Sebrae - Nat

José Loreto fala sobre críticas por interpretar Jesus e o Diabo: ‘Vieram com ódio’

Do gshow

Na noite de sexta (7), José Loreto se pronunciou sobre a polêmica envolvendo seu trabalho no Carnaval e sua próxima atuação: o ator, que desfilou caracterizado como “diabo” no desfile da Vila Isabel, interpretará Jesus no espetáculo “Paixão de Cristo”, que estreia na Semana Santa, em Recife.

Após uma repercussão negativa, Loreto explicou que o que mais lhe motiva na arte é representar personagens extremos, mocinhos e vilões, e fazer o público rir, chorar e se questionar. Desse modo, ele conta que não se incomoda com a existência do debate sobre interpretar Jesus e uma figura maligna, mas sim o teor de ódio nos comentários e mensagens que recebeu.

“E o pior, a grande maioria da pessoas que vieram com ódio tinham a justificativa do amor e isso não entra na minha cabeça. Por que uma representação de uma lenda provoca tanta fúria?”, disse ele.

Em seguida, José Loreto explica o enredo “Quanto Mais Eu Rezo, Mais Assombração Me Aparece”, que a Vila Isabel levou para a avenida como um convite a um parque de diversões que ajudasse as pessoas a enfrentarem seus medos com alegria.

Na Sapucaí, o ator representou o diabo numa representação de uma lenda irlandesa onde o personagem Jack Lanterna, representado pelo ator Amaury Lourenço, engana o diabo, mas também não é aceito no céu e é condenado a vagar por toda a eternidade.

“Agora me diz, como contar essa história sem ter a figura do diabo? Na Paixão de Cristo tem atores que fazem o papel do diabo tentando Jesus. Através dessas histórias e desses personagens distintos é que a arte exemplifica o que é certo e errado, o que é do bem, o que é do mal, o que faz a gente refletir e evoluir.”

Após contar a história de quando uma senhora pisou em seu pé e reclamou das maldades que seu personagem estava fazendo em uma novela, José Loreto refletiu sobre como o trabalho de atuação convence as pessoas.

“Eu fiz o diabo, mas eu não sou o diabo, eu não gosto do diabo, eu não compactuo nadinha com nenhuma ideia do diabo. Tem personagens, lógico, que a gente se identifica, como é o caso de Jesus. Eu tô muito feliz de interpretar esse grande exemplo daqui a 40 dias e eu tenho certeza que com a minha dedicação e paixão pelo ofício, e por essa história, eu vou convencer vocês também. Mas acreditem desde já: eu não sou Jesus”.

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Do portal Terra

Durante o Carnaval, o Brasil comemorou uma conquista histórica para o cinema nacional: o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, recebeu o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar. No centro dessa celebração está Fernanda Torres, a atriz principal do longa-metragem, que brilhou no papel de Eunice Paiva e também foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, e vencedora do Globo de Ouro.

Na última sexta-feira (7), durante o programa “Globo Repórter”, Torres foi homenageada por sua mãe, Fernanda Montenegro. A atriz veterana, que também interpretou Eunice na mesma produção, compartilhou uma carta emocionante dedicada à filha.

“Eu vivi pra ver isso, uma transferência vocacional nessa dimensão, como atriz… Isso é muito importante!”, disse Montenegro à Globo.

Para finalizar o programa especial, Sandra Annenberg leu a carta escrita por Fernanda Montenegro, na qual ela expressa todo o carinho pela filha, destaca o dom artístico de Fernanda Torres e sua relevância para a cultura do país.

“Fernanda Torres é um imenso talento como ser humano, daí a dimensão dessa vocação ampla e inarredável de ser uma atriz extraordinária. A arte de ser ator, no caso, atriz, só nós, desse ofício, entendemos na pele, repito, na pele, o que é o ser humano. Ela, Nanda, sabe”, começou Montenegro.

Segundo a atriz, desde que Torres tinha 12 anos, quando ela o marido a assistiram no palco do Teatro Tablado, viram que ela tinha talento. “Com total domínio de cena, nós, os pais atores, nos abraçamos aos prantos diante do fenômeno. Veio à minha memória a frase do grande ator brasileiro Procópio Ferreira, que no final da interpretação da jovem e eterna atriz Bibi Ferreira, sua filha, Procópio agradecendo o estrondoso aplauso ao final do clássico ‘Mirandonina’, de [Carlo] Goldoni, e na emoção do que estava acontecendo, lançou em voz alta: ‘Senhoras e senhores, está lançada a minha filial’ “, escreveu na carta.

“Fernanda Torres, desde a infância, sempre ordenou a sua vocação de uma forma independente, real e sublime. São quase 50 anos de criatividade em diversas áreas da nossa cultura artística. Coube a Fernanda Torres o fenômeno de atravessar a Linha do Equador, justamente durante o nosso carnaval dionisíaco. Esse milagre se deve ao extraordinário filme de Walter Salles, ‘Ainda Estou Aqui’, que pelo seu protagonismo nessa obra de arte cinematográfica, fez dela, para sempre, um referencial transcendente de brasilidade”, finalizou ela na homenagem à filha.

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Do Estadão

Após o Oscar de “Ainda Estou Aqui”, a obra que levou o cinema nacional à premiação inédita pode provocar uma reviravolta judicial sem precedente no ano do 40º aniversário da redemocratização do País. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar no segundo semestre deste ano as ações que podem rever o alcance da anistia de 1979, concedida aos agentes públicos envolvidos no sequestro e desaparecimento de opositores durante a ditadura militar.

Os casos terão repercussão geral – ou seja, o decidido passará a ser replicado em todos os processos semelhantes em tramitação na Justiça –, e entre eles está o do engenheiro e parlamentar cassado Rubens Paiva. Além disso, na esteira do filme e de sua premiação, casos judiciais foram retirados das gavetas de ministros dos tribunais superiores e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu reformar as certidões de óbito de 404 desaparecidos políticos.

Antes da decisão do CNJ, 20 certidões haviam sido retificadas a mando da Justiça nacional e da Corte Interamericana da Organização dos Estados Americanos (OEA). Os 404 novos documentos agora registrarão a causa como “morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população brasileira como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964”.

