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PSB prepara candidatos para disputar eleição em Camaragibe

Em evento que contou com a participação de deputados federais e estaduais, o PSB homologou a nova Comissão Executiva Provisória da legenda em Camaragibe, preparação necessária para que os socialistas possam lançar um candidato a prefeito na eleição de outubro próximo. 

O ato foi comandado pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, e pelo deputado federal Pedro Campos, que articulam a formação dos palanques socialistas para a eleição municipal. Durante a reunião, foi feita a apresentação oficial dos pré-candidatos a prefeito e a vereador de Camaragibe. 

Entre estes destacam-se Ednaldo Moura Jr. e Paulo André, que se apresentam como potenciais concorrentes ao cargo de prefeito. “O PSB está preparado para ser protagonista do futuro de Camaragibe”, disse Pedro Campos. “O PSB tem quadros, tem projeto e terá papel na eleição desse ano”, afirmou por sua vez o presidente estadual e deputado estadual Sileno Guedes.

No ato, 27 militantes assinaram ficha de filiação ao PSB e integram a lista prévia para a formação da chapa de candidatos a vereador. Além de Pedro Campos e de Sileno Guedes, estiveram na sede do partido o deputado federal Eriberto Medeiros e o estadual Eriberto Filho, a presidente da executiva municipal de Camaragibe, Rosa Santana, entre outros.

Jaboatão dos Guararapes - Ambulatório Escola

A governadora Raquel Lyra lamentou, em uma postagem no seu Instagram, o falecimento da viúva do ex-ministro Fernando Lyra, tio da gestora. Na publicação, Raquel relata que Márcia Lyra, a quem ela se referia como tia, “sempre foi presença, amor e inspiração”. O velório de Márcia está marcado para acontecer no cemitério Morada da Paz, em Paulista, a partir das 15h. Veja abaixo o relato da governadora:

“Como é difícil se despedir de quem se ama. Tia Márcia sempre foi para mim presença, amor e inspiração. Continuará sendo e guiando suas filhas Patricia, Renata e Juliana e toda a nossa família a partir de seu exemplo de vida. Tia, descanse em paz aí junto com meu tio Fernando. Muito amor por você.

Raquel, João e Nando”.

Camaragibe Agora é Led

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, deu um show, ontem, no programa Roda Viva, da TV Cultura. Mostrou amplo e domínio conhecimento da sua área, com argumentos convincentes e seguros. Sobre o plano do Governo de reduzir o preço das passagens aéreas, afirmou que houve desentendimento sobre o objetivo do programa Voa Brasil, que se popularizou com a premissa de vender passagens aéreas a R$ 200. 

Segundo ele, “seria insano” vender bilhetes a esse preço. “O importante não é só o que se diz, mas o que as pessoas entendem. Naquele momento, da forma que foi passada por setores da imprensa e da sociedade brasileira, por conta das redes sociais, o povo brasileiro achou que a passagem seria a R$ 200. Seria insano a gente desenhar um programa dessa natureza”, afirmou Costa Filho.

O ministro não especificou o preço das passagens que serão vendidas pelo programa, que segundo ele deve ser lançado ainda no mês de março. No final do ano passado, havia a previsão de lançar o programa em janeiro de 2024, o que não se concretizou.

“Nós conversamos com o presidente Lula, com o ministro [da Casa Civil] Rui Costa e desenhamos o novo programa Voa Brasil. A gente espera lançar até o final de março, já foi autorizado pelo presidente Lula”, disse.

De acordo com o ministro, o programa desenhado pelo governo visa a atender, em sua 1ª etapa, 21 milhões de aposentados do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) que ganham até 2 salários mínimos e 700 mil alunos do Prouni.

O programa contará com 5 milhões de passagens aéreas que serão disponibilizadas pelas próprias companhias. “Sem nem R$ 1 do tesouro”, disse Costa Filho. “Foi um trabalho de construção coletiva, de muito diálogo, de a gente poder atender públicos específicos”.

Na entrevista, Costa Filho também abordou a questão da possibilidade de ser criado um fundo de crédito para companhias aéreas. Segundo ele, há hoje no governo uma “unidade” para se criar um fundo permanente para empresas desse setor.

Ele diz que depois de conversa com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e com o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), Aloizio Mercadante, um grupo de trabalho para discutir a medida foi criado.

“Nós queremos, ao longo desse mês de março, apresentar ao Brasil uma linha de crédito para que as companhias aéreas no Brasil possam pegar recursos e poder fazer investimentos […] Por isso que eu tenho defendido dentro do governo, e há uma unidade, para que a gente possa criar um fundo permanente para as companhias aéreas”.

Costa Filho disse que ainda “não pode informar” o valor do fundo, mas diz esperar que ele seja “interessante” para as companhias aéreas. “A gente tem a alternativa de alguns fundos, que ainda não está precificado”, afirmou.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Com apenas um voto contrário, professores da rede estadual de ensino de Pernambuco concordaram, em Assembleia realizada, ontem, com a proposta do Governo Lula de pagar, com deságio de 30%, a parcela controversa do Fundef. A decisão soberana da categoria será comunicada via ofício, enviado pelo Sindicato dos Profissionais de Educação de Pernambuco (Sintepe) ao Governo do Estado, para que o Executivo acate a proposta da AGU. 

