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Torres volta a negar reuniões sobre ‘medidas antidemocráticas’

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres voltou a negar, hoje, em nota divulgada pela defesa, que tenha participado de reuniões no governo Jair Bolsonaro “para tratar de quaisquer medidas antidemocráticas”.

A nota foi divulgada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirar o sigilo de 27 depoimentos colhidos pela Polícia Federal no inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado para invalidar as eleições de 2022.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros de seu governo e militares estão entre os investigados. O nome de Anderson Torres é citado diversas vezes nesses depoimentos.

O advogado Eumar Novacki diz, na nota, que “vai requerer nova oitiva ou eventual acareação, além de outras providências necessárias à elucidação do caso”.

“Anderson Torres mantém sua postura cooperativa com as investigações e seu compromisso inegável com a democracia”, diz a nota.

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

“E aí, Zé Múcio, até quando você vai ficar passando pano na cabeça dos militares?” – perguntou o deputado federal Rui Falcão (PT-SP) ao ministro da Defesa tão logo o encontrou na festa, ontem, em Brasília, do ex-ministro José Dirceu de Oliveira, que completará, amanhã, 78 anos de idade. As informações são do Blog do Noblat.

Travou-se então o seguinte diálogo:

“Por que, Rui, você quer que eu saia do governo?” – retrucou José Múcio, sorrindo.

“Quero, sim, Zé. Por mim, você sequer teria entrado no governo”, – disse Falcão, entre sério e sorridente.

“Estou cumprindo a missão que o presidente me deu” – justificou-se o ministro. “Os militares são de paz.”

“De paz? Mas quase tivemos outra vez um golpe como o de 64” – insistiu Falcão. “E Bolsonaro está solto e circulando por aí a fazer agitação contra o governo. Só prenderam pé-rapado até agora.”

Falcão respirou e foi em frente:

“É um absurdo vocês forçarem o presidente a cancelar eventuais manifestações pela passagem dos 60 anos do golpe. As pessoas têm o direito de celebrar seus mortos”.

Múcio admitiu que os militares ficariam melindrados. Afinal, por decisão deles mesmos, as Forças Armadas não lembrarão no próximo dia 31 o que aconteceu naquele dia há 60 anos.

Falcão falou então sobre a proposta de emenda à Constituição, apresentada pelo Ministério da Defesa, que proíbe o retorno à caserna de militares que dela saírem para disputar cargos eletivos.

A proposta dorme há meses numa gaveta do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. “E por que ela ainda não foi enviada ao Congresso?” – perguntou Falcão a Múcio. Que respondeu: “Logo será”.

Falcão lembrou que seu colega deputado Ricardo Zarattini (PT-SP) é autor de uma proposta de emenda à Constituição, ainda em construção, que acaba com operações de Garantia da Lei e da Ordem e transfere para a reserva o militar que assumir cargo público.

Zarattini está à caça de mais assinaturas de deputados em apoio à emenda, contou Falcão ao ministro da Defesa, pedindo-lhe ajuda para conseguir tal coisa. Múcio sugeriu:

“Vamos almoçar e conversaremos”.

“Você não vai cantar [na festa]?” – perguntou Falcão, esfriando o tom do diálogo.

“Eu não tenho mais cantado. Nem trouxe o violão” – disse Múcio.

Àquela altura, a casa do advogado Marcos Meira, no Lago Sul, local da festa, estava repleta de nomes graúdos da República. O vice-presidente Geraldo Alckmin acabara de chegar.

Ao todo, compareceram nove ministros, entre eles Fernando Haddad (Fazenda) e Nísia Trindade (Saúde). E mais o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e candidatos à sua vaga.

Não faltaram as três ex-mulheres de Dirceu: Clara Becker, Simone Pereira e Evanise Santos. Nem sua atual namorada: Danyelle Galvão, juíza substituta do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Antes de deixar Múcio em paz para cumprimentar Alckmin, Falcão reclamou do atraso no envio ao Congresso de projeto que cria a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos.

O projeto também repousa na gaveta de achados e perdidos do ministro Rui Costa, da Casa Civil. Múcio disse que vai tentar saber por que o projeto encalhou.

