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Márcia Conrado tira obras do papel e consolida Serra Talhada como polo no Pajeú

A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), tem se notabilizado por acelerar a execução de obras e ações que vem consolidando a cidade como o principal pólo de desenvolvimento econômico e social do Pajeú, tirando do papel projetos que têm transformado a realidade do município. 

Contabilizando mais de R$ 30 milhões de investimentos somente em infra-estrutura, ela garante estar conduzindo o maior programa de pavimentação de ruas da história de Serra Talhada. São mais de 150 ruas pavimentadas, além de requalificação de trechos importantes, como é o caso da Avenida Afonso Magalhães, que ganhou ciclofaixa e reforma no viaduto.

Destaque ainda para a inauguração do Anel Viário que liga o Bom Jesus ao Vila Bela, com iluminação de LED e sinalização, um trecho antigamente evitado pela população. E para construção do Parque dos Ipês, com 70% de área arborizada, servindo para convivência e lazer dos moradores, que usufruem do equipamento para ciclismo, piqueniques, venda de produtos artesanais e festas de aniversário. Uma obra de mais de R$ 2 milhões, incluída num amplo programa de reforma de praças na cidade. 

“Trabalhamos para resolver. Independentemente se estamos diante de desafios novos ou antigos, de anseios de ontem ou de hoje, o que estamos buscando é honrar o nosso compromisso com o desenvolvimento e o bem estar de Serra Talhada, procurando colocá-la no caminho do futuro e nas melhores posições econômicas e sociais das cidades de Pernambuco”, declarou a prefeita, que comemorou recentemente a inclusão de Serra Talhada entre as dez melhores  notas do Estado no Índice de Compromisso com Alfabetização, elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado. 

Além dos esforços realizados com recursos próprios, a prefeita de Serra Talhada comemora ainda a consolidação da parceria com o presidente Lula, com quem já esteve pessoalmente algumas vezes desde que o petista voltou à presidência.   

Celebrando a recente confirmação de novas obras em saúde, educação e cultura para a cidade dentro do PAC Seleções do governo federal, Márcia declarou que a parceria tem permitido o município destravar obras que representavam sonho antigo da população. 

É o caso da retomada da obra do Residencial Vanete Almeida com 1.050 casas no total, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida, além de obras de saneamento no Mutirão e reforma no aeroporto de Serra Talhada. 

Na educação, foram mais de R$ 5 milhões investidos em construção e reformas das escolas municipais. Um destaque foi a reforma na Escola Fausto Pereira, localizada no Distrito de Água Branca. Foram mais de R$ 2,5 milhões numa escola que agora tem salas de aulas climatizadas, laboratório, biblioteca, entre outros espaços. 

O compromisso, segundo a prefeita, é dar aos alunos da zona rural as mesmas oportunidades das melhores escolas do sertão pernambucano. 

Ela contabiliza ainda investimentos em saúde e em programas e eventos que estimulem a geração de emprego na cidade. 

Os resultados da gestão parecem estar estimulando os movimentos na política. Atraindo aliados e incomodando a oposição, que tem intensificado os ataques à gestora. 

Recentemente, oito vereadores deixaram de seguir o Progressista após decisão da legenda de deixar a base de situação e resolveram permanecer com Márcia. Neste final de semana, ela recebe o apoio do ministro Silvio Costa, dos Portos e Aeroportos, que vai a Serra para oficializar a adesão do Republicanos ao projeto de Márcia Conrado. 

“Sou uma mulher que trabalha para unir os que querem contribuir com o crescimento de Serra Talhada. Estaremos sempre de mãos dadas com aqueles que dizem sim a esta cidade”, finalizou.

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

Série governadores: Roberto Magalhães

Capítulo 11

As eleições em 1982, a primeira no País após a ditadura militar, tinha em Pernambuco um amplo favorito para governador, já considerado o próximo ocupante do Palácio das Princesa – o ex-senador Marcos Freire, do MDB. Boa pinta, discurso fluente, que sacudia as massas, Freire era a mais expressiva liderança de esquerda surgida no Estado, que ocupou o vácuo da ausência de Miguel Arraes exilado na Argélia, apeado do poder pelo golpe de 64.

Os ventos, entretanto, começaram a soprar contra ele quando, num casuísmo atroz, arquitetado pelas lideranças de direita no Congresso, ficou estabelecido o voto vinculado, a criação de sublegendas e a proibição de coligações partidárias. Pelo voto vinculado, o eleitor estava obrigado a escolher candidatos de um mesmo partido para todos os cargos em disputa, sob pena de ter seu voto anulado.

A mudança nas regras do jogo no apagar das luzes fez Roberto Magalhães, o candidato das forças que estavam no poder no Estado, virar o favorito. As eleições foram realizadas em 15 de novembro de 82. Pernambuco foi palco de um dos pleitos mais radicalizados da história do País. Só faltou sangrar, com acusações de toda natureza, intimidações e práticas recorrentes dos porões do regime militar.