No início deste mês, a Advocacia Geral da União, representante do Governo Federal, propôs encerrar a disputa judicial do saldo controverso do precatório do Fundef, fruto da diferença dos cálculos apresentados pelos entes no processo, pagando ao Estado 70% do saldo devidamente atualizado. 

Além disso, se comprometeu a pagar o valor, que com a garantia de atualização pode ultrapassar R$ 1,1 bilhão, já no próximo ano. Para que isso ocorra, porém, o Governo de Pernambuco tem que concordar o quanto antes com proposta da AGU, que tem até 4 de abril para inscrever a dívida para que o valor seja, conforme prometido, liberado e pago em 2025. 

Do saldo controverso do Fundef, conhecida como a 4ª parcela do Fundef, 60% serão destinados aos professores e professoras que atuaram na rede pública estadual de ensino entre 1997 e 2006, sejam efetivos, contratados ou herdeiros. O restante, irá para o Executivo Estadual investir na rede de ensino. 

Diversos estados já fecharam acordo sobre o saldo controverso, a exemplo do Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Bahia e Alagoas, evitando, assim, que os processos se arrastassem por mais longos anos.

Paralisação

Não haverá aulas nas escolas estaduais de Pernambuco e em diversos municípios, ao longo do dia de hoje. A ação integra o movimento liderado pelo Sintepe dentro do Dia Nacional de Luta pelo Piso Salarial, Carreira e em defesa do Ensino Médio. 

Além de promover uma parada de 24 horas em toda rede estadual de ensino, o movimento realiza protestos no Recife, Petrolina, Palmares e Caruaru, em defesa da pauta de reivindicação da categoria, composta por 49 itens, que segue sem ser atendida pelo Governo Raquel Lyra.

Ipojuca - App 153

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informações no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.

Na prática, o indiciamento significa que o processo segue para as mãos do Ministério Público Federal, que decide se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a apuração. As informações são do portal G1.

Além de Bolsonaro, outras 16 pessoas também foram indiciadas, como o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ). Cid e Reis foram também foram indiciados pelos dois crimes de inserção e falsificação. O tenente foi indiciado ainda por uso indevido de documento falso.

O crime de associação criminosa prevê pena de 1 a 3 anos; o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de 2 a 12 anos.

Após a publicação do post, o advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten disse ser lamentável a divulgação da informação, mas não comentou o teor o indiciamento. Já o irmão de Reis, Washington Reis, declarou que é uma covardia o que estão fazendo com o deputado e que ele recorrerá à justiça.

“O Gute nunca se meteu em vacina (…) O deputado Gutemberg não tem nada com esse assunto, ele não fazia parte do governo. Estava totalmente longe de tudo. O assunto vacina é política. Investigar cartão de vacina? É um acinte esse negócio. É perseguição política e covarde. É um vexame. Eu estava na linha de frente e não foi provado nada contra mim. E não será provado nada contra o Gute. Vamos provar que ele é inocente”, disse Washington Reis, atual secretário de Transportes do RJ, presidente estadual do MDB-RJ, e irmão de Gutemberg.

Citi Hoteis

Morreu na madrugada de hoje, num hospital do Recife, vítima de câncer, Márcia Lyra, viúva do ex-ministro da Justiça, Fernando Lyra. Era irmã do publicitário e marqueteiro Marcelo Teixeira, cunhada do ex-governador João Lyra Neto, pai da governadora Raquel Lyra.

Cabo de Santo Agostinho - Refis 2023

Série governadores: João Lyra Neto

Capítulo 13

Dentre os governadores que cumpriram mandatos-tampões em Pernambuco, João Lyra Neto, que militava no PSB e hoje ganhou plumagem tucana, foi, ao lado de Mendonça Filho (sucessor de Jarbas Vasconcelos), os únicos que cumpriram apenas nove e não onze meses de mandato, como rezava na Constituinte, cuja data de posse dos eleitos foi antecipada de 15 de março para 1 de janeiro. Assumiu no dia 4 de abril de 2014 e governou até 1 de janeiro de 2015, substituindo Eduardo Campos (PSB), que havia renunciado já de olho na corrida ao Palácio do Planalto, sonho interrompido devido ao acidente aéreo que tirou a sua vida, em agosto de 2014.

Um dos gestores mais populares do Estado, Eduardo se despediu do povo pernambucano na tarde de uma sexta-feira ensolarada, passando a faixa de governador para seu vice João Lyra Neto, eleito com ele em 2006 e reeleito em 2010. A cerimônia de transmissão de cargo, aberta ao público, aconteceu na Sede do Governo de Pernambuco, no Palácio do Campo das Princesas. A emoção e a gratidão marcaram a solenidade de posse.

Lyra Neto prestou homenagem a seu pai, João Lyra Filho, eleito por duas vezes prefeito de Caruaru; a seu irmão, o ex-ministro Fernando Lyra; aos militantes do Movimento Democrático Brasileiro (MDB); e para sua filha, a deputada estadual Raquel Lyra, hoje governadora do Estado. Em suas primeiras palavras, fez a promessa de retidão, lealdade e continuador da obra de Eduardo. 