Nessa nova fase, o primeiro desses documentos devia ter sido entregue à família Paiva, em janeiro. Mas ela não foi recebê-lo, seguindo orientação da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP). De acordo com Nilmário Miranda, chefe da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos, 82 atestados – incluindo o de Paiva – tiveram de ser refeitos por causa da ausência de informações, como local e data das mortes e o número de filhos da vítima.

“Esperamos por décadas uma certidão que falasse a verdade, e a grande maioria dos familiares quer tudo certo, mais do que um papel corrigido às pressas”, disse Vera Paiva, filha do ex-deputado. Para ela, houve uma “certa pressa”, cuja intenção até poderia ser boa, de se repetir a “famosa foto” de 1996, em que sua mãe, Eunice Paiva, recebe a primeira certidão de óbito de seu pai – cena retratada no filme. As certidões retificadas devem estar prontas em abril para entrega pelo ministério às famílias em solenidades ainda neste semestre. O plano é completar os demais documentos até o fim do ano.

Cronologia dos processos no STF e impacto de ‘Ainda Estou Aqui’

A Justiça se move

Desde o ano passado, a comoção nacional causada por “Ainda Estou Aqui” reacendeu a discussão sobre a responsabilização de agentes estatais pelos mortos e desaparecidos na ditadura e impulsionou processos que estavam parados há anos na Justiça. Quatro casos emblemáticos, que estavam sob a alçada do STF desde 2015, ganharam tração somente agora.

O caso mais conhecido é justamente o do ex-deputado federal Rubens Paiva, cujo sequestro e desaparecimento são o fio condutor da trama de “Ainda Estou Aqui”.

A ação contra os militares reformados do Exército acusados de envolvimento na morte de Paiva tramita no STF – só dois dos cinco réus originais continuam vivos –, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, desde março de 2021. Mas, como mostrou o Estadão, ela só teve andamento em novembro do ano passado, dois meses após a aclamada estreia do filme de Walter Salles, no Festival de Veneza.

Ainda na esteira do impacto do filme, o caso Paiva foi reconhecido pelo STF como sendo de repercussão geral. Em outras palavras, os efeitos dos votos do ministro serão aplicados a todos os casos iguais e não ficarão restritos aos acusados desse processo: o general José Antônio Nogueira Belham e o major Jacy Ochsendorf e Souza.

Além deles, foram denunciados o tenente-coronel Rubens Paim Sampaio, o primeiro-tenente Jurandyr Ochsendorf e Souza e o coronel Raymundo Ronaldo Campos. Dentre os acusados que estão vivos, o major Jacy Ochsendorf recebe R$ 23,4 mil de salário bruto, sem descontos. Já Belham recebe R$ 35,9 mil brutos.

Há ainda as pensões pagas aos familiares dos réus Rubens Paim Sampaio, Raymundo Ronaldo Campos e Jurandyr Ochsendorf e Souza, que morreram após o início do processo. Considerando-se os dependentes deixados pelos três militares, há oito familiares aos quais o governo federal destina pensões. O custo total é de R$ 80 mil mensais. Somados, os valores relativos a salários e pensões dos réus pelo assassinato de Rubens Paiva chegam a R$ 140,2 mil.

Lei de Anistia

Para além do caso concreto de Paiva, que se debruça sobre a acusação de homicídio, ocultação de cadáver, fraude processual e formação de quadrilha dos cinco militares, a Suprema Corte vai decidir se a Lei da Anistia pode ser aplicada em situações consideradas como grave violação de direitos humanos. O processo sob a alçada de Alexandre de Moraes não é o único que se debruça sobre essa questão.

O ministro Flávio Dino é o relator de uma ação que trata da ocultação dos cadáveres dos integrantes da Guerrilha do Araguaia pelo major Sebastião Curió, com o apoio do tenente-coronel Lício Maciel. Assim como no caso Paiva, o STF reconheceu repercussão geral nesse processo, que também discute a aplicabilidade da Lei da Anistia aos casos de desaparecidos políticos sob o argumento de que a ocultação de cadáver é crime permanente, portanto, estaria sendo cometido até hoje, depois da anistia de 1979.

Diferentemente da ação que tramita no gabinete de Moraes, o caso relatado por Dino é mais recente no tribunal, tendo sido protocolado em junho de 2024. Ele teve tratamento mais célere. Em julho, foi recebido o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e, no mês de dezembro, o ministro emitiu um despacho a favor da repercussão geral do caso, que foi reconhecida pelos demais ministros em fevereiro deste ano.

Dino fez questão de mencionar o impacto do filme “Ainda Estou Aqui” e como a situação ocorrida com a família Paiva se conecta ao processo sob sua relatoria. O magistrado afirmou que a obra cinematográfica atualizou o debate sobre a Lei da Anistia.

“No momento presente, o filme ‘Ainda Estou Aqui’ (…) tem comovido milhões de brasileiros e estrangeiros. A história do desaparecimento de Rubens Paiva, cujo corpo jamais foi encontrado e sepultado, sublinha a dor imprescritível de milhares de pais, mães, irmãos, filhos, sobrinhos, netos, que nunca tiveram atendidos os seus direitos quanto aos familiares desaparecidos”, escreveu Dino.

O começo de tudo

Antes de chegar às mãos do ministro Moraes e ser usado como exemplo pelo ministro Dino, o caso Rubens Paiva era uma das histórias insepultas da ditadura que de tempos em tempos rondava os tribunais. Ela começou no dia 20 de janeiro de 1971, no Rio. E ficou registrada nos tribunais, livros e jornais, além de documentos secretos da diplomacia americana antes de ir parar na dramaturgia.

No dia 2 de fevereiro de 1971, uma terça-feira, ela apareceu nas páginas do jornal The New York Times, que reproduziu um relato angustiante: “Não sei onde estão meus pais, e os quero de volta para mim e para meus irmãos”. A frase era da jovem Eliana Paiva, filha do ex-deputado federal.