Toca Jabô

Jornal O Poder

José Paulo Cavalcanti Filho é três vezes imortal. Academias de Pernambuco, Brasileira e de Lisboa. Recentemente, recebeu a notícia de sua morte. Passado o susto, viu que estava vivo de novo. Portanto, ainda tem quatro mortes para morrer.

Uma para cada imortalidade. No caso dele, são três. E uma morte inevitável, que acomete deuses, heróis, semideuses e até humanos. José Paulo, Zé Paulinho para, digamos, Deus e o outro mundo, contou sua inusitada experiência aos nossos leitores.

O Poder – O senhor tirou férias e morreu. Como foi isso?

Zé Paulinho – Foi assim. O ilustre Francisco Queiroz Cavalcanti, ex-presidente do TRF da 5ª Região, me mandou mensagem que recebeu pelo zap: “Pesar pelo passamento de Zé Paulinho, contemporâneo de trajetória democrática, acima de tudo. Sempre com opiniões firmes, mesmo que eu pudesse dele discordar nos últimos tempos. Mas ele argumentava com muita propriedade. Valorizava o estudo, a cultura. Inesquecível será, pois era e é um expert em Fernando Pessoa. Perde a cultura; vai-se um imortal. Zé Paulinho estava no patamar de quem se cuidou intelectualmente: um leitor, um analista da cena nacional política e cultural. Claro que isso faz uma falta danada. Não era um ser raso. Muito ao contrário. Acompanhava-o pelos seus artigos, nos jornais. Pelos seus debates da CBN, com as suas agudas análises. Um independente no pensar!!! Repito: um independente no pensar!!! Meus duplos respeitos ao ser humano e ao homem da cultura. Condolências aos colegas do MP-PE. A.S.F. 20/01/2024”.

A notícia foi ruim, mas o elogio foi consagrador. O que fazer numa situação dessas?

Eis a questão. Mal não estava, pelo contrário, que no momento da ligação jogava tênis. Ainda vivo, claro, e pode lá um morto jogar tênis? Como se responde a uma notícia dessas, que se alastra como fogo subindo morro ou água descendo? Para minha sorte, o amigo Luiz Andrade logo esclareceu o ocorrido em mensagem no zap da APLJ: tratava-se do falecimento de um homônimo ilustre. Minhas condolências à família enlutada.

Qual sua reação em seguida?

Pelas circunstâncias, nem deu para ficar com raiva. O autor da nota agiu de boa fé e foi até simpático. E enganos assim podem ocorrer. Seja como for já digo a quem quiser escrever sobre minha morte inevitável, algum dia (lá pelos anos 2070 ou mais, espero). Guarde essa entrevista. Quando chegar minha hora, já estará tudo pronto. Basta só copiar, que vou ficar satisfeito com os elogios.

Dessa o senhor escapou. Mas na definitiva, como gostaria de ser enterrado no Mausoléu dos Imortais?

Primeiro é ser enterrado com charuto e caixa de fósforos junto, pelo sim pelo não… Segundo, com óculos. Até porque nasci usando. E não tiro para nada, sequer para mergulhar no mar.

Para que óculos? O senhor acredita na vida depois da morte?

Não acredito em céu, mas vai ver que exista. Também não acredito que mereça ir prá lá, mas quem sabe vá. O risco é chegar e, na entrada, um cidadão vir falar

Tudo bem? amigo Zé Paulo.

E eu, sem ver nada caso não esteja com os tais óculos.

Perdão, mas quem é Vossa Senhoria?

Não estás me reconhecendo? Rapaz, sou J. Cristo. Imagine a cena. Era capaz de morrer de vergonha.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

O deputado federal Zeca Dirceu (PT) é o entrevistado de amanhã do programa Ponto Final, da TV Jovem Pan. A edição, que começa às 23h30, marca a estreia do jornalista Zé Maria como âncora do programa.

Entre os temas abordados na entrevista estão as eleições municipais de 2024, o apoio do governo no Congresso, conflitos entre Supremo e Legislativo e a legislação eleitoral. A transmissão será pela TV Jovem Pan, pelo canal da emissora no YouTube e pela plataforma de streaming “Panflix”.

Ipojuca - Minha rua top

O deputado federal e pré-candidato do PL à Prefeitura de Caruaru, Fernando Rodolfo, ironizou o anúncio feito pelo prefeito Rodrigo Pinheiro sobre a programação do São João do município. O parlamentar chamou de “agonia típica de um prefeito inexperiente” a atitude do gestor, que prometeu lançar o evento sem sequer ter os artistas confirmados. 