“Vou continuar trabalhando com muito afinco, dedicação e compromisso para que possamos honrar o que foi prometido em 2006, renovado em 2010, e está sendo concretizado com a gestão mais exitosa da história de Pernambuco. Eduardo Campos merece todo o nosso respeito, e vou concluir o mandato com o mesmo entusiasmo, coragem e, acima de tudo, com os mesmos compromissos com o povo pernambucano”, disse Lyra.

Lembrou em seguida que sua história com o ex-governador começou em 1959, com a formalização da Frente Popular do Recife, do ex-governador Miguel Arraes, e da Frente Popular de Caruaru, que tinha à frente João Lyra Filho, seu pai. Para ele, aquele foi o momento que definiu a orientação da nova política pernambucana. “Eduardo foi mais do que um companheiro de trabalho. Nos últimos anos, construímos uma relação de amizade”, afirmou.

Em seu último discurso oficial, bastante emocionado, Eduardo Campos pontuou os avanços sociais e econômicos na sua gestão. Também reafirmou a confiança no seu sucessor. Classificou João como “um amigo”. “Após muita dedicação, realizamos o que parecia impossível. Hoje, deixo o Governo de Pernambuco com a sensação de dever cumprido”, declarou Eduardo, para uma plateia de cerca de quatro mil pessoas.

Ainda durante a solenidade, Eduardo disse que “Pernambuco está em um novo patamar e pronto para o futuro”. “Construímos um Pernambuco com menos desigualdade social e com uma elevada autoestima. Hoje, temos um Estado competitivo e renovado, no ciclo social e econômico”, afirmou, enfatizando que Pernambuco “avançou e vai continuar crescendo” com João Lyra.

A trajetória política de João Lyra Neto teve início em 1988, quando, seguindo os passos do pai, João Lyra Filho, foi eleito prefeito de Caruaru, cargo que voltou a assumir em 1997, para um segundo mandato. Foi vice-líder do governo Miguel Arraes na Assembleia Legislativa durante seu mandato de deputado estadual. Ao lado de Eduardo Campos, foi eleito vice-governador em 2006.

Em 2008, assumiu a Secretaria de Saúde. Comandou o processo de mudança de gestão da pasta, cuidando particularmente da regionalização da Saúde. Também coordenou duas outras áreas, Segurança e Educação.

Área Digital e compromisso com microempresários – Como Carlos Wilson Campos, também personagem desta série, ao chegar ao poder, João Lyra Neto imprimiu um ritmo, adotou um estilo e marcou sua gestão inaugurando obras deixadas por Eduardo e tirando do papel projetos novos, como o desembarque do Porto Digital do Cais para a Mata, Agreste e Sertão. Com tecnologia e criatividade, soube gerar novos empregos e dar oportunidade aos jovens. Criou a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, para assegurar uma política pública para o setor. Sua gestão, apesar de curta, priorizou empreendedores, oportunidade de formação, tecnologia, financiamento e amparo aos que representam 90% das empresas brasileiras e 60% do emprego em todo o Brasil. Foi um visionário. Hoje, o Governo Lula criou um Ministério voltado para o setor.

Mágoa por Eduardo só ter comunicado a escolha de Paulo Câmara no dia do anúncio – Fiel aos princípios e ao modelo de gestão de Eduardo, João Lyra Neto nunca confessou, mas alimentava esperanças de ter sido ungido pelo ex-governador como o seu candidato em 2014, já que estava no exercício do mandato de governador e julgava natural. Mas Eduardo escolheu Paulo Câmara. Numa longa entrevista ao Diário de Pernambuco, ele desabafou: “Nunca me coloquei como pré-candidato. Evidentemente que o vice-governador tem a oportunidade de ser o candidato, e eu estava no cargo de governador. O que achei estranho e não concordei foi a forma como foi feito. Vim saber, pelo próprio Eduardo Campos, no dia do anúncio da candidatura de Paulo Câmara. Como tenho um senso muito forte em relação a fofocas, sempre agi com muita filtragem, nunca disse nada. Mas a forma foi equivocada, de eu vir a saber apenas no dia do anúncio. Se ele fez isso com os outros, eu não sei. Comigo foi o que aconteceu. E eu disse a ele no mesmo dia, aqui no Palácio. Mesmo assim, disse que estaria solidário com a proposta, que a liderança era dele. E nós fomos para a campanha. Ele não disse nada. Tivemos uma convivência de muita cumplicidade, mas da minha parte e da dele de muita independência, porque eu tenho a prevenção e tenho muito cuidado com duas coisas: com o bajulador, que só faz atrapalhar, e com o chantagista, que só faz se beneficiar. Então, tive muito cuidado nessa convivência. Tive algumas divergências dele, claro, mas sempre respeitei, porque ele era o governador. Às vezes, ele decidia por ser o governador, e outras vezes, ele ajustou-se a propostas minhas”.