O texto do repórter Joseph Novitski, correspondente do jornal em Brasília, dizia aos leitores americanos que 11 dias antes a jovem de 15 anos havia assistido ao seu “proeminente pai” ser levado encapuzado da casa da família, no Leblon, por agentes do regime militar. No dia seguinte – o repórter contava –, foi a vez de Eliana e sua mãe, Eunice Paiva, serem encapuzadas e também conduzidas pelos agentes.

Eliana foi solta no dia seguinte – a mãe ainda passaria mais alguns dias nas celas do Exército antes de ser libertada. Tudo relatado em uma carta escrita à mão por Eliana com uma letra “quadrada e feminina” e endereçada a deputados opositores.

Novitski alertava que as forças policiais brasileiras haviam “adotado táticas extremas” contra a oposição armada ao regime e relatava a sua estranheza pela ditadura, que censurava a imprensa, ter permitido a publicação do caso pelos jornais. Tratava-se, na verdade, da tentativa de criar uma farsa para justificar o assassinato de Paiva: dizer que o parlamentar cassado havia sido arrebatado das mãos de militares por supostos guerrilheiros.

A encenação da fuga de Paiva contou com um tiroteio forjado – mais de 40 anos depois, militares envolvidos confessaram a farsa em depoimentos ao Ministério Público Federal. O teatro montado pelos militares tinha um motivo: justificar o desaparecimento do parlamentar, morto sob tortura dentro do Destacamento de Operações de Informações (DOI), do 1º Exército (Rio).

O apelo de Eliana retratado no New York Times está anexado ao memorando do diplomata John Wallendahl Mowinckel para o então embaixador americano no Brasil, William Manning Rountree, aconselhando o chefe a cobrar do governo brasileiro a punição pública dos militares envolvidos no crime. “Este é outro exemplo de táticas de força irresponsáveis ​​e trapalhadas das forças de segurança brasileiras. A diferença é que desta vez, quando os fatos se tornarem conhecidos, não será possível varrê-los para debaixo do tapete”, escreveu Mowinckel.

O destino de Paiva não era segredo para ninguém. Apenas os “mágicos” do Centro de Informações do Exército (CIE) acreditavam poder iludir a família, os amigos e o País. Mais de 50 anos depois, o enredo dessa história levou mais de 5 milhões de pessoas ao cinema para assistir “Ainda Estou Aqui”, primeira produção do cinema nacional premiada com o Oscar de Melhor Filme Internacional.

Shibata e Mário Alves: outros casos

A história da família Paiva pode ainda ter reflexo em outros dois processos no STF, que tratam de desaparecidos, assassinados, e do envolvimento de agentes públicos nesses crimes. As ações são relatadas por Moraes e, assim como no processo do deputado cassado, ficaram engavetadas por um longo período até serem retomadas recentemente, também na esteira do sucesso de “Ainda Estou Aqui” e do debate público suscitado pela obra.

Uma das ações mira o médico legista Harry Shibata, que é acusado de assinar laudos necroscópicos falsos de presos políticos assassinados pela ditadura com o objetivo de encobrir que as vítimas foram torturadas e vítimas de homicídio. A denúncia da qual é alvo cita que “omitiu informações com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante”.

O caso dele está no STF desde 2017, mas só em outubro de 2024, um mês após o lançamento de “Ainda Estou Aqui”, Moraes pediu que a PGR apresentasse parecer sobre o ocorrido. Em fevereiro deste ano, a Corte reconheceu que esse processo também tramitará em regime de repercussão geral.

Por fim, há o caso dos militares Valter Jacaranda, Luiz Mario Lima, Roberto Estrada e Dulene Garcez dos Reis, que são acusados de sequestrar, torturar e matar o jornalista Mário Alves de Souza Vieira em 17 de janeiro de 1970, também nas dependências do DOI do 1º Exército e, depois, ocultar os seus restos mortais.

Também relatado por Moraes, o caso foi autuado no STF em 2015, quando foi distribuído ao ministro Teori Zavascki. O caso foi redistribuído para Moraes em março de 2017 e só teve encaminhamento em outubro de 2024 com um pedido de parecer da PGR. Assim como as demais, a ação acabou com o status de repercussão geral reconhecida em fevereiro deste ano.

Dulino Sistema de ensino

Da AFP

O papa Francisco mostra “uma boa resposta ao tratamento” com uma “gradual e leve melhora”, indicou o Vaticano neste sábado (8), quando completam 23 dias desde a hospitalização do jesuíta argentino de 88 anos por problemas respiratórios.

“A condição clínica do Santo Padre nos últimos dias se manteve estável e, consequentemente, mostra uma boa resposta ao tratamento”, ressalta a Santa Sé no último boletim médico divulgado.

O líder espiritual dos 1,4 bilhão de católicos do mundo foi internado no dia 14 de fevereiro no hospital Gemelli, em Roma, por uma bronquite, que levou a uma pneumonia bilateral. Desde então, sua condição tem oscilado.

A última recaída ocorreu na segunda-feira, quando ele sofreu “dois episódios de insuficiência respiratória aguda”, mas nenhuma outra crise foi relatada desde então. Apesar da “gradual e leve melhora”, os médicos “prudentemente ainda mantêm um prognóstico reservado”, de acordo com o boletim médico.

Nos últimos dias, ele usa uma máscara de oxigênio para ajudá-lo a respirar à noite, que ele troca por cânulas nasais de alto fluxo durante o dia, um suporte mais leve. Francisco alterna o tratamento com repouso, oração e um pouco de trabalho.

Os médicos ainda não comentaram quanto tempo a internação de Jorge Bergoglio no hospital vai durar, nem quanto tempo sua convalescença pode levar. Desde então, ele não fez nenhuma aparição pública nem nenhuma imagem sua foi divulgada.

Mas na noite de quinta-feira, Francisco publicou uma breve mensagem de áudio em espanhol, na qual, com a voz cansada e hesitante, ele agradeceu “do fundo do coração” àqueles que oravam por sua recuperação.

“Silêncio no coração”

Orações continuam por sua saúde ao redor do mundo, desde sua cidade natal, Buenos Aires, onde uma marcha foi realizada na sexta-feira com o slogan “amor com amor se paga”, até Tegucigalpa, passando por seu hospital no norte de Roma.