O caso mais marcante virou lenda: a mulher de Marcos Freire e o deputado Fernando Lyra, amigo do senador, foram fotografados nus, tentando se proteger das câmaras em um motel de Brasília.

O caso foi parar na campanha numa panfletagem nunca vista na história recente do País. Em sua defesa, Fernando Lyra disse ter sido sequestrado e levado com a mulher de Freire, sob a coação de armas, para o motel. O então SNI tratou de divulgar outra versão: o casal estaria no motel quando os agentes chegaram, arrombaram a porta e os fotografaram. O episódio, evidentemente, teve forte influência para o desfecho das eleições.

Abertas as urnas, Roberto Magalhães (PDS), com Gustavo Krause na vice, teve 913.774 votos e Freire (MDB) 816.085 votos, 52% e 46% dos votos, respectivamente. Marco Maciel, que havia governado o Estado até abril de 82, foi eleito senador da República. As forças conservadoras saíram consagradas emplacando as maiores bancadas entre os 26 deputados federais e 50 estaduais.

“Aceitei ser candidato e fui preparado para perder. Ganhei a eleição. Comecei com pouca intenção de votos no Recife. Terminei com 32,5%, que, para o PDS, era uma coisa extraordinária na capital. Eu me elegi com a força dos votos do Sertão e do Agreste, os votos do interior”, disse, numa entrevista, após a eleição.

Advogado, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1957, com Doutorado na Universidade Federal de Pernambuco, Roberto Magalhães nasceu em Canguaretama, interior do Rio Grande do Norte. Seu tio, o ex-governador Agamenon Magalhães, também governou o Estado, primeiro como interventor, depois eleito, em 1950.

Antes de virar governador, Magalhães assessorou os ex-governadores Cid Sampaio e Eraldo Gueiros. Depois, ingressou na ARENA e foi escolhido, indiretamente, vice-governador em 1978 na chapa de Marco Maciel, a quem seguiu na filiação ao PDS. Com vistas ao pleito de 1982, ambos renunciaram aos mandatos e o Palácio do Campo das Princesas foi ocupado por José Muniz Ramos, então presidente da Assembleia Legislativa.

Voto e trabalho em favor de Tancredo – Assentado no Palácio das Princesas e credenciado pela força do voto, Roberto Magalhães seguiu Marco Maciel na dissidência do PDS nas eleições indiretas para presidente da República, em 1985, apoiando a candidatura de Tancredo Neves, que derrotou Paulo Maluf. Em sintonia com Maciel, Magalhães e o governador do Ceará, Gonzaga da Mota, foram os primeiros governadores do PDS no Nordeste a se manifestar pela eleição de Tancredo. Com exceção do paraibano Wilson Braga, que ficou com Maluf, todos votaram com Tancredo. “Quando fui procurado por Tancredo Neves, eu disse à minha bancada de deputados: “Nós vamos fazer o que mais de errado existe em termos de estratégia política, vamos apoiar o adversário”, lembra Magalhães.

Fuga do Major Ferreira – Roberto Magalhães era impetuoso como seu tio Agamenon. Deu bananas para adversários, numa carreata quando prefeito do Recife e candidato à reeleição. Entrou no JC, procurando um jornalista, com revólver na cintura. Como governador, uma das maiores crises que enfrentou foi a fuga do Major Ferreira, responsável pela morte do Procurador da República Pedro Jorge. Major da Polícia Militar de Pernambuco, José Ferreira dos Anjos foi preso pela Polícia Federal em Barreiras (BA), em 1996, 12 anos e dois meses após a fuga. Foi também um dos principais envolvidos na fraude contra a agência do Banco do Brasil em Floresta, entre 1980 e 1981. O caso ficou conhecido como “escândalo da mandioca”.

Autobiografia sem polêmicas – Como advogado, Roberto Magalhães não tinha ambições políticas quando, em 1967, foi convidado pelo então governador Nilo Coelho para assumir a Secretaria de Educação. Depois, foi convidado pelo então deputado federal Marco Maciel, indicado governador, em 1978, para ser seu vice na chapa. Em seu livro de memórias, que levou um ano para escrever as 364 páginas, ele faz um relato da trajetória política iniciada em 1967, entre elas as experiências vividas durante seus mandatos de governador de Pernambuco, prefeito do Recife e deputado federal, além dos cargos de secretário de Educação e Cultura. Não quis entrar nas polêmicas dos bastidores que viveu. Revelou, numa conversa com jornalistas, que não teve a intenção de gerar polêmicas nem criar casos com a publicação.

Estado saneado e obras – Magalhães governou o Estado em céu de brigadeiro. Marco Maciel [antecessor no cargo] não deixou dívidas de empreiteiras, apenas compromissos com empréstimos em moeda estrangeira. O secretário da Fazenda, Luiz Otávio Cavalcanti, seu sobrinho, fez a sua cabeça para assinar um novo empréstimo. “Naquela época, os estados podiam contrair empréstimos em dólar, com bancos estrangeiros, de acordo com a circular 63 do Banco Central. O que nós fazíamos? Quando se aproximava uma prestação semestral, nós tomávamos novo empréstimo e rolávamos. Não pesava no meu orçamento. Com esses dois fatos: Marco Maciel, que não deixou dívida, e às dívidas internacionais que eu rolei, tinha dinheiro para tudo”, destacou, numa entrevista. Entre as principais obras do seu governo, na área hídrica, montou o sistema de abastecimento de água de Botafogo e fez uma adutora em Salgueiro, a 70 quilômetros do Rio São Francisco. Mas lá, perdeu a eleição para o Senado, fato que passou a vida inteira resmungando.