“Não pedimos para sair, fomos expulsos do PSB” – João Lyra teve muitos desencontros no PSB, partido que esteve filiado depois de militar no PDT por muito tempo. Foi uma relação entre tapas e beijos. O ápice da crise de relacionamento se deu quando Raquel Lyra, sua filha e atual governadora do Estado, não teve o direito de disputar a Prefeitura de Caruaru em 2016. Numa entrevista ao jornalista João Alberto, disse que não pediu para sair do PSB. “Nós não optamos pela saída. Fomos expulsos do PSB. Essa é a realidade. Não recebi um telefonema de ninguém. Eles decidiram, em novembro, nomear Raquel presidente da Comissão Provisória do PSB. Eu imaginava que aquilo estava decidido e faltando três dias para o final do prazo legal, comunicaram a Raquel que ela não seria mais a candidata a prefeita. E ela havia recebido a Comissão Provisória de Caruaru dizendo que seria pré-candidata à Prefeitura. Eu acho que foi um grande equívoco e, acima de tudo, uma falta de respeito conosco, a decisão do PSB. Mas a gente tem que fazer política e nossa vida tem que ser feita com gestos de grandeza. Acho que a grande perplexidade deles foi que imaginavam que nós não teríamos alternativas, mas nós tivemos. Apesar do tumulto em Brasília, eu quero ressaltar a cordialidade e a solidariedade do presidente Aécio Neves do PSDB e de toda a comissão executiva de Pernambuco, liderada pelo deputado Antônio Moraes e todos os seus membros, na imensa solidariedade que nós recebemos. Nós temos uma história. Essa história não começou comigo nem com Raquel, essa história tem mais de 50 anos. E a história tem que ser respeitada. E de uma hora você ser afastado sem nem saber o porquê”.

Balanço de oito anos e não nove meses – Por ter governado o Estado por um período muito curto, João, embora tenha criado um estilo, diz que não pode fazer uma avaliação de apenas nove meses, mas de oito anos. “Fiz um governo de complementação, nascido de um planejamento feito em 2006 e em 2010. Quando assumi, entretanto, enfrentei muitas dificuldades: cumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal diante de uma redução absurda de receita”, disse Lyra, numa entrevista ao JC, acrescentando: “Não posso analisar nove meses. É preciso avaliar oito anos. Eu não só afirmei como pratiquei que não tinha governo João Lyra, mas uma continuidade de Eduardo Campos. Encerramos um ciclo de oito anos. Cumprimos todas as metas a que nos comprometemos. Houve uma decisão política do governador Eduardo Campos em fazer um planejamento estratégico em todas as áreas, inclusive na área de desenvolvimento econômico. Teve uma participação muito forte da União com o presidente Lula nos investimentos, especialmente em Suape. E com o crescimento do Nordeste, do mercado consumidor do Nordeste, e Pernambuco tendo uma posição estratégica, faltavam investimentos e estabelecermos uma política de logística para que Pernambuco voltasse a ser o centro abastecedor do Nordeste. E Suape foi instrumento para isso, trouxe grandes empresas que fizeram o Estado ter um crescimento do PIB acima da média”.

Mudança na gestão da saúde e criação da UPAS – Entre 2008 e 2010, João Lyra Neto acumulou a função de vice-governador com a de secretário de Saúde no primeiro mandato de Eduardo Campos, substituindo Jorge Gomes, conterrâneo de Caruaru, que havia sido vice-governador de Miguel Arraes. Em 17 meses de gestão, Gomes se dedicou à reestruturação das emergências e ao fortalecimento da atenção básica, com incentivos para os municípios investirem nos PSFs. No período, reabriu o Hospital Regional de Nazaré da Mata (fechado há 5 anos), credenciou o Procape ao SUS, reergueu o Hospital do Câncer (imerso em uma grande crise em 2007) e obteve junto ao Ministério da Saúde expressivo aumento no custeio da saúde pública em Pernambuco. O Programa Mãe Coruja, maior projeto do Governo para reduzir a mortalidade materna e infantil no Estado, foi implantado por ele em duas grandes regiões – o Araripe e o Moxotó. Na sua passagem pela pasta, João Lya fez a mudança no modelo de gestão dos hospitais, com a chegada das primeiras Unidades de Pronto Atendimento – as Upas – no Recife e Região Metropolitana. Depois, foram criadas as UPAEs pelo Estado inteiro, modelo bem-sucedido em outros Estados e que virou o maior investimento da história de Pernambuco em assistência de média complexidade.

CURTAS

CORAÇÃO DOS LYRA PULSA EM CARUARU – A família Lyra protagoniza a política de Caruaru há décadas, tendo acumulado seis mandatos na Prefeitura. Como a filha Raquel, João Lyra Neto foi prefeito da Capital do Agreste, tendo conquistado seu primeiro mandato em 1988, ainda pelo PMDB, e voltando a ser eleito em 1996, desta vez pelo PSB. Antes dele, seu pai, João Lyra Filho, também governou a cidade em duas ocasiões (1959-63 e de 1973-76), primeiro pelo partido da ditadura (UDN) e depois pela oposição autorizada (MDB). Com uma população de 378 mil habitantes, Caruaru é o 6º maior PIB e o 8º IDH do Estado. Apenas 6% da população economicamente ativa vive da agricultura e pecuária. A cidade se destaca por ser um polo industrial e comercial do ramo têxtil.