“Fui ao Vaticano e senti isso sem a presença dele. Um silêncio no coração como quando você vai à casa do seu pai, da sua mãe, e ele não está lá. Estamos todos rezando”, disse à AFP Maria Julieta Márquez García, uma fiel do México.

Uma dúzia de membros da equipe italiana de proteção civil, que participa do Jubileu do Mundo dos Voluntários, também chegaram aos portões do Gemelli. O evento deve atrair cerca de 25.000 peregrinos a Roma no fim de semana, de acordo com o Vaticano.

A missa programada para o domingo será presidida pelo cardeal tcheco Michael Czerny e o primeiro papa latino-americano enviará novamente uma mensagem escrita por ocasião do tradicional Angelus, de acordo com a assessoria de imprensa do Vaticano.

A oração dominical do Angelus é um dos momentos tradicionais de encontro entre os fiéis e o papa, que sai à janela do Palácio Pontifício para entregar uma mensagem.

Porém, diferentemente de sua internação anterior, em 2021, quando ele apareceu na sacada na clínica Gemelli para entregar sua mensagem, o argentino esteve ausente nas últimas três semanas deste encontro com os fiéis, que normalmente ocorre na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Esta hospitalização, a quarta e mais longa desde 2021, levanta preocupações sobre problemas anteriores que enfraqueceram sua saúde nos últimos anos: operações no cólon e no abdômen e dificuldades para caminhar.

A situação também levanta dúvidas sobre sua capacidade de desempenhar suas funções, especialmente porque o direito canônico não prevê nenhuma disposição em caso de problema grave que possa afetar sua lucidez.

Apesar disso, o papa recentemente descartou renunciar, como Bento XVI fez em 2013.

Ipojuca No Grau

Do portal FolhaPE

Em celebração ao Dia Internacional de Luta das Mulheres, Olinda recebe um ato de conscientização neste sábado (8). A concentração começou a partir das 15h, no Largo do Varadouro, com participação de cerca de 30 organizações e movimentos sociais.

A escolha por realizar o ato na cidade foi para descentralizar as atividades e reafirmar a importância histórica do movimento. Neste ano, o mote será “Pela vida de todas as mulheres, por direitos, enfrentando a extrema direita e o capital”.

“A escolha do mote vem de uma análise de conjuntura que mostra como o Brasil, ainda que tenham sido percebidos avanços, apresenta também um cenário preocupante de retrocesso e repressão que recai principalmente em mulheres e na população LGBTQIAPN+”, disse a organização do ato, em comunicado oficial.

Dentre os destaques do ato, está o clamor pelo direito de escolha pela maternidade, “ameaçado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 164/2012, que impede e condena o aborto seguro e legal já garantido por lei e obriga mulheres e meninas a manterem até mesmo uma gestação decorrente de violência”, disse a organização.

As mulheres vão unir vozes para pedir, ainda, o fim da escala 6×1, para a garantia de uma melhor qualidade de vida para as trabalhadoras. Tarifa zero, transporte público seguro, educação laica, saneamento básico, justiça climática e não ao feminicídio, transfeminicídio e lesbocídio são outros temas que compõem os eixos que serão trabalhados durante a campanha nas ruas.

Caruaru - IPTU 2025

Do jornal O Globo

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para receber a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra dois deputados federais do PL e um ex-deputado, atual suplente, suspeitos de “comercialização” de emendas parlamentares. Caso o resultado seja confirmado, os três irão virar réus.

Os deputados Josimar Maranhãozinho (MA) e Pastor Gil (MA) e o suplente Bosco Costa (SE) foram acusados da PGR por corrupção passiva e organizações criminosa. Os três negam as acusações.

O relator do caso é o Cristiano Zanin, que votou pelo recebimento da denúncia. Ele já foi seguido por Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, formando maioria na turma, que é composta por cinco magistrados.

O julgamento ocorre no plenário virtual, sistema no qual cada ministro deposita seus votos. A análise começou na semana passada e está programada para durar até dia 11 de março.

Zanin considerou que há evidências suficientes para o recebimento da denúncia e a abertura de uma ação penal. O mérito do caso, com condenação ou absolvição, ainda será analisado.

“Contra os três parlamentares há evidências produzidas ao longo da investigação criminal indicando que teriam atuado em concertação ilícita para solicitar ao Prefeito José Eudes Sampaio Nunes o pagamento de vantagem indevida, o que caracteriza, em tese, o delito de corrupção passiva”, afirmou o relator em seu voto.

Zanin também votou para receber a denúncia contra outras cinco pessoas, suspeitas de participarem do esquema, mas para rejeitá-la contra um dos denunciados, por considerar que não há indícios suficientes contra ele. Moraes e Cármen seguiram o voto integralmente.

Moraes considera que há “indícios de que os denunciados referidos estariam unidos de forma estruturada, ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de crimes cujas penas máximas são superiores a 04 (quatro) anos, no caso, a corrupção passiva”.

De acordo com a acusação, os três deputados solicitaram a um prefeito do interior do Maranhão, em 2020, “vantagem indevida” no valor de R$ 1,6 milhão, em troca da indicação de R$ 6,6 milhões em emendas. Segundo a PGR, o valor da suposta propina foi cobrado do prefeito, mas não houve sucesso na liberação.

Em defesa preliminar apresentada no processo, os advogados de Josimar Maranhãozinho afirmam que a denúncia é feita por uma “série de descabidas ilações e infundadas conclusões sem o devido suporte probatório” e que não foi comprovado que o deputado é o autor da emenda que foi atribuída e nem que houve acerto para o desvio de recursos.

Bosco Costa afirmou que a PGR atribuiu a ele a indicação de uma emenda parlamentar apenas com base “em diálogos de terceiros e anotações manuscritas particulares”.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Do Poder360

A Petrobras foi a sétima petroleira mais lucrativa do mundo em 2024 entre as empresas abertas do setor. Essa é a pior colocação da estatal brasileira no ranking desde 2019. A companhia reportou um lucro de US$ 7,2 bilhões no ano passado, o que representa um recuo de 69,7% em comparação com 2023.

A brasileira também perdeu a condição de segunda maior estatal entre as petroleiras. Nos últimos seis anos, a Petrobras ficou atrás apenas da saudita Saudi Aramco – a maior petroleira do mundo – entre as petroleiras estatais mais rentáveis. Em 2024, ficou atrás da norueguesa Equinor.