Segurança nos bairros – Também foi durante a gestão de Roberto Magalhães que a segurança nas comunidades teve uma atenção redobrada, com o lançamento da Patrulha do Bairro, na década de 80. O projeto chegou a ser relançado durante o governo de Eduardo Campos, dentro do Pacto Pela Vida. 

Desilusão motivou seu adeus à vida pública – Em 2010, desapontado com a política, o Congresso Nacional e os rumos tomados pelo País com Lula no poder, Roberto Magalhães encerrou seu último estágio na vida pública como deputado federal. A política de Pernambuco perdeu em definitivo um de seus maiores expoentes nas últimas três décadas. Na condição de ex-governador, ex-prefeito de Recife e deputado federal, Magalhães refletiu e concluiu que havia chegado a hora de parar. “Tenho dez motivos para sair e não tenho um só para ficar”, chegou a dizer, para acrescentar: “A deterioração da classe política; o cansaço já excessivo para os 76 anos; o estresse inerente ao trabalho político; a perda de importância da ética e a desilusão com a adesão maciça ao lulismo. Esses são apenas alguns dos fatores que me levaram a desistir. A minha decisão decorreu do reconhecimento de que o tempo, os novos costumes políticos e as circunstâncias me indicavam esse caminho. Sem um Legislativo independente e forte, a democracia torna-se uma farsa e abre caminho para o autoritarismo”.

CURTAS

ANÕES DO ORÇAMENTO – Já em Brasília como deputado federal, Roberto Magalhães pegou um pepino: a relatoria do escândalo dos Anões do Orçamento, 37 parlamentares envolvidos em esquemas de fraudes na Comissão de Orçamento do Congresso Nacional. O relatório final, assinado por ele, foi pela cassação de 18 deles, mas apenas seis perderam seus mandatos. Os envolvidos roubaram mais de R$ 100 milhões públicos, com esquemas de propina, para favorecer governadores, ministros, senadores e deputados. Em 2000, o Supremo Tribunal Federal arquivou o processo contra Ibsen Pinheiro, que retornou à política em 2004, ao eleger-se vereador em Porto Alegre. Em 2006, elegeu-se para a Câmara Federal.

FILHOS FORA DA POLÍTICA – Casado em dezembro de 1965 com Jane Coelho Magalhães Melo, com formação jurídica, pós-graduada em administração e ciência política, Roberto Magalhães não quis filhos envolvidos na vida pública. Carlos André, advogado, ainda ensaiou uma candidatura a deputado, mas desistiu. Entre os filhos, um médico, Roberto Filho. A família é completada pelas filhas Rogéria e Renata. Magalhães foi eleito quatro vezes mandatos de deputado federal (1991/1995, 1995/1997, 2003/2007 e 2007/2011). Foi governador de 1983/1986 e prefeito da cidade do Recife de 1997/2000.

SEGUNDA TEM JOSÉ RAMOS – A série prossegue na próxima segunda-feira, trazendo o perfil de José Muniz Ramos, que governou Pernambuco por 11 meses, substituindo Roberto Magalhães em 82.

Perguntar não ofende: Quem de fato manda do PL em Pernambuco?

Toca Jabô

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ter “consciência” de que não está cumprindo aquilo que foi prometido na campanha eleitoral em 2022. A fala ocorre após ter sido registrada queda da aprovação do governo federal nas pesquisas de opinião. Neste mês, quatro institutos divulgaram levantamentos que apontaram uma queda na avaliação positiva do governo do mandatário.

De acordo com Lula, ele foi questionado pela imprensa em relação à queda na aprovação da gestão federal. “Eu falei: ‘Tudo bem’. É porque eu estou aquém do que o povo esperava que eu estivesse [fazendo], não estou cumprindo aquilo que eu prometi. E eu tenho consciência que não estou cumprindo”, comentou. A declaração ocorreu durante anúncio de ações e investimentos do governo ao Rio Grande do Sul, hoje, em Porto Alegre. As informações são do portal Estadão.

No início da semana, o levantamento realizado pelo Datafolha mostrou que a gestão Lula 3 é reprovada por 34% entre os eleitores da cidade de São Paulo. Na pesquisa de agosto de 2023, o índice de reprovação estava em 25%. Já a avaliação positiva da gestão petista caiu de 45% para 38% no período. Aqueles que consideram o governo Lula regular passaram de 29% para 28%.

Na última semana, a pesquisa divulgada pelo Ipec, mostrou que o governo Lula foi avaliado como “ótimo e bom” por 33% dos entrevistados, uma queda de cinco pontos percentuais desde o último levantamento (38%), publicado em dezembro de 2023. Segundo o Ipec, o presidente ainda cresceu de 30% para 32% na avaliação negativa (ruim ou péssimo).