MUNDO EMPRESARIAL E A FAMÍLIA – Formado em Direito, João Lyra Neto ingressou na militância na década de 60 com o movimento estudantil, quando estudava na Faculdade de Direito do Recife. Voltou a Caruaru logo depois de formado para ajudar a administrar os negócios da família, no setor de transportes. Na década de 1970, em plena ditadura militar, lutou junto com os mais importantes líderes políticos pela resistência democrática durante todo o período do regime militar. Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), chegou a ser presidente do partido em Caruaru. No início dos anos 80, começou a participar ativamente de campanhas políticas e fez parte da Coordenação Estadual pela retomada das “Diretas Já” no País. Com Mércia Lyra, sua primeira esposa, teve três filhas: Raquel, governadora do Estado, Nara, empresária, e Paula, médica. É casado há 26 anos com a dentista Leila Queiroz, de Arcoverde, mãe de dois homens, do primeiro casamento.

AMANHÃ TEM CID SAMPAIO – A série prossegue amanhã trazendo o perfil do governador Cid Sampaio, eleito em 1958. Também foi deputado federal, usineiro e industrial.

Perguntar não ofende: Por que, com apenas um ano e três, na gestão de Lula já houve mais invasões de terra pelo MST do que em todo o Governo Bolsonaro?

Caruaru - Geracao de emprego

Na última semana, um problema veio à tona para as pessoas que utilizam as linhas de ônibus operadas pela empresa Vera Cruz, visto que nove linhas foram devolvidas, além do envio de uma proposta de unificação de duas linhas, o compartilhamento e a permuta de outras cinco. A ação afeta os usuários dos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca. As informações são do portal CBN Recife.

A empresa alega que vem enfrentando problemas operacionais e financeiros, inclusive com recordes de reclamações de usuários que a utilizam. No documento enviado ao Palácio do Campo das Princesas, a Vera Cruz afirma que, apesar de ter vencido a licitação do lote 4 das linhas realizadas ainda em 2014 e revogada pela gestão pernambucana em 2019, dez anos depois, a operação ficou impraticável.

O documento apresenta a implantação da Linha Sul do metrô e dos terminais integrados, como os principais vilões do déficit na empresa, pois 66% dos usuários transportados são integrados. A Empresa São Judas Tadeu também é citada, como fator agravante, ao ser contemplada com várias linhas superavitárias para circular em Jaboatão dos Guararapes, área de atuação da Vera Cruz.

A empresa tem receio de que todo o setor, em especial as permissionárias, seja comprometido em relação ao não repasse dos subsídios às empresas feito pelo governo, em principal as que não tem contrato, que são maioria. O Estado decidiu que aumentaria o subsídio público para o sistema na tentativa de cobrir o não reajuste das passagens.

Com a licitação parcialmente realizada em 2023, o valor enviado às empresas foi de R$250 milhões por ano, mas a expectativa é de que sejam necessários mais R$60 milhões para cobrir a decisão política.

Por meio de nota, o sindicato dos Rodoviários da RMR, se posiciona contra a decisão, mas aponta que a tragédia já vinha sendo anunciada. A categoria, no entanto, exige esclarecimentos dos órgãos competentes, como o governo do estado e a própria empresa. O sindicato disse, por fim, que procurou o Ministério Público do Trabalho para buscar uma conciliação entre as partes e pede compromisso da gestão estadual para garantir que nenhuma linha seja afetada.

Belo Jardim - Patrulha noturna

O pré-candidato a prefeito do Recife pelo PL, Gilson Machado, ganhou mais um apoio hoje. O pastor Pedro Rodrigues, um dos dirigentes do Fenasp (Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política), declarou apoio a Gilson. O Fenasp foi responsável pela organização e realização das Marchas por Jesus que reuniram milhares de pessoas em Recife, Petrolina e Garanhuns no ano passado.

Vitória Reconstrução da Praça

Hoje, a ex-prefeita de Arcoverde Madalena Britto (PSB) recebeu mais dois reforços à sua pré-candidatura à Prefeitura do município. Os dois vereadores que eram da base do prefeito Wellington Maciel (MDB), João Taxista e Sargento Brito, anunciaram oficialmente o apoio ao projeto político encabeçado pela ex-prefeita socialista que busca um terceiro mandato no pleito deste ano.

“É com grande alegria que recebemos esses apoios tão importantes nessa caminhada. A cada diz que passa nos sentimos e estamos mais fortes, unindo forças, para transformar nossa cidade e resgatar a autoestima de nosso povo. Ao lado de nossos vereadores e tantos outros pré-candidatos a vereadores e vereadoras vamos fazer a diferença, dar as mãos ao nosso povo e construir uma nova história. Arcoverde tem um futuro a construir”, afirmou Madalena.

Para festejar o Dia Internacional contra a discriminação racial, comemorado em 21 de março, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promoverá algumas atividades abertas ao público. A programação começa nesta quinta-feira (21), a partir das 14 horas, com a realização da ‘Kizomba Antirracista’, termo que significa encontro, confraternização, e o lançamento do 1º Caderno Alepe Antirracista, uma compilação de textos transcritos das palestras proferidas na jornada que ocorreu em novembro de 2023. A publicação tem como objetivo sensibilizar as pessoas sobre a importância de combater o racismo e a promoção da igualdade racial.