A Saudi Aramco reportou um lucro de US$ 106,2 bilhões em 2024, um montante mais de três vezes superior ao da segunda mais lucrativa, a norte-americana ExxonMobil. Apesar de ter sido mais um ano em que as grandes petroleiras reportaram lucros, os rendimentos das empresas caíram ante 2023. Essa redução nos lucros é explicada pela queda de 3% no preço do barril de petróleo em 2024.

Além da Petrobras, outra petroleira que teve um desempenho negativo em comparação ao ranking do ano anterior foi a britânica BP (British Petroleum). A companhia reportou um lucro de US$ 1,2 bilhão no período, um recuo de 92% ante 2023. Em 2024, foi a menos rentável entre as petroleiras.

O resultado fez a britânica reagir com uma troca no plano estratégico da empresa. A BP era uma referência entre as petroleiras que decidiram transicionar do petróleo para fontes de energia de baixo carbono. Com o resultado do ano passado, o CEO da companhia anunciou um corte nos investimentos em projetos de baixo carbono e uma injeção de US$ 10 bilhões no setor de óleo e gás.

Em 2020, a petroleira britânica se comprometeu a reduzir sua produção de óleo e gás em 40% até 2030. Agora, a empresa mira um aumento na produção de até 2,5 milhões de barris por dia até 2030.

Histórico da Petrobras

Desde 2019, a Petrobras nunca havia ficado abaixo das cinco maiores petroleiras do mundo. Em 2020, ano mais impactado pela pandemia de covid-19, a estatal brasileira foi uma das três que reportou lucro. Nos anos seguintes, se consolidou como a quarta maior do planeta.

O ano de 2024 foi o primeiro da petroleira sob o comando da presidente Magda Chambriard. A Petrobras justificou que o recuo foi provocado pela adesão da empresa ao edital de contencioso tributário que encerrou disputas judiciais da Petrobras e pela variação cambial em dívidas entre a estatal e suas subsidiárias no exterior. A Petrobras calculou que sem os chamados “eventos exclusivos” o lucro seria próximo de US$ 18,7 bilhões.

Além dos “eventos exclusivos”, a Petrobras também antecipou investimentos. A petroleira fechou o ano com uma despesa de capital de US$ 16,6 bilhões, enquanto o guidance estipulado pela estatal para o período era de US$ 14 bilhões.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

Na batalha para vencer um câncer de mama, a vereadora Célia Galindo (Podemos), decana do parlamento municipal de Arcoverde, a 250 km do Recife, fez, há pouco, seu protesto conta o Governo Raquel Lyra, que não pagou o repasse do Sassepe ao hospital Memorial, localizado naquele município, que suspendeu o atendimento aos portadores da doença por não receber o repasse obrigatório do Estado desde setembro do ano passado.

Confira!

Toritama - Prefeitura que faz

Da CNN Brasil

A deputada federal Erika Hilton (PSOL) disse, neste sábado (08), data que é celebrado o Dia Internacional das Mulheres, que colocará, em pauta, diversos projetos “pelo direito básico à própria vida”.

“Celebramos este Dia Internacional da Mulher colocando, em pauta, a luta de todas as mulheres pelo direito básico à própria vida, ao próprio corpo e à própria existência”, afirmou.

Dentre as propostas divulgadas, a parlamentar cita a anistia para mulheres presas e investigadas por abortarem no Brasil.

“Mulheres presas por ousarem exercer seu direito ao próprio corpo, muitas delas presas apenas por conta da cor da sua pele, do seu saldo bancário ou do seu CEP. É essa anistia que nos interessa”, publicou.

Atualmente, o Código Penal brasileiro criminaliza o aborto, exceto em duas situações: quando não há outra maneira de salvar a vida da gestante e em casos de gravidez decorrente de estupro.

Em 2012, o Supremo Tribunal Federal também descriminalizou a interrupção da gravidez de feto com anencefalia.

Erika Hilton argumenta que os direitos de todas as mulheres “estão em risco no mundo todo”. Para isso, diz ser necessária muita coragem para seguir “lutando”.

“E jamais nos acovardarmos perante o ódio daqueles que nos querem mortas”, ressaltou.

Outras propostas

A deputada também falou sobre outras propostas que pretende pautar.

Como, por exemplo, o fim da pensão alimentícia a condenados pela Lei Maria da Penha; a criação de um canal de atendimento para saúde sexual e reprodutiva; instituir 28 de setembro como o Dia Nacional de Luta por Justiça Reprodutiva, fazendo referência ao Dia de Mobilização pela Descriminalização e Legalização do Aborto na América Latina e Caribe; e a criação do Dia Nacional do Enfrentamento ao Transfeminicídio, em 15 de fevereiro, em homenagem à Dandara dos Santos.

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Da CNN Brasil*

O presidente Volodymyr Zelensky afirmou neste sábado (8) que a Ucrânia está “totalmente comprometida” em ter um diálogo construtivo com representantes dos Estados Unidos na Arábia Saudita na próxima semana sobre maneiras de acabar com a guerra com a Rússia.

Desde que assumiu o cargo em janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, pausou a ajuda militar do país à Ucrânia, bem como o compartilhamento de inteligência com Kiev.

Ele acusou Zelensky de não levar a sério a obtenção de um acordo de paz com a Rússia, que invadiu a Ucrânia há três anos e tomou cerca de 20% de seu território.

“A Ucrânia tem buscado a paz desde o primeiro segundo desta guerra. Propostas realistas estão na mesa. A chave é agir de forma rápida e eficaz”, escreveu Zelensky na rede de mídia social X, antigo twitter.

O líder ucraniano afirmou que visitaria a Arábia Saudita na próxima semana e que, após se encontrar com o príncipe herdeiro Mohammed Bin Salman na segunda-feira (10), os representantes diplomáticos e militares ucranianos ficariam para uma reunião na terça-feira (11) com a equipe americana.

“Do nosso lado, estamos totalmente comprometidos com o diálogo construtivo e esperamos discutir e concordar com as decisões e etapas necessárias”, continuou.