“Desde que assumiu, em 2022, esse prefeito só quer festa, não quer trabalhar. A cidade está abandonada e perdendo o seu protagonismo. E ele agoniza se agarrando onde pode, usando nossa maior festa como válvula de escape para sua incompetência. Mas essa mentira não vai durar muito tempo, tem prazo”, afirmou Fernando Rodolfo.

O deputado reforçou que é preciso discutir a cidade em vez de apenas se preocupar com festa. “Não pode continuar assim, precisamos colocar Caruaru de volta ao trabalho, buscar soluções para os problemas do dia a dia, que a prefeitura deixou acumular nesses dois anos e não resolveu. Ele deveria estar discutindo e trabalhando com a população sobre saúde, educação, segurança e desenvolvimento”, concluiu o pré-candidato do PL.

Camaragibe Agora é Led

Sumido da cena política, depois de enxotado do comando nacional do PSDB, o ex-deputado Bruno Araújo aterrissou, ontem, no Recife, e foi direto para um evento com o presidente nacional tucano, Marconi Perillo, apenas para servir de tarefeiro, provavelmente para bajular a governadora Raquel Lyra.

Em sua fala no ato, numa indireta ao presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto, Bruno disse que quem se comporta com uma postura contrária ao Governo Raquel, “trabalha contra Pernambuco”. Políticos que conhecem de perto a trajetória de Bruno, disseram ao blog que ele, na ânsia de querer agradar à governadora, revelou seu lado mais perverso: a ingratidão.

Em todos os mandatos que disputou em Pernambuco antes de pendurar as chuteiras por falta de voto, a pior inelegibilidade para um político, Bruno, o “Carioca”, como é mais conhecido, por ter abandonado o sotaque arrastado do nordestino, contou com apoio da família Porto, seja quando começou a carreira como deputado estadual, seja para um voo mais alto de deputado federal e até para senador.

A ingratidão é uma escolha consciente, uma virtude do pior tipo de esperto, que sabe tirar o máximo proveito das situações sem se preocupar com os outros.

Citi Hoteis

O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, afirmou à Polícia Federal em depoimento que “não concorda” com as suspeitas levantadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido, sobre a lisura das urnas eletrônicas e do resultado da eleição de 2022.

O trecho consta no depoimento de Valdemar à PF no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado para subverter aquelas eleições.

O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, afirmou à Polícia Federal em depoimento que “não concorda” com as suspeitas levantadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido, sobre a lisura das urnas eletrônicas e do resultado da eleição de 2022.

O trecho consta no depoimento de Valdemar à PF no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado para subverter aquelas eleições.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

Pela primeira vez na história da Prefeitura de Olinda, uma mulher assume a Procuradoria Geral do Município. A advogada Dayseanne Monteiro assumiu o posto, ontem, e aumentou a lista de órgãos chefiados por mulheres. Somando as 16 secretarias, a Procuradoria, a Agência de Desenvolvimento e Geração de Emprego e Renda de Olinda e o Olimprev (Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Olinda), 12 mulheres ocupam o cargo mais alto.

“É uma honra e um privilégio ocupar esse posto. Mais do que nunca significa o reconhecimento e a importância de se ter uma mulher ocupando espaços que, historicamente, eram dos homens. Cada vez mais, isso demonstra que estamos caminhando para uma sociedade mais igualitária, onde as mulheres podem ser ouvidas e estarem representadas em espaços de destaque e liderança”, ressaltou Dayseanne.

Na nova missão, a procuradora quer deixar a marca de um órgão que esteja cada vez mais próximo das demais secretarias. “Para não ser apenas um órgão de representação judicial, mas também de acompanhamento, aconselhamento e assessoramento”.

Dayseanne Monteiro é formada em Direito e pós-graduada em Licitações e Contratações Públicas. Sua atuação no serviço público tem foco no Direito Administrativo, licitações e contratações. Ela atuou como procuradora no município de Moreno e foi secretária de Administração de Igarassu, também prestando assessoria jurídica em Jaboatão dos Guararapes. Em Olinda, coordenou a Central de Licitações e foi subprocuradora extra-judicial.