A programação inclui, ainda, um curso de capacitação para servidores da Casa, com foco no enfrentamento à discriminação racial, além de palestras, debates e apresentações musicais que serão oferecidos gratuitamente ao público em geral. As inscrições para participar do evento podem ser feitas pelo link: www.even3.com.br/kiboma-antirracista. A abertura do evento, nesta quinta, ficará a cargo da atriz Naná Sodré e terá a apresentação cultural da banda Café Preto. A solenidade acontece no auditório Sérgio Guerra, às 14h, na sede da Alepe.

Na primeira reunião ministerial do ano convocada por Lula (PT), hoje, o presidente avaliou que as ações do governo não estão chegando à população e que, para isso, questionou os ministros em como melhorar a comunicação. As informações são o portal G1.

Lula cobrou de todos os ministros a apresentação de um relatório em 48 horas com todas as ações, promessas e medidas anunciadas pelas pastas. O presidente tinha um relatório com tudo o que o governo anunciou e, agora, quer saber em que pé estão as medidas. Houve cobrança do presidente para que todos os ministros falem de todos os assuntos do governo, não apenas dos seus ministérios, e que se atualizem das pautas e ações.

Segundo um integrante da reunião, “o presidente deixou claro que a visão precisa ser de governo como um todo, para que a população possa ter a imagem e a ideia dos feitos do governo”. Ainda, houve uma forte cobrança em uma unidade para a defesa do governo do petista.

Uma pauta que apareceu muito durante a reunião foi da igualdade salarial entre homens e mulheres. O governo aposta no tema para mostrar para a sociedade que o Ministério da Mulher não existe apenas para tratar da pauta de costumes e da questão do aborto, por exemplo.

Sobre os evangélicos, Lula disse que é cobrado para falar com pastores e lideranças evangélicas, algo que já fez no passado. Mas, para ele, o problema não é esse: o governo precisa combater as fake news que impactam esse segmento da população.

Nesse momento, se dirigiu a Jorge Messias, advogado-geral da União, e afirmou: “o Deus do Malafaia não é o mesmo que o nosso, mas eu sei que o Deus do evangélico é”.

Sobre popularidade, o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, expôs dados que mostram que houve queda na popularidade de Lula no Nordeste. Avaliou que havia uma grande expectativa no eleitor dessa região, o que não se concretizou.

Quando o assunto foram as eleições municipais, Lula disse que não vai impor nenhuma candidatura nas cidades, mas pediu que os candidatos governistas calibrem os discursos ao se referirem aos adversários para não criar problemas com o Congresso Nacional. Em resumo, pediu moderação.

Apenas sete ministros falaram na reunião ministerial: Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Comunicação Social), Fernando Haddad (Economia), Cida Gonçalves (Mulheres), Ricardo Lewandowski (Justiça), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Nísia Trindade (Saúde).

Rui Costa apresentou um resumo das ações do governo, Pimenta falou sobre comunicação, Haddad pauta econômica, Cida foi escolhida pra falar pelo mês da mulher, Lewandowski prestou contas sobre Mossoró e ações na segurança pública e a Nísia sobre dengue e a denúncia dos hospitais federais no Rio.

O deputado Antônio Moraes (PP) esteve, ontem, no município de João Alfredo, na Mata Norte do Estado, participando de um ato político em favor da pré-candidatura da ex-prefeita Maria Sebastiana e da chapa de pré-candidatos a vereador. Maria, que já governou a cidade por três mandatos (2005 a 2008; 2013 a 2016; e 2017 a 2020), anunciou sua disposição de retornar à Prefeitura. Em fevereiro, ela filiou-se ao PP e foi escolhida para presidir o diretório municipal do partido.

“Tenho uma relação pessoal muito forte com João Alfredo, porque assim que fui nomeado delegado de polícia, assumi o comando da minha primeira delegacia naquele município, onde passei três anos atuando como delegado. Na época, a política local era extremamente complicada, por conta da rivalidade entre os grupos do então deputado Severino Cavalcanti e do Padre Jonas”, explicou Antônio Moraes.

O sertanejo apaixonado de Henrique e Juliano não poderia ficar de fora do São João de Petrolina. A dupla que canta os sucessos “Traumatizei”, “A Maior Saudade”, “Seu Perfil” e outros grandes hits da música sertaneja, é a terceira atração confirmada e, mais uma vez, retorna ao palco da festa junina, com a promessa de muita alegria e romantismo.

Amanhã, o público vai conhecer mais uma atração que vai fazer parte da festa. Na quarta-feira (20), a Prefeitura Municipal lança a programação completa do São João de Petrolina. O evento acontece na Casa de Festas Jatobá (antigo Juarez Pier), no bairro Jatobá, a partir das 18:30h. Os petrolinenses poderão acompanhar o lançamento da festa através das redes sociais da Prefeitura (@prefeiturapetrolina) e do São João (@saojoaopetrolina) da cidade.

Estadão

Em um de seus últimos julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF), concluído menos de um mês antes de sua aposentadoria, em junho de 2021, o ministro Marco Aurélio Mello votou contra a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na ação do triplex do Guarujá, que levou à prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ficou vencido, como tantas vezes ao longo dos 31 anos que passou na Corte.