Outro levantamento, divulgado pela Atlas Intel, na quinta-feira, 7, também registrou um recuo na avaliação positiva do trabalho de Lula no governo federal. A pesquisa aponta que 47% dos brasileiros aprovam o desempenho do petista. Porém, no estudo anterior, realizado em janeiro, o percentual era de 52%.

Por fim, a Genial/Quaest, divulgada na quarta-feira, 6, avaliou que o trabalho do mandatário é aprovado por 51% dos entrevistados, o que representa redução de 3 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, também de 2023. Já a desaprovação à atuação de Lula aumentou de 43% para 26% no mesmo período.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Os depoimentos de militares de alta patente sobre a suposta trama golpista do governo Jair Bolsonaro – tornados públicos hoje – abastecem e reforçam as provas colhidas no inquérito da Operação Tempus Veritatis, se alinhando à narrativa da delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. As informações são do blog do Fausto Macedo.

Os destaques são os relatos dos ex-comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, que colocam o ex-presidente no centro do suposto plano de golpe, considerando suas inúmeras investidas para que os militares aderissem à narrativa de fraude nas urnas eletrônicas e a convocação de uma série de reuniões para que as Forças Armadas compactuassem com alguma estratégia para que ele seguisse na Presidência.

Os depoimentos dão detalhes dos encontros convocados por Bolsonaro – que já haviam sido mencionados por Cid – e ainda implicam diretamente integrantes da cúpula do governo do ex-presidente: o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que teria apresentado uma das versões da ‘minuta do golpe’ aos então comandantes das FAA; e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que teria explicado aspectos jurídicos que poderiam embasar às medidas de exceção consideradas por Bolsonaro no final de 2022: Garantia da Lei e da Ordem, Estado de Defesa, Estado de Sítio e intervenção militar.

A delação de Mauro Cid já havia indicado as reuniões entre Bolsonaro e os chefes das Forças Armadas para o debate sobre uma eventual intervenção militar para anular o resultado das eleições de 2022.

Agora, os ex-chefes da Aeronáutica e do Exército fazem os investigadores avançarem nas apurações, a partir dos relatos de Cid, ao descreverem os encontros com o ex-presidente, vez que o ex-ajudante de ordens não presenciou debates sobre o tema, considerando o nível da reunião.

Enquanto Freire Gomes e Baptista Júnior rechaçaram de pronto as propostas de Bolsonaro, o ex-chefe da Marinha, Almirante Garnier, teria colocado as tropas à disposição do ex-presidente. À PF, Garnier se calou.

O brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior narrou, por exemplo, a tensão de uma das reuniões convocadas para debater o suposto golpe. O encontro foi realizado no dia 14 de dezembro, no gabinete do ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Na ocasião, Oliveira disse aos comandantes que teria uma minuta, que gostaria de presentear para ‘conhecimento e revisão’. Nesse momento, Baptista disse ter questionado: “Esse documento prevê a não assunção do cargo pelo novo presidente eleito?”. Oliveira se calou e em seguida o brigadeiro disse que não admitira receber o papel.

Em outra reunião na qual Bolsonaro aventou a hipótese do golpe de Estado, ainda de acordo com Baptista Júnior, o ex-chefe do Exército Marco Antônio Freire Gomes afirmou que ‘caso tentasse tal ato (um golpe de Estado, seguindo teria que prender o Presidente da República’. Ao todo, o brigadeiro citou que compareceu ao menos cinco vezes ao Palácio do Planalto, por ordem de Bolsonaro, após a derrota do ex-presidente nas urnas.

Freire Gomes confirmou os encontros citados por Baptista Júnior, corroborando os relatos sobre os alertas feitos ao ex-presidente quanto ao resultado das eleições. Ele narrou inclusive ter alertado Bolsonaro que ‘qualquer atitude, conforme as propostas, poderia resultar na responsabilização penal’ do ex-presidente.

Ao confirmar o teor da reunião do dia 14 de dezembro, o general também acabou por corroborar os achados da Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid – a mensagens em que o tenente-coronel implica Bolsonaro diretamente, indicando que o ex-presidente teria feito ajustes na ‘minuta do golpe’.

Freire Gomes indicou aos investigadores que a versão do decreto apresentada no dia 14 era diferente da que ele havia recebido em outra reunião, no dia 7 de dezembro, da qual Baptista Júnior não teria participado.

Foi em tal encontro que o ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins teria lido os ‘considerandos’ de um primeiro decreto golpista. Na ocasião, o ex-chefe do Exército ouviu de Bolsonaro que ‘o documento estava em estudo’ e depois o ex-presidente ‘reportaria a evolução aos comandantes’.

“Houve uma primeira reunião em que foram apresentados os fundamentos jurídicos para a medida. Posteriormente, ocorreu uma nova reunião em que o então presidente Jair Bolsonaro apresentou a minuta de decreto mais resumida os a Decretação do Estado de Defesa e a criação da Comissão de Regularidade Eleitoral para apurar a ‘conformidade e legalidade do processo eleitoral’”, diz um trecho do depoimento de Freire Gomes.