Caruaru - Geracao de emprego

Prego batido e ponta virada. O deputado estadual Lula Cabral é pré-candidato a prefeito do Cabo de Santo Agostinho pelo Solidariedade. O anúncio foi oficializado, na manhã de hoje, pela vice-presidente nacional do partido, Marília Arraes, durante entrevista na rádio Cabo FM. Três vezes prefeito do município e cumprindo o quarto mandato na Assembleia Legislativa, Lula é uma das maiores lideranças políticas da região metropolitana sul. 

Com pouco mais de 203 mil habitantes, o Cabo responde pela 5ª maior economia de Pernambuco e tem um papel estratégico no desenvolvimento do estado. “Lula Cabral conhece o Cabo como ninguém. Seu compromisso com a cidade, com a população é inquestionável e traduz o jeito com o qual ele faz política. Lula é uma pessoa de palavra e estamos muito felizes em poder dizer não só que ele é o nosso pré-candidato, mas que foi o melhor prefeito que o município já teve e que voltará a ocupar esse posto”, destacou Marília. 

Maior liderança do partido em Pernambuco e um dos principais nomes da oposição ao Governo do Estado, Marília destacou ainda a postura política de Lula Cabral no legislativo estadual. “Nossa caminhada, lado a lado, é antiga. Eu era ainda muito jovem quando ele me disse: você tem coragem, vamos seguir junto! E aqui estamos nós. O diálogo e a transparência de Lula são exemplares”, afirmou a ex-candidata ao Governo de Pernambuco, que em 2022, conquistou mais de 50,8 mil votos no segundo turno das eleições no Cabo, 7º maior colégio eleitoral do estado. 

Animado, Lula Cabral enfatizou sua disposição para a disputa. “O Cabo é uma cidade que tem um papel crucial para Pernambuco, em especial para a Região Metropolitana. Mas hoje, o município está muito aquém de sua capacidade, afogado em problemas graves, por falta de uma gestão comprometida e eficiente. Nós sabemos o que o Cabo precisa e sabemos como fazer. Já fizemos e vamos fazer de novo!”, afirmou Lula. 

Ao lado de Lula, que além de pré-candidato é o presidente municipal do Solidariedade, Marília recebeu dezenas de novos filiados para abonar suas fichas de filiação ao partido. Sob o comando da dupla, a chapa proporcional segue crescendo. Entre os pré-candidatos a vereador já confirmados estão lideranças como: João Turbina; Sueleide; o ex-procurador do município, Dr Moura; a defensora pública Heloisa Helena e Aline Costa, presidente da Associação Missão Adonay (AMA).

O Solidariedade já está presente em 120 dos 184 municípios pernambucanos e segue crescendo. Além de centenas de pré-candidatos a vereador o partido já tem mais de 20 candidaturas majoritárias confirmadas.

Belo Jardim - Patrulha noturna

Blog do Fausto Macedo

O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro no centro de articulações golpistas para anular o resultado das eleições de 2022.

Em prestado à Polícia Federal no dia 1º de março, no inquérito do golpe, o general afirmou que Bolsonaro convocou reuniões no Palácio do Alvorada, após o segundo turno, e “apresentou hipóteses de utilização de institutos jurídicos como GLO (Garantia da Lei e da Ordem), estado de defesa e sítio em relação ao processo eleitoral”.

A minuta golpista apreendida pela Polícia Federal teria sido apresentada em um encontro na residência oficial no dia 7 de dezembro de 2022, segundo o ex-comandante do Exército. “Bolsonaro informou que o documento estava em estudo e depois reportaria a evolução aos comandantes”, diz um trecho do termo de depoimento. A defesa do ex-presidente foi procurada, mas ainda não se manifestou.

Gomes Freire contou que o convite para comparecer ao Palácio do Alvorada foi enviado pelo então presidente por meio do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, mas que o tema da reunião não foi informado previamente. O encontro, segundo o depoimento, aconteceu na biblioteca da residência oficial.

Foi o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, preso na Operação Tempus Veritatis, quem “leu os considerandos e fundamentos jurídicos da minuta”, narrou Freire Gomes.