A decisão que declarou a parcialidade do ex-juiz da Operação Lava Jato foi um dos principais reveses impostos pelo STF aos antigos protagonistas da investigação, mas não o único. Com votos favoráveis do próprio Marco Aurélio, os ministros também barraram as conduções coercitivas, método corriqueiro empregado pela força-tarefa de Curitiba, e afirmaram a competência da Justiça Eleitoral para processar e julgar ações de corrupção relacionadas ao caixa dois de campanha, o que levou à transferência massiva de processos das varas criminais da Lava Jato.

Em uma reviravolta da operação, o Supremo mudou o posicionamento sobre a prisão de réus condenados em 2ª instância. Ao proibir a execução da pena antes do esgotamento de todos os recursos judiciais, o tribunal beneficiou diretamente Lula, que foi solto após 580 dias em uma sala especial da superintendência da Polícia Federal de Curitiba.

Outro golpe veio quando o STF concluiu que a 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba manteve sob sua jurisdição inquéritos e processos da Lava Jato que, na avaliação dos ministros, deveriam ter sido transferidos para outros Estados. A decisão esvaziou o berço da operação e levou à anulação das condenações de Lula. Dessa vez, o ministro aposentado foi de encontro à maioria.

Para Marco Aurélio, o STF ajudou a enterrar a Lava Jato. “O que eu acho é que houve uma concepção equivocada por parte do Supremo. Só não houve a mesma concepção quanto ao Mensalão porque foi o Supremo quem julgou, aí evidentemente o tribunal ficaria muito mal na fotografia se viesse a declarar vícios na investigação e no próprio processo-crime.”

Em entrevista, o ministro aposentado conta também que não vê com bons olhos a decisão de Dias Toffoli que suspendeu o pagamento das parcelas dos acordos de leniência firmados pela J&F e pela Odebrecht na Lava Jato.

“O grande problema é que nós passamos a ter, não pronunciamentos de órgão único, que seria o Supremo reunido em plenário, mas a visão individual de cada qual. Hoje a insegurança grassa, o que é péssimo. E mais do que isso: grassa o descrédito da instituição”. Veja a íntegra da entrevista com o ministro Marco Aurélio Mello:

Como um ministro que acompanhou, no Supremo Tribunal Federal, o auge e o declínio da Lava Jato, acredita que o STF ajudou a enterrar a operação?

Sem dúvida alguma. Quando se concluiu, por exemplo, que o juízo da 13.ª Vara Criminal do Paraná não seria competente, se esmoreceu o combate à corrupção. Aí talvez a colocação daquele senador da República (Romero Jucá), que disse que “precisamos estancar essa sangria”, acaba se mostrando procedente.

Por que o STF mudou o posicionamento em relação à investigação?

Estivesse vivo o relator inicial, grande juiz, Teori Zavaschi, se teria caminhado no sentido que se caminhou? A resposta, para mim, é negativa.

Mas foi simplesmente pela troca de relatoria?

O que eu acho é que houve uma concepção equivocada por parte do Supremo. Só não houve a mesma concepção quanto ao Mensalão porque foi o Supremo quem julgou, aí evidentemente o tribunal ficaria muito mal na fotografia se viesse a declarar vícios na investigação e no próprio processo-crime.

Houve prejuízo ao direito de defesa na Lava Jato?

O direito de espernear, principalmente pelos que cometeram desvios de conduta, é latente. Eles vão, evidentemente, aproveitar a onda contrária à investigação para lograr proveitos.

Então o devido processo legal foi respeitado?

O nosso sistema é equilibrado. Quando há um pronunciamento, ele é passível de impugnação junto ao órgão revisor. O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região confirmou as decisões de primeira instância e andou, inclusive, aumentando penas.

A relação entre Moro e os procuradores da Lava Jato foi republicana?

Se fala em conluio entre a magistratura e o Ministério Público, julgador e acusador. Que conluio? O diálogo é saudável, o diálogo sempre existiu. O juiz sempre esteve aberto a ouvir o Ministério Público, fazendo a ponderação cabível. Colocar cada qual em uma redoma, em um isolamento de não poderem conversar é um passo demasiadamente largo e não é democrático. Na vida em sociedade, nós temos que presumir a postura digna, principalmente por aqueles que ocupam cargos públicos, e não que sejam salafrários até que provem o contrário.

Como vê o processo disciplinar aberto pelo Conselho Nacional de Justiça para investigar a conduta do ex-juiz Sérgio Moro e a gestão das multas dos acordos de colaboração e leniência?

O CNJ e o CNMP não têm crivo quanto a pronunciamentos judiciais. Eles atuam no campo administrativo e devem fazê-lo observando o figurino legal.

Concorda com a cassação de Deltan?

A meu ver, ele foi caçado com ç e não com ss. Simplesmente se presumiu que, quando ele pediu exoneração, o fez para fugir a um processo administrativo que poderia levar à declaração de inelegibilidade. É presumir o excepcional e não o corriqueiro, que é a postura digna por parte do cidadão.

Moro fez um favor para os críticos da Lava Jato ao assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro?