Além de Bolsonaro e do ex-ministro da Defesa, o general e o brigadeiro implicaram diretamente o ex-ministro da Justiça Anderson Torres – secretário de Segurança do Distrito Federal no 8 de janeiro de 2023 e em cuja casa a Polícia Federal apreendeu uma cópia de uma ‘minuta do golpe’.

Segundo os militares, Torres participou de reuniões em que foi debatido o suposto golpe de Estado, indicando que o então ministro ‘pontuou aspectos jurídicos que dariam suporte às medidas de exceção’ que eram cogitadas pelo ex-presidente. Torres nega a presença nos encontros e sua defesa diz que vai pedir uma acareação com os ex-chefes das Forças Armadas.

Com todos os depoimentos nas mãos, a expectativa é a de que os investigadores cruzem as informações dadas por Cid e pelos militares com a provas já coletadas no inquérito, assim como as perícias dos materiais coletados na fase ostensiva da Operação Tempus Veritatis. Além disso, a PF pode fazer novas diligências – inclusive oitivas – que possam esclarecer o passo a passo da trama golpista sob suspeita.

Ipojuca - Minha rua top

No próximo dia 2 de abril, Caruaru vai acompanhar a oficialização da pré-candidatura de Armandinho a prefeito, a filiação dos pré-candidatos a vereadores e vereadoras e a instalação do Diretório Municipal do Solidariedade, em substituição à comissão provisória. A cerimônia, que será comandada pela vice-presidente nacional do Solidariedade, Marília Arraes, acontecerá no Teatro Difusora, dentro do Shopping Difusora, a partir das 19h.

Em Caruaru, além da pré-candidatura de Armandinho o SD contará com uma chapa proporcional forte, com 24 pré-candidatos para a disputa à Câmara Municipal. O evento reunirá nomes de peso de toda a região. “Tá chegando a hora de oficializar aquilo que é fruto de muito diálogo e planejamento. Caruaru sabe que pode contar com a gente e a prova disso é a imensidão de apoio e carinho que temos recebido ao longo dessa caminhada do povo de Caruaru. Nossa pré-candidatura representa esperança e renovação.”, destacou Armandinho.

Camaragibe Agora é Led

Será inaugurado, na próxima segunda-feira, às 14h, em Paulista, o Serviço de Atendimento à População de Rua (POP), onde funcionava a Casa de Acolhimento Vó Raimunda II, na Rua Ulisses Narciso Dorneles, 65, no bairro de Nossa Senhora da Conceição. A implantação do espaço tem o intuito de levar os serviços da Assistência Social às pessoas em situação de rua.

No local, os usuários do serviço contarão com uma equipe técnica de referência, com coordenação, assistente social, psicóloga e educadores sociais. “O serviço não é de acolhimento, mas sim, de média complexidade, funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, como todos os serviços ofertados pela Assistência Social do município. A diferença é que vai ser exclusivo para as pessoas em situação de rua, que o município não tinha”, ressaltou a secretária executiva de Assistência Social, Elisa Alcântara.

Citi Hoteis

Por Gabriel Garcia*

A celebração do aniversário de José Dirceu, o todo-poderoso ministro da Casa Civil do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chama atenção pelo retorno ao cenário nacional, após dez anos de sua prisão, do político condenado pelo Supremo Tribunal Federal por chefiar o maior esquema de compra de votos de parlamentares.

Com políticos de diversos matizes, Dirceu recebeu na casa do advogado Marcos Meira, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, representantes estrelados da República, como o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Nove ministros, entre eles Fernando Haddad (Fazenda) e Nísia Trindade (Saúde), saudaram o ex-mensaleiro, além do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deputados e senadores.

O filósofo e matemático Platão, na Grécia Antiga, havia ensinado: “Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz”.

Ao que tudo indica, o crime de colarinho branco no Brasil compensa e é celebrado. O que nossos políticos temem é justamente o caminho da luz.

*Jornalista em Brasília

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com múltiplo músico Cacá Malaquias ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!

Caruaru - Geracao de emprego

Estadão

Andrade Gutierrez e Odebrecht, hoje Novonor, construtoras envolvidas num dos maiores escândalos de corrupção do País, estão de volta à refinaria que foi pivô da Operação Lava Jato. As duas empresas, que eram as maiores do País, estão entre as vencedoras da licitação para as obras de complementação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest). A construção deve ter início no segundo semestre deste ano. Procurada, a Petrobras não respondeu até a publicação da reportagem.

Desde a Lava Jato, operação que desmontou o esquema de corrupção em obras da Petrobras, as companhias viviam uma seca de grandes projetos. Até o ano passado, a Odebrecht, por exemplo, estava proibida de participar de licitações da petroleira. A Andrade foi liberada em 2017, mas essa é a primeira obra desde o escândalo.