A delegação ucraniana incluirá o Ministro das Relações Exteriores, Andrii Sybiha, o chefe de gabinete de Zelensky, Andriy Yermak, e o Ministro da Defesa, Rustem Umerov.

O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, também afirmou que estava em discussões com a Ucrânia para um acordo-quadro para encerrar a guerra de três anos com a Rússia, e uma reunião foi planejada para a próxima semana com os ucranianos na Arábia Saudita.

Em fevereiro, Riade sediou uma reunião entre autoridades dos EUA e da Rússia para discutir maneiras de interromper o conflito mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

A Ucrânia não foi incluída nessas conversas, levantando preocupações em Kiev e entre seus aliados europeus.

Zelensky se encontrou com Trump na Casa Branca em 28 de fevereiro, mas a reunião se transformou em mal-estar quando eles entraram em choque diante da imprensa mundial.

*Com informações da Reuters

Do Metrópoles

Os servidores públicos seguem apreensivos com a aprovação do Orçamento de 2025, condição para o pagamento dos reajustes salariais acordados com o governo Lula (PT) no ano passado. Como vem sido mostrado pelo Metrópoles, os deputados federais e senadores deixaram para votar a peça orçamentária deste ano, que deveria ter sido votada até dezembro de 2024, apenas depois do Carnaval.

A votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 (PLOA) chegou a ser anunciada para o dia 11 de março, mas o relator do projeto, senador Angelo Coronel (PSD-BA), disse que a previsão de votação é 17 de março.

Para pressionar os congressistas, foi convocada uma mobilização dos servidores na próxima semana, entre os dias 11 e 14 de março. “Os servidores têm direito ao reajuste e têm urgência. Não é possível que o orçamento seja sequestrado”, disse o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo da Silva.

Entenda:

  • Mais de 45 carreiras da administração pública federal fizeram acordos com o governo no ano passado para reajustes em duas etapas, a primeira em 2025 e a segunda em 2026, com percentuais que variam conforme a carreira e o cargo.
  • Também está previsto o alongamento de carreiras (86% delas passam a ter 20 níveis de progressão).
  • O funcionalismo público vinha se queixando de uma defasagem salarial fruto de sete anos sem reajustes.
  • Uma medida provisória (MP) editada no fim de 2024 formalizou os termos dos acordos firmados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) nas mesas de negociação.
  • Segundo a pasta, junto de acordos anteriores, os documentos garantem recomposição salarial para 100% dos servidores ativos, aposentados e pensionistas da União.

Outra preocupação está no formato do pagamento. A Condsef demanda que o governo emita pagamento dos retroativos em folha suplementar, para que descontos do Imposto de Renda (IR) não recaiam sobre os servidores no momento de receber os retroativos.

Impacto fiscal

O aumento salarial terá impacto de pouco mais de R$ 19 bilhões nos cofres públicos em 2025, que inclui R$ 16,2 bilhões para bancar o reajuste dos servidores civis e R$ 3 bilhões para o de membros das Forças Armadas.

Além disso, há previsão de gasto orçamentário na casa dos R$ 303 milhões para custear o bônus de eficiência e produtividade dos auditores fiscais do trabalho.

Para bancar a segunda parcela da reestruturação, que sairá em 2026, o governo calcula um valor menor, de R$ 8 bilhões.

Relembre

Em 2023, houve um reajuste linear, isto é, geral para todos os servidores do Executivo, de 9%, que só começou a ser pago em maio. O impacto fiscal desse primeiro reajuste do governo Lula foi de R$ 15,5 bilhões.

Já em 2024, a maioria das categorias teve reajuste zero, e o governo optou por fazer uma correção de 52% no auxílio-alimentação, bem como um acréscimo na assistência à saúde complementar (auxílio-saúde) e na assistência pré-escolar (auxílio-creche). Com isso, o conjunto do funcionalismo foi contemplado, e o impacto foi maior para quem recebe remunerações menores.

Confira como ficou a correção dos benefícios:

  • Auxílio-alimentação: passou de R$ 658 para R$ 1 mil (aumento de 51,9%);
  • Assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde): passou de R$ 144 para R$ 215 (aumento de 49,30%); e
  • Assistência pré-escolar (auxílio-creche): passou de R$ 321 para R$ 484,90 (aumento de 51,05%).

Ao longo do ano passado, em meio a greves de algumas categorias, o governo assinou acordos que incluem, além dos reajustes remuneratórios, mudanças nas carreiras.

Por Malu Gaspar

Do jornal O Globo

A possibilidade de a Polícia Federal indiciar por participação na trama golpista o coronel Flávio Peregrino, assessor que já vem sendo chamado de “Mauro Cid de Braga Netto”, fez com que os bolsonaristas passassem a comparar os dois personagens. E a diferença de comportamento entre os dois tem sido vista por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro com um fator de risco potencialmente até maior para o general preso do que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

De acordo com ex-integrantes do governo, Peregrino é “um Mauro Cid sem o excesso de iniciativa”. Isso significa que, embora andasse tão colado a Walter Braga Netto quanto Cid ao ex-presidente, Peregrino cumpria todas as ordens do chefe e não tinha iniciativas como a do ex-ajudante de ordens, que fraudou por conta própria o cartão de vacinação de sua família antes de fazer o mesmo a mando de Bolsonaro.

“Tudo o que ele fazia era por ordem de Braga Netto”, diz um ex-auxiliar de Bolsonaro no Palácio do Planalto.

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o conteúdo do material apreendido com Peregrino na operação que prendeu Braga Netto em dezembro passado deve confirmar situações descritas pela PF que o general vem negando.

De acordo com fontes da corporação, as informações encontradas nos celulares, notebooks e HDs externos, além de diversos pen drives, supririam a falta de evidências no material recolhido com Braga Netto.

Foi ainda na mesa de Peregrino na sede do PL, onde ele trabalhava com o general, que a PF apreendeu um documento descrevendo a “Operação 142”, que previa a declaração de “Estado de Sítio” seguida de “Operação de Garantia da Lei e da Ordem”.