O general também contou que uma versão diferente do documento foi apresentada em outra reunião, desta vez com os chefes das Forças Armadas e o ministro da Defesa. O rascunho, segundo Freire Gomes, previa a decretação do estado de defesa e a criação de uma comissão de regularidade eleitoral para apurar a “conformidade e legalidade” das eleições. Os dois pontos estavam presentes na minuta apreendida na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que negou saber a autoria do documento.

Gomes Freire alegou à PF que “sempre deixou evidenciado ao então presidente que o Exército não participaria da implementação desses institutos visando reverter o processo eleitoral” e que Bolsonaro “não teria suporte jurídico” para anular o resultado da eleição. O chefe da Marinha, almirante Almir Garnier, teria se colocado à disposição do ex-presidente, de acordo com o general.

A Polícia Federal também questionou o ex-chefe do Exército sobre a carta escrita por oficiais da ativa quando bolsonaristas radicais acampavam próximo a instalações das Forças Armadas. O texto pedia medidas para “manutenção da Garantia da Lei e da Ordem e da preservação dos poderes constitucionais”.

Gomes Freire disse que considerou a iniciativa uma tentativa de fazer pressão para que os comandantes aderissem ao plano golpista. “Após verificarem que comandantes não iriam aceitar qualquer ato contra democracia, começaram a realizar ataque pessoais”, afirmou.

Mensagens apreendidas pela PF mostram que o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, liderou uma campanha velada, mas agressiva, de pressão a oficiais das Forças Armadas que rejeitaram aderir ao plano golpista. Em um dos diálogos, em dezembro de 2022, Braga Netto afirma que a “culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do general Freire Gomes”. “Omissão e indecisão não cabem a um combatente”, acrescenta o ministro. “Oferece a cabeça dele. Cagão.”

Vitória Reconstrução da Praça

O ex-presidente Bolsonaro (PL) e seu grupo político têm vinculado o apoio à sucessão na Câmara e no Senado, em 2025, à articulação de um projeto que vise anistia para Bolsonaro se condenado pela Justiça.

Segundo aliados do ex-presidente, hoje, Bolsonaro tem uma situação mais confortável na Câmara – mas com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, acreditam que mesmo se passar com deputados uma eventual anistia para crimes cometidos seria barrada na Casa ao lado.

Ocorre que Bolsonaro e seus amigos contam com a troca de guarda – e, mais: afirmam que a discussão já faz parte, inclusive, do pacote de apoio à reeleição de Davi Alcolumbre (UNIÃO BRASIL). A conta dos Bolsonaro é a seguinte: a direita deve fazer a maioria do Senado em 2026. Logo, se Alcolumbre – caso eleito, hoje favorito – quiser apoio para a sua reeleição – precisa discutir projeto que beneficie Bolsonaro.

Entre os apoiadores de Bolsonaro nessa empreitada estão partidos como PL, do próprio ex-presidente, e o PP. E não falam em PEC- falam em proposta que precise de maioria simples. Como o blog da Andréia Sadirevelou, no ano passado, a proposta de uma anistia a Bolsonaro vem sendo discutida há mais de um ano pelo grupo político do ex-presidente. 

Com o avanço das investigações, neste ano, voltou a ser discutida de forma concreta- e buscam apoios pela política já que não acreditam que a Justiça não condene Bolsonaro.

Portanto, se for adiante, pode-se prever um novo embate entre Judiciário e Legislativo, além do próprio Executivo.

Na semana de trabalho em Brasília, dei uma passadinha na redação do site Poder360, do meu amigo Fernando Rodrigues, para dar um abraço em Houldine Nascimento. Egresso do meu blog, onde se revelou como um dos melhores quadros da equipe, o jovem Nascimento atua na equipe de Rodrigues cobrindo a área econômica. Além de excelente profissional, texto irrepreensível, é gente da melhor qualidade.

Série governadores: Carlos Wilson Campos

Capítulo 10

Em 1986, quando Miguel Arraes convidou Carlos Wilson Campos para compor a sua chapa como candidato a vice, acabou fazendo um gol de placa: já no seu terceiro mandato de deputado federal, Cali, como era tratado carinhosamente, era uma quase unanimidade entre os partidos que se uniram em apoio a Arraes na chamada Frente Popular de Pernambuco.

Filho do ex-senador Wilson Campos, em Brasília, Cali já transitava fácil. De tão articulado, chegou a ser eleito primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, cargo correspondente a uma espécie de prefeito da Casa. Extremamente habilidoso, Cali teve papel fundamental na campanha de Arraes.

