser debatido pelo Tribunal Superior Eleitoral, em grau de recurso.

As ações em pauta no TRE do Paraná também têm como alvo os suplentes de Moro, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra. A defesa da chapa nega todas as imputações.

Em dezembro, o senador prestou depoimento sobre as acusações de abuso econômico e caixa 2 nas eleições 2022. Na ocasião, negou irregularidades e se recusou a responder às perguntas formuladas pelas partes, entre elas o PT.

Moro também está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, investiga se Moro usou a magistratura com fins político-partidários e cometeu irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Operação Lava Jato.

O que o PL imputa ao ex-ministro de Bolsonaro?

Na ação em tramitação no TRE, o PL sustenta que a pré-campanha de Moro foi ‘irregular’ e causou ‘desequilíbrio eleitoral’, desde o momento em que o senador divulgou sua filiação ao Podemos e a pré-candidatura ao cargo de presidente da República, até ele ser eleito pelo União Brasil ao Senado pelo Paraná.

“Os investigados orquestraram conjunto de ações para usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente, ferindo a igualdade de condições entre os concorrentes ao cargo de Senador no Estado do Paraná”, argumentou o partido.

O que o PT imputa ao algoz de Lula na Lava Jato?

Já o partido de Lula aponta indícios de que Moro usou ‘recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Campanha, além de outras movimentações financeiras suspeitas, para construção e projeção de sua imagem enquanto pré-candidato de um cargo eletivo no pleito de 2022, independentemente do cargo em disputa’.

“Há diversos indicativos de que em conluio, os investigados realizaram triangulação de valores do fundo partidário e do fundo eleitoral também entre os dois partidos políticos pelo qual o ex-juiz foi pré-candidato, praticando inúmeras ilicitudes que afrontam expressamente as normas eleitorais, além de poderem configurar ilícitos comuns, a serem apurados pelos órgãos competentes”, sustentou o PT.

O processo movido pelo PT imputa a Moro captação ilícita de recursos, abuso de poder econômico, apropriação de recursos ou valores destinados ao financiamento eleitoral e possíveis crimes de caixa 2 e lavagem de recursos públicos.

A procuradoria de Justiça da Alepe não acatou a solicitação do líder da bancada do União Brasil, deputado Romero Sales Filho, para que Socorro Pimentel substitua Romero Albuquerque na vice-presidência da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ).

No entendimento da procuradoria da Alepe, a troca é impossível, uma vez que de acordo com as regras da CCLJ, Romero Albuquerque foi eleito para cumprir um mandato de dois anos como vice-presidente, portanto, não pode ser substituído.

A tentativa de troca foi uma manobra da base aliada ao Governo do Estado para garantir mais um voto favorável ao projeto do Executivo Estadual que extingue as faixas salariais dos policiais militares e bombeiros de forma escalonada, até o ano de 2026. A votação das emendas feitas ao projeto volta à pauta da Comissão amanhã, após ter sido retirado de pauta, pela deputada Débora Almeida (PSDB), semana passada.