O Estado apurou que a Consag, empresa da Andrade Gutierrez que atua no mercado privado, venceu dois lotes, o A e o B, cujos valores são da ordem de R$ 3,7 bilhões. A Tenenge, empresa da Novonor (antiga Odebrecht), também ganhou três lotes (C, D e E), mas as cifras são bem maiores, acima de R$ 5 bilhões. Procurada, a Andrade não comentou e a Novonor, não respondeu.

As obras se referem à ampliação da Rnest, chamada de segundo trem. Os investimentos vão elevar de 100 mil para 260 mil barris por dia a produção de diesel S10, que tem menos emissões de poluentes. O projeto, que prevê criar até 30 mil empregos diretos e indiretos, tem o objetivo de trazer autossuficiência do combustível para o País e foi aprovado no ano passado pelo Conselho de Administração.

Hoje a Rnest é responsável por 6% da capacidade de refino da Petrobras e 15% de toda produção de S10 da empresa. O plano da empresa é concluir as obras até 2028. A Refinaria Abreu e Lima tem um histórico de corrupção desde o 1º mandato do governo Lula chegando até a administração de Dilma Rousseff.

Belo Jardim - Patrulha noturna

Maestro da Orquestra de Carnaíba, seu berço musical, e professor da escola de música de Afogados da Ingazeira, o múltiplo músico Cacá Malaquias, que já tocou na orquestra do rei Roberto Carlos, é o convidado do Sextou de logo mais, às 18h, programa musical que ancoro pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife.

Cacá Malaquias começou a tocar clarinete na banda filarmônica Santo Antônio, em Carnaíba, com apenas 7 anos, passando para o sax alto aos 10 anos nos grupos de forró pé de serra e orquestras de frevo e bailes da região.

O Sextou vai ar com transmissão pela Rede Nordeste de Rádio. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente disponível acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store. 

Vitória Reconstrução da Praça

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, hoje, às cidadãs e aos cidadãos, o Sistema de Alerta de Desinformação Eleitoral.  A ferramenta, criada em junho de 2022, tem o objetivo de dar protagonismo à eleitora e ao eleitor no enfrentamento da desinformação durante o período eleitoral.

Todo cidadão pode e deve colaborar. As denúncias são realizadas por meio do Portal do TSE: https://www.tse.jus.br/eleicoes/sistema-de-alertas/. Ao realizar o alerta, a usuário ou o usuário deve indicar qual o tipo de denúncia.

O cidadão pode denunciar desinformação, discurso violento ou odioso, disparo em massa, grave perturbação do ambiente democrático, indício de comportamento inautêntico e vazamento de dados/incidente cibernético.

Na página, a pessoa consegue indicar ao TSE quais conteúdos de caráter perverso, que fazem relação ao processo eleitoral, estão disponíveis nas redes sociais ou em plataformas de mensagens instantâneas. Desinformações sobre candidatos ou partidos são feitas em outro sistema, o Pardal, também disponível no Portal do TSE.

Para fazer a denúncia, basta preencher o formulário disponível na página do Sistema, no Portal do TSE. A queixa deve descrever: características da mensagem; tipo de conteúdo e se há relação com o sistema eleitoral e o local em que foi encontrada.

O TSE é responsável por coletar os alertas e repassar para as plataformas digitais, que, por sua vez, avaliam se houve violação à legislação ou aos respectivos termos de uso. Os relatos recebidos ainda poderão ser encaminhados ao Ministério Público Eleitoral e demais autoridades para adoção das medidas legais cabíveis.

Desde o lançamento da plataforma até 23 de março de 2023, foram 43.559 denúncias de notícias falsas, descontextualizadas ou manipuladas sobre o processo eleitoral brasileiro.

Após o levantamento de sigilo dos depoimentos de militares e civis ouvidos no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado arquitetada durante o governo Jair Bolsonaro (PL), fontes que colaboram com as investigações avaliam que o ex-presidente estava mais inconformado com a falha na tentativa de se manter no poder do que irritado com a derrota para Lula (PT) nas eleições de 2022.

“Ele não ficou triste porque perdeu as eleições, mas porque não conseguiu da o Golpe como queria”, segundo a fonte que colabora com as investigações disse ao blog da Andréia Sadi. Investigação da Polícia Federal junto com os depoimentos de investigados colocam Bolsonaro no centro da trama golpista, apontando que o ex-presidente não só sabia das minutas para impedir a posse de Lula como as discutiu com os chefes das Forças Armadas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retirou, hoje, o sigilo dos depoimentos de militares e políticos à Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado. A investigação, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, ouviu, por exemplo, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros de seu governo e ex-comandantes militares.

Após a derrota para Lula nas eleições de 2022, a investigação da PF afirma que Bolsonaro ficou recluso no Palácio do Alvorada, sem reação para adotar qualquer medida para tentar reverter o resultado das eleições. No entanto, esse cenário foi se alterando a medida que o então presidente foi recebendo pressões e instigado por políticos, amigos e militares da ativa e da reserva a adotar uma conduta para reverter o cenário posto, fato que culminou com a tentativa de Golpe de Estado.