Uma campanha, diga-se de passagem, que ficou marcada na história de Pernambuco como uma das mais emocionantes e simbólicas do ponto de vista de envolvimento do eleitorado. De volta do exílio, esperado como a tábua de salvação das camadas pobres que não aceitaram sua deposição pelo golpe militar de 64, Miguel Arraes adentrou pela porta que saiu do Palácio das Princesas nos braços do povo.

Como vice-governador, ajudou a destravar as demandas do Governo do Estado em Brasília pelo livre trânsito que detinha. Após a renúncia de Arraes para disputar um mandato de deputado federal, assumiu o Governo de Pernambuco em abril de 1990, para um mandato-tampão de 11 meses. Apesar do exíguo tempo, Cali imprimiu uma marca própria, mudou secretários, concluiu obras deixadas por Arraes e saiu com imagem de bom gestor.

Sua primeira vitória foi o fim da greve de professores que já durava 29 dias. Priorizou a questão hídrica. Duplicou o sistema de Botafogo e deu início à construção da barragem de Pirapama para reduzir o grave problema de racionamento de água na Região Metropolitana. Abriu novas vias litorâneas, para facilitar o acesso às praias ligando Pernambuco a Alagoas. Na área de segurança, reduziu a criminalidade, graças ao desempenho do então secretário João Arraes, ex-vereador do Recife. Abriu também o Hospital Regional de Salgueiro, hemocentros, e ampliou os programas de irrigação no semiárido.

Um ano após encerrar o mandato-tampão, Cali assumiu em 1992 a Secretaria Nacional de Irrigação, a convite do então presidente Itamar Franco. Em 1994, foi eleito senador por Pernambuco pelo PSDB numa eleição consagradora, sendo eleito por uma espécie de candidato de terceira via, derrotando um dos candidatos apoiados por Arraes, com quem havia rompido.

Naquela eleição, Arraes escolheu Roberto Freire e Armando Monteiro Filho como candidatos ao Senado, para repetir a façanha de 86, quando puxou os dois senadores – Antônio Farias e Mansueto de Lavor. Só que Cali acabou tomando a vaga de Armando, frustrando as expectativas e planos de Arraes em ter, mais uma vez, dois representantes na Casa Alta.

Nas eleições de 1998, Carlos Wilson Campos foi candidato a governador de Pernambuco, mas sem sucesso, ficando em terceiro lugar, num pleito no qual Jarbas Vasconcelos foi eleito com uma frente superior a mais de 1 milhão de votos para Miguel Arraes. No ano 2000, tentou outra majoritária, desta feita a Prefeitura do Recife pelo PPS, mas também acabou em terceiro lugar, sendo eleito João Paulo pelo PT, que derrotou Roberto Magalhães, que disputava a reeleição.

Já nas eleições de 2002, Cali tentou a reeleição para o Senado, mas não conseguiu emplacar. Filia-se ao Partido dos Trabalhadores em 2003, no que foi visto como uma traição a FHC e seu partido, o PSDB. Já militante petista, foi presidente da Infraero no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas eleições de 2006, depois de um bom trabalho na Infraero, foi eleito deputado federal pelo PT. Assumiu o novo mandato parlamentar em março de 2007, mas não conseguiu concluir o mandato, vindo a falecer em 2009, vítima de câncer.

Cassação por quebra do decoro parlamentar – Como senador da República, Carlos Wilson teve destaque na mídia nacional e entre as suas iniciativas propôs emenda à Constituição Federal prevendo a suspensão do mandato do parlamentar que responde a processo por ferir o decoro parlamentar. Apresentou também emenda à proposta relativa à reforma da Previdência Social, dispensando a expedição de precatórios judiciais para pagamento de obrigações de pequeno valor pela Fazenda Pública Federal, Estadual e Municipal.

O legado nas mãos do neto, da filha e do irmão – Além de vir de uma família política, tendo o pai Wilson Campos como referência e inspiração, um irmão também na vida pública, o ex-deputado André Campos, hoje no Banco do Nordeste, Cali fez a infusão do seu DNA político para o neto Lula da Fonte, deputado federal, filho do também deputado federal Eduardo da Fonte e de Camila Campos. Assim como o avô, Lula foi o parlamentar mais jovem eleito na sua legislatura. Entre os filhos, seu legado está nas mãos da filha Marcela Campos, atualmente superintendente do Metrô do Recife.