Quando eu ainda integrava o Supremo, eu recebi a visita do então ministro. Ele foi me visitar para se apresentar. E eu disse a ele, com a franqueza própria dos cariocas, que ele tinha cometido um ato, a meu ver, insano. Abandonar um cargo alcançado por concurso público, uma função que o tornou herói nacional, para ser auxiliar de um presidente da República demissível a qualquer momento. Eu disse: “rapaz, como você abandona uma caneta dessa?”. Aí ele disse: “A minha caneta ainda tem muita tinta”. Ainda bem que o Estado do Paraná o elegeu senador.

Uma decisão como a que suspendeu o pagamento das multas dos acordos de leniência da J&F e da Odebrecht deveria ter sido tomada monocraticamente?

O grande problema é que nós passamos a ter, não pronunciamentos de órgão único, que seria o Supremo reunido em plenário, mas a visão individual de cada qual. Hoje a insegurança grassa, o que é péssimo. E mais do que isso: grassa o descrédito da instituição na qual eu estive durante 31 anos. Para mim, é uma tristeza enorme perceber isso. Avançamos assim? Como fica a sociedade? Fica decepcionada. Eu só ouço críticas quanto ao Supremo. Eu indago: hoje qualquer dos integrantes sai à rua? Eu sempre saí à rua e nunca fui hostilizado. Eu não creio que qualquer colega que tenha assento no Supremo saia sozinho hoje à rua e frequente locais públicos sem estar com uma segurança maior.

Toffoli deveria ter se declarado impedido para julgar o pedido da J&F?

Lá atrás, acho que foi no Mensalão, ele disse que não tinha qualquer relação com a Dra. Roberta. Quem sabe ele continua sem relação…

Deve haver uma ponderação dos órgãos públicos sobre a repactuação das multas dos acordos de leniência?

Paga-se um preço por se viver em um Estado de Direito, um deles é o respeito em si pelas regras estabelecidas. Acordo que resulta da manifestação de vontade só é passível de anulação se ficar comprovado vício. Para mim, esse vício fica excluído no caso. Agora, vivenciamos essa época de tempos estranhos e já se fala em repactuação do acordado, isso acaba colando a tudo uma insegurança muito grande, levando inclusive partes a concordarem para depois questionar e terem o dito pelo não dito, a transformação do certo em errado.

As defesas e os acusados sempre estiveram defendidos. Sempre foram ouvidos mediante a voz de técnicos no âmbito do Direito. As empresas que fizeram acordo foram intimidadas? Elas tiraram, por exemplo, as multas do capital de giro? Não. Foi dinheiro que entrou indevidamente na contabilidade dessas empresas. Imaginar que aqueles que formalizaram os acordos estiveram pressionados, intimidados e coagidos não se coaduna com a realidade.

O combate à corrupção avançou ou retrocedeu depois da Lava Jato?

Houve um retrocesso brutal e não continuamos a caminhar visando tornar o Brasil o que se imagina do Brasil, o Brasil sonhado. Para mim houve um grande retrocesso.

É possível ver novamente algo como a Lava Jato?

Para mim, dar-se a Lava Jato como algo sepultado é ruim até mesmo em termos de ausência de imposição de uma seriedade. A decepção é incrível. E repito que não avançamos dessa forma. Nós retrocedemos. Eu espero viver tempos em que se tenha realmente uma compenetração maior, principalmente pelos homens públicos. O cargo é para servir aos semelhantes e não para ocupantes dele se servir em benefício próprio.

Para onde o Brasil precisa olhar para avançar no combate à corrupção?

Para a percepção, pelo homem público, de que o cargo é para servir aos semelhantes e não para o ocupante se servir do próprio cargo em benefício dele e da família. Essa é a grande questão. Precisamos avançar em termos de compreensão, principalmente por aqueles que ocupam cargos públicos.

Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog

Pernambuco teve mais um fim de semana marcado pela violência, com um total de 40 homicídios registrados. O número de homicídios, levantado com base nos Boletins de Ocorrência apurados pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-PE), confirma que o Governo Raquel Lyra (PSDB) se distancia, cada vez mais, da meta proposta no lançamento do Juntos Pela Segurança, em novembro, que prevê reduzir em 30% o número de Mortes Violentas Intencionais (MVIs) até 2026.

Por Paulo Magnus*

Recebemos, com muita honra, na última quarta-feira, o troféu do prêmio Best In KLAS, de melhor Prontuário Eletrônico do Paciente da América Latina. A premiação foi entregue em Orlando, nos Estados Unidos, e teve como base a opinião dos usuários, considerando a qualidade da solução, aprimoramento constante do produto e a liderança de mercado.

Mais do que um prêmio, esse hepta da MV é a verdadeira opinião sobre todos os nossos sonhos e conquistas, frutos de muito trabalho e dedicação de todos da família que é a MV. Conquistar o KLAS pela sétima vez com o PEP MV é uma grande consagração do que temos feito em prol da Saúde na América Latina, sempre com muita responsabilidade e cuidado com o próximo.

Quero novamente agradecer a todos que fazem parte desse sonho que ajuda a transformar vidas e verdadeiramente empoderar a sociedade no cuidado com a saúde.

Viva a MV! Viva a Saúde do Brasil!

*Presidente e fundador da MV, empresa líder nacional em software de gestão para a Saúde.