Dois aliados próximos de Braga Netto com quem conversei não quiseram arriscar um palpite sobre se Peregrino faria uma delação, como Mauro Cid. Até porque, por ora, nem indiciado ele está – o que, de acordo com fontes da PF, deve ocorrer em breve –, muito menos preso.

Mas, se fizer, esses aliados acreditam que vai complicar ainda mais Braga Netto, uma vez que, além de agir cumprindo ordens, ele também fazia todo o meio de campo com os militares que agora estão acusados de tramar não só um golpe de estado como também um plano que previa “neutralizar” o ministro Alexandre de Moraes, assim como Lula e Geraldo Alckmin.

“Ele era o hub de todos esses militares. Para chegar no Braga Netto tinha que passar por ele”, descreve um ex-auxiliar de Bolsonaro no Planalto.

Da CNN Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), indicou, neste sábado (8), data que celebra o Dia Internacional das Mulheres, Verônica Abdalla Sterman para o cargo de Ministra do Supremo Tribunal Militar (STM).

O cargo é destinado a advogados. A corte é responsável por processar e julgar crimes militares previstos no Código Penal Militar (CPM), especialmente os casos envolvendo as Forças Armadas.

O nome de Verônica passará agora pelo Senado. Ela precisará ser sabatinada pelos senadores que, então, vão decidir por nomeá-la ou não.

O Supremo conta, atualmente, com uma única mulher na composição. Maria Elizabeth Rocha, que assumirá o cargo de presidente da Corte em 12 de março deste ano.

Em entrevista à CNN, no início do mês, Maria Elizabeth fez um apelo ao presidente Lula para que ele considerasse a diversidade de gênero na hora de indicar um nome.

Caso o nome de Verônica seja aprovado, ela assumirá o cargo a partir de 10 de abril, ocupando a vaga do ministro José Coêlho Ferreira, que vai se aposentar.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, comentou a indicação em rede social. “Acompanhei hoje, dia 8 de março, a indicação, do presidente Lula, da advogada Verônica Sterman para o Superior Tribunal Militar. A segunda mulher a integrar o Tribunal. Importante destacar que a primeira, Maria Elizabeth Rocha, também foi indicada pelo presidente Lula, no dia 8 de março de 2007. Parabéns, Verônica!”, escreveu.

Da CNN Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) as contestações das defesas dos acusados pela tentativa de golpe de Estado.

A CNN antecipou que Moraes faria a remessa em um “bloco único”, quando todas as petições das defesas estivessem protocoladas, o que aconteceu na noite de sexta-feira.

Agora, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tem cinco dias para se manifestar. O prazo começa a contar segunda-feira e vai até sexta.

Depois, o caso estará liberado para julgamento, o que deve ocorrer ainda no mês de março, segundo projeções de fontes do Supremo.

A data da análise do caso na Primeira Turma do STF cabe ao ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado. A expectativa é de que, tão logo Moraes libere o processo, este seja pautado.

O chamado “núcleo 1” da denúncia da PGR é considerado o “núcleo crucial da organização criminosa” que, segundo Gonet, planejava dar um golpe de Estado em 2022.

Nesse núcleo estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI).

Também foram acusados o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

Cid fechou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal (PF) e foi uma peça-chave para o desenrolar das investigações. Se condenado, ele deve ter acesso a benefícios firmados na delação.

Moraes também já enviou à PGR as defesas do chamado Núcleo 3 da investigação, composto por:

  • Bernardo Correa Netto; coronel preso na operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal 
  • Cleverson Ney; coronel da reserva e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres 
  • Estevam Theophilo, que é general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;  
  • Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército e supostamente envolvido com carta de teor golpista 
  • Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército  
  • Márcio Nunes de Resende Júnior: coronel do Exército 
  • Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército 
  • Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante do grupo “kids pretos” 
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército 
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior, tenente-coronel do Exército acusado de participar de discussões sobre minuta golpista 
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel 
  • Wladimir Matos Soares, agente da PF 

Do portal Misto Brasil

O público feminino do Nordeste possui maior grau de escolaridade que os homens da região, de acordo com o boletim “Mulheres do Nordeste”. São 8,9 anos de estudo em média contra 8,1 anos.

Apesar da maior qualificação educacional, os efeitos não são percebidos diretamente nas remunerações atribuídas às mulheres. Elas possuem um rendimento médio mensal de R$ 1.699,00, isto é, 15% a menos do que o valor percebido pelos homens na região.

O levantamento foi divulgado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) por ocasião do Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje (8). Elas ainda são a maioria entre os concluintes de cursos de pós-graduação (56,98%) no Nordeste. Veja o levantamento na íntegra.

O levantamento mostra que esta conquista educacional não se reflete em condições de igualdade no mercado de trabalho, já que elas enfrentam uma jornada diária muito maior.

No Nordeste, a taxa de alfabetização feminina (92,7%) é ligeiramente superior à masculina (91,0%), enquanto o percentual de mulheres que têm o ensino médio completo (34,9%) e o ensino superior completo (14,1%) é maior do que comparado à parcela masculina.

O levantamento também identificou que a região registra Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) de 0,313 para as mulheres, a maior taxa do País.

No entanto, é delas a maior participação na responsabilidade das famílias que participam de políticas de transferência de renda como o Bolsa Família. Hoje, 81,7% dos lares beneficiados por este programa na região estão sob responsabilidade das mulheres.

“O Nordeste só cresce com a força de suas mulheres, e nosso papel é garantir que elas tenham as condições ideais para transformar a realidade econômica e social da região”, acredita o superintendente da Sudene, Danilo Cabral.

Por Marcelo Tognozzi

Colunista do Poder360

Lula fez um movimento para dentro. Quer Gleisi Hoffmann ministra cuidando da articulação política, está resgatando o PSB do prefeito do Recife João Campos, hoje a liderança mais representativa da renovação política. Sinalizou desejar Tabata Amaral no governo, trocou Nísia Trindade por Alexandre Padilha. No fundo, esse mexe remexe não significa nada de novo. A realidade pouco mudou.

O presidente pastoreia à esquerda. Pensa em levar Guilherme Boulos para o ministério. O centro e a direita civilizada torcem o nariz para Gleisi e Boulos. Neste Lula 3, onde tudo parece dar errado, inflação dos alimentos correndo solta, aumento da rejeição entre os mais pobres e um mundo se transformando velozmente, o movimento do presidente sinaliza o esvaziamento da sua base política no Congresso.

A reforma ministerial durará um ano. No início de 2026, haverá revoada de ministros rumo às campanhas e, novamente, o presidente terá de preencher seus 38 ministérios ou a maioria deles, desta vez com gente sem futuro político.

O Centrão, que é governo não importe quem governe, já emitiu sinais. Não falo do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Bolsonaro e que não apoiou Lula nem depois da posse. Ciro é do Nordeste, região conhecida por votar maciçamente em Lula. Ele, assim como outro líder importante do PP como o paraibano Agnaldo Ribeiro, sabe que dificilmente Lula conseguirá reverter este momento ruim com mais do mesmo.

O governo Lula 3 é a cara do presidente, do PT e do Supremo, seu principal aliado. Sem Supremo, o governo Lula estaria de cadeira de rodas. Até as pedras da Praça dos Três Poderes sabem disso. Ele agora age como se estivesse em busca do tempo perdido. Mas parece não ter pressa.

Faltando menos de dois anos para a eleição presidencial, Lula perdeu o timing da reforma ministerial e conseguiu até aqui um resultado pior do que outros governos que caíram em desgraça e tentaram se salvar mudando o ministério, como os de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Quanto mais o presidente mexe, quanto mais ele fala, quanto mais solta as rédeas do seu marketing político, pior fica.

A pior coisa que pode acontecer a um governante é exercer o poder num tempo que não é mais o seu. Desconectado. Vivemos isso com Getúlio Vargas nos anos 1950. O tempo de Lula passou e ele parece não ter se dado conta, mas o eleitor sabe muito bem o que se passa quando registra nas pesquisas que tanto o governo como o desempenho do presidente são ruins.

Um presidente que conseguiu perder o protagonismo internacional para ele mesmo, sem ter sido obscurecido por ninguém a não ser sua diplomacia confusa e perdida, como se ela também não pertencesse a este tempo, mas a outro que ficou lá atrás, 30, 40 anos. Erraram ao atacar Israel e xingar Elon Musk, hoje um dos principais ministros de Donald Trump. Erram ao abraçar terroristas e governos sem o menor apreço pelos valores da nossa sociedade cristã, maioria do eleitorado, gostemos ou não.

Lula é o político mais velho em atividade, mas não é o mais sábio. Isso está claro para o eleitor comum, especialmente pela diferença da agenda que separa o presidente e seus companheiros mais próximos daquela desejada pela população. O cabo de guerra com o Banco Central, pura teimosia, acabou criando mais inflação e quando a passagem sobe, a comida sobe e o salário não sobe, a raiva cresce.

O governo erra quando não admite ouvir falar em anistia para os presos do 8 de Janeiro. Este governo aí está graças a anistia de 1979, a qual trouxe de volta ao Brasil políticos como José Dirceu e tirou da cadeia pessoas como José Genoino e Dilma Rousseff. Eles participaram da luta armada, enquanto os vândalos do 8 de Janeiro nem armas tinham.

Por que a anistia foi boa para uns e não pode ser para outros? Este tipo de atitude só serve para dividir mais o país, aprofundar a polarização, estimular o confronto, quando a aposta deveria ser na pacificação.

A polarização só beneficia Bolsonaro e seu grupo. Bolsonaro, por sinal, cada vez mais napoleônico, criando uma dinastia com filhos e parentes, porque se não for Bolsonaro não serve para manter vivo o bolsonarismo. Napoleão também nomeou a parentada toda, até o irmão virou rei da Espanha, e o fim desta história todo mundo conhece, aconteceu em Waterloo, nos campos da Bélgica. Todo Napoleão tem sua Waterloo e todo Getúlio Vargas tem seu Gregório Fortunato.

As pesquisas mostram piora na vida para a maioria das pessoas. Questões como educação, segurança e saúde foram pessimamente administradas neste governo de salvação nacional. Magno Martins, campeão de audiência no sertão, mostrou a volta dos linchamentos, da justiça feita pelas próprias mãos de um povo cansado da insegurança, descrente na Justiça. Os linchamentos são um sintoma da revolta popular.

No início dos anos 1990, quando eu dirigia a sucursal de Salvador do Jornal do Brasil, produzi com a repórter Marcia Gomes uma reportagem na qual entrevistamos um homem que escapara do linchamento e populares que o lincharam. Nunca esqueci da raiva e da revolta pela falta de justiça. A reportagem ganhou repercussão internacional.

Lula está se fechando nele mesmo, no PT e na esquerda. Seus apoiadores são 30% do eleitorado, se muito. Este caminho de ciscar para dentro não provou ser uma boa estratégia, por excludente. Lula e o PT ainda têm pelo menos 18 meses até as campanhas ganharem as ruas. Esta é uma agenda inadiável, repleta de imponderável e a realidade, dizia Marcel Proust, é a mais hábil das inimigas.

Pacientes do Sassepe que realizam tratamento no Memorial Onco, unidade oncológica do Hospital Memorial Arcoverde, foram informados que não poderão continuar suas terapias devido à falta de repasse financeiro por parte do Estado desde setembro do ano passado. As informações são do blog do Nill Júnior.

A medida afeta diversos pacientes, que, mesmo em condições de fragilidade da saúde, precisam buscar tratamento em municípios mais distantes, como Caruaru e Garanhuns, apesar dos descontos mensais pelo Sassepe.

Esse é o caso da idosa Maria José de Lima Camelo, 79 anos, moradora de Arcoverde. Ela tem diagnóstico de câncer de pulmão e recebe quimioterapia oral no Memorial Onco, setor oncológico do Hospital.

“Minha sogra é paciente e foi comunicada hoje que não poderá seguir mais com o tratamento no Memorial. Vai precisar ser realocada para Caruaru ou Garanhuns. Isso é absurdo”, diz indignado Luiz Marques, genro da senhora Maria José. “Ela deveria pegar a medicação na próxima terça mas a família já foi informada de que vai ser preciso buscar os núcleos de tratamento em Caruaru ou Garanhuns para pegar a medicação”.