Inocentado na CPI – Por onde passou, Carlos Wilson fez amigos, principalmente no Congresso Nacional, até virar alvo da CPI do Apagão Aéreo, em 2007. Na ocasião, o então parlamentar chegou a ser acusado de irregularidades na reforma de aeroportos controlados pela Infraero, estatal que presidiu no primeiro mandato do presidente Lula. As investigações, entretanto, concluíram pela sua inocência, evitando o seu indiciamento no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito. Ele fora acusado por fraude em licitações, improbidade administrativa e formação de quadrilha.

Anistia e aproximação com Tancredo – Em 1979, como deputado, ao analisar o projeto que extinguiu o bipartidarismo, Carlos Wilson manifestou apoio ao pluripartidarismo. No mesmo ano, contrariando a liderança de seu partido, foi um dos 15 parlamentares da Arena que votaram a favor da emenda Djalma Marinho ao projeto da Anistia, visando torná-la ampla, geral e irrestrita. Dentro das represálias tomadas pelo governo federal contra “dissidentes”, uma tia sua, que dirigia a Funabem em Pernambuco, foi exonerada. Em novembro, com o fim do bipartidarismo e a reformulação partidária, ingressou no Partido Popular (PP), onde aproximou-se de Tancredo Neves.

O carrasco do FEPA – Governador, Carlos Wilson tomou uma decisão que provocou a ira dos deputados estaduais e, por tabela, vereadores do Recife, que também eram beneficiários, ao extinguir o famigerado FEPA, uma “mamata” que os nobres parlamentares contavam para efeito de aposentadoria e de recebimento dos seus proventos proporcionalmente. Já como senador, foi autor do projeto que extinguiu o Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), no âmbito da discussão da reforma da Previdência. Ainda como senador, presidiu a Comissão Especial de Obras Paralisadas, do Congresso Nacional, que investigou o número de obras federais incompletas nos Estados com desperdício do dinheiro público.

CURTAS

O GESTO E O DESMAIO – No dia 2 de fevereiro de 2009, Carlos Wilson fez um gesto histórico: mesmo doente e extremamente debilitado (passou quatro anos lutando contra um câncer), foi ao Congresso Nacional participar da eleição do novo presidente da Câmara. Mas ao final da sessão, desmaiou e não teve condições de votar em Michel Temer (PMDB).

O MAIS JOVEM – Vocacionado para a vida pública, Carlos Wilson foi eleito deputado federal pela Arena em 1974 com apenas 24 anos, na época o mais jovem parlamentar do País. A Arena foi o partido de sustentação do regime militar. Nele, integrou o chamado “Grupo Renovação”, que tentou apressar a democratização do País.

AMANHÃ TEM ROBERTO MAGALHÃES – A série prossegue amanhã trazendo o perfil de Roberto Magalhães, que governou Pernambuco de 83 a 86, derrotando Marcos Freire.

Perguntar não ofende: Ciro Gomes caiu numa fake ao querer criar um escândalo no Governo Lula?

Com a presença do prefeito do Paulista, Yves Ribeiro, a Procuradoria Geral Municipal finalizou, hoje, o treinamento para a utilização do moderno sistema Attus. A ferramenta inovadora, é uma das mais avançadas do país, vai simplificar as atividades dos procuradores, oferecendo segurança e potencializando os resultados do órgão. 

Dentre as inúmeras vantagens oferecidas, destaca-se a integração direta com o Tribunal de Justiça, permitindo o recebimento de citações e intimações eletrônicas. Além disso, o ajuizamento e protocolo de petições intermediárias.

O procurador Geral Municipal, Geraldo Lima, pontuou que a implantação da tecnologia de ponta vai trazer eficiência, diminuição dos prazos processuais, entre inúmeras vantagens. “Para a população será um grande benefício. Com a ferramenta, poderemos arrecadar de forma eficaz e oferecer mais serviços aos paulistenses”, frisou Geraldo.

O prefeito comentou sua satisfação com esse momento e agradeceu aos procuradores pelo compromisso com a Gestão Municipal. “A gente planta o que colhe, essa estrutura ainda é pequena mediante o que vocês representam para servir os que mais precisam”, destacou.