Ele faz a primeira aparição a apoiadores na frente do Palácio do Alvorada em 9 de dezembro de 2022, quando fez discurso para manter a esperança dos apoiadores. Naquele momento, muitos estavam acampados em frente aos quarteis.

Bolsonaro queria desabafar e chamou o general Estevam Theophilo para “conversar”, segundo a investigação. Neste mesmo dia 9 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro fez ajustes para “enxugar” a minuta do golpe, mensagem enviada pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid ao ex-comandante do Exército Freire Gomes diz: “E o que ele comentou de falar com o general Theóphilo. Na verdade, ele quer conversar”. Em seu depoimento à PF, Theophilo alegou que neste encontro, Bolsonaro teria feito “lamentações” e que ele teria ficado apenas ouvindo.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres voltou a negar, hoje, em nota divulgada pela defesa, que tenha participado de reuniões no governo Jair Bolsonaro “para tratar de quaisquer medidas antidemocráticas”.

A nota foi divulgada após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirar o sigilo de 27 depoimentos colhidos pela Polícia Federal no inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado para invalidar as eleições de 2022.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros de seu governo e militares estão entre os investigados. O nome de Anderson Torres é citado diversas vezes nesses depoimentos.

O advogado Eumar Novacki diz, na nota, que “vai requerer nova oitiva ou eventual acareação, além de outras providências necessárias à elucidação do caso”.

“Anderson Torres mantém sua postura cooperativa com as investigações e seu compromisso inegável com a democracia”, diz a nota.

“E aí, Zé Múcio, até quando você vai ficar passando pano na cabeça dos militares?” – perguntou o deputado federal Rui Falcão (PT-SP) ao ministro da Defesa tão logo o encontrou na festa, ontem, em Brasília, do ex-ministro José Dirceu de Oliveira, que completará, amanhã, 78 anos de idade. As informações são do Blog do Noblat.

Travou-se então o seguinte diálogo:

“Por que, Rui, você quer que eu saia do governo?” – retrucou José Múcio, sorrindo.

“Quero, sim, Zé. Por mim, você sequer teria entrado no governo”, – disse Falcão, entre sério e sorridente.

“Estou cumprindo a missão que o presidente me deu” – justificou-se o ministro. “Os militares são de paz.”

“De paz? Mas quase tivemos outra vez um golpe como o de 64” – insistiu Falcão. “E Bolsonaro está solto e circulando por aí a fazer agitação contra o governo. Só prenderam pé-rapado até agora.”

Falcão respirou e foi em frente:

“É um absurdo vocês forçarem o presidente a cancelar eventuais manifestações pela passagem dos 60 anos do golpe. As pessoas têm o direito de celebrar seus mortos”.

Múcio admitiu que os militares ficariam melindrados. Afinal, por decisão deles mesmos, as Forças Armadas não lembrarão no próximo dia 31 o que aconteceu naquele dia há 60 anos.

Falcão falou então sobre a proposta de emenda à Constituição, apresentada pelo Ministério da Defesa, que proíbe o retorno à caserna de militares que dela saírem para disputar cargos eletivos.

A proposta dorme há meses numa gaveta do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. “E por que ela ainda não foi enviada ao Congresso?” – perguntou Falcão a Múcio. Que respondeu: “Logo será”.

Falcão lembrou que seu colega deputado Ricardo Zarattini (PT-SP) é autor de uma proposta de emenda à Constituição, ainda em construção, que acaba com operações de Garantia da Lei e da Ordem e transfere para a reserva o militar que assumir cargo público.

Zarattini está à caça de mais assinaturas de deputados em apoio à emenda, contou Falcão ao ministro da Defesa, pedindo-lhe ajuda para conseguir tal coisa. Múcio sugeriu:

“Vamos almoçar e conversaremos”.

“Você não vai cantar [na festa]?” – perguntou Falcão, esfriando o tom do diálogo.

“Eu não tenho mais cantado. Nem trouxe o violão” – disse Múcio.

Àquela altura, a casa do advogado Marcos Meira, no Lago Sul, local da festa, estava repleta de nomes graúdos da República. O vice-presidente Geraldo Alckmin acabara de chegar.

Ao todo, compareceram nove ministros, entre eles Fernando Haddad (Fazenda) e Nísia Trindade (Saúde). E mais o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e candidatos à sua vaga.

Não faltaram as três ex-mulheres de Dirceu: Clara Becker, Simone Pereira e Evanise Santos. Nem sua atual namorada: Danyelle Galvão, juíza substituta do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

Antes de deixar Múcio em paz para cumprimentar Alckmin, Falcão reclamou do atraso no envio ao Congresso de projeto que cria a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos.

O projeto também repousa na gaveta de achados e perdidos do ministro Rui Costa, da Casa Civil. Múcio disse que vai tentar saber por que o projeto encalhou.

Jornal O Poder

José Paulo Cavalcanti Filho é três vezes imortal. Academias de Pernambuco, Brasileira e de Lisboa. Recentemente, recebeu a notícia de sua morte. Passado o susto, viu que estava vivo de novo. Portanto, ainda tem quatro mortes para morrer.