A procuradora Ivone Cabral, salientou que o Prefeito promoveu concurso público para Procurador no município em 2005, e agora, com visão de futuro, implementa a modernização dos serviços. “É um marco que ficará para a história do Paulista, finalizou Ivone.

A utilização da solução Attus e sua inteligência artificial contribuirão para otimizar a gestão de processos judiciais e tornar as informações mais acessíveis e transparentes para os cidadãos.

Uma das características mais elogiadas do Attus é a sua capacidade de automatização, que inclui a classificação automática de citações, intimações e petições iniciais conforme o inteiro teor, sugerindo as manifestações necessárias com seus respectivos prazos. 

O sistema também realiza a distribuição automática de processos e intimações, garantindo um equilíbrio na carga de trabalho entre os procuradores.

A assinatura digital em lote das manifestações elaboradas automaticamente com protocolo eletrônico integrado é outra funcionalidade que otimiza o fluxo de trabalho.

Em viagem a Pernambuco hoje, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, sugeriu candidatura presidencial da governadora Raquel Lyra. Mas o gesto, visto como uma forma de mantê-la na sigla, abriu um flanco para os adversários tucana. As informações são da Coluna do Estadão.

Interlocutores do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e também da ala mais ideológica do PT, vão usar a fala do dirigente para minar a aproximação de Raquel com o eleitorado lulista. O argumento é que, ao lançá-la como presidenciável, a governadora se tornará adversária do presidente Lula no futuro.

Como mostrou a Coluna, Marconi Perillo faz um périplo pelo Brasil, com foco em manter Raquel no partido. Ela, que é assediada pelo MDB e PSD, já pediu para os tucanos deixarem a oposição e se tornarem independentes, o que facilitaria sua vida em Pernambuco. No segundo turno da eleição de 2022, Lula recebeu quase 67% dos votos no Estado onde nasceu.

A solicitação foi rejeitada. Mas em Pernambuco, Perillo afirmou que Raquel teria toda a liberdade para construir parcerias com o governo Lula. A governadora aposta nessa aproximação para fazer entregas e, com isso, deixar o posto de governadora com a pior avaliação no Brasil, segundo pesquisa AtlasIntel.

O movimento ocorre num momento em que o PSDB enfrenta uma debandada de políticos, entre eles o deputado federal e ex-governador do Paraná, Beto Richa, que articula com o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro uma candidatura à prefeitura de Curitiba.

As investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes, mortos a tiros há 6 anos, chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF). A TV Globo apurou que o caso foi enviado ao STF, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), após ser identificado o suposto envolvimento de pessoa com foro privilegiado no Supremo.

Foro privilegiado é o termo que designa o fato de que algumas autoridades são julgadas diretamente pelo STF. São elas: presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, integrantes dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores. A apuração corre em sigilo e não há detalhes de quem seria a pessoa com foro citada nas investigações. Fontes da Polícia Federal afirmam que a corporação continua concentrada na investigação sobre o mandante do assassinato.

O deputado estadual Izaías Régis (PSDB) participou, hoje, da coletiva de imprensa realizada na sede do PSDB, no Recife, com o presidente nacional do partido, Marconi Perillo. Régis falou como deputado estadual da legenda e Líder do Governo. “Eu tenho a honra de estar na liderança do Governo Raquel Lyra, que eu tenho certeza que será o melhor governo que Pernambuco já teve. Também, sinto-me muito feliz de estar no PSDB, parabenizar aos que estão se filiando agora, e ao nosso presidente estadual, Fred Loyo, que embora não seja do ramo de política, porém, empresário, vem dando um show na condução e tem tudo para fazer do PSDB, o maior partido de Pernambuco”, disse.

Ontem, o parlamentar participou do ato de apoio do Podemos à reeleição do prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB), em Caruaru. “Não é fácil ser prefeito, mas, sei que Rodrigo vem acertando nessa gestão e vai continuar acertando. E não é, não mexer em time que está ganhando, não é o time, é o povo que está ganhando. Essa é a grande realização do político, quando o povo ganha. Foi assim que enxerguei em todos os meus mandatos. E sei que é assim que Rodrigo pensa, também”, afirmou.