Uma para cada imortalidade. No caso dele, são três. E uma morte inevitável, que acomete deuses, heróis, semideuses e até humanos. José Paulo, Zé Paulinho para, digamos, Deus e o outro mundo, contou sua inusitada experiência aos nossos leitores.

O Poder – O senhor tirou férias e morreu. Como foi isso?

Zé Paulinho – Foi assim. O ilustre Francisco Queiroz Cavalcanti, ex-presidente do TRF da 5ª Região, me mandou mensagem que recebeu pelo zap: “Pesar pelo passamento de Zé Paulinho, contemporâneo de trajetória democrática, acima de tudo. Sempre com opiniões firmes, mesmo que eu pudesse dele discordar nos últimos tempos. Mas ele argumentava com muita propriedade. Valorizava o estudo, a cultura. Inesquecível será, pois era e é um expert em Fernando Pessoa. Perde a cultura; vai-se um imortal. Zé Paulinho estava no patamar de quem se cuidou intelectualmente: um leitor, um analista da cena nacional política e cultural. Claro que isso faz uma falta danada. Não era um ser raso. Muito ao contrário. Acompanhava-o pelos seus artigos, nos jornais. Pelos seus debates da CBN, com as suas agudas análises. Um independente no pensar!!! Repito: um independente no pensar!!! Meus duplos respeitos ao ser humano e ao homem da cultura. Condolências aos colegas do MP-PE. A.S.F. 20/01/2024”.

A notícia foi ruim, mas o elogio foi consagrador. O que fazer numa situação dessas?

Eis a questão. Mal não estava, pelo contrário, que no momento da ligação jogava tênis. Ainda vivo, claro, e pode lá um morto jogar tênis? Como se responde a uma notícia dessas, que se alastra como fogo subindo morro ou água descendo? Para minha sorte, o amigo Luiz Andrade logo esclareceu o ocorrido em mensagem no zap da APLJ: tratava-se do falecimento de um homônimo ilustre. Minhas condolências à família enlutada.

Qual sua reação em seguida?

Pelas circunstâncias, nem deu para ficar com raiva. O autor da nota agiu de boa fé e foi até simpático. E enganos assim podem ocorrer. Seja como for já digo a quem quiser escrever sobre minha morte inevitável, algum dia (lá pelos anos 2070 ou mais, espero). Guarde essa entrevista. Quando chegar minha hora, já estará tudo pronto. Basta só copiar, que vou ficar satisfeito com os elogios.

Dessa o senhor escapou. Mas na definitiva, como gostaria de ser enterrado no Mausoléu dos Imortais?

Primeiro é ser enterrado com charuto e caixa de fósforos junto, pelo sim pelo não… Segundo, com óculos. Até porque nasci usando. E não tiro para nada, sequer para mergulhar no mar.

Para que óculos? O senhor acredita na vida depois da morte?

Não acredito em céu, mas vai ver que exista. Também não acredito que mereça ir prá lá, mas quem sabe vá. O risco é chegar e, na entrada, um cidadão vir falar

Tudo bem? amigo Zé Paulo.

E eu, sem ver nada caso não esteja com os tais óculos.

Perdão, mas quem é Vossa Senhoria?

Não estás me reconhecendo? Rapaz, sou J. Cristo. Imagine a cena. Era capaz de morrer de vergonha.

O deputado federal Zeca Dirceu (PT) é o entrevistado de amanhã do programa Ponto Final, da TV Jovem Pan. A edição, que começa às 23h30, marca a estreia do jornalista Zé Maria como âncora do programa.

Entre os temas abordados na entrevista estão as eleições municipais de 2024, o apoio do governo no Congresso, conflitos entre Supremo e Legislativo e a legislação eleitoral. A transmissão será pela TV Jovem Pan, pelo canal da emissora no YouTube e pela plataforma de streaming “Panflix”.

O deputado federal e pré-candidato do PL à Prefeitura de Caruaru, Fernando Rodolfo, ironizou o anúncio feito pelo prefeito Rodrigo Pinheiro sobre a programação do São João do município. O parlamentar chamou de “agonia típica de um prefeito inexperiente” a atitude do gestor, que prometeu lançar o evento sem sequer ter os artistas confirmados. 

“Desde que assumiu, em 2022, esse prefeito só quer festa, não quer trabalhar. A cidade está abandonada e perdendo o seu protagonismo. E ele agoniza se agarrando onde pode, usando nossa maior festa como válvula de escape para sua incompetência. Mas essa mentira não vai durar muito tempo, tem prazo”, afirmou Fernando Rodolfo.

O deputado reforçou que é preciso discutir a cidade em vez de apenas se preocupar com festa. “Não pode continuar assim, precisamos colocar Caruaru de volta ao trabalho, buscar soluções para os problemas do dia a dia, que a prefeitura deixou acumular nesses dois anos e não resolveu. Ele deveria estar discutindo e trabalhando com a população sobre saúde, educação, segurança e desenvolvimento”, concluiu o pré-candidato